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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Trivial com guarnições (8)

As edições do informativo “O Globo no ar”, manhãs e tardes, voltaram a ser apresentadas do Rio. Desde que o Sistema Globo de Rádio trocara o gerente nacional de programação – Marcus Aurélio por Zalo Comucci -- estavam sendo produzidas em São Paulo, conforme as do horário noturno há algum tempo.

/o/ A Tupi saiu na frente, Globo e CBN deram curso à ideia. No Brasileirão, decidiram separar as freqüências, transmitindo jogos distintos no mesmo horário. Estão programando para o FM as partidas principais. Por quê? Bandnews e Transamérica já incomodam.

/o/ Vencido um problema de saúde, o narrador Rodrigo Campos reassumiu o seu posto na Manchete. Enquanto ele voltava, o âncora Sérgio Guimarães era mais uma baixa (a terceira este ano). “My brother” foi trabalhar na Transamérica, sendo um reforço para a equipe.

/o/ Emissoras musicais em todo o país reservam generosos espaços para divulgar o repertório do Roberto Carlos. Se “Rei” não perde a majestade, bobagem pensar em custo-benefício. Como seria nas de jornalismo? Por exemplo, “Show do Clóvis Monteiro”, com o “Minuto do Zeca Pagodinho”. (Nada contra o sambista, nem contra o comunicador.)

/o/ Sai ano, entra ano e, a JB FM não muda. Embora de boa qualidade, são sempre as mesmas músicas. Com a crise do mercado fonográfico, a história do “listão” não tinha acabado? /o/ A Paradiso é outra que adotou linha semelhante, apesar do aval de uma seguradora.

/o/ “O amor do Rio”, um slogan vitorioso, foi implantado pela Nativa em 1996. No segmento em que O Dia lidera há vários anos, a rádio está muito bem situada. Só perde para a Beat 98, segundo o Ibope. “Gosto é gosto” – garantem os apreciadores do brega chique.

/o/ Jovem Pan -- há pouco tempo na freqüência em que estava operando a Oi -- e a Mix -- na que pertencera a pioneira Imprensa – ganham, na atualidade, as preferências dos adolescentes. Uma legião acima dos trinta anos, também curte o som das duas emissoras.

/o/ MPB e Roquete Pinto, hoje as melhores opções em FM. Abismal desvantagem para a segunda. Esta, como a Nacional, MEC AM e MEC FM, chamadas emissoras públicas, independem de qualidade para atrair a massa de ouvintes. Sofrem o estigma da rejeição.

Maurício Bastos é o novo titular do “Quintal da Globo”. Assumiu a função no início deste mês, substituindo Soares Júnior, que ficara no lugar do Marcus Aurélio, desligado recentemente. Atração diária desde outubro de 2002, o programa virou dominical ao fim de oito anos.
Originário da Tupi, onde foi repórter da geral e depois plantonista de esportes, Maurício é um dos melhores profissionais da nova geração. Na Globo há seguramente seis anos, tem mostrado seu talento e versatilidade. Ultimamente, ele se revezava com o Luiz Nascimento nas apresentações de “O Globo no ar”, em transmissão do Rio nas manhãs e tardes.

domingo, 15 de julho de 2012

As extensões dos debates

Os quadros de debates, que se constituem numa das principais atrações do rádio contemporâneo, surgiram nos anos 60. Seu pioneiro foi Haroldo de Andrade, na Globo. Seguiram-se a ele outros comunicadores, exemplos do Paulo Lopes e Cidinha Campos, ambos na Tupi. Em matéria de sucesso, os promovidos pelo “Cidinha livre” foram os que mais se aproximaram dos “Debates populares” do Haroldo de Andrade.

No dele, primavam as discussões de forma elegante, tal qual a do condutor. No dela, avançava-se para a polêmica, reflexo da personalidade forte da apresentadora. E, graças às atuações no veículo, Cidinha ingressaria na política, elegendo-se deputada em sucessivos mandatos. A história do rádio atribui a ela, a primazia dos destinados às celebridades, com enfoque diferente das outras, hoje explorando a fonte.
Em agosto de 2002, a Globo trocava o Haroldo por Loureiro Neto. A partir de então, caía a qualidade do programa, do quadro principal, inclusive. A audiência cativa, porém, impedia nova mudança no horário. Só em março de 2011 isso ocorreria, a propósito de uma repaginada na programação. O “Manhã da Globo” era entregue ao Roberto Canázio e, como no ato bíblico, a transformação da água para o vinho.

