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domingo, 29 de agosto de 2010

As ondas médias no futebol

Se o Bruno Mazzeo não se equivocou, andei cochilando nas minhas audiências, uma das fontes que alimentam este blog – ninguém é infalível. Em sua coluna de “O Globo”dia 17 agosto, Mazzeo discorria sobre o futebol, sua paixão, e de ter abandonado o hábito de ouvir transmissões esportivas pelo rádio. Ele ia ao hospital visitar o pai, Chico Anísio, e aproveitando o engarrafamento (pequeno, pois era domingo), sintonizara o “Enquanto a bola não rola”, na Globo AM.
“Eu nunca sonhei em ser jogador de futebol. Mas já sonhei em ser locutor de futebol”, dizia ao lembrar dos programas que ouvia na volta do colégio e antes de dormir. Na sua concepção, o “Enquanto a bola...” era obrigatório nos dias de futebol, reunindo verdadeiras feras: Washington Rodrigues, Sergio Noronha, Celso Garcia... O programa tinha o comando do Kleber Leite e, segundo Mazzeo, também participavam Luiz Mendes, Loureiro Neto e Gerson, “o canhotinha de ouro”.
Nos meus registros, desses três nenhum atuava no programa com o Kleber. Mendes ainda integrava a equipe da Nacional, os outros estavam na Tupi trabalhando com Doalcei Camargo, sendo Loureiro apresentador do “Bola rolando”, o concorrente do horário, entre meio-dia e 2h. Affonso Soares, Áureo Ameno e Francisco Horta eram outras figuras do “Enquanto a bola...” que o Kleber lançara na Tupi em 1985. (O Áureo substituía o titular nos seus eventuais impedimentos).
Loureiro e Gerson haviam passado pela Globo numa etapa anterior, mas nesse programa só vieram a atuar (o Mendes, inclusive) depois que o Kleber se afastara da emissora. O comando, então, passaria ao Loureiro, que antes de retornar estivera (também com Doalcei) na Rádio Nacional. Um tempo em que não se imaginava a utilização do FM nas transmissões esportivas. A Tropical seria pioneira, com Cezar Rizzo, narrador, e Sergio Cabral (pai), comentarista.
Destaque
“David dá show”. Manchete AM, 760. De seg. a sex., 7h da manhã. Apresentação: David Rangel. Produção: Cássia Vieira
Memória
Depois de uma passagem pela Tupi, Luiz Nascimento voltava a Globo em agosto de 2004. Assumia os noticiários matinais.
--o—Você tem paixão pelo rádio? Nós temos “Radiomania, um cronista de plantão”. Queira informar endereço e CEP pelo e-mail florylemond@bol.com.br para receber o seu exemplar em casa. Valor: 35 reais incluindo o SEDEX.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Nos caminhos da informação

Quem ouve rádio nas manhãs não precisa ler jornal. (Não é necessário ter bola de cristal para saber disso). Ultimamente, excetuando o que os jornais publicam, são destaques das manhãs as notícias do trânsito nas cidades onde as emissoras se instalam, ou nas regiões próximas. O alvo principal, motoristas particulares, de ônibus, táxis e caminhões, além evidentemente, dos passageiros desses veículos. Tirante as coisas do trânsito, portos e aeroportos, sobram as notícias dos bairros, reivindicações de moradores nas rádios populares.
O radialista Luiz Augusto Gollo, que em julho substituía o Hilton Abi-Rian no “Alô Rio”, pela Nacional, demonstrou que se pode fazer rádio de manhã pouco diferente de seus colegas. Reproduzindo o noticiário dos jornais, citava sempre os repórteres e colunistas. As transmissões de futebol e outras modalidades, entrevistas ‘ao vivo’ e fatos incomuns mantêm o rádio no seu melhor sentido – o imediatismo. No mais, beira a ficção aquela história de que ele dá notícia na hora que esta acontece. Que seriam das rádios sem os jornais, tvs e a internet?
Os programas de debates sobre os temas que circulam nos veículos impressos garantem bons índices de audiência em determinadas estações. As opiniões dos participantes muito contribuem para o esclarecimento do público que não lê jornal. Sem igual compromisso com a informação o FM, mais voltado para o entretenimento, continua levando vantagem sobre o AM. A unificação das freqüências em algumas emissoras, recurso para evitar perda de mercado, é uma tendência a se multiplicar com o correr dos tempos.
Destaque
“Nossa música”. MEC AM, 800. Aos sábados, 7h da noite. Produção e apresentação de Aglaia Peltier.
Memória
Uma das primeiras FMs do país, a Tupi mudava de nome no início de agosto de 2000. Passava a se chamar Nativa.
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terça-feira, 3 de agosto de 2010

O show nosso de cada dia

No rádio moderno, a palavra show é o que não falta no nome de programas em diversos prefixos. Muito diferente do que se verificava em outros tempos, especialmente na chamada época de ouro. Emissoras populares do país, notadamente do Rio, ostentam essas atrações em suas grades. Entre os programas diários e semanais, há uma estranha profusão de shows.
Bem cedo na Tupi (3h da madrugada), tem o “Sílvio Samper show”, seguido pelo “Show da manhã”, do Clóvis Monteiro. De tarde, o “Show do Pedro Augusto”, “Show do Heleno Rottai” e “Show do Apolinho”. No mesmo período a Manchete faz o confronto: “Show do Mário Esteves”, “Show do Luiz de França” e “Show do Rafael de França”. Pelas manhãs nos dias comuns “David dá show” e, nos fins de semana “Sábado show” , com Claudio Ferreira.
Aos sábados, a Tupi apresenta nas tardes o “Show da galera” e, nas noites, o “Show de bola”, denominando-se “Super futebol show”, suas jornadas esportivas. Na madrugada do dia seguinte, “Domingo show”, nome também usado por um programa noturno da Nacional, com Cirilo Reis, que comanda diariamente o “Musishow, nos finais de tardes”.
Antes do futebol nos domingos a Nacional ainda mantém, com a Glaucia Araújo, “MPB Show” – que já foi atração diária em horário vespertino, substituído numa reformulação. A Globo, por sua vez, é a que menos se utiliza do termo. O “Show do Antônio Carlos” (único radialista que dá nome a programa na casa) e o “Futebol show”, sua incursão nesse (nada inspirado) festival.
Em tempos imemoriais (sem saudosismo), o rádio era bastante criativo em seus títulos. Pela Nacional desfilavam “Um milhão de melodias”, “Gente que brilha”, “Nada além de dois minutos”, “Papel carbono”, “Alma das coisas”, “Seu criado, obrigado”... Na Mayrink Veiga, entre outros, “A cidade se diverte”, “Vai da valsa”, “Regra de três”, “Noites cariocas”, “A estrela canta”...
Destaque
“Super madrugada”. Tupi AM 1280/FM 96,5. De seg. a sáb., entre 0h e 2h55. Apresentação: Fernando Sergio. Produção: Paula Ranieri.
Memória
Cobrindo o suicídio de Getúlio Vargas em agosto de 1954, Áureo Ameno começava na Globo. Ficaria na emissora 42 anos seguidos.
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