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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Economia, futebol e lugar-comum

O mercado de futebol foi, entre outros, um tema tratado no “Enquanto a bola não rola” na Globo domingo 26 deste mês, com apresentação de Jorge Eduardo. De fala muito rápida – só perde em velocidade para o Marcelo Figueiredo da Brasil AM -- Jorge é dos melhores profissionais do ramo nas rádios do Rio. Dono de estilo original, no comando usa, com freqüência, duas frases que o marcam: “...padrão de qualidade no seu radinho”. “Fique com Deus, Ele existe”.
Tem, no entanto, uma acentuada queda para o “rota de colisão” (embora moderno), lugar-comum da estatura de “motivos para comemorar...” “a nível de...” Com o futebol em recesso, noticiário pífio, os medalhões Luiz Mendes e Osvaldo Paschoal estavam ausentes. Gerson Canhotinha lamentava a mediocridade do futebol no estágio atual (falta de craques, juízes fracos...) Marcus Aurélio (do “Quintal...”), reforçava o time, estreando como debatedor.
Quando se fala em mercado, fica patente que o assunto envolve área da economia. O economista Paulo Nogueira Batista Jr., em artigo publicado no dia 25, lembrava os 30 anos de morte de Nelson Rodrigues. Afirmou que aprendeu com ele a escrever para o público leigo, não especializado. “Todos nós carregamos nas costas não sei quantos vícios de redação, poses, noções de estilo, frases prontas ou semiprontas, idéias feitas (...), argumentava.
Paulo Nogueira recomenda a quem escreve: “... deve evitar as armadilhas da improvisação, da espontaneidade não trabalhada, e fugir do lugar-comum como da peste”— válido também para os profissionais da voz. Nelson Rodrigues, autor da série de contos “A vida como ela é...” e das crônicas esportivas “À sombra das chuteiras imortais” foi colega do Luiz Mendes no “Mesa redonda Facit”, anos 50/60 na extinta TV Rio. Escrevia e falava de forma simples.
Destaque
“Chat das cinco”. MPB FM 90,3. De segunda a sexta, às 17 h, com apresentação de Valéria Marques.
Memória
Efetivado na Globo em dezembro de 1994, Clóvis Monteiro retornava à Tupi dois anos depois
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sábado, 25 de dezembro de 2010

Entre o sonho e a realidade

O jornalista Soares Júnior tornava realidade um sonho de muitos profissionais de rádio: ser comunicador da Globo. Estreava na quinta-feira 23, no comando de “Globo cidade”. Meio vacilante (quem é que não treme nessa hora?), mostrou no dia seguinte estar plenamente condicionado para exercer a função. Ele foi repórter do SGR e reintegrou-se à empresa no começo deste mês, assumindo a coordenação de programação da principal emissora do grupo.
Também de volta à Globo no mesmo período, Alessandra Ferreira, que se desligara em outubro de 2006. Alê (assim chamada nos bastidores), era uma das produtoras do programa do Francisco Barbosa em sua última passagem pela rádio dos Marinhos. Em seu retorno, integra a equipe do “Globo cidade”, que tem produção do César Morcazel e Lena Pereira.
--o-- A Rádio MEC AM, mais antiga emissora do Rio, inaugurou seu novo transmissor. Está, a partir da penúltima semana deste mês, operando com 100 kilowat na antena. Junto com a MEC FM e a Nacional AM compõem, desde o final de 2008, a Empresa Brasileira de Comunicação, anteriormente denominada Radiobras.
--o-- Lúcia Leme, que participa em dias alternados do “Se liga, Rio”, do Roberto Canázio, na Globo, pode ser ouvida simultaneamente em outro prefixo nas tardes do Rio. Pela MEC AM, no quadro “Posso ajudar?”, dentro do programa “Aquarela carioca”, do Amauri Santos.
--o-- Quem nasceu primeiro, o ovo, ou a galinha? A dúvida persistente vale para o “Planeta rei...” nas ondas da Globo, e “Clube da saudade”, na Metropolitana – aquele apresentado nas madrugadas, este nas tardes. Mesmíssimas fórmula e temática do “atendendo a pedidos”. Individuais, de um lado; coletivo, de outro.
Beto Brito, criador do “Planeta...” em 1998 na Imprensa FM (atualmente Mix), esteve na Metropolitana antes de março de 2007, quando aterrissou na Globo. Foi por pouco tempo, mas, se não estamos enganados, deixou raízes na velha estação...
Destaque
“Bola em jogo”. Tupi AM 1280/FM 96,5. Dom., 12h. Com Luiz Ribeiro, e participações de Jorge Nunes, Iata Anderson, Rubem Leão, Toni Vendramini e Ruy Guilherme. Produção: Luana Alves.
Memória
A FM O Dia trocava de freqüência em dezembro de 1997, ficando nos 100,5 Mhz, que pertencera a RPC. Nos 90,3 (hoje com a MPB FM), ressurgia a Opus FM do Sistema de Rádio Jornal do Brasil.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Centenário de Noel, "poeta da Vila"

Foi bem pouco celebrado dia 11 deste mês no Rio e arredores o centenário de nascimento de Noel Rosa. O “poeta da Vila”, assim passaria a ser chamado, morreu em 4 de maio de 1937 aos 26 anos de idade e deixou cerca de trezentas músicas. Graças a ele, o bairro de Vila Isabel, onde nasceu, seria nacionalmente conhecido. Nas celebrações pelo centenário do compositor, vale registrar o especial “CBN na travessa”, com os jornalistas Ruy Castro e João Máximo, este, autor em parceria com Carlos Didier, do livro “Noel Rosa, uma biografia”.
Eles discorreram sobre a vida e obra do genial artista, contando fatos pitorescos. Noel gostava de pregar peças no Francisco Alves, fazendo isso inclusive, nas letras de algumas canções da dupla. Boêmio contumaz adorava dividir mesas e músicas com negros dos morros e malandros. Com Ismael Silva e Cartola formou as primeiras parcerias, mas produziu também com Ary Barroso, Custódio Mesquita e Henrique Vogeler. Integrou o Bando dos Tangarás com Lamartine Babo e João de Barro (também parceiros), Almirante e Luperce Miranda.
O mais imprtante , no entanto, foi Osvaldo Gogliano, o Vadico. Da união, entre outras, “Conversa de botequim”, Feitiço da Vila”, “Feitio de oração” e “Pra que mentir”. Na carteira de Noel constava como profissão, “cantor de rádio”, depois de instituído o cachê, pois, antes de Getúlio Vargas assinar o decreto autorizando a veiculação de anúncios, o rádio era uma atividade diletante. Ele atuou muito, mas ganhava pouco. Ninguém vivia de direitos autorais na época. Mesmo com sua genialidade, Noel Rosa era um artista à beira da pobreza.
Nos dois últimos anos de vida, foi contra-regra da Rádio Clube do Brasil, onde também escrevia sketchs para programas humorísticos e paródias. Esquecido 13 anos depois de sua morte, foi redescoberto em 1950 pela cantora Araci de Almeida, estrela da Rádio Mayrink Veiga, que o locutor e diretor artístico Cesar Ladeira batizara de “o samba em pessoa”. Araci, sua intérprete favorita, regravou uma dezena de composições dele, incluindo “Três apitos”, inédita até então. Noel figura na lista dos mais citados e estudados compositores do país.
Destaque
“Seresta viva”. MEC AM, 800. Às sextas-feiras, 11 horas da noite. Produção e apresentação de João Carlos Carino.
Memória
Adriana Riemer voltava, em dezembro de 1993, à Cidade FM, atualmente Oi. Estivera dois anos nos Estados Unidos.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"Ora direis, ouvir os astros!..."

