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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Futebolês em tempo de Copa (II)

A Copa do Mundo predomina em todas as conversas, sendo destaque na pauta dos veículos impressos e eletrônicos. Em anos anteriores, as rádios importantes do país mandavam entre sete e dez profissionais para a cobertura. O alto custo das transmissões, a massificação das TVs e o avanço da internet, obrigaram essas emissoras a limitarem suas equipes no cenário do torneio.
Globo e Tupi do Rio, por exemplo, levaram para o Mundial na África do Sul, quatro representantes cada. Com a realização de nova Copa, ficou assinalada uma evidência -- a fraqueza das rádios alternativas, que não participam do evento nem pelo “tubão”. A prática, nos dias atuais, tornou-se comum em todas as emissoras -- grandes e pequenas –, seja em competições internas ou internacionais.
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“Apite comigo galera!!!”, convoca o José Carlos Araújo, instalado num estúdio em Johannesburgo.
“Confira o sinalzão que emociona a galera!!!”, alerta o Jota Santiago, diante da TV no Rio de Janeiro.
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“Aqui na Tupi, a bola não para de rolar”, afirma o Luiz Penido durante uma partida de futebol. Ele incorporou a expressão nas transmissões, depois que o Ruy Fernando lançara em 2008 na Manchete, “A bola não para”, apregoado como “um intervalo diferente”. O quadro repercutiu, e melhorou os índices da rádio. Analisando bem, não tinha nada de especial, apenas uma variação do “Balanço”, da Globo.
Ruy não se criara na Manchete, mas a idéia continuou tocada pelos sobreviventes do prefixo, onde o entra-e-sai é uma constante. O locutor da Tupi, conforme se pode observar, incomodou-se com a novidade, transformando em bordão, o que batizava um intervalo. E, dizer que “a outra” é de condição estruturalmente inferiorizada..., comparando-se com as principais concorrentes.
Destaque
“Panorama esportivo”. Globo AM 1220/FM 89,3. De seg. a sex., 22h. Apresentação: Gilson Ricardo. Produção: Marcus Vinicius Pinto.
Memória
No final de junho de 1989, Raul Seixas era entrevistado por Marcelo Nova, na Globo de São Paulo. Morria um mês e meio depois, de cirrose hepática.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Futebolês em tempo de Copa

Um time de futebol está no ataque, pressionando o adversário. Iminência de gol. Edson Mauro, na Globo, ao descrever o lance, arremata: “Quem sabe, agora vai?...” Jota Santiago narrando a mesma partida, na concorrente Tupi, faz descrição parecidíssima. Diz ele: “Quem sabe, agora?...”
Terceira opção nas transmissões no Rio, a Manchete tem entre seus locutores, Rodrigo Campos. Também utiliza com freqüência, nos lances de perigo, aquela expressão. E, na desprestigiada Nacional (17ª no mais recente boletim do Ibope), o Carlos Borges, seu principal narrador, não deixa por menos, sendo outro a repetir, o “quem sabe?...”
Segundo na hierarquia da Globo, Edson Mauro, dono de um estilo próprio tem, como se pode perceber, seguidores na profissão. Quanto a José Carlos Araújo, líder na equipe e, no ramo, nem se fala. São incontáveis, os que tentam a ele se igualar. O Daniel Pereira (Sportv), que esteve quatro anos na Manchete, é um fã declarado do Garotinho.
O rádio esportivo precisa de renovação. Os valores que se revelaram nos últimos vinte anos, não passam de cacoetes, diante do magnetismo do José Carlos. Tirante o Luiz Penido, mais próximo em estilo e credibilidade, não se vê ninguém no horizonte. Nem o Daniel, com seu talento e, muito menos o Fernando Bonan, que já confundiu alguns ouvintes, pela semelhança.
Eraldo Leite – dos poucos profissionais de emissoras do Rio no cenário da Copa – um brilhante repórter seria, numa eventual oportunidade, boa alternativa para a sucessão do José Carlos. Tem categoria suficiente para ser narrador. Se a Globo – quem sabe? -- decidisse investir nessa proposta, ele ganharia facilmente do Evaldo José, experimentado na função e bem mais jovem.
Destaque
“Giro esportivo”, na Tupi AM 1280/FM 96,5. Dez da noite. Apresentação: Wagner Menezes, de seg. a sex., e Geraldo Sena, aos dom. Produção: Renan Moura.
Memória
Em 10 de junho de 1987, Valter Lima estreava na CBN, cobrindo o dia a dia do Planalto. Ficaria pouco tempo, logo voltando para a Nacional de Brasília.