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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

De "Musishow" e outras

Quatro meses foram suficientes para os executivos da Nacional voltarem atrás em relação ao “Musishow” do Cirilo Reis, semanal durante a maior parte do seu tempo. O cartaz tinha ficado fora do ar enquanto o processo de revitalização se concretizava, tornando-se diário em 2004. Tirar da grade um programa com 30 anos de existência, não é normal em rádio nenhuma.
Com a adoção da medida em julho, a finalidade era abrir espaço para um grupo de funk, que nada tem a ver com as tradições da velha estação. Os executivos surpreendiam os sintonizadores cativos da emissora, de perfil plenamente conservador. De volta agora em novembro, o programa passou a ser apresentado no horário e dia da fase inicial – aos sábados, à noite.

/o/ A velocidade do rádio com o seu imediatismo pressupõe que, as notícias são levadas ao público pouco depois que elas acontecem – ou na hora, em casos específicos. O tema faz parte das reuniões de pauta nas redações desse mundo globalizado, das conversas entre profissionais e interessados no assunto. E, não é de hoje que se debate regras básicas sobre jornalismo e comunicação.
Em algumas emissoras, no entanto, ignora-se tais preceitos, numa época de informática, tecnologia avançada, recursos da internet, redes sociais e aplicativos. Um exemplo disso tem ocorrido em “No mundo da bola”, esportivo da Nacional divulgando com atraso de 24 horas resultado de jogos transmitidos pela própria emissora. (Sem adição de fatos novos, “seu” Waldir Luiz, é dose elefantina...)

/o/ Quando se ouve um locutor dizer “rádio de verdade”, fica-se literalmente com a pulga atrás da orelha. Então, nos vem à ideia uma batida expressão: a pergunta que não quer calar. E, as outras, são de mentira? Numa emissora que assim se autodenomina, não tem como justificar a inconstância verificada na composição de sua equipe de “apaixonados por futebol”.
Mês passado, a Manchete contratou o Batista Júnior, que há pouco estava na Tamoio. Narrador apenas regular, chegou para cobrir o desligamento do João Guilherme, um dos fundadores do grupo em 2006, diminuído em seu número de remanescentes. Isso, sem contar as mudanças em outros setores, um interminável “entra-e-sai” no período de cinco anos.

/o/ Gustavo Henrique é o mais novo componente da equipe esportiva da Globo. Estreou no começo deste mês na partida do Botafogo e Figueirense, participando mais cedo de “A liga dos trepidantes”. Também compositor, trabalhava na Tupi até o final de 2010, deixando a emissora ao vencer um concurso de sambas-enredo em São Paulo. No pré-carnavalesco do ano, integrou na Manchete, série especial comandada pelo David Rangel.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Trivial com guarnições (3)

Todo país republicano tem um ministro de defesa. No Brasil – corrupção desenfreada à parte -- não poderia ser diferente. Agora, temos também um ministro de defesa no futebol. A curiosa invenção é do Edson Mauro, da Globo, que promoveu o zagueiro Dedé ao cargo -- ministro de defesa do...Vasco.
Conceituado profissional do entretenimento nesse mercado da mídia eletrônica, o Edson, naturalmente, inspirou-se no bordão que apregoa sempre nas competições: “A defesa bloqueooou! A defesa bloqueooou!”
Um jeito de ampliá-lo, por que não? Homem criativo (seu repertório é variado), não precisava, porém, invadir a seara alheia. “O bom de bola” anda, ultimamente, concitando a audiência a “aumentar o volume”.
Ora, caro alagoano. Há muito tempo o Jota Santiago, concorrente nas mesmas partidas, proclama lá na outra: “Torcedor, aumente o volume do seu rádio!” Segundo na hierarquia da Tupi, ao Jota sobra “o que resta dessa festa”, pois, a estrela é o chefe. Seu colega de posição semelhante, dispõe de mais oportunidades.

