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sábado, 27 de abril de 2013

Esse nosso amor antigo

73) O mês de abril que ora está terminando assinala o centenário de nascimento de Carlos Galhardo (1913/1985), cantor da época de ouro do rádio. Na Mayrink Veiga, uma das emissoras por que passou, ele recebeu a denominação de “o cantor que dispensa adjetivos”, dentre os inúmeros que o Cesar Ladeira destinava aos artistas contratados daquela estação.
74) Galhardo, cujo repertório básico se constituía de músicas românticas, era também chamado de “o rei da valsa”. Numa fase de sua carreira, formava respeitável quarteto com Francisco Alves, Sílvio Caldas e Orlando Silva. Filho de italianos, ele nasceu em Buenos Aires, mas veio para o Brasil com apenas dois meses. Seus pais trocaram a capital portenha por São Paulo, radicando-se logo depois no Rio de Janeiro.
75) O cantor -- registrado como Castelo Carlos Gualiardi – tinha, no entender de alguns cronistas, “voz aveludada”. A canção natalina “Boas festas”, de Assis Valente, as valsas “Fascinação” (Marquetti/Armando Louzada) e “Eu sonhei que tu estavas tão linda” (Lamartine Babo/Francisco Mattoso), entre muitas outras por ele interpretadas, encantaram gerações.

76) Nelson Gonçalves (1919/1998), um dos maiores vendedores de discos em toda a história da música no país, morreu em 18 de abril – há 15 anos. Como a maioria dos cantores de seu tempo, apresentou-se em diversos programas de calouros, sendo reprovado, inclusive, no de Ary Barroso.
77) Um fracasso em todas as profissões que tentara, Nelson foi engraxate e até lutador de boxe. Ele não acreditava que o seu defeito na fala (era gago), representasse um empecilho na vida. Na busca do seu ideal acabaria, com persistência e tenacidade vencendo as barreiras.
78) Seus primeiros anos como cantor foram na Mayrink Veiga, décadas de 40/50. O auge, porém, ocorreria na Rádio Nacional, onde figurava entre os mais requisitados para os programas de broadcast, com a participação de orquestras, locutores e atores. Embora tivesse preferência pelo samba-canção, gênero em que obteve os maiores sucessos, Nelson gravou tangos e canções, além de sambas e marchinhas de carnaval.
79) Ironicamente, o seresteiro de “A volta do boêmio”, “Meu vício é você”, “Pensando em ti” e tantas outras paginas, perpetuaria em discos algumas composições do locutor que, depois de acionar o gongo, em anos distantes, o recomendara a seguir uma outra atividade.

sábado, 20 de abril de 2013

Um trivial com dobradinhas

O slogan “dobradinha forte do esporte” veiculado nas transmissões da Bradesco em cadeia com a Bandnews Fluminense remonta ao utilizado na Rádio Nacional entre os meados de 1977 e dezembro de 1984, quando José Carlos Araújo esteve na casa. Formava a rede, na ocasião, a Ipanema (ex-Mauá).
Foi ali que o ícone do futebol no rádio começou a ser chamado de “o garotinho ligeiro, que transmite o jogo inteiro”. Ideia do Washington Rodrigues, o Apolinho. Em maio de 2009, com o “Zé” na liderança, a Globo unia sua equipe à da CBN, reativando o esquema e o slogan, que seriam abandonados em pouco tempo.


UM E OUTRO
Ciro Neves, que deixou de narrar futebol na Manchete, não se desligou da emissora. Há seis meses na rádio estrelada por José Carlos, “o verdadeiro Garotinho”, colabora com o outro – o Anthony, no seu programa.

VERSÁTIL
Um dos mais versáteis profissionais do rádio esportivo, hoje naquele grupo, Wellington Campos está mais concentrado na função de comentarista. Ele também participa, nos fins de tarde, dos boletins da Bandnews.

SEM ESTILO
Ambientado num segundo plano, Batista Júnior não criou estilo próprio. Deixa-se influenciar por colegas. Narrador da Manchete ultimamente, ainda atua na Tropical Solimões (830 AM), apresentando “Papo de bola”, ao meio-dia.

DUPLA AÇÃO
Títulos parecidos em programas não faltam. O “Pop bola”, que estreou dia 1º de abril na Bradesco não saiu da MPB FM, onde surgira há pouco mais de um ano. Ao entardecer no seu endereço novo e, às 9h da noite no anterior.

LINHA DIRETA
/o/ Na Globo, o benjamim David Rangel aproveitado como “coringa de luxo”. Numa ausência do Roberto Canázio e, nas mini-férias do Tino Júnior.
/o/ Em mais um ajuste em sua grade, a Bradesco Esportes fez estrear, na segunda-feira 15, o “Comendo a bola”. A condução é do Sandro Gama.
/o/ Enquanto Enio Paes descansa, Kleber Sayão assume os informativos da Manchete. A rádio cancelou, no começo do mês, o noticiário das 8h.

