Total de visualizações de página

Confira a hora certa!

domingo, 24 de abril de 2011

Os 40 anos do "Alô Daysi"

Uma audição especial no auditório na terça-feira 19 deste mês marcou os 40 anos do programa de Daysi Lúcidi (“Alô Daysi”), na Rádio Nacional. Companheiros, amigos e admiradores homenagearam a comunicadora e atriz. -- Daysi é “a dama do rádio” -- afirmou Hilton Abi-Rian, ao enaltecer suas qualidades. Traçava um paralelo com Hebe Camargo, denominada “a dama da televisão”.
Em mensagem gravada, Luiz Mendes fez um breve histórico sobre a vida dos dois no rádio. Casados há sessenta e três anos, eles se conheceram nos bastidores da Globo. A dupla e o falecido Luiz de Carvalho apresentavam um programa de variedades. Locutor que ainda não se dedicava ao esporte, Mendes anunciava, entre outras coisas, o rádioteatro de que Daysi participava.
Atriz das novelas da Nacional, onde se consagrou, ela atuara também no “Seu criado, obrigado”, com César Ladeira, uma das vozes mais apreciadas no ramo. O “Alô Daysi” foi pioneiro no item prestação de serviços, e possibilitou o ingresso da radialista na política. Daysi se elegeu vereadora e deputada durante o período que estivera ausente da televisão, veículo para o qual migrara.
Em junho de 2002, ao liderar um movimento contra a ameaça de a Nacional se tornar uma repetidora da matriz em Brasília, ela foi punida pela direção da emissora, suspensa por uma semana. Com a revitalização da Nacional em 2004, algumas coisas mudaram e, o “Alô Daysi” passou a semanal, aos sábados. Voltaria a ser diário (estágio atual, 11h da manhã), em fevereiro de 2009.
// Desde os anos 70 quando desativou o radioteatro a Nacional reprisa “A Vida de Nosso Senhor Jesus Cristo”, de Giusseppe Ghiaroni. Clássico no gênero, tem a participação de grande elenco dirigido por Floriano Faissal. Narração de César Ladeira e locução de Reinaldo Costa. Em anos anteriores nas Sextas-Feiras Santa, módulos ao longo do dia. Neste, um só, com três horas de duração.
A escolha é sua
-/- “Show do Luiz de França”. Manchete 760, de segunda a sexta, 15h.
-/- “Show do Apolinho”, com Washington Rodrigues. Tupi AM/FM, de segunda a sexta, 17h.
-/- “Musishow”, com Cirilo Reis. Nacional 1130, de segunda a quinta, às 17h e, aos sábados, depois do futebol.
-o- O rádio é a sua praia? “Radiomania, um cronista de plantão” – o livro para Você. Receba o exemplar em casa, bastando nos informar dados essenciais, endereço e CEP. Valor: 25 reais, SEDEX a cobrar. Nosso e-mail: florylemond@bol.com.br

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Em busca da audiência perdida

Amantes do rádio asseguram que recentes boletins do Ibope deixaram os cardeais da Globo em polvorosa. Na engenharia do tráfego-audiência os sinais estacionaram no amarelo. Até os índices do José Carlos Araújo registraram queda. Tirante os programas do Antônio Carlos e do padre Marcelo Rossi, no Rio a situação ficou pra lá de Marrakeschi, daí resultando as modificações feitas no limiar da segunda quinzena de março.
As medidas adotadas nas semanas posteriores constataram que, modificar a programação não foi o bastante. Segundo os amantes observadores, para reconquistar ouvintes o melhor caminho é ir ao encontro deles nas ruas, praças públicas, proximidades de supermercados. Alternativas que, eventualmente, também poderão ser colocadas em prática: apresentações de programas em clubes, churrascarias e shoppings centers.
Antes da nova programação, uma repórter visitava os bairros levantando os problemas da comunidade. E, periodicamente, um comunicador fazia shows externos. Agora são três, em espaço menor de rodízio. Enquanto os executivos da Rua do Russel revisam as engrenagens do veículo, na Rua da Assembleia a voz potente do Cláudio Ferreira ecoa: ”A nova programação da Manchete está dando o que falar!” E, enumera as atrações.
Seria um fato real, ou simples estratégia de marketing? A emissora alardeia coisas que não possui. Embora reúna em seus quadros valores do nível de um Luiz de França, Mário Esteves e David Rangel, é inferior no conjunto, comparado-se ao da Globo e da Tupi. Inferiorizada inclusive no jornalismo – base do moderno rádio de verdade. Seu objetivo é chamar a atenção, como o empresário novato, que busca agradar ao mercado.
// Grávida, Ana Paula Arósio ganhou capa de publicação semanal. “O pai é o cara que ela casou” (sic) -- assim alguém falava com o Tino Júnior (“Vale tudo...”), quarta-feira 6 deste mês. Esse tipo de enfoque aumentou nas rádios populares com a proliferação de revistas de celebridades. Antes, era só a Juçara Carioca. Depois, apareceu Ana Paula Portuguesa. Hoje, um time explora o filão. “No ar, ‘Show de fofocas’. Oferecimento: Tri-co-li-ne.”
A escolha é sua
-/- “Viva música”, com Heloísa Fischer (crônicas). MEC FM 98,9 -- de segunda a domingo, 13h. -/- “A voz das periferias”, com MV Bill. Roquette Pinto FM 94,1 -- de segunda a sexta, 13h. -/- “CBN total, variedades”, com Adalberto Pioto. CBN AM/FM, de segunda a sexta, 14h. -/- “Almanaque carioca”, com Amauri Santos. MEC AM, de segunda a sexta, 14.

terça-feira, 5 de abril de 2011

A trajetória de um campeão

Colunista famoso de um importante jornal do Rio publicou notinha em meados de março anunciando o aniversário do programa do Antônio Carlos. Ele informou que o radialista está comemorando 35 anos de Rádio Globo. Não procede. Na verdade, o “Show do Antônio Carlos” é apresentado naquela emissora há 24 anos, pois se mudou para lá no distante janeiro de 1987. Nos onze anos antecedentes Antônio Carlos era comunicador da Rádio Tupi, onde lançou o seu programa. Começou carreira na Rádio Nacional nos anos 50 e, depois esteve na extinta TV Tupi.
Da equipe inicial, apenas Aldenora Santos atua com ele até os dias presentes. Locutora, atriz e produtora, ela é responsável por um dos quadros do show matinal, personificando “a Pudica”, veneranda senhora que orienta, com rezas e simpatias, o público aficionado. Outra que acompanha o radialista por muitos anos é Zora Yonara, astróloga. Passa tanta credibilidade que, certas pessoas não saem de casa sem ouví-la. Conselheira sentimental, Zora não só responde às cartas de interessadas domésticas, mas também aos e-mails das internautas.
Juçara Carioca, a “Juju”, destaque da companhia comenta a novela das 9h. E,conta a seu modo, os bochichos envolvendo celebridades ou pseudocelebridades, escorada na garimpagem do material dos jornais e revistas populares. É colaboradora do Antônio Carlos desde 1993. Originária da Tupi (repórter na “Patrulha da cidade”), trocou em maio de 1999, a Globo por sua primeira estação, indo participar da equipe do Clóvis Monteiro. Voltaria em dezembro de 2001, com um programa semanal, direito conquistado na passagem pela outra.
Durante esses anos o programa do Antônio Carlos se mantém entre os líderes do rádio. Na Globo, é dos poucos a justificar antiga vinheta que afirmava ao término deles: “Este foi mais um campeão de audiência”. O público a que se destina não desgarra, apesar do roteiro estático, em que não se muda sequer uma frase. Não fossem as notícias do dia a dia, tudo poderia ser previamente gravado. E, o radialista fazer ao vivo somente o “Vamos acordar?” Com ele, entre outros, os jornalistas Gélcio Cunha, Ricardo Campello e Carla de Luca.

A escolha é sua
-/- “Show do Heleno Rottai”. Tupi AM/FM, de segunda a sexta, 15h.
-/- “Vale tudo...”, com Tino Júnior. Globo AM/FM, de segunda a sexta, 15h.
-/- “Painel Nacional”, com Gláucia Araújo. Nacional, de segunda a sexta, 15h.
-o- O rádio é a sua praia? “Radiomania, um cronista de plantão” – o livro para Você. Receba o exemplar em casa, bastando nos informar dados essenciais, endereço e CEP. Valor: 25 reais SEDEX a cobrar. Nosso e-mail:florylemond@bol.com.br