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quinta-feira, 28 de julho de 2011

O funk e algumas questões

De bumbum de neném e, de cabeça de juiz, só se pode esperar surpresas – diz um ditado popular. De cabeça de diretores de rádio, também, caso da Nacional do Rio. Eles decidiram em consenso, enfrentar o desafio ao abrir espaço para o funk na grade da emissora, revelava o coordenador de programação, Marcos Gomes. “Sabemos que vamos levar muita pancada. Mas, estamos preparados” – admitia ao recepcionar MC Leonardo no auditório dia 25 deste mês, na estreia da novidade.
Enquanto apreciadores do movimento se rejubilam, antigos ouvintes, veteranos profissionais e funcionários da casa protestam contra a inusitada iniciativa. Com a entrada do MC e equipe, de segunda a sexta às 3h da tarde, o “Painel...” da Gláucia Araújo avançou em uma hora, começando às 4h. O “Musishow” (comemorou 30 anos em outubro passado) fica temporariamente cancelado, cabendo ao Cirilo Reis a leitura de noticiários locais, gravações de chamadas e vinhetas.

/O/ A Nacional, que cobre futebol não transmitiu o jogo entre o Santos e Flamengo, uma atração em qualquer circunstância. Será que seus diretores são contra o “sistema tubão”? O Garotinho José Carlos Araújo foi à Vila famosa, pois o clássico assim o exigia. Pontos para ele. Nenhum exercício de imaginação para se saber como os outros fizeram a cobertura. Fla 5, Santos 4 foi uma partida pra ninguém botar defeito. E, mais um cochilo dos executivos da tradicional emissora.

/O/ Três meses depois de renovada a programação da Globo, ainda está em cartaz o “Giro de notícias”, no espaço destinado ao Alexandre Ferreira. Abrangendo o horário, tem o boletim “Girando com a notícia”, aos 30 minutos. Uma incoerência. Onde andam as cabeças pensantes da rádio que “é a marca de prestígio”?

/O/ A propósito da principal emissora do SGR. Que fim teria levado Andrea Maciel, a trepidante “Maria Chuteira”, que nos intervalos das transmissões esportivas “zoava” torcedores e jogadores de futebol? Adoeceu, pediu demissão, foi demitida, ou tomou Doril? Quem souber, nos avise... florylemond@bol.com.br

/O/ O repórter e comentarista Antônio Jorge, que recentemente deixou a Tamoio, é novo componente do esporte na Manchete. Até quando? De 2006 para cá, ocorreram muitas mudanças na equipe, sendo únicos remanescentes o narrador João Guilherme, os repórteres Cassiano Carvalho e Márcio Nogueira.

A escolha é sua
-/- “Programa Luiz Ribeiro”. Tupi AM/FM*
-/- “Papo de botequim”, com Loureiro Neto. Globo AM/FM*
* De segunda a sexta, às 20h, nas noites sem futebol

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Um trivial com guarnições

O “Rádio maluca”, destinado ao público infantil e comandado por Zezuca semanalmente no auditório da Nacional, teve audição especial no último sábado. Foi transmitido de uma tenda na bucólica Paraty, onde se realizava a 9ª Flip. O radialista contou com a participação dos jovens que freqüentavam a badalada feira literária, anualmente promovida naquela cidade. Apresentado às 11h da manhã, “Rádio maluca” vai ao ar em cadeia com a Rádio MEC.

--oOo-- Em maio de 2009, a Radio Carioca passava a se chamar Sucesso, depois de comprada por um empresário de Goiás. De sucesso, ela só tem o nome. “Minha terra, nossa gente”, com Luiz Vieira, nas manhãs de segunda a sexta (de 6h às 8h), é um bom programa. O cantador faz um trabalho meritório pela preservação dos valores culturais do país. São focalizados cantores, compositores e instrumentistas sem espaço na mídia, além artistas do passado.

