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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Trivial com guarnições (4)

O “Manhã da Globo” com o Roberto Canázio já fez o público esquecer do titular anterior, ultrapassada a marca de nove meses. Embora a temperatura em algumas ocasiões se eleve, dando à conversa um tom discursivo, o quadro de debates atende plenamente aos objetivos da emissora.
No contexto geral, o programa ficou mais solto, redondo, um encaixe perfeito de todas as peças. Sob a condução do Canázio e textos da produtora Heloisa Paladino, são destaques a Ana Paula Portuguesa e o Ney Freitas, assistente de produção, personificando o caricato “Senhor Sílvio”.
E, o ‘boa gente’ Loureiro Neto conseguiu sobrevivência de oito anos no horário, sem ter o jogo de cintura de um Francisco Barbosa ou Mário Esteves. No período, próximo do aniversário da casa, esses entraram e saíram duas vezes. Num daqueles fins de ano, também o João Ferreira “dançaria”.

/o/ Apresentador do “Show da manhã” na Tupi, Clóvis Monteiro é o mais novo “Cidadão Honorário do Rio”. O título lhe foi concedido pela Câmara dos Vereadores, na terça-feira 20, por serviços prestados à comunidade carioca. Enaltecido duplamente nesse dia, pois a Assembleia Legislativa também lhe prestou homenagens, por seus 25 anos de rádio, recentemente completados.

/o/ Na mesma data, Maurício Valadares, da Oi FM comemorava trezentas audições do “Ronca, ronca”, aproximando-se de seis anos no prefixo. O especial ‘ao vivo’, teve três horas de duração. Nos dias normais, às terças, vai ao ar entre 10h e meia-noite. Valadares, mais de 20 anos de carreira, brilhou na lendária Fluminense FM (“A maldita”) e, em outras do segmento.

/o/ A partir das 5h da tarde, às sextas-feiras, a Nacional relembra os bons tempos dos programas de auditório. São estrelas do horário os integrantes do grupo musical “Época de Ouro”, denominação dada às audições, reprisadas nas segundas, à noite. O show, muito bem conduzido por Cristiano Menezes, se constitui numa das melhores coisas do rádio contemporâneo.

/o/ Seria o Rafael de França um prodígio? Um dia, talvez, ele vai se libertar da influência do avô. Por enquanto, nenhuma tendência. O culto ao ídolo paterno, é forte. Até as vinhetas de seu programa na Manchete, em sequência ao do veterano radialista, são iguais. Além de comunicador, ele é sonoplasta e diretor de programação da rádio. (Não confundir as palavras ‘genes’ e ‘gênio’).

domingo, 11 de dezembro de 2011

Derrapagens, e saudades

Maurício Menezes, hoje na Tupi, trabalhou na Globo pouco mais de 20 anos. Produziu diversos programas, entre os quais, o de Waldir Vieira, falecido tragicamente em novembro de 1985. Maurição – assim chamado nos bastidores, para diferenciá-lo do seu homônimo, o “Danadinho” do esporte --, ganharia programa próprio em 2000, aos sábados de manhã, quando a Globo resolveu dar folga ao Haroldo de Andrade e ampliar em uma hora o “Show do Antônio Carlos”.
O matinal não emplacou, mas ele foi compensado com outro, o “Agito geral” em 2001, feito em parceria com o Hélio Júnior, edições nas noites de sábados e domingos. Era um programa altamente criativo, onde os dois esbanjavam inteligência e humor e, difícil para o ouvinte, indicar qual dos quadros o melhor. Num deles, Mauríção reproduzia histórias pitorescas, “causos” que reunira ao longo de sua vida de jornalista relatando, inclusive, curiosidades publicadas na imprensa.
Em outro, colocava no ar suas próprias “gaffes” (dele e do Helinho) e a dos colegas. “Rádio-cassetadas, o nome da atração, era aceita apenas pelos detentores de espírito democrático. Os convencidos de que, “errare humanum est, conforme os mestres do latin ensinavam na escola de antigamente, a língua dos padres nas missas. Todo esse palavreado aí (no jornalismo de tempos longínquos cognominado “nariz de cera”), para chegarmos à Globo dos dias atuais, ano da graça de 2011.
Dia 7 deste mês, próximo do horário em que o saudoso Waldir Vieira ocupava a gloriosa estação do Russel. No ar... “Boa tarde Globo”, ainda com vinheta do “Tarde legal”. Determinada música descia em BG, Alexandre Ferreira concita seus ouvintes a participarem da seção “Desafio”. Diz ele: “Atenção – de quem é essa voz? É uma dupla...” (Que é isso, professor? O que não pensaram seus alunos da faculdade, sintonizados na rádio? Tanta rodagem, e derrapando na concordância!)
Pouco depois, no “...Girando com a notícia” de 2h e meia, Gustavo Henrique, o mais novo integrante do esporte manda ver: “O goleiro Jefferson, escolhido o melhor goleiro do Campeonato Brasileiro, deixou claro que não quer deixar o Botafogo”. (Oh, Gustavinho, sabemos do seu talento, pois acompanhamos sua carreira desde os tempos da “outra”. Nem os estagiários nos corredores da Nacional, mais verdes que folhas de palmeiras, produzem texto tão primário, tão bisonho.)
Que saudades do “Agito geral” com o Maurício Menezes e Hélio Júnior. A Globo tirou-o da grade em outubro de 2001, voltara a editá-lo em 2005 com David Rangel, que em 2009 sairia. O desligamento deste favoreceu o produtor Daniel Pennafirme, que não esquentou a cadeira, cedendo lugar ao Luiz Torquato em 2010. Com o atual titular, que não compromete, o “Agito” é bem inferior ao da ‘fase David’ e, mais ainda, ao que o Mauríção e Helinho apresentavam.