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segunda-feira, 24 de junho de 2013

“Bola de fogo”, o retorno

Ao ensejo da Copa das Confederações, a Rádio Globo tirou do arquivo o”Bola de fogo”, um quadro de debates que encerrava as jornadas da emissora na década de 70, no tempo que Waldir Amaral liderava a equipe.
No retorno, para comentarem as partidas da seleção brasileira foram convocados os ex-jogadores Dé (o Aranha), Donizette (o Pantera), Gil (Búfalo Bil) e Júlio César (Uri Geller) -- o chamado “Quarteto fantástico”.
Estrelavam a atração na época, os comentaristas Áureo Ameno, Francisco Horta, Affonso Soares e Celso Garcia – os dois últimos já falecidos. Idealização do Kléber Leite, "Bola de fogo" foi um grande sucesso.




‘BOM DIA, PAI’
O quadro de maior audiência do “Programa Haroldo de Andrade” na Rádio Globo foi o “Bom dia”. E, não o “Debates populares”, segundo revelação do Haroldo de Andrade (Júnior), na Tupi, domingo último.
Desde agosto de 2008, o filho do saudoso radialista mantém um cartaz homônimo na emissora concorrente. No início de julho, ele lança o livro “Bom dia, pai”, inspirado em crônicas do antigo programa.
Haroldo de Andrade (Júnior) lembrava ter sido ele o redator da primeira pauta do “Debates populares”, que surgiu em 1984, em plena ditadura militar. Muitos copiaram seu pai, inclusive a Cidinha(*) – disse.
Em tempos gloriosos, a crônica de abertura era produzida por Helio Thys e,em sua versão na Tupi, por Nonato Viegas, um dos responsáveis pelo roteiro, cabendo alguns textos ao próprio apresentador.
(*) Cidinha Campos, que rivalizava com o Haroldo atuando na Tupi, trabalhou na emissora que ele fundou em 2005. Ficou apenas um ano. Ao sair, enaltecera a cavalheirismo do Haroldinho e Wilson, diretores. Queixara-se, porém: “Queriam fazer uma rádio de primeira, com antena de segunda”.
Cidinha está afastada desde então. A possibilidade dela ingressar na Globo, levantada recentemente, não existe. “Mais fácil ocorrer um abalo sísmico no país”, conforme professor de geografia nosso conhecido.

LINHA DIRETA
/o/ Coordenador de produção dos programas da Nacional, Marcos Gomes está ancorando as jornadas durante a Copa das Confederações.
/o/ A Globo montou uma Central para cobrir as últimas manifestações,escalando o David Rangel, comunicador, na função de plantonista.
/o/ Em crise, a Manchete fez mais ajustes na sua grade, mexendo dessa vez no “Fim de tarde” do Juninho Ti-ti-ti, reduzido em uma hora.

S I N T O N I A
/o/ “Planeta Rei”, com Beto Britto. Globo 1220 AM/89,5 FM. -- De segunda a sábado, de zero hora às 3h.
/o/ “Ouvindo música”, com Marcelo Guima. MEC 800 AM. – De segunda a sexