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sábado, 26 de março de 2011

As novas atrações da Globo (II)

Enquanto a Globo tentava diminuir a distância que a separa da Tupi em audiência no Rio, estabelecendo nas manhãs o confronto dos “Debates populares” com o “Super debate” do Francisco Barbosa, a Manchete entrava no circuito recuando o horário do “David dá show”, com o David Rangel. Ao Roberto Canázio foi entregue a missão de recuperar o terreno perdido para a principal concorrente. A hegemonia de 40 anos de liderança começou a ser quebrada nos últimos dez, com o projeto de programas em rede e o desligamento de nomes importantes.
Em cômoda vantagem no Ibope, a Tupi acompanha mais uma remexida nos bastidores da Rua do Russel sem precisar mover uma linha em sua estrutura. (Em time que está ganhando)... A Manchete repetia o mesmo que fizera há dois anos. Pelo ingresso do David Rangel em seus quadros, recriava a “Tarde total”, integrada com os programas do Mário Esteves e Luiz de França, ex-globais. Motivada pela saída dele (David) a Globo arquivara o “Tarde legal”, ocupava o espaço com o “Se liga Rio” e “Globo cidade”, ampliando o “Globo esportivo” em uma hora.
Foi em 5 de abril de 2009 o início das alterações. As chamadas da primeira despertaram a nova concorrente, que pautava sua programação em cima das outras. Agora em 14 de março, a repetição do processo. Curiosas algumas dessas novidades colocadas no ar pela poderosa e, pela que passou, não há muito tempo, por uma fase pré-falimentar. Na Globo, renascer do “Papo de botequim”, com o Loureiro às 8h da noite; na Manchete, “Papo da madrugada” a zero hora, com Kleber Sayão. O “Bom dia Globo”, com Jorge Luiz às 3h; “Acorda Rio”, às 6h com Jorge Bacarin.
Nessas modificações em que a emissora busca, em princípio, se igualar a sua maior rival, o comunicador recém promovido Robson Aldir, mais popular repórter da casa, ganhou horário próprio: o “Madrugada na Globo”, de sábados para domingos. O programa sofreu alguns ajustes e, ressuscitou como quadro o “Toca tudo”, com Gilson Ricardo, retirado do ar em 1996. Numa tabelinha com o sonoplasta João Roberto Barbalo, o apresentador brindava os notívagos com interessantes brincadeiras musicais. Até que uma divergência resultou no fim da dupla.
// “Boa tarde da Globo” com Alexandre Ferreira é nada mais nada menos que seu programa anterior, “Alô bom dia”, com nome e horário modificados. São os mesmos quadros. A comediante Dadá Coelho, única novidade. Alexandre chama de “Giro de notícias” a movimentação dos repórteres. Uma incoerência, pois aos trinta minutos de cada hora, entre as 10 e 17, são apresentados os boletins “Girando com a notícia”. Ou uma coisa, ou outra. Ainda mais que – segundo voz corrente -- “cuidaram com muito carinho de todos os detalhes da nova programação”.

sexta-feira, 18 de março de 2011

As novas atrações da Globo

Roberto Canázio é o novo titular do “Manhã da Globo”. Substituiu Loureiro Neto que comandava o horário há quase nove anos. Na estreia, ele enalteceu a figura do Haroldo de Andrade, atração matinal da rádio por quatro décadas. (Haroldo morreu em 1° de março de 2008). Canázio vinha fazendo o “Se liga Brasil” a 1h da tarde, a partir de sua contratação em dezembro de 2006 e, de abril de 2009, o “Se liga Rio”. Repaginado, o “Manhã...”se constitui na principal modificação na grade.
As modificações, que entraram no ar segunda-feira 14, incluem a madrugada, tarde e noite. Até então apresentador de um semanal e “curinga de luxo”, Jorge Luiz voltou a fazer programa diário, dessa vez o “Bom dia Globo”*¹ às 3h. Oito anos ocupante da faixa (onze no Sistema Globo), Alexandre Ferreira subiu para o lugar em que o Canázio se encontrava. “Boa tarde Globo”*², que lhe coube nesse latifúndio, é formado pelos quadros que ele apresentava no “Alô bom dia”, arquivado.
O “Vale tudo...”, com Tino Júnior, lançado em maio do ano passado, às 8h da noite mudou-se para às 3h da tarde, ficando a vaga para o Loureiro Neto*³, que reativa o “Papo de Botequim”, com que iniciara na função de comunicador. Ele foi convocado, ainda, a participar dos debates do “Globo esportivo”. Em seu novo formato, o programa do José Carlos Araújo reúne Luiz Mendes, Felipe Cardoso e Eraldo Leite -- de quem a casa tirou o “Globo cidade”, reformulado há dois anos.
*¹ Foi criado em abril de 1996 para o Antônio Luiz, falecido em 2001. Jorge Luiz ocupou o espaço, e depois o Alexandre Ferreira, que estava na 98.
*² Era esse o nome do programa que o Francisco Barbosa fazia em sua segunda passagem pela emissora entre dezembro de 2001 e junho de 2005.
*³ A Globo cancelou o retorno do “Papo de botequim”, devido à internação do Loureiro, acometido na véspera de pneumonia hipertensiva.
N. do R. Em time que está ganhando, não se mexe. Comum no futebol, a máxima aplica-se também ao rádio e outras atividades. O projeto de programas em rede, visando o mercado nacional, fez a Globo perder para a Tupi no Rio. A situação se agravou com o ressurgimento da Manchete em 2006, na “cola” das duas. Esta, copiando aquela, mudou a grade em 2009 e agora, nos mesmos dias e meses.
A escolha é sua
-/- “CBN Brasil”, com Carlos Alberto Sardenberg. CBN AM/FM, de segunda a sexta, às 12h. -/- “Estação cultura”, com Alessandra Ekstyne. MEC AM, de segunda a sexta, às 12h. -/- “Dorina ponto samba”, com Dorina e Rubem Confetti. Nacional 1130, de segunda a sexta, às 13h.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Os curingas de luxo e outros