Já acreditei em astrologia. Foi no início dos anos 60, quando Omar Cardoso, um entusiasta do que fazia cunhou, entre outros, o bordão “vou vivendo a cada dia melhor”. Omar, que morreu em novembro de 1978, trabalhava na Bandeirantes de São Paulo e seu programa era reproduzido por emissoras do país, inclusive a Nacional do Rio. O ramo congrega profissionais que escrevem nos jornais e revistas prestando, como era o caso dele, colaborações a programas populares do rádio.
Em três emissoras cariocas, a astrologia é assunto pertinente. Mais antiga a tratar do tema, Zora Yonara se destaca no “Show do Antônio Carlos”, na Globo desde janeiro de 1987. Além das previsões astrológicas, ela é conselheira sentimental, respondendo cartas (e e-mails) de ouvintes. Com muito menos tempo, Glória Britto atua no “Show da manhã” do Clóvis Monteiro na Tupi. Foi alçada ao posto a partir do falecimento de Nena Martinez em junho de 2007, até então a decana da matéria.
Também pela manhã há o “David dá show”, com o David Rangel na Manchete. A astróloga “Lili rodoviária” personificada pelo apresentador, tem a missão de ironizar os profissionais que se dedicam a fazer previsões sobre os signos do zodíaco. No mesmo prefixo, Luiz de França destina generoso espaço ao assunto no seu vesperal programa direto de Barbacena, Minas Gerais. Ele passa as coordenadas do Mestre Rosenthal, que o acompanha desde os tempos que trabalhava na Globo.
Heleno Rottai, que substituiu o França em abril de 2007 nas tardes da Tupi, lançou quadros novos no horário, mantendo o reservado ao tema. O astrólogo não é citado, admitindo-se que o trabalho se baseia em colagens de jornais. (Parafraseando Olavo Bilac: “Ora direis, ouvir os astros!...”) De tanto acreditarem nas previsões do horóscopo, muitas pessoas não saem de casa sem elas. Dão, naturalmente influenciadas, preferência aos programas que atendem os seus ideais...
Destaque
“Programa Haroldo de Andrade”. Tupi AM 1280/FM 96,5. Domingos, 10h da manhã. Produção: Nonato Viegas e Adriana Hercovith.
Memória
Sidney Rezende, um dos fundadores da CBN trocava, em dezembro de 1994, o Rio por Brasília. Comandava o “Show da notícia”, às tardes.
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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Quando o bordão vira cacoete

O jogo entre Fluminense e Palmeiras na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro atrasou sete minutos. E, durante essa espera, o Luiz Penido havia dito duas vezes: “Na Tupi, a bola não para de rolar...” Bordão, ou cacoete? Parece-me que se trata do mais inconsistente do seu repertório, pois, em algumas ocasiões, lances que se perdem pela linha de fundo ou lateral, o locutor não se contém e, solta a frase. Chega ao cúmulo de usá-la com o jogo terminado.
Com isso, ele se torna um páreo duro pr’o Loureiro Neto no “Manhã da Globo”, pelo número de vezes que repete o “daqui a pouquinho”. Loureiro foi um brilhante repórter esportivo e razoável comentarista, substituindo o Luiz Mendes que fizera uma passagem pela Tupi. Lançado comunicador em novembro de 1998 é, ainda hoje, muito limitado na função, não se libertando dos vícios de linguagem próprios aos que trabalham com o esporte, futebol no caso.
Penido reúne qualidades acima da maioria que atua no gênero. Bem articulado, fala um português impecável, sendo sem dúvida, o mais importante narrador do Rio, depois do Garotinho, um ícone proclamado pela classe. Bordões e slogans são recursos naturais empregados por profissionais das rádios populares. Muitos prolongam o seu uso devido à empatia com o público. Mas, há aqueles que não pegam, não decolam. Para aturar a sofreguidão do Penido com esse artifício, “não há tatu que aguente” – expressão do tempo de meus avós.
Num confronto com o tal bordão, Maurício Moreira na modesta Brasil AM atacava de forma bastante oportuna. Aproveitando a mobilização de seus companheiros cobrindo os jogos paralelos nessas rodadas decisivas do campeonato, assinalava a cada chamamento que, “a informação não para”. Plenamente válida a iniciativa. No seu cômodo realismo uma velha (e felpuda) raposa em atividade, minimizaria --“É assim que a banda toca”.
Destaque
“Planeta rei...” Globo AM 1220/FM 89,3. De segunda a sábado, a partir de zero hora. Apresentação de Beto Britto. Seleção musical dos ouvintes.
Errata
Na crônica “MPB FM, 10 anos de persistência”, postada em 27 de outubro, onde se leu na internet, citando a Globo FM, leia-se um canal da Sky.
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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Um nome para ser lembrado

O comunicador Mário Esteves, em cartaz nas tardes do Rio, tem no seu programa um quadro de reconhecimento às pessoas que contribuem pelas causas coletivas: “Este nome é bom lembrar.” Faço um parâmetro dele no título desta crônica, ao falar de Luiz Carlos Saroldi, que morreu na terça-feira 16, aos 79 anos de idade. Saroldi representava o rádio com R maiúsculo, era um dos mais importantes nomes do veículo nos recantos do país.
Desenvolveu por certo período, atividades na Jornal do Brasil AM, sendo produtor, apresentador e coordenador de programação da emissora. “Arte final, variedades”, de entrevistas, foi o seu programa mais conhecido. No ar de segunda a sexta, 9h da noite, para “amigos próximos e distantes” tinha “As dez mais de sua vida”, quadro semanal com uma personalidade indicando suas preferências musicais. Ele assinava ainda, “Estúdio A” e “Especial JB”.
Interessado na Rádio Nacional, fenômeno da época, escreveu em parceria com Sônia Virgínia Moreira, sua colega de emissora, um livro retratando os bastidores da velha estação. Nela, Luiz Carlos Saroldi trabalharia em 1993, logo após o fechamento da JB. Produziu “Onde canta o sabiá” para o Gerdal dos Santos, nas manhãs de domingos, e o “Alguém muito especial”, com ele mesmo. Nos dias úteis comandava o “Caderno de notas”, ao entardecer.
Mestre em comunicação e cultura pela UFRJ, ali ministrou radialismo. Em 1980, pela qualidade de seu trabalho ganhou o Golfinho de Ouro concedido pelo Museu da Imagem e do Som. Foi agraciado também, com o prêmio Roquette Pinto em 1985, por uma de suas peças radiofônicas produzidas para emissoras da Alemanha. Saroldi coordenou para a BBC de Londres a série “O rádio no Brasil”, veiculada em setembro de 1990 pelo aniversário de 55 anos da JB.
Destaque
“Show do Mário Esteves”. Manchete AM, 760. De segunda a sexta, de 13h às 15h. Produção de Flávio Guedes.
Memória
A Globo reduzia salários de seus profissionais em novembro de 2002. E dispensava os contrários à medida.
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sábado, 13 de novembro de 2010

Digressões em torno de um ícone

Uma estátua do Abelardo Chacrinha Barbosa foi danificada no início deste mês no bairro de Jardim Botânico, Rio de Janeiro. O Velho Guerreiro morreu em julho de 1988, mas continua muito viva a máxima por ele deixada há 22 anos – “no rádio e na televisão nada se cria; tudo se copia”. Alguns exemplos. O bordão “se manda vai embora” do José Carlos Araújo vem sendo exaustivamente repetido pelo Ricardo Mazella, hoje na equipe da Nacional.