--oOo-- O jornalista Osmar Frazão, veterano homem de rádio e estudioso de MPB foi agraciado com a Medalha Tiradentes, concedida pela Assembleia Legislativa. Em crônica recente n’O Globo, Aldir Blanc classificou como excelente o programa “Histórias do Frazão”. Gosto não se discute. Fora de série a obra do compositor Aldir, principalmente com o João Bosco. Excepcional pesquisador, o radialista Frazão está que nem a “Carolina”, do Chico Buarque.

--oOo-- David Rangel voltava ao seu programa na Manchete, depois das férias. No segundo dia indaga ao Marcos Marcondes sobre a Copa América. “Está um pouco chocha demais...” -- foi a resposta do principal comentarista esportivo da emissora.

--oOo—A dinastia Marques está presente no esporte da Globo. Rafael, talentoso repórter, foi o primeiro a chegar. Depois, pela ordem, o André e o Zeca. Tem ele, uma estranha maneira de pronunciar as palavras. Fala como se estivesse dando pulos.

A escolha é sua
-/- “Planeta rei, nas ondas da Globo”, com Beto Britto. Globo AM/FM, de segunda a sábado, a zero hora. -/- “Super madrugada”, com Fernando Sérgio. Tupi AM/FM, de segunda a sábado, a zero hora. -/- “O amigo da madrugada”, com Adelzon Alves. Nacional AM, de segunda a sexta, a zero hora.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Do bom Mário e de outros

O título não tem nenhuma originalidade, mas o programa é bom no seu contexto – dentro do classificado como rádio popular. Referimo-nos ao “Show do Mário Esteves", de segunda a sexta, entre 1h e 3h da tarde, na Manchete. Nele, o apresentador faz desfilar os quadros “Esse nome é bom lembrar”, “Dois tempos”, “Tirando onda”, “Secretária eletrônica”, o “Guru Mário” e, uma miniparada de sucessos, onde o ouvinte aponta a melhor música numa lista de três opções.
A parada, com a função de “amarrar” uma certa camada de sintonizadores, se constitui num dos senões. Alguns programas em cartaz já fizeram (ou fazem) o mesmo, o “Musishow”, com o Cirilo Reis, na Rádio Nacional, e o “Agito geral”, na Globo aos sábados, com o Luiz Torquato. O “Guru Mário” não tem a estatura do comunicador, que interage com uma pessoa disposta a uma espécie de “advinha-o-que-estou-pensando”. Soa infantil.
“Show do Mário Esteves”, que tem a produção do Flávio Guedes, não conta com os recursos dos concorrentes próximos, no que tange ao jornalismo. Ganha, porém, em termos qualitativos, pois está longe da pieguice de um Pedro Augusto, interessado em agradar a cativa audiência de beatas, e distante da locução chapada e linear do Alexandre Ferreira, que consegue fazer um programa de duas horas, sem mudar, por um minuto sequer, a entonação de voz. Para ele, notas de serviço, de humor ou um drama da cidade, não tem a menor diferença.

---oOo-- Na Roquette Pinto FM, que atravessa uma das melhores fases de sua história, há sempre um programa para o público de bom gosto curtir. “Choros, chorinhos e chorões”, de segunda a sexta às 9h da noite, é um deles. Ivan Bala produz, Márcia Nogueira seleciona e Clarissa Azevedo apresenta, com muito capricho. Merece reconhecimento a gestão da Eliana Caruso.

--oOo-- A Globo deve ter suas razões para reeditar uma vinheta do tempo do Waldir Amaral – aquela em que o Edmo Zarife afirma: “Sai da frente. Futebol é com a gente”. Isso está acontecendo depois que a Tupi começou a superá-la em audiência, no Rio. Em tempos remotos, tal situação era praticamente impossível. No confronto Waldir x Doalcei, o primeiro liderava com folgas.

--oOo-- E, a Nacional, hein? Foi a última das importantes a aderir à transmissão de futebol pela internet. Até a Manchete antecipou-se nesse tipo de cobertura à tradicional emissora. Por falar nisso. Como se expressa mal o Rodolfo Motta, comentarista esportivo dessa rádio. No Flamengo e América-MG, na quarta 29, (“geladão”), o moço estava numa de horrores.