No campo esportivo, o “Enquanto a bola não rola”, criação do Kleber Leite em 1985 na Tupi, se tornaria no mais bem-sucedido. Com a transferência deste para a Globo, a rival colocava no ar o “Bola rolando”, com o Loureiro Neto. E, ele assumiria o dominical da Globo, quando o Kleber se desligara da emissora. “Bola rolando” virava “Bola em jogo”, primeiro com o Marcus Aurélio, depois com o Luiz Ribeiro.

O “Enquanto a bola não rola”, modernização de “A turma do bate-papo”, comandado pelo Orlando Batista na extinta Mauá, teve sua melhor fase (memorável, diga-se), nas apresentações de seu criador. Nos anos seguintes (com o Loureiro, Elso Venâncio, Ronaldo Castro e, até mesmo com o Eraldo Leite) seria desbancado pelo “Bola em jogo”. Talvez o Luiz Ribeiro saiba explicar qual o motivo da opção.

/o/ Renovar é preciso, em qualquer ramo de atividades. Mas, os jovens que fazem atualmente o jornalismo da Nacional-Rio são, em maioria, bem fraquinhos. Do outrora qualificado departamento da emissora, Douglas Corrêa, Cristiane Ribeiro, Alana Granda e Paulo Virgílio, figuram entre os últimos representantes.

OUVIR FAZ BEM
De 2ª a 6ª -- /“Eu show Luiz Vieira”, Manchete 760 AM, às 6h. -- /”Segundo tempo”, com José Carlos Araújo, Bandnews, 94,9 FM, às 10h30 -- /“Hora do blush”, com Luiza Sarmento e Isabella Saes, Sulamerica Paradiso 95,7 FM, às 17h.

sábado, 7 de julho de 2012

Esse nosso amor antigo

12) O mundo não vale o meu lar. Onde foi mesmo (e quando) que ouvimos essa lapidar frase? Parece-nos, se a memória não falha, ter sido num programa antigo da Rádio Nacional. (Não, não. Foi em outra.)

13) A rádio, na verdade, era a Mayrink Veiga e, a apresentadora nada menos que Sagramor Scuvero. Além de radialista, era escritora e foi casada com o compositor, redator de comerciais e jinglista Miguel Gustavo, seu colega na emissora. Miguel abasteceu, com músicas curiosas, o repertório do Jorge Veiga e Moreira da Silva. De sua autoria o “Pra frente Brasil”, de exaltação à Seleção no Mundial de 70 no México, onde a “canarinho” conquistaria o “Tri”.

14) Outros bons tempos de adolescência remonta às novelas da Nacional (dos Mários Lago e Brasini, Amaral Gurgel, Eurico Silva, Cícero Acaiaba), seriados “O Anjo”, (com Álvaro Aguiar no papel-título, coadjuvado pelo Osvaldo Elias – o “Metralha”) e, “Jerônimo, o herói do sertão” (Milton Rangel), seu companheiro de aventuras “Moleque Saci” (Cauê Filho) e a eterna namorada “Aninha” (Dulce Martins).

15) O autor deste último era o Moisés Weltman, mais tarde diretor da “Amiga”, revista de Bloch Editores, especializada em rádio e a televisão. Ele foi, inclusive, um dos primeiros participantes do “Debates populares” do Haroldo de Andrade.

16) “Calouros em desfile”, de Ary Barroso, foi um memorável programa de rádio. Lançado na Kosmos de São Paulo, marcaria época na Tupi, do Rio. Dentre os muitos artistas que revelou, das poucas ainda em atividade, é Elza Soares, que aniversaria em 23 de junho. O “Show da manhã” do Clóvis Monteiro homenageou-a pela data.

17) Rememorados alguns detalhes da trajetória de Elza: “Se acaso você chegasse”, de Lupiscinio Rodrigues, seu maior sucesso; ela foi a primeira mulher a defender o enredo de uma escola de samba (Unidos de Padre Miguel); em 2000, eleita pela BBC de Londres como “a cantora do milênio”. Produzem o programa do Clóvis, as jornalistas Gilze Nunes e Jaqueline Nascimento.

18) Pioneiro em prestação de serviço, “Alô Dayse”, da Nacional, está em cartaz há mais de 40 anos, ultimamente às 11h da manhã., de segunda a sexta. Dayse Lúcide, sua apresentadora participa, aos sábados, dos debates no programa do Francisco Barbosa, na Tupi.