Em abril de 2009, a Globo modificava sua programação vespertina. Entre as novidades, a ampliação do “Globo esportivo”, que ganhou subtítulo: “Tamanho família”. O programa do Garotinho passava, então a destinar espaço aos números musicais, entrevistas com cantores e compositores. Pouco depois, o concorrente “Show do Apolinho”, com Washington Rodrigues na Tupi, que mesclava futebol e notícias gerais, também incluía músicas.

Aos 70 anos de idade completados recentemente, José Carlos Araújo segue firme como o ícone do rádio esportivo. Um dia no mês desde o começo do ano, transmite seu programa direto de uma faculdade do Rio e Região Metropolitana. Na terça-feira 9, Maurício Moreira, Marcelo Figueiredo e Francisco Ayello da Brasil AM entravam na cola dele. Apresentavam o “Momento esportivo” (uma referência no ramo) do campus da UNI-SUAN em Bonsucesso, evidenciando, sem o menor constrangimento, a máxima do Chacrinha.

--o-- No Dia de Finados, Garotinho prestava homenagens a profissionais que atuaram na Globo, entre outros Waldir Amaral, Jorge Cúri, Affonso Soares e Antônio Porto (criador do bordão “um Brasil de audiência”). Ao lembrar de um homônimo deste -- Antônio (Luiz), Garotinho mencionava a Mayrink Veiga, em vez da Tupi. Referia-se ao humorístico “A turma da maré mansa”, que o Antônio Luiz comandara, primeiro naquela e, depois na emissora dos Marinho. “A turma...” na Mayrink era mais antiga e, ao vivo, apresentada pelo Cid Moreira.

DESTAQUE
“Painel...” Nacional AM, 1130. De segunda a sexta, 3h da tarde. Apresentação de Gláucia Araújo. Produção: Cláudio Carneiro.

MEMÓRIA
O repórter Alberto Brandão estreava na Tupi em novembro de 2003. Ao sair da Globo, ficara quase dois anos desempregado.

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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

MPB FM, 10 anos de persistência

Enquanto Cirilo Reis anunciava para o começo de novembro a festa dos 30 anos do “Musishow”, completados em 11 deste mês, a MPB FM comemorava, na quarta-feira 13, os 10 anos de fundação. A emissora só passou a ser lucrativa em 2008, com a diversificação de conteúdos, produzindo shows e DVDs. Houve naquela noite no Espaço Tom Jobim, apresentações de diversos artistas, entre eles Gilberto Gil, Milton Nascimento, Erasmo Carlos e os Paralamas.
A diretora da rádio Ariane Carvalho em depoimento ao repórter Antônio Carlos Miguel lembrou que, no primeiro mês em 2000, quando a MPB FM entrava em operação, a audiência registrava 130 mil ouvintes por minuto. Já em setembro passado, o número de ouvintes alcançava a marca de 547 mil. Segundo ela, hoje a rádio é ouvida em várias partes do país e do mundo através da web. Este ano – revelou – tivemos em nossa on-line 250 mil visitas/mês.
Disse que a MPB FM não trabalha com jabá nem listão. Tudo vai de acordo com o bom senso dos programadores. Desde o início -- enalteceu -- a rádio apostou em novos valores, lançando entre outros, Jorge Vercilo, Ana Carolina, Roberta Sá, Martin’alia e Maria Gadú. “Nos últimos tempos passamos a tocar tanto mais samba quanto pop e rock brasileiros, e também criamos programas de música instrumental e para versões em outros idiomas de canções brasileiras”, frisou.
Na rádio vinculada ao jornal “O Dia” (90,3) a voz mais conhecida é do Fernando Mansur, que se notabilizara no final dos anos 70 na Cidade FM, revolucionária no segmento. Além de responder pelas vinhetas e chamadas, ele comanda o “Palco...”, nas terças-feiras, 10h da noite. Depois do Mansur, a voz de Valéria Marques, locutora revelada pela antiga Globo FM (hoje captada apenas na internet – 92,5), titular do “Chat das cinco”, apresentado de segunda a sexta-feira.
Destaque
“Companhia do riso”. Tupi AM 1280/FM 96,5. Sábs., 22h. Apresentação: Luizinho Campos. Participações: Ricardo Alexandre, Marcus Veras e Manhoso.
Memória
Em 7 de outubro de 2004, uma segunda-feira, 8h da noite estreava o “Quintal da Globo”, com Marcus Aurélio. Até então ele fazia o “CBN total”, nas tardes.
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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Trinta anos com a Jovem Guarda

O “Musishow” (*1) do Cirilo Reis nos finais de tarde na Rádio Nacional está comemorando trinta anos agora em outubro. Dedicado aos sucessos dos anos 60, 70, 80, 90 e, particularmente ao movimento Jovem Guarda, o programa passou a ser diário em 10 de janeiro de 2005. Antes apresentado nas noites de sábados, ficou fora do ar por seis meses, depois da revitalização.
Detentor dos melhores índices de audiência na tradicional emissora, Cirilo Reis provou este ano a força do prestígio que desfruta junto ao público, lotando o auditório numa série de programas “ao vivo”. Exemplos das apresentações de Jerry Adriani ocorrida em fevereiro, Wanderley Cardoso em março, e Ed Wilson (*2) em setembro, entre outros artistas, sem espaço na mídia.
Voz oficial da Nacional há duas décadas, Cirilo divide a função atualmente com Jair Lemos. Eles são os mais antigos profissionais da emissora, abaixo dos veteraníssimos Daysi Lúcidi e Gerdal dos Santos, remanescentes dos áureos tempos do rádio de broadcast. Jair, por sua vez, trabalha na velha estação desde a época do César de Alencar, Paulo Gracindo e Manuel Barcelos.
Soa falso o slogan “a mais querida”, pois a Nacional anda muito mal no Ibope. Com a revitalização foram proporcionadas condições técnicas decentes aos contratados, houve modificações radicais na grade, que não atraíram os ouvintes, conforme diretores esperavam. O jornalista Marcos Gomes, mais novo executivo da rádio tem se esforçado para mudar o panorama.
(*1) Paulo Giovanni tinha em Petrópolis nos anos 60, um programa com esse nome. Publicitário radicado em São Paulo, atuou na Tupi e Globo.
(*2) Além de cantor era compositor, e fundou com os irmãos o grupo Renato e seus Blue Caps. Ele morreu no domingo 3, aos 65 anos de idade.
Destaque
“Bossa moderna”. MEC AM, 800. Nas terças-feiras, entre 22 e 23 horas. Produção e apresentação: Tárik de Souza.
Memória
A Globo demitia em outubro de 2001 o jornalista Maurício Menezes, 25 anos de casa. E, também Hélio Júnior, humorista.
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sábado, 25 de setembro de 2010