Houve tempo que, curinga no rádio era um profissional novo no meio escalado para substituir os titulares (disc-jockeys ou comunicadores) nas folgas, eventuais ausências daqueles e, principalmente durante as férias. Jorge Luiz,* na Globo, e Haroldo de Andrade, na Tupi são, atualmente no Rio, o que se pode chamar “curingas de luxo”. Jorge, na profissão há mais de 30 anos, Haroldo há pouco mais de 20, comandam programas semanais, o primeiro nas madrugadas de domingos, o outro, nas manhãs do mesmo dia.
Titular na Tupi desde a morte do Collid Filho em 2004, Fernando Sérgio era um profissional de larga experiência (pertenceu aos quadros da antiga – e gloriosa --Mundial) também passou pela fase “curinga de luxo”, na Globo e na própria Tupi. Nessa emissora tem, ainda, o caso do Geraldo Sena, apresentador aos domingos do “Giro esportivo”, narrador de futebol pouco aproveitado no prefixo. Sena foi oficializado nos últimos três anos, curinga do Washington Rodrigues, respondendo pelo horário nas férias dele.
Situação parecida, a de Astrid Nick, da Nacional. Altamente experimentada e dedicando maior tempo ao esporte, ela toma conta do “Alô Daysi”, nos impedimentos da veneranda Daysi Lúcidi. A curinga oficial da casa, no entanto, é Luciana Valle, da nova geração de radialistas. Na Manchete, onde aterrissou há cerca de dois anos, depois de idas e vindas à Tupi e passagens por outras, Cláudio Ferreira se encarrega da missão. Profissional versátil, está no mesmo nível de um Clóvis Monteiro, Cirilo Reis e o citado Jorge Luiz.
Este ano, a Globo decidiu ampliar o número de curingas. Recrutou o jornalista Soares Júnior, novo executivo da SGR no Rio, de volta à empresa depois de atuar por certo período como repórter da CBN e, lançava o Robson Aldir (também repórter) na função, cobrindo em janeiro as férias do Alexandre Ferreira, no “Alô bom dia”, entregando-lhe o especial do “Quintal...”, no sábado 27 de fevereiro. Soares leva queda para ser comandante de programas. O bravo repórter Aldir não convenceu nas primeiras experiências.
* Jorge Luiz volta a ser titular a partir de segunda-feira 14, com as novas modificações na Globo.
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quinta-feira, 3 de março de 2011

O que não custa nada, ou...

“Uma noite eu tive um sonho” (...) Quem ama o rádio se lembra, com certeza, da oração começando com essas palavras, que diz em determinado trecho: “Quando vistes na areia, apenas um par de pegadas, foi aí que eu te carreguei nos braços”(...) A primeira vez que a ouvi foi com o Paulo Giovanni há muitos anos, num tempo que ele nem cogitava trocar o rádio pela publicidade. Em outras ocasiões, com o Francisco Barbosa, sucessor no horário. Ultimamente, o Luiz de França repete-a com regularidade no seu programa.
“Uma noite tivemos um sonho” (...) O nosso, era bem diferente daquele, de religiosa mensagem. Sonhamos ter conseguido a concessão de uma emissora e já estávamos requisitando os profissionais. Para essa rádio (mesmo fictícia) um elenco pouco imaginável dependendo, naturalmente, que as propostas fossem aceitas. Eis os nomes: Carlos Bianchini, Cirilo Reis, Denise Viola, Fernando Mansur, Gláucia Araújo, Íris Agatha, Jorge Luiz, Mário Belizário, Mário Esteves, Robson Alencar, Roberto Canázio e Valéria Marques.
No esporte, reuniríamos os narradores (com oportunidades iguais) Leandro Lacerda, Maurício Moreira e Odilon Júnior; os comentaristas (idem) Eugênio Leal, Francisco Ayello e Jorge Ramos; os âncoras Jorge Eduardo, Marcelo Figueiredo e Wagner Menezes; os repórteres Antônio Carlos Duarte, Cláudio Perrault, Gustavo Adolfo, Mauro Santana e Sérgio Guimarães; o plantonista Vinício Gama, produtores Carla Matera e Rafael Marques; e André Luiz, coordenador e apresentador principal. Os diretores: de jornalismo -- Marco Antônio Monteiro; de esporte -- João Guilherme; geral -- Marco Aurélio Carvalho; e, superintendente -- Luiz Ribeiro.
Portaria I – Parágrafo único.
“Fica proibido aos comunicadores, dizerem a hora para chamar os comerciais. (Dá a impressão de que o ouvinte não tem relógio.) Na falta de melhor idéia, combinarem sinais com o operador. Permitida, porém, variação do recurso antigo do Flávio Cavalcanti na TV Tupi (extinta): “Nossos comerciais por favor!”
N. do R. A rádio seria mais forte que a Globo e Tupi juntas. (Sonhar não custa nada – diz o samba enredo de um carnaval inesquecível. Ou quase nada... para quem a esperança não morre nunca, jamais. E, a propósito, curtamos esse outro carnaval...)
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