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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Trivial com guarnições (9)

Apresentadora de “Redação Nacional”, lançado em 2004 na revitalização da rádio, Neise Marçal está de volta à casa, onde permanecera por pouco tempo -- optara pela TV Brasil. Com ela, a reedição do programa que, sob o comando de Denise Viola, saíra da grade no início de 2009. Em novo formato, agora de 8h às 10h da manhã, o “Redação...” substitui “Alô Rio”, que ocupara o espaço.
Com a retirada deste, Hilton Abi-Rihan, seu titular, foi remanejado. Ele passou a dividir com Gláucia Araújo a apresentação do “Tarde Nacional”, a partir das 4h, que entrou no lugar do “Painel...” Outro programa que retornou, também do começo da revitalização, foi “Tema livre”, de debates. Antes conduzido por Cristiano Menezes ganhou, desta vez, o comando de Luiz Augusto Gollo.

/o/ Música de boa qualidade, a brasileira principalmente, tem na Rádio MEC 800 AM importante reduto no Rio. “Maestro MPB”, comandado por Jaime Álem, produção de Esdras Pereira, é um dos bons programas da grade.
Vai ao ar às sextas-feiras 5h da tarde, com reprise aos sábados às 2h, no mesmo período. Dias 10 e 11 foi reapresentado o da entrevista com Severino Araújo, da legendária Orquestra Tabajara, falecido na semana anterior.
/o/ Veículos de comunicação e outras entidades culturais homenagearam a cantora Clara Nunes na passagem dos 70 anos de seu nascimento, dia 12 deste mês. A artista, que morreu prematuramente em 1983, aos 39 de idade, foi a primeira no país, no tempo do vinil, a vender cem mil exemplares de elepês.
A Globo associou-se ao movimento, promovendo um especial do “Samba amigo”, com o Robson Aldir. Participaram, entre outros, o descobridor dela e produtor de seus discos, radialista Adelzon Alves, Toninho Nascimento, co-autor de “Conto de areia”, um dos sucessos de Clara, e o conjunto MPB de Raiz.
/o/ O repórter Fred Damatto, que até recentemente cobria geral para a Tupi, acaba de voltar ao esporte, reintegrando-se à equipe da Manchete. Entrou na vaga do Sérgio Guimarães, ancorando a pré-hora e os intervalos. Faz parte dos que mais trocam de emissora, tendo atuado nas principais e alternativas.
Cláudio Affonso, o novo comentarista do grupo dos “apaixonados por futebol”, também é outro pouco favorecido, pertencente à última geração de bons valores do rádio carioca. Ele foi lançado na função em 2007 na Bandeirantes e, ainda este ano, integrava o extinto núcleo que a Tamoio havia criado no Rio.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Esse nosso amor antigo


19) Elizeth Cardoso, fulgurante estrela da Nacional na década de 50, brilhava em “Cantando pelos caminhos”, de Paulo Roberto, nas noites das quintas-feiras. “A divina”, no conceito de Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, embalou os sonhos de muita gente.

20) “Canção de amor”, de Chocolate e Elano de Paula, “Meiga presença”, de Paulo Valdez, “Cidade do interior”, de Marino Pinto, “Mulata assanhada”, de Ataulfo Alves, “Nossos momentos”, de Haroldo Barbosa e Luiz Reis, “Chega de saudade”, de Tom e Vinícius -- alguns sucessos da cantora.

21) Símbolo do rádio esportivo nos anos 60/80, Valdir Amaral comandava, na época, a equipe da Globo. Era um profissional muito criativo, tendo se destacado pela qualidade dos bordões. Também um mestre na invenção de slogans, com o que contemplava os auxiliares mais próximos. “O comentarista que o Brasil consagrou”, foi a denominação que ele dera ao João Saldanha, um grande sucesso ao se incorporar ao grupo.

22) Hoje, pouco depois de mudar o seu comando, a Tupi, que há dois anos ultrapassara a concorrente em audiência na Capital, está anunciando nos promocionais, “... o futebol que o Rio consagrou”. O imediatismo, às vezes trava o pensamento. Sem passado, ou memória, originalidade se torna bastante difícil.

23) Expressão muito repetida nos anos 60, “Linda de morrer” servia para exaltar a beleza de jovens que circulavam nas festas elegantes da sociedade carioca. Como coqueluche, espalhou-se pelos recantos da “Cidade Maravilhosa” e arredores.

24) Quem a lançou foi Sérgio Bittencourt, que manteve antes da Revolução de Março de 64, um matinal programa na Rádio Nacional. Colunista de “O Globo”, filho de Jacob do Bandolim, e também compositor, Sérgio criou, com a frase, muita polêmica. “Linda de viver” deveria, no entendimento de muitos, ser a exclamação correta.

25) Héber de Bôscoli e Yara Sales formavam um dos diversos casais do rádio nos anos 50. A dupla comandava aos domingos, comecinho das noites na Rádio Nacional, “A felicidade bate à sua porta”, que consistia em meio às atrações apresentadas, distribuir prêmios aos moradores dos bairros visitados. Esses teriam que mostrar comprovantes de um produto de conhecida empresa industrial, para serem beneficiados.

26) O animador se instalava num palanque no local, sua companheira ficava no estúdio, interagindo, conforme o termo recorrente nos dias atuais. Pelo fato dele ter problemas de asma, ela não cansava de recomendar: “Héber, não se esqueça da boina. Cuidado com o sereno!”

domingo, 5 de agosto de 2012

Um valete, e um reinado

Ser apresentador de programas ou locutor esportivo é o sonho de nove entre dez repórteres de rádio. O de Soares Júnior está começando a se concretizar agora, com o “Domingueira da Globo”, nova aposta da emissora para os fins de semanas, que estreou dia 29 de julho. Substitui o “Quintal... (da Globo”, claro) do Marcus Aurélio, e pretende, pelo anunciado, ser um contraste ao antecessor. Vai, segundo o novo ocupante do horário, dar ênfase ao divertimento, com enfoque nos temas leves, incluindo um quadro de humor e números musicais.

Não faltarão, todavia, o jornalismo de prestação de serviço e o esportivo – principalmente futebol. Os debates serão feitos em estúdio, ao contrário do outro, em que predominavam os recursos da interatividade, telefone ou internet. Na estreia, o destaque foi uma longa entrevista com o cantor Martinho da Vila, que surgiu no Festival da Canção da TV Record em 1967. Ele está celebrando 45 anos de carreira e, regravou o seu primeiro disco com novos arranjos do Rildo Hora – “Martinho 4.5”. Também escritor, o artista tem onze livros publicados.
“Rei” destronado, “rei” posto. Entre eles, valem algumas comparações. Soares foi repórter do Sistema Globo nos anos 90 e, em dezembro de 2010, fizera uma experiência como apresentador do “Globo cidade”, então com o Eraldo Leite. É jornalista e executivo regional. Marcus, também jornalista, foi executivo nacional até o seu desligamento. A função de comunicador exerce desde 1992, quando assumira o “Giro esportivo” e o “Bola em jogo”, na Tupi. Antes de comandar o “Quintal...”, que lançara em outubro 2002, ele foi apresentador da CBN.

/o/ Hugo Lago (Globo), Odilon Junior (Tupi), Fábio Moraes (Brasil) e Freitas Neto (Bandnews), formam a novíssima geração de locutores esportivos do rádio no Rio. Hugo revelou-se na Brasil AM em 2008, depois de ser plantonista da Tupi. Odilon, pouco aproveitado até maio deste ano, ganhou espaço com a recente mudança no comando da emissora.
As primeiras incursões do Fábio foram na mal-sucedida Rádio Haroldo de Andrade. O Freitas, repórter da Bandeirantes em 2007, começou a narrar na Fluminense, ano passado. Eles deverão, numa tendência natural, substituir os medalhões nas próximas décadas.

OUVIR FAZ BEM
“Programa Francisco Barbosa”, Tupi 1280 AM/96,5 FM, às 9h, de segunda a sábado. -- “Painel Nacional”, com Gláucia Araújo, Nacional 1130 AM, às 16h, de segunda a sexta -- “Ouvindo música”, com Marcelo Guima, MEC 800 AM, às 21h30, mesmo período do anterior.