A linguagem dos comunicadores

Em tempos remotos, apresentadores de programas eram animadores de estúdio e de auditório com importância semelhante a dos comunicadores no rádio contemporâneo. Eles se dirigiam ao público chamando-o de “prezados ouvintes” ou “senhoras e senhores”, sempre acrescentando umas “saudações cordiais”. Na despedida, costumavam dizer “obrigado pela atenção dispensada”, não faltando “um abraço para todos”, além de outras esquecidas.
Com o passar dos anos e mudanças de conceitos, tais expressões foram substituídas. Fazem parte do repertório da classe nos dias atuais “alô gente”, alô turma” e, principalmente, “alô galera”. O complemento inclui “obrigado pelo carinho da audiência”, “um beijo no seu coração”, “voltamos já, já”, “daqui a pouquinho” e “valeu fulano” – enquanto não cansarem. Em cada profissão uma linguagem própria, e na do radialista não poderia ser diferente
---ooOoo---
No tocante a slogans, animadores e comunicadores raramente dispunham (ou dispõem) deles. Na Rádio Nacional da fase áurea havia “o rei dos auditórios”, e na Globo em anos nem tão distantes “o número 1 do rádio brasileiro”. Em matéria de slogans, o rádio contempla bastante os locutores e comentaristas de futebol, sendo criativos uns, outros nem tanto. Entre as aberrações, o slogan de um que se acha “o comentarista perfeito”... (Simancol nele!!!)
Destaque
“Ronca, ronca”. Oi FM 102,9. Nas terças-feiras, entre 22 horas e meia-noite. Produção e apresentação de Maurício Valadares.
Memória
Aldenora Santos comemorava 50 anos de rádio em setembro de 2001. Em 1987, com Antônio Carlos, trocava a Tupi pela Globo.
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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Histórias em mão única

São de qualidade mediana, em maioria, os programas de emissoras populares no rádio contemporâneo. Uma das exceções no universo da mesmice, é o “Quintal da Globo”. Lançado em outubro de 2002 e, daí fazendo o diferencial nas noites sem futebol, ficou reduzido a uma edição aos domingos a partir de maio de 2010, quando a Globo aderiu ao FM, unificando suas freqüências.
Marcus Aurélio, seu titular, passou a apresentador em janeiro de 1992 na Tupi, comandando o “Giro esportivo” e o “Bola em jogo”, depois de atuar como repórter da área entre fevereiro de 1984 e dezembro de 1991. Em março de 1996 transferia-se para a CBN, onde permaneceria durante seis anos. O lançamento do “Quintal...” coincidira com sua promoção a um cargo de chefia na emissora.
O programa perdeu um pouco de sua dinâmica ao diminuir a interatividade dos debates, seu melhor trunfo. Outro destaque tem sido o quadro “Viva o rádio” -- embora adote (compreensivelmente) uma linha corporativista, ou seja, histórias em mão única. “Memória do rádio”, similar com Ary Vizeu nos primórdios da CBN, entre meia noite e 5h da manhã era abrangente, sem restrições.
O “Viva o rádio” do dia 5 prestou homenagem ao Doalcei Camargo, falecido há um ano -- 29 de agosto. Doalcei trabalhou em vários prefixos do Rio, por mais tempo na Tupi. Marcus Aurélio, hoje gerente executivo da Rádio Globo, foi um de seus afilhados. Da mesmice, o diretor da Nacional na fase áurea, Paulo Tapajós já se queixava há três décadas. Ele morria em dezembro de 1990.
Destaque
“Estúdio F – momentos musicais da Funarte”. Nacional AM, 1130. Dom., 22h. Produção e apresentação: Paulo César Soares. Roteiro: Cláudio Felício
Memória
Em setembro de 2001, mês dos 65 anos da Nacional, José Messias (40 de casa), deixava a emissora. Foi dirigir uma rádio em Saquarema e ser jurado de TV.
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domingo, 29 de agosto de 2010

As ondas médias no futebol

Se o Bruno Mazzeo não se equivocou, andei cochilando nas minhas audiências, uma das fontes que alimentam este blog – ninguém é infalível. Em sua coluna de “O Globo”dia 17 agosto, Mazzeo discorria sobre o futebol, sua paixão, e de ter abandonado o hábito de ouvir transmissões esportivas pelo rádio. Ele ia ao hospital visitar o pai, Chico Anísio, e aproveitando o engarrafamento (pequeno, pois era domingo), sintonizara o “Enquanto a bola não rola”, na Globo AM.
“Eu nunca sonhei em ser jogador de futebol. Mas já sonhei em ser locutor de futebol”, dizia ao lembrar dos programas que ouvia na volta do colégio e antes de dormir. Na sua concepção, o “Enquanto a bola...” era obrigatório nos dias de futebol, reunindo verdadeiras feras: Washington Rodrigues, Sergio Noronha, Celso Garcia... O programa tinha o comando do Kleber Leite e, segundo Mazzeo, também participavam Luiz Mendes, Loureiro Neto e Gerson, “o canhotinha de ouro”.
Nos meus registros, desses três nenhum atuava no programa com o Kleber. Mendes ainda integrava a equipe da Nacional, os outros estavam na Tupi trabalhando com Doalcei Camargo, sendo Loureiro apresentador do “Bola rolando”, o concorrente do horário, entre meio-dia e 2h. Affonso Soares, Áureo Ameno e Francisco Horta eram outras figuras do “Enquanto a bola...” que o Kleber lançara na Tupi em 1985. (O Áureo substituía o titular nos seus eventuais impedimentos).
Loureiro e Gerson haviam passado pela Globo numa etapa anterior, mas nesse programa só vieram a atuar (o Mendes, inclusive) depois que o Kleber se afastara da emissora. O comando, então, passaria ao Loureiro, que antes de retornar estivera (também com Doalcei) na Rádio Nacional. Um tempo em que não se imaginava a utilização do FM nas transmissões esportivas. A Tropical seria pioneira, com Cezar Rizzo, narrador, e Sergio Cabral (pai), comentarista.
Destaque
“David dá show”. Manchete AM, 760. De seg. a sex., 7h da manhã. Apresentação: David Rangel. Produção: Cássia Vieira
Memória
Depois de uma passagem pela Tupi, Luiz Nascimento voltava a Globo em agosto de 2004. Assumia os noticiários matinais.
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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Nos caminhos da informação

