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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Rio, a tábua de salvação

Uma semana depois de trocar sua liderança esportiva a Globo tratava de modificar os programas do gênero, abrindo mais espaço aos clubes cariocas nas apresentações. Corria o mês de maio, quando Luiz Penido assumira o posto que era do Garotinho José Carlos Araújo. Passados cinco meses, uma nova reforma, desta vez abrangendo o “Liga dos trepidantes” (recém-criado), e o “Enquanto a bola não rola”, com o mesmo tempo de grade que o “Panorama...”

Em time que está ganhando, não se mexe – é voz corrente. Se a Globo promove uma remexida nas suas atrações, igualando sua diretriz à da maior concorrente, é porque errou na estratégia, não alcançando os resultados que esperava com a mudança de líder. Pode-se depreender que, o projeto “Globo Brasil”, da administração anterior não tenha surtido o efeito desejado. Isso é tão certo que, no campo esportivo – o mais forte da casa – foram grandes os estragos.
E, enquanto se mexe aqui e acolá, os índices da concorrência continuam crescendo. Tirando, naturalmente, o sono de quem procura reconquistar a audiência perdida. Imagina-se as ‘caras e bocas’ com a liberação do último boletim do Ibope. E a cena de entrega do bastão pelo executivo que saiu. No íntimo dos rivais (sempre à espreita) deve ter ecoado em back ground, como paródia, o samba do Paulinho da Viola dizendo: “Foi um rio que passou em sua vida...”

OUTRA PRAIA
Na Rádio Nacional aos sábados, antes do futebol, tem o “Sintonia total”. Músicas de diversas épocas e gêneros, selecionadas por Sérgio Natureza, que coordena o setor. Condução do comentarista esportivo Valdir Luiz, positivamente fora de sua praia. Mais burocrático, impossível

MARAVILHA
Pelas 10h e meia da manhã e 4h e meia da tarde na mesma emissora, Luiz Augusto Gollo apresenta “Porto maravilha”, de segunda a sexta. Ele assina a produção do programete de cinco minutos (com boa feitura), em que entrevista autoridades sobre as obras no entorno do Porto do Rio.

PATO NOVO
O clima ficou pesado nos bastidores da Rádio Manchete, no feriado, dia da Proclamação. Durante o programa do Luiz Vieira, no quadro “Gente que brilha”, o operador não acertava as músicas a serem tocadas. Parecia ‘pato novo’. Sempre bem-humorado, Vieira irritou-se com o auxiliar.

domingo, 11 de novembro de 2012

Esse nosso amor antigo

36)Locutor esportivo da Rádio Jornal do Commercio do Recife no começo de carreira, Antônio Maria ingressava na Mayrink Veiga ao mudar-se pro Rio. Ali, foi produtor de programas humorísticos, um dos exemplos, o “Regra de Três”, de que participavam os principais comediantes do cast -- Zé Trindade, Nanci Vanderlei, Altivo Diniz etc., etc.
37)Já compositor, projetaria seu nome com os sambas-canções “Ninguém me ama” e “Menino grande”, gravados por Nora Ney, componente do elenco da Nacional. No repertório de Antônio Maria, o comum eram as chamadas músicas de fossa, nenhuma tão dramática quanto a intitulada “Se eu morresse amanhã”, que Diricnha Batista perpetuou num elepê. Das exceções ao estilo, “Valsa de uma cidade”, hino ao Rio de então, parceria com Ismael Neto, líder de Os Cariocas.
38)Bem o demonstram seus versos iniciais: “Vento de mar no meu rosto/e o sol a queimar, queimar/Calçadas cheias de gente, a passar/e a me ver passar/Rio de Janeiro, gosto de você/Gosto de quem gosta/deste sol, deste mar, desta gente feliz...”
39)Boêmio de carteirinha, Maria foi colaborador de “O Globo”, “O Jornal” e “Última Hora”. Através da seção “Mesa de pista”, no primeiro, relatava os bastidores dos shows nas boates da moda. Ele cunhou a frase “A noite é uma criança”, lembrada com frequência nas rádios e outros meios de comunicação. Contraponto para uma do Jacintho de Thormes, colunista social do “UH”: ”À noite, todos os gatos são pardos”.
40)Antônio Maria foi um dos grandes nomes do rádio que migraram para a televisão. Fez parte dos quadros da TV Tupi como apresentador e, depois, exercendo o cargo de diretor. Morreu cedo, antes dos 50 anos.

41)Católicos praticantes não deixavam de acompanhar nas sextas-feiras da Semana Santa, “A vida de nosso senhor Jesus Cristo”, radiofonização da Bíblia. Considerada uma obra-prima de Giusseppe Ghiaroni, envolvia todo o elenco da Nacional, formado por cerca de oitenta radioatores.
42)Dirigida por Floriano Faissal, com narração de César Ladeira, locução de Aurélio de Andrade e Reinaldo Costa, a peça era apresentada em capítulos ao longo do dia. Pela grandiosidade, pode-se compará-la ao romance “Em busca do tempo perdido”, do escritor Marcel Proust.
43)Ghiaroni, integrante do quadro de novelistas, autor de poemas e sonetos, também escrevia programas de humor. O mais conhecido deles foi “Tancredo e trancado”, personagens do Brandão Filho e Apolo Corrêa respectivamente, com a participação de atores coadjuvantes. Era uma das muitas atrações apresentadas aos domingos no “Programa Luiz Vassalo” – nome de um publicitário avesso a microfone.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Os nós difíceis de desatar

Setoristas da CET-Rio e da Polícia Rodoviária na Ponte Rio-Niterói ainda vão, por um tempo que não se pode prever, informar aos ouvintes de rádio no seu dia a dia, que “o trânsito está complicado”. Enquanto as chamadas autoridades constituídas não se tocarem para a gravidade do problema que só tem piorado nos últimos anos, tal rotina, inevitavelmente, prevalecerá.
Em plena ebulição, a indústria automobilística estará contribuindo com o caos urbano, observado nas cidades que não se planejaram para receber o crescente volume de veículos em circulação. Com o andar das coisas, os endinheirados tendem a se locomover de helicóptero. As pessoas comuns, que pagam seus impostos, continuarão tolhidas no direito de ir e vir.
Uma radiografia do tema foi feita na série de reportagens “Nós no trânsito”, no Globo, assinada pelos jornalistas Fábio Vasconcellos e Selma Schmidt. Depois dela, urbanistas são desafiados a se mexerem, em busca de solução viável. Difícil imaginar, porém, quando isso vai ocorrer, levando-se em conta que, coisas do interesse coletivo não se resolvem sem demora.

/o/ Em 27 de outubro, há um ano morria o locutor e comentarista esportivo Luiz Mendes, fundador da Rádio Globo. Ele criou na televisão a primeira mesa redonda – “Grande resenha esportiva Facit”. O slogan “comentarista da palavra fácil”, ganhou do Carlos Marcondes, na Continental, onde começou a exercer a função.

/o/ Dos campos de futebol (era meia-atacante do Botafogo), para a condição de repórter. Dé, o Aranha, trabalhou nas duas principais emissoras cariocas, fazendo “ponta” nas equipes do Valdir Amaral e Doalcei Camargo. Técnico em anos posteriores, é o mais novo comentarista do rádio. Vem se destacando na Bradesco.

Sem amarras

Heloísa Fischer, da “Viva a música”, revista especializada tinha fincado raízes na Rádio MEC. Trocou a velha estação da Praça da República por emissora da Rua do Russel. A CBN colocou a Fischer na sua grade.
... Peixinho é
Filho, sobrinho e neto de radialistas. Comunicador desde 2006, aos 19 anos de idade. Também sonoplasta. Seu nome: Rafael de França. Ele fechou contrato com o Sistema Globo. É, agora, noticiarista da CBN.