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domingo, 30 de janeiro de 2011

O novo melhor que o titular

Comentarista esportivo há pouco tempo Jorge Ramos assumiu, nas férias do Carlos Borges, o comando de “No mundo da bola”, cartaz da Nacional. Mais antigo do gênero no rádio do Rio, criação do lendário Antônio Cordeiro, o programa surgiu em 1947. Transmitido às 11h e meia da noite perto de uma década, “No mundo...” ganhou melhor ritmo com o novo contratado, embora tenha a participação de setoristas amadores em vez de profissionais experientes.
Ramos, locutor com passagens por diversos prefixos, começou a comentar futebol em 2005 na Roquette Pinto, integrando a equipe do Luiz Carlos Silva, que acumulava funções na inexpressiva Rádio Livre. Carlos Borges é titular de “No mundo...” desde setembro de 1996. Ao longo dos anos, quando o programa ia ao ar nos finais de tardes, passaram por ele Vitorino Vieira, Paulo César Tênius, Júlio César Santana, José Carlos Araújo e Luiz Penido, entre outros.
// Há nove anos fazendo programa noturno na Rádio Tupi -- um dos principais trunfos da emissora --, Luiz Ribeiro consolidou ainda mais sua trajetória profissional. Seu apurado senso de repórter levou-o do estúdio no Rio para um posto avançado em Teresópolis, centro da tragédia na Região Serrana, dia 12 deste mês. O nível do trabalho que desenvolveu no período foi um dos destaques em meio a cobertura da mídia impressa e eletrônica. Rádio com R maiúsculo.
// Comuns na hora do rush nos tempos modernos nas grandes metrópoles, engarrafamentos incomodam a muita gente. Segundo pesquisa recente, 66,6 por cento dos brasileiros sofrem com o problema. É pauta natural nas redações das emissoras, principalmente populares. “O trânsito está complicado...” -- explicam alguns repórteres que cobrem o assunto. Falam todo dia a mesma coisa, como se não existissem outros termos para definir a situação.
A escolha é sua
-/- “Nossa terra, nossa gente”, com Luiz Vieira. Sucesso AM 710 -- de segunda a sexta, às 6h.
-/- “David dá show”, com David Rangel. Manchete AM 760 -- de segunda a sexta, às 7h.
-/- “Alô Rio”, com Hilton Abi-Rihan. Nacional AM 1130 -- de segunda a sexta, às 8h.
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domingo, 23 de janeiro de 2011

Ouvinte de uma só emissora

K, um sapateiro brigou feio com a mulher que foi pegar um dinheiro extra em sua loja. Ela simplesmente girou o botão do dial, depois de resmungar “que coisa horrível isso!” O artesão ouvia a “Patrulha da cidade”. (*1) –o— M, bancário em boa forma física, peladeiro de fins de semana, quase despediu a arrumadeira, por ter tirado da estação o seu rádio-relógio. Não perde por nada as audições do “Panorama esportivo”. (*2) –o-- R, doméstica na faixa de 50 anos de idade, ameaçou de surra um sobrinho que mexera no seu rádio portátil. Sua emissora é aquela em que o Luiz de França trabalha. Acompanha-o sempre. (*3)
Historinhas (e exageros) à parte, impressiona-me as pessoas que, ao longo dos dias, semanas, meses e anos ouvem uma só emissora de rádio. Gente admirável. Fidelidade tamanha pode ser comparada a de escudeiros inarredáveis. Tomemos, por exemplos, as mais populares do Rio -- Globo, Tupi e Manchete. Que o ouvinte escolha uma delas como favorita. Dentro das disponibilidades – lá está ele sintonizado e, conforme o grau de dedicação, sabe quase tudo a respeito de programas, comunicadores. “Na Rádio Globo você fica bem informado!” “Na Rádio Tupi você fica muito bem informado!” (Manchete copia a Globo).
Os promocionais acima lembram o escritor canadense Marshall McLuhan, considerado o “Papa” da moderna comunicação, que ensinava: “A melhor maneira de conquistar o público é se dirigir a ele no singular”. Bem informados, de fato, são alguns profissionais do meio e classes privilegiadas que dispõem de recursos para ler jornais, revistas, livros, freqüentarem cinemas e teatros regularmente, ou até, visitarem os museus das cidades... O noticiário das rádios e das televisões no dia a dia – pela dinâmica dos veículos – é, normalmente, superficial. Na realidade, ficam mais ou menos informados, os que se limitam a essas mídias.
(*1) Criação de Affonso Soares na Tupi, existe há 50 anos. Apresentado por Coelho Lima, tem participações de Garcia Duarte e dos atores Cordélia Santos, Maurício Manfrini, Marcus Veras e Simone Molina.
(*2) Lançado na Globo em janeiro de 1985, o primeiro apresentador foi Eraldo Leite. Com o afastamento dele, que se transferiu para a Tupi em 1988 seguindo um grupo de dissidentes, Gilson Ricardo assumiu o posto.
(*3) Luiz de França mudou-se para a Manchete em maio de 2007. Fez carreira gloriosa na Globo, sua segunda rádio no Rio, até dezembro de 1998. Em fevereiro de 1999 voltava a Tupi, que seria o seu novo endereço.
--o-- O rádio é a sua praia? “Radiomania, um cronista de plantão” atende o seu interesse. Para receber o exemplar em casa, informe-nos pelo e-mail florylemond@bol.com.br seu endereço e CEP. Valor: 25 reais, SEDEX a cobrar.