Quem ouve rádio nas manhãs não precisa ler jornal. (Não é necessário ter bola de cristal para saber disso). Ultimamente, excetuando o que os jornais publicam, são destaques das manhãs as notícias do trânsito nas cidades onde as emissoras se instalam, ou nas regiões próximas. O alvo principal, motoristas particulares, de ônibus, táxis e caminhões, além evidentemente, dos passageiros desses veículos. Tirante as coisas do trânsito, portos e aeroportos, sobram as notícias dos bairros, reivindicações de moradores nas rádios populares.
O radialista Luiz Augusto Gollo, que em julho substituía o Hilton Abi-Rian no “Alô Rio”, pela Nacional, demonstrou que se pode fazer rádio de manhã pouco diferente de seus colegas. Reproduzindo o noticiário dos jornais, citava sempre os repórteres e colunistas. As transmissões de futebol e outras modalidades, entrevistas ‘ao vivo’ e fatos incomuns mantêm o rádio no seu melhor sentido – o imediatismo. No mais, beira a ficção aquela história de que ele dá notícia na hora que esta acontece. Que seriam das rádios sem os jornais, tvs e a internet?
Os programas de debates sobre os temas que circulam nos veículos impressos garantem bons índices de audiência em determinadas estações. As opiniões dos participantes muito contribuem para o esclarecimento do público que não lê jornal. Sem igual compromisso com a informação o FM, mais voltado para o entretenimento, continua levando vantagem sobre o AM. A unificação das freqüências em algumas emissoras, recurso para evitar perda de mercado, é uma tendência a se multiplicar com o correr dos tempos.
Destaque
“Nossa música”. MEC AM, 800. Aos sábados, 7h da noite. Produção e apresentação de Aglaia Peltier.
Memória
Uma das primeiras FMs do país, a Tupi mudava de nome no início de agosto de 2000. Passava a se chamar Nativa.
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terça-feira, 3 de agosto de 2010

O show nosso de cada dia

No rádio moderno, a palavra show é o que não falta no nome de programas em diversos prefixos. Muito diferente do que se verificava em outros tempos, especialmente na chamada época de ouro. Emissoras populares do país, notadamente do Rio, ostentam essas atrações em suas grades. Entre os programas diários e semanais, há uma estranha profusão de shows.
Bem cedo na Tupi (3h da madrugada), tem o “Sílvio Samper show”, seguido pelo “Show da manhã”, do Clóvis Monteiro. De tarde, o “Show do Pedro Augusto”, “Show do Heleno Rottai” e “Show do Apolinho”. No mesmo período a Manchete faz o confronto: “Show do Mário Esteves”, “Show do Luiz de França” e “Show do Rafael de França”. Pelas manhãs nos dias comuns “David dá show” e, nos fins de semana “Sábado show” , com Claudio Ferreira.
Aos sábados, a Tupi apresenta nas tardes o “Show da galera” e, nas noites, o “Show de bola”, denominando-se “Super futebol show”, suas jornadas esportivas. Na madrugada do dia seguinte, “Domingo show”, nome também usado por um programa noturno da Nacional, com Cirilo Reis, que comanda diariamente o “Musishow, nos finais de tardes”.
Antes do futebol nos domingos a Nacional ainda mantém, com a Glaucia Araújo, “MPB Show” – que já foi atração diária em horário vespertino, substituído numa reformulação. A Globo, por sua vez, é a que menos se utiliza do termo. O “Show do Antônio Carlos” (único radialista que dá nome a programa na casa) e o “Futebol show”, sua incursão nesse (nada inspirado) festival.
Em tempos imemoriais (sem saudosismo), o rádio era bastante criativo em seus títulos. Pela Nacional desfilavam “Um milhão de melodias”, “Gente que brilha”, “Nada além de dois minutos”, “Papel carbono”, “Alma das coisas”, “Seu criado, obrigado”... Na Mayrink Veiga, entre outros, “A cidade se diverte”, “Vai da valsa”, “Regra de três”, “Noites cariocas”, “A estrela canta”...
Destaque
“Super madrugada”. Tupi AM 1280/FM 96,5. De seg. a sáb., entre 0h e 2h55. Apresentação: Fernando Sergio. Produção: Paula Ranieri.
Memória
Cobrindo o suicídio de Getúlio Vargas em agosto de 1954, Áureo Ameno começava na Globo. Ficaria na emissora 42 anos seguidos.
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sábado, 17 de julho de 2010

Futebolês... ecos da Copa

Sintonizava a Eldorado, de São Paulo, cabeça de uma rede de emissoras na transmissão da Copa do Mundo da África do Sul. Jogavam Alemanha e Espanha, e o narrador era Cledi Oliveira. Ele ainda se prende a alguns vícios de linguagem, nada recomendáveis a um profissional tanto tempo em atividade. Quando um jogador vai bater uma falta, Cledi capricha na inflexão e solta: “Ajeita com carinho!...”
Esse lugar-comum também faz parte do repertório do Sérgio Américo, repórter da Tupi, tão veterano quanto o narrador paulista. “Ajeita com carinho” é mais antigo que andar pra frente -- diria famosa comunicadora, há quatro anos afastada do veículo. Outra do Cledi: “Dá um tapa nela”, ao descrever, sem o menor constrangimento, a pegada de um jogador, nos lances de dois toques.
O jargão do jornalismo esportivo no rádio é cheio de firulas. Nas principais emissoras se ouve, constantemente, coisas do tipo “o nosso timaço”, “fulano faz a melhor cobertura do...”, ou, “beltrano é o mais bem informado plantão...” Têm repórteres no Rio que só abrem e fecham matéria com um “valeu então, sicrano!...” Se fosse bordão, seria perfeitamente compreensível. (Vamos reciclar!)

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Na partida entre a Inglaterra e os Estados Unidos, segundo dia do torneio, o empate em 1 a 1 prevaleceu. Felipe Cardoso, comentando o primeiro tempo, pela Globo (terminado em 1 a 0 para os ingleses), tascou: “É difícil a Inglaterra vencer os Estados Unidos com facilidade...”
Nesse mesmo dia (12 de junho), Carlos Borges transmitiria através da Nacional, Argentina e Nigéria (4 a 1 para os portenhos). Borges, distraído, assinalava na pré-hora: “Acompanhamos cedo, Coreia do Sul 1, Egito 0”. A Coreia jogou com a Grécia, e a vitória, foi por 2 a 0.

Destaque
“Momentos do jazz”. MEC AM, 800. Seg., quar., e sex. Dez da noite. Produção e apresentação de Nelson Tolipan, um expert no assunto.