/o/ “Esporte é vida. Não violência” – dispara o Marcelo Figueiredo na Brasil, acrescentando que a cobertura da emissora é “a jornada esportiva mais elevada do rádio”. (Em matéria de som, por exemplo, não há a menor dúvida. Os 940 Khz da extinta JB ainda mantém boa qualidade).
Âncora da casa, Marcelo é páreo duro ao antigo locutor Ernane Pires Ferreira, que transmitia corridas do Hipódromo da Gávea. Espantosa a velocidade dele. Na quarta-feira 16, terminado o primeiro tempo de Fluminense e Grêmio, Marcelo falava de ‘um intervalo dinâmico’, sob o seu comando.
E, nós aqui, do outro lado, certos de que o tal intervalo era o da Manchete. Pelo menos, tem sido assim que o Sérgio “My brother” Guimarães o anuncia, a cada vez que o narrador escalado lhe passa o bastão, ou melhor, microfone.

/o/ Já se foram bem mais de vinte anos da morte do Velho Guerreiro Chacrinha. Vivíssima, porém, nos dias presentes a máxima que ele sacramentou: “nada se cria; tudo se copia”. No rádio, principalmente.

/o/ Durante pouco tempo Hugo Lago atuou como plantonista da Tupi. Em 2008, mudou-se para a Brasil, onde foi lançado na função de narrador. Figura na lista dos influenciados pelo Luiz Penido, seu ex-chefe. Apostamos mais nele, do que no Fernando Bonan, cópia do Garotinho em carbono desgastado.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

De mudanças e...futebol

O comentarista esportivo e comunicador da Tupi, Washington Rodrigues costuma dizer: “A vida muda de minuto a minuto.” Essa frase do Apolinho nos veio à mente, depois de resgatarmos anotações sobre as equipes das emissoras que cobriram, dia 19 de janeiro de 2008, a 1ª rodada do Campeonato Carioca. Em três anos, quantas mudanças, tratando-se de figuras que lidam com o futebol?
No Maracanã, às 4 da tarde, o Fluminense vencera o Cardoso Moreira de 2 a 0. Faziam parte dos escalados na ocasião: Tupi – André Ribeiro (1), Manchete -- Daniel Pereira (2), Ronaldo Castro (3) e Rogério Ribeiro (4). Entre os componentes da Brasil, o Antônio Jorge (5), integrando o time da Bandeirantes, Jorge Ramos (6), Marcos Almeida (7), Bruno Giácomo (8) e Sérgio Guimarães (9).
(1) Hoje na (instável) Tamoio, André passou pela Manchete, onde esteve por pouco tempo, transferindo-se para a Bandeirantes;
(2) Daniel fundou com o João Guilherme a equipe da Manchete. Desligou-se do grupo em 2009, optando pela televisão;
(3) Depois de seis anos na Globo, Ronaldo foi outro recrutado pela Manchete, ali ficando apenas seis meses. A Bandeirantes, seu endereço posterior, desmontava a equipe no meio do campeonato, em setembro;
(4) Rogério tinha rodado por outras emissoras, antes de ingressar na Mundial – “a rádio que você vê”. Em seguida, teve uma passagem pela Carioca, já denominada Sucesso;
(5) Jorjão seguiu igual destino do Ronaldo e, posteriormente foi para a Tamoio. Está na equipe “dos apaixonados por futebol” -- até quando, não se sabe;
(6) Originário do grupo do Luiz Carlos Silva na Roquette (onde o futebol acabou), Ramos é, nos dias atuais, terceiro comentarista da Nacional, mas conservou o emprego de locutor na emissora do Estado;
(7) Marcos optou pelo sobrenome Martins em sua transferência para a Tupi. Passou pela Brasil e, ainda, pela natimorta Rádio Haroldo de Andrade;
(8) Também novato na Tupi, Bruno mudou a identidade, assinando Vieira. Esteve na Livre/ 1440, das mais inexpressivas emissoras do Rio;
(9) O ‘My Brother’ atuou em vários prefixos, inclusive de outras cidades. Está na Manchete há menos de um ano.
N. do R. Eugênio Leal estreava como comentarista da Tupi, em jogo narrado por Jota Santiago. Ex-Globo e ex-Bandeirantes, Ruy Fernando começava ancorar na Manchete, “A bola não para”, um intervalo diferente, segundo ele, hoje narrador da Nacional.