sábado, 15 de janeiro de 2011

As trilhas sonoras da Montenegro

Nome de ponta entre os principais na lista de preferências do novelista Sílvio de Abreu, a atriz Fernanda Montenegro aproveitou uma folga nas gravações finais de “Passione” e prestou depoimentos na Rádio MEC FM. Foi no “Kinoscope”, programa apresentado às quintas-feiras, dez da noite que fala sobre trilhas sonoras de filmes, onde Fabiana Canosa entrevista uma celebridade. O primeiro da série com a dama do teatro aconteceu no dia 6 deste mês.
Estas as favoritas de Fernanda no programa da 98,9: “Douce France” (Charles Trenet); “O cangaceiro” (Tradicional); “Street scene” (Alfred Newman); “Último tango em Paris” (Gato Barbieri); “...E o vento levou” (Max Steiner); “Rastros de ódio” (Max Steiner); “O homem do braço de ouro” (Elmer Bernstein); “Era uma vez no oeste” (Ennio Moricone); “Lope” (Jorge Drexler); “Ben-Hur” (Miklos Rosza); e “O amor nos tempos do cólera” (Antonio Pinto).
Fernanda iniciou-se como locutora em 1945 na MEC AM – a pioneira no país. Em 1947 na Guanabara (Bandeirantes desde os anos 80), conheceu Chico Anísio, atuando com ele em peças de rádio-teatro. Chico se classificara em segundo lugar num concurso de locutores, de que Sílvio Santos foi o vencedor. O começo do humorista ocorreu no programa “Poemas da madrugada”, em que ele declamava poesias, intermediadas por músicas.
// Brasileiro naturalizado, Fábio Antônio é o novo chefe de jornalismo da Rádio Manchete, em que trabalhara em 2006 na volta da emissora ao “dial”, permanecendo pouco tempo. Passou pela Roquette Pinto, Mundial (cujo projeto de inovação fracassara) e Sucesso, ex-Carioca. Foi produtor do “Programa Haroldo de Andrade” com Wilson Silva e Márcio de Souza, na derradeira equipe do saudoso comunicador, que a Globo dispensara em 2002.
A escolha é sua
-/- “Show do Antônio Carlos”. Globo AM 1220/FM 89,3. De segunda a sábado, às 6h da manhã.
-/- “Show da manhã do Clóvis Monteiro”. Tupi AM 1280/FM 96,5. De segunda a sábado, às 6h.
-/- “Jornal da CBN, 1ª edição”, com Heródoto Barbeiro. CBN AM 860/FM 92,5. De segunda a sexta, às 6h.
-o- O rádio é a sua praia? “Radiomania, um cronista de plantão” atende o seu interesse. Para receber o exemplar em casa, informe-nos pelo e-mail florylemond@bol.com.br seu endereço e CEP. Valor: 25 reais, SEDEX a cobrar.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Uma enciclopédia empoeirada

Veteraníssimo homem de rádio, Osmar Frazão sabe tudo sobre música popular brasileira de mil novecentos e antigamente. É uma verdadeira enciclopédia amparada pelos inúmeros verbetes do cancioneiro do país. Nas manhãs de domingos (reprise às segundas-feiras, à noite), ele mantém na Rádio Nacional, o “Histórias do Frazão”. Ao contrário de colegas de sua época – Daysi Lúcidi e Ricardo Cravo Albin, por exemplos --, Frazão não se modernizou.
O seu comportamento na condução do programa é absurdamente linear. A cada música apresentada, faz as mesmas observações: “E, então, vocês gostaram da música tal, de beltrano e sicrano?” – indaga, arrematando: “Eu tenho absoluta certeza de que vocês gostaram!” Imagina você, leitor que nos acompanha, um programa tocando doze músicas em média e, nos intervalos dentro de uma hora, esse ramerrão martelando nos seus ouvidos...
A audiência, provavelmente, não deve ultrapassar o círculo de familiares e amigos, pouco atentos. E, dizer que o Frazão foi, durante certo período, diretor-superintendente da velha emissora. Algumas coisas mudaram na rádio depois do processo de revitalização inaugurado em julho de 2004. Mas, ainda existem por lá, empoeirados escaninhos. Explicam-se daí, as dificuldades encontradas pelo Marcos Gomes, o mais novo executivo.
// O rádio se renova com o passar dos anos. (Renovar é preciso). Nesse prisma tem gente qualificada atuando. Na própria Nacional, uma Dorina (“Ponto samba”) e um Geraldo do Norte (“No tabuleiro do Brasil”).
// Versátil, Maurício Bastos, da Globo, é dos bons valores da última geração. Eugênio Leal, do esporte na Tupi, de uma safra anterior, outro valor muito bom em suas múltiplas tarefas.
// Ouço falarem maravilhas do Rafael de França, comunicador da Manchete -- operador de áudio no começo da carreira. Não percebo nada de especial no moço , que vive imitando o avô famoso, de quem foi auxiliar.
// Rafael de França – um comunicador à procura de sua identidade -- e o Julinho Ti-ti-ti da mesma rádio são, (com licença do Washington Rodrigues, o Velho Apolo) “doses pra mamute”...
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