Memória
Depois de 20 anos, o locutor Guilherme de Souza trocava, em julho de 1995, a Globo pela Tupi. Mudava-se para a MEC FM, ao fim de um ano.
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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Futebolês em tempo de Copa (II)

A Copa do Mundo predomina em todas as conversas, sendo destaque na pauta dos veículos impressos e eletrônicos. Em anos anteriores, as rádios importantes do país mandavam entre sete e dez profissionais para a cobertura. O alto custo das transmissões, a massificação das TVs e o avanço da internet, obrigaram essas emissoras a limitarem suas equipes no cenário do torneio.
Globo e Tupi do Rio, por exemplo, levaram para o Mundial na África do Sul, quatro representantes cada. Com a realização de nova Copa, ficou assinalada uma evidência -- a fraqueza das rádios alternativas, que não participam do evento nem pelo “tubão”. A prática, nos dias atuais, tornou-se comum em todas as emissoras -- grandes e pequenas –, seja em competições internas ou internacionais.
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“Apite comigo galera!!!”, convoca o José Carlos Araújo, instalado num estúdio em Johannesburgo.
“Confira o sinalzão que emociona a galera!!!”, alerta o Jota Santiago, diante da TV no Rio de Janeiro.
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“Aqui na Tupi, a bola não para de rolar”, afirma o Luiz Penido durante uma partida de futebol. Ele incorporou a expressão nas transmissões, depois que o Ruy Fernando lançara em 2008 na Manchete, “A bola não para”, apregoado como “um intervalo diferente”. O quadro repercutiu, e melhorou os índices da rádio. Analisando bem, não tinha nada de especial, apenas uma variação do “Balanço”, da Globo.
Ruy não se criara na Manchete, mas a idéia continuou tocada pelos sobreviventes do prefixo, onde o entra-e-sai é uma constante. O locutor da Tupi, conforme se pode observar, incomodou-se com a novidade, transformando em bordão, o que batizava um intervalo. E, dizer que “a outra” é de condição estruturalmente inferiorizada..., comparando-se com as principais concorrentes.
Destaque
“Panorama esportivo”. Globo AM 1220/FM 89,3. De seg. a sex., 22h. Apresentação: Gilson Ricardo. Produção: Marcus Vinicius Pinto.
Memória
No final de junho de 1989, Raul Seixas era entrevistado por Marcelo Nova, na Globo de São Paulo. Morria um mês e meio depois, de cirrose hepática.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Futebolês em tempo de Copa

Um time de futebol está no ataque, pressionando o adversário. Iminência de gol. Edson Mauro, na Globo, ao descrever o lance, arremata: “Quem sabe, agora vai?...” Jota Santiago narrando a mesma partida, na concorrente Tupi, faz descrição parecidíssima. Diz ele: “Quem sabe, agora?...”
Terceira opção nas transmissões no Rio, a Manchete tem entre seus locutores, Rodrigo Campos. Também utiliza com freqüência, nos lances de perigo, aquela expressão. E, na desprestigiada Nacional (17ª no mais recente boletim do Ibope), o Carlos Borges, seu principal narrador, não deixa por menos, sendo outro a repetir, o “quem sabe?...”
Segundo na hierarquia da Globo, Edson Mauro, dono de um estilo próprio tem, como se pode perceber, seguidores na profissão. Quanto a José Carlos Araújo, líder na equipe e, no ramo, nem se fala. São incontáveis, os que tentam a ele se igualar. O Daniel Pereira (Sportv), que esteve quatro anos na Manchete, é um fã declarado do Garotinho.
O rádio esportivo precisa de renovação. Os valores que se revelaram nos últimos vinte anos, não passam de cacoetes, diante do magnetismo do José Carlos. Tirante o Luiz Penido, mais próximo em estilo e credibilidade, não se vê ninguém no horizonte. Nem o Daniel, com seu talento e, muito menos o Fernando Bonan, que já confundiu alguns ouvintes, pela semelhança.
Eraldo Leite – dos poucos profissionais de emissoras do Rio no cenário da Copa – um brilhante repórter seria, numa eventual oportunidade, boa alternativa para a sucessão do José Carlos. Tem categoria suficiente para ser narrador. Se a Globo – quem sabe? -- decidisse investir nessa proposta, ele ganharia facilmente do Evaldo José, experimentado na função e bem mais jovem.
Destaque
“Giro esportivo”, na Tupi AM 1280/FM 96,5. Dez da noite. Apresentação: Wagner Menezes, de seg. a sex., e Geraldo Sena, aos dom. Produção: Renan Moura.
Memória
Em 10 de junho de 1987, Valter Lima estreava na CBN, cobrindo o dia a dia do Planalto. Ficaria pouco tempo, logo voltando para a Nacional de Brasília.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Medindo forças (II)

Os cardeais da Globo não devem ter gostado de ouvir o Daniel Pennafirme, titular do “Agito geral”, até a primeira semana de maio dizer, repetidamente, que “povo bem informado, não vota em político safado”. Daniel perdeu o emprego, quando muitos esperavam que ele seria o natural substituto no horário do “Quintal da Globo”, reduzido a programa semanal. O “Vale tudo”, com Tino Júnior mira num público mais jovem, apostando na melhoria da audiência.
Mas, pelo jeito, não é isso que está ocorrendo, uma vez que, o programa do Marcus Aurélio alcançava um outro tipo de ouvinte, de gosto e cultura diversificados. Pelas modificações que a Globo fez, a pretexto de também transmitir em FM, a Tupi agradece (não tenho qualquer procuração para tal afirmativa.) E, o Luiz Ribeiro ainda mais, pois cai na sua rede, a massa que não conseguiu, depois das primeiras apresentações, digerir o programa do Tino.
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Ele já foi “um campeão de audiência”. Hoje, é “um campeão no coração do povão”, segundo a Manchete, onde faz programa direto da sua gloriosa Barbacena. Refiro-me ao Luiz de França, dos grandes comunicadores do rádio. O show atual que apresenta nas tardes agrada a poucas pessoas, entre os muitos fiéis seguidores. Piadas sem graça, e uma linha exageradamente discursiva, são dois motivos para a rejeição. A vinheta “É França, é França, é França/em primeiro lugar...” soa falso no prefixo auto-proclamado “rádio de verdade”.
Destaque
“Ponto samba”, com Dorina, cantora e apresentadora. Nacional 1130, de segunda a sexta, 13h. Participação e produção: Rubem Confette, um especialista no gênero.
Memória
Pioneira, a Imprensa FM era arrendada pela Jovem Pan, de São Paulo, em novembro de 2000. O grupo já controlava a Fluminense, de Niterói, rebatizada de Jovem Rio.
-o- Se o rádio é sua curtição, temos um produto para você -- livro que conta curiosas histórias sobre personagens do veículo. Confira o blog: radiomania—umcronistadeplantao.blogspot.com ou email: florylemond@bol.com.br