S I N T O N I A
“Momento esportivo”, com Maurício Moreira. Brasil 940 AM – de 12h às 14h, de segunda a sexta.
“Quatro em campo”, com André Sanches. CBN 860 AM/92,5 FM -- de 20h às 21h, igual período.
“Bola em jogo”, com Luiz Ribeiro. Tupi 1280 AM/96,5 FM – de 12h às 15h, aos domingos.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

O debatedor que vira âncora

O novo ancora do “CBN Rio”, Octávio Guedes participava, não faz muito tempo, do “Debates populares”, quando o “Manhã da Globo” ainda era apresentado por Loureiro Neto. É um dos poucos originários daquela atividade, (debatedor) a ser guindado a titular de um programa. Por mais tarimbado que seja, um profissional não rende tudo que sabe numa estreia.
Com um jornalista que está migrando para o rádio, não poderia ser diferente. Alguns deslizes na apresentação inaugural, terça-feira, 9. Nas entrevistas com o Carlinhos de Jesus (reproduzindo a emoção do dançarino, inteirado da prisão dos assassinos de seu filho) e, com a cantora Vanessa da Matta. Nesta, um cacófato digno de certas domésticas: “Sucesso lá, tá!”
Octávio Guedes forma, agora, dupla com Liliane Ribeiro. Substituiu o Maurício Martins, que respondia pelo horário há cerca de um ano, devido ao afastamento da cientista política Lúcia Hipólito. O “CBN Rio” não só mudou de apresentador. Também ganhou um novo formato, assemelhando-se ao da última fase com o Sidney Rezende, que o comandara desde sua criação.
Presenças marcantes em etapas distintas no “Debates populares” (época do Haroldo de Andrade), Agnaldo Timóteo e Luiz Ainbinder viraram apresentadores. Timóteo emprestou seu nome a um programa na Rádio Capital, nos anos 70. A vez do Ainbinder foi na extinta emissora do saudoso radialista e, depois, na Tupi, num curto período pelas manhãs de domingos.

LINHA DIRETA
/o/ Em menos de um mês de sua volta, David Rangel já teve, na Globo, seus primeiros momentos de “coringa de luxo”, atribuição normalmente reservada ao Jorge Luiz. Comandou o “Manhã...” dias 5 e 6, em lugar do Roberto Canázio, que perdeu a mãe, Dona Nina, 97 anos.
/o/ A MEC AM fez algumas alterações na sua grade matinal. No espaço de 7h às 8h, então com um musical corrido, entrou o “Sintonia Rio”, que vai até às 9h, apresentação de Amauri Santos. “Rádio sociedade”, com Denise Viola, retardado, foi reduzido em uma hora.
/o/ “Isaurinha Garcia estaria fazendo 90 anos e será homenageada pela rádio digital do Instituto Cravo Albin” -- saiu na coluna “Gente boa”, de “O Globo”, dia 4. Isaurinha nasceu em fevereiro de 1919, ou seja, teria feito 94 anos. (“Errare humanum est”, dizia-se naquele tempo.)

S I N T O N I A
“Jornal da Bandnews, 1ª Edição”(*), com Ricardo Boechat. Bandnews Fluminense, 94,9 FM – de 7h às 10h30.
“Palco MPB”, com Fernando Mansur. MPB 90,3 FM – de 20h às 21h, às terças.
“Yesterday”(*), com Robson Castro. SulAmérica Paradiso 95,7 FM – de 22h às 02h.
(*) De segunda a sexta.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Reajustes na FM esportiva

Inaugurada em setembro de 2012 como uma nova proposta do rádio no país, a Bradesco FM começou a reajustar sua programação, reprisando entre meia-noite e 6h da manhã, as principais atrações da grade. Na segunda-feira, 1° deste mês (Dia da Mentira), promoveu a estreia de “Pop bola”, misto de debate esportivo e humorístico, que surgira na MPB FM há pouco mais de um ano.
O programa tem a missão de “brigar” com uma parte dos fortes concorrentes “Show do Apolinho” (na Tupi) e “Globo esportivo” (na outra). O “Nossa área”, do José Carlos Araújo, o Garotinho, foi pro arquivo. Ele se mudou para o horário da manhã (pelas 11), sucedendo o similar com Jorge Eduardo, e ampliou o que vinha fazendo no “Segundo Tempo”, na Bandnews Fluminense.



Enquanto a turma do Toni Platão, Lopes Maravilha etc., dava o recado em sua primeira aparição naquela, ali perto, na MPB, o Maurício Menezes era entrevistado pela Isabella Saes. Ele brindava a apresentadora do “Tá na hora” e os sintonizadores do prefixo, contando uns “causos” hilariantes do seu “Plantão de notícias”, rico acervo que envolve figuras exponenciais do rádio.


A DOMÉSTICA
“O preço da farinha ‘tá’ um absurdo; do óleo de soja, cebola e margarina, também” – reclama doméstica muito atenta. E, observa: “Isso não é nada para a Globo, oferecendo farofa aos ouvintes que se dispõem a medir conhecimentos.” Ela completa: “Querem valorizar o David, ou fritá-lo?”

O RETORNO
Robson Castro, um dos feras na melhor fase do FM, está de volta ao rádio. Estreou nesse 1° de abril na Sulamérica Paradiso, às 10h da noite. Criador do “Good times” na 98, “Yesterday” na Tupi (agora redivivo), conduziu o “Amor sem fim” na 105. Espécie de cigano, acabou optando por uma web.

UM EXEMPLO
O repórter Jorge Ferreira, da Manchete, comandou na quinta, 21, o programa do Luiz Vieira, ausente para atender um compromisso em Brasília. Muito bom o seu desempenho. Robson Aldir, da Globo, precisava ouví-lo. Promovido há cerca de dois anos, ainda não convenceu na função de comunicador.

S I N T O N I A
“Manhã da Globo”, com Roberto Canázio. Globo AM 1220/FM 89,5 – de 10h20 às 13h, de segunda a sábado.
“Alô Daysi”(*), com Daysi Lúcidi. Nacional AM 1130 – de 11h às 12h.
“Ouvindo música”(*), com Marcelo Guima. MEC AM 800 – de 21h30 às 22h.
(*) De segunda a sexta.