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Medindo forças

Zero hora, terça-feira, 4 de maio de 2010. A Rádio Globo AM 1220 passa a operar também em FM (89,3). Isso acontece pouco menos de um ano depois do que fizera a Tupi AM 1280/FM 96,5. A unificação da concorrente se dera a partir de 27 de maio de 2009, uma quarta-feira. Especulou-se na ocasião, que para enfrentar a rival, a empresa desativaria a Beat, compraria a JB ou MPB.
Os 83,9 Mkz, que anos passados pertencera a Manchete, ficara posteriormente com a Nova Brasil e, ultimamente estava em poder da Nossa Rádio. Tão logo a Tupi comprara a Antena 1, transferindo sua freqüência para a Nativa, e ampliando com esta o seu alcance, o SGR reagia. A estratégia adotada foi a fusão das equipes de esportes da Globo e CBN, para explorar o FM da última.
Em seu novo processo de operação, a primeira novidade é a entrada do Tino Júnior (então na Beat 98), com o “Vale tudo na Globo”, nas noites sem futebol. O “Quintal...”, com o Marcus Aurélio, fica na grade apenas aos domingos, entre 9h e meia-noite. O quadro “Viva o rádio”, que era uma de suas atrações no final de semana, passa a integrar o “Vale tudo...”, com reprodução no “Alô bom dia”.
Destaque
“Show da manhã”, com Clóvis Monteiro, Tupi. De seg. a sáb., 6h. Produção: Gilza Nunes e Renata Henrique. Participações: Maurício Menezes e Jorge Nunes.
Memória
A Manchete CCI tirava do ar, em março de 2000, o programa do Cirilo Reis. Ele ficava no “760 tarde total”, em parceria com o Alexandre Ferreira.
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quarta-feira, 3 de março de 2010

Narradores e seus slogans

Quando José Carlos Araújo deixou a Globo para chefiar a equipe da Nacional, adotara o slogan de “o garotinho ligeiro, que transmite o jogo inteiro”.Corria o ano de 1977 e, a finalidade do lema era provocar o Waldir Amaral, que dividia com Jorge Cúri as transmissões do futebol. Waldir tentara de todos os meios evitar a saída do então jovem narrador, que acabaria construindo sua marca, pelo hábito de chamar os colegas de “garotinho”. Luiz Penido – o mais próximo concorrente -- passou a ser “o garotão da galera”, a partir de sua condição de líder, iniciada em outubro de 1988, na Tupi. Seu contemporâneo Ricardo Mazella afastado durante longa temporada, “o que inflama a galera”.
Assim como o “valeu”, bordão que o Garotinho transportou para o rádio, “galera” é palavra inseparável no vocabulário dos locutores esportivos, repórteres e comunicadores. Jota Santiago é “o que emociona a galera”;Ciro Neves, revelação da mais nova safra, “o que balança a galera”; Rodrigo Campos, “o que faz a festa da galera”; e, da novíssima geração, Odair Júnior, “o amigão da galera”. Pela repetição aqui observada, ninguém ligou o simancol, ressalvando-se Penido e Mazella, os mais rodados no ramo. Nessa profusão de slogans, narrador que se preza tem que ter o seu, a qualquer custo.
Mas, em outros tempos, os detentores cuidavam melhor do título. Exemplos do saudoso Doalcei Camargo – “o mais vibrante do Brasil” e, do ainda atualíssimo Edson Mauro -- “o bom de bola”. O Carlos Borges já foi o “da voz cristalina” e acabou optando pelo “de todos os esportes”, ficando na sua cola, o Evaldo José – “o de todas as torcidas”... Wellington Campos é “o do passarinho”, o João Guilherme, “fera na latinha, fera na telinha”. No complemento dessa lista, Daniel Pereira, “o maior talento jovem”; Maurício Moreira, “com todo o seu talento”; Fernando Bonan, “o juventude da serra”; e Hugo Leal, “o artilheiro da emoção”.

Destaque
Quintal da Globo, com Marcus Aurélio, Globo AM 1220. De dom. a sex., 20h., nas noites sem futebol. Produção: Daniel Pennafirme e Elza Afonso.

Memória
Conhecido através dos Debates populares do Haroldo de Andrade, Padre Lemos assumia, em março de de 1996, a Oração da Ave-Maria, na Tupi.

*** Leia, e recomende aos seus amigos: Radiomania – um cronista de plantão, lançado em 2009 na XIV Bienal, no Riocentro. Solicite pelo email florylemond@bol.com.br e receba via CEDEX. Exemplar: 30 reais. .

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O cantinho de cada um

No final da noite em 30 de janeiro, o comunicador Daniel Pennafirme dizia: “Emilinha Borba fez regravações de seus principais sucessos antes de falecer”. (O óbvio, não?) Precedendo a seleção com a inesquecível artista, ele apresentou outra com o Cauby Peixoto,desta vez sem motivo algum para entrar no quadro em que reproduz gaffes de colegas de emissora. Aconteceu durante o “Cantinho do tango e do bolero”, seção nova do Agito geral, onde é titular desde que a Globo dispensou o David Rangel, em março do ano passado.
(Naquele dia, Daniel apenas participava, pois o Agito... era comandado por Luiz Torquato, produtor do programa em São Paulo.) Uma boa promessa da nova geração do rádio no Rio, o moço está longe do ocupante anterior do horário. Com ele, o programa sofreu diversos ajustes no período, para segurar a audiência. O quadro recente é descarada cópia do “Cantinho do Júlio Iglesias”, do Washington Rodrigues, no Domingo show, de madrugada na Tupi. Tal como este, atende a pedidos musicais dos ouvintes.
Em seu programa diário, pelas manhãs, na Rádio Nacional, Daysi Lúcidi também tem um “cantinho”. É o Cantinho da saudade, feito da mesma forma que o “novo” do Pennafirme e o antigo do Apolinho – criado no tempo em que ele brilhava nas madrugadas da Globo. A diferença reside somente no gênero, com prioridade para músicas brasileiras.
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O futebol na Manchete perdeu mais um de seus profissionais. Com a saída do Daniel Pereira, o número de remanescentes do grupo formado em maio de 2006 ficou reduzido aos bem rodados João Guilherme e Fábio Tobino, os novatos Cassiano Carvalho e Márcio Nogueira. Em três anos e meio, passaram por lá (rapidamente) Ronaldo Castro, Rui Fernando, Ricardo Mazella, Rubem Leão e Sérgio Maurício.
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Cirilo Reis mostrou, na terça-feira 2 de fevereiro, a força do seu prestígio e do Musishow, que comanda há mais de vinte anos na Rádio Nacional, detendo o maior ibope da casa. Numa apresentação ao vivo, estrelada por Jerry Adriani, da Jovem Guarda, Cirilo curtiu o êxito de outras promoções, com o auditório da emissora lotado. Comemorava-se o aniversário do cantor, ocorrido em 29 de janeiro.

Destaque
Programa Luiz Ribeiro. Tupi AM 1280/FM 96,5. De seg. a sex., 20h, nas noites sem futebol. Produção: Luana Alves

Memória
O repórter Genilson Araújo era contratado pelos Sistema Globo de Rádio em junho de 1994. Ficara desempregado no ano anterior, com o fechamento da JB AM.

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Será que agora vai?

Alvíssaras! Alvíssaras! O dono de um jornal próximo de Niterói costumava usar essa expressão toda vez que anunciávamos boas notícias a serem publicadas no seu diário, onde trabalhávamos. Alvíssaras, alvíssaras, – repetimos nós, ao sintonizar a Nacional, na quarta- feira, 20 e depararmos com o Ricardo Mazella, narrando a partida em que o Fluminense venceu o Bangu por 3a0, pelo Campeonato Estadual.Será que a estatal agora vai deslanchar, os seus dirigentes acordaram da letargia em que se encontravam?
Não tem explicação uma emissora da importância da Nacional limitar-se ao Carlos Borges para as transmissões do futebol (e, às vezes) lançar o André Luiz Mendes, radicado em Brasília, nos jogos com os times do Rio. Fica faltando o governo liberar verba e a rádio contratar repórteres e setoristas, para competir em igualdade com as outras estações. Como em outros tempos.
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A Tupi voltou atrás e devolveu ao Clóvis Monteiro e Francisco Barbosa, o espaço retirado há quase um ano. Os dois ficaram espremidos em seus horários, atropelando palavras. Isso, devido a entrada de um segundo programa do Pedro Augusto intermediando o deles, que, pelo jeito, não atingiu o objetivo pretendido -- minar a audiencia do padre Marcelo Rossi, na Globo.
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Falar na emissora dos Marinho, foi supimpa (como diziam os antigos) a atuação do Maurício Bastos no comando do Globo cidade, durante as férias do Eraldo Leite. É um dos melhores da novíssima geração de profissionais do rádio no Rio. E, quem não tinha ouvido o programa (mudou o formato em abril), deve ter pensado que o titular era ele, Maurício, talentoso em qualquer função.

Destaque
Alô Daysi, com Daysi Lúcidi. Nacional AM 1130, de seg. a sex., 11 horas da manhã. Produção Fátima Bonfim.

Memória
Em fevereiro de 1995, Robson Alencar, bamba das vinhetas e chamadas, que se projetara na Mundial, estreava na Tupi AM, com um programa nas madrugadas.

Bons e maus momentos

Quem curte rádio com ouvidos críticos pode numa semana, num mês ou, até numa temporada, avaliar os bons e maus momentos do veículo. Selecionamos do primeiro caso, em 2009, estes:
“Seu Manuel Tamancas”, personificado por Luizinho Campos, com sua verve inesgotável, no programa do Francisco Barbosa, na Tupi;
a entrevista do Marcus Aurélio com o Paulo Giovanni (sucesso na Globo, décadas de 70/80), no Quintal, quadro “Viva o rádio”, domingo, 5 de abril;
na Manchete, a partir de setembro, a atuação do Mário Esteves, com a original “Secretária eletrônica, o “Esse nome é bom lembrar” e “Dois tempos” – revival das trilhas sonoras de novelas;
a nova estrutura da MPB FM (programas titulados em vez de programação corrida) e a contratação de Sidney Rezende para responder pelos noticiários;
no Alô Rio, do Hilton Abi-Rian, pelos 73 anos da Nacional, trechos de memoráveis programas, e a participação de Mário Silva, mostrando uma versatilidade que o público não conhecia;
ainda na tradicional emissora, os especiais Alma das coisas, com Daysi Lúcidi, Gerdal dos Santos, Pedro Paulo Gil e outros, entre o Natal e Ano Novo. Miniprogramas reativando o rádio-teatro da casa;
e, no Se liga Rio, do Roberto Canázio, o especial sobre Dalva de Oliveira e Herivelto Martins, a propósito da minissérie que a televisão estrearia no dia 4 de janeiro. José Messias, Luiz Vieira e Ricardo Cravo Albin enriqueceram o programa com seus depoimentos. Em 9 de dezembro a apresentação, reprisada no primeiro dia de 2010.
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Selecionamos, do outro lado, a constante instabilidade técnica da Rádio Livre e o consequente desligamento de Carlos Bianchini, sua principal referência;
o retumbante fracasso da Mundial, que tinha uma proposta inovadora, e decepcionava dezenas de profissionais;
a extinção do futebol na Bandeirantes, que deixou de honrar compromissos trabalhistas com os componentes de sua equipe;
o ingresso de Verônica Costa (“a gloriosa” do funk) na programação da Manchete, fazendo gente da própria rádio torcer o nariz;
e a escalação do produtor Carlos Alberto Silva no Painel, da Nacional, no lugar da comunicadora Gláucia Araújo.

Destaque
Arte em revista, agenda cultural produzida e apresentada por Jota Carlos. MEC AM, 800. De seg. a sex., 6h da tarde.

Memória
Juçara Carioca estreava em agosto de 2000, programa próprio na Tupi, onde reingressara no ano anterior para trabalhar com o Clóvis Monteiro.

Rádio Globo, 65 anos

Luiz Mendes, decano da profissão em atividade e um dos fundadores da Rádio Globo, foi o grande homenageado na festa dos 65 anos da emissora, sábado 12 de dezembro, no Maracanãzinho. Falando sobre sua longa carreira, emocionou-se ao recordar de companheiros que já se foram, e ajudaram a construir a vitoriosa estação.
Maior ibope da casa atualmente, o padre Marcelo Rossi se constituiu na principal atração, aplaudido pelo público que lotou as dependências do ginásio, onde compareceram Alcione, Exaltasamba, Grupo Pixote, Rick Vallen e outros artistas populares. O show, apresentado por Loureiro Neto e José Carlos Araújo, contou com a presença de comunicadores, locutores, repórteres e demais funcionários da empresa.
Em discurso de agradecimento aos que garantem a elevada audiência da emissora, o diretor-geral do Sistema Globo, Rubem Soares, prometeu novidades para o próximo ano. A valorização do ouvinte, segundo ele, continuará sendo o objetivo básico da rádio.

-o- Dar nome a uma obra de arte (filme, peça de teatro, livro e outras manifestações) é muito importante. Na relação inclui-se, com certeza, programas de rádio. Aparentemente, fácil. No entanto, o difícil é pensar, criar. A Nacional lançou, na segunda semana de dezembro, Domingo show, ao anoitecer. O Cirilo Reis, que comanda diariamente o Musishow (olha a semelhança!), foi escalado para apresentar o novo cartaz.
Reporto-me a um livro do Fernando Gabeira, para questionar o Marcos Gomes, coordenador de programação da estatal. Que é isso companheiro? Domingo show é o nome de um programa da Tupi, muito bem conduzido pelo versátil Garcia Duarte, há seguramente três anos. Vai ao ar nas madrugadas, horário impróprio pra gente comum; não pra um executivo. Saber os trunfos da concorrência faz parte do jogo, mas copiar nada tem a ver com pessoas talentosas, “né” Marcos?...

Destaque
Programa Francisco Barbosa, Tupi AM 1280/FM 96,5. De seg. a sáb., 10h da manhã. Produção: Ricardo Alexandre e Priscila Santos. Participações especiais: Luizinho Campos, Luiz Ainbinder e Pedro Costa

Memória
Com passagens por diversas emissoras, Carlos Bianchini voltava a trabalhar na Globo. Estreava como noticiarista em 8 de março de 1997, no horário da manhã, em que atuara por muitos anos, o Isaac Zaltman.

-o- Se o rádio é uma curtição pra você, eis aqui um livro certo para a sua leitura: Radiomania, um cronista de plantão. Conta curiosidades sobre o veículo, focalizando personagens que fazem (ou fizeram) a história desse importante meio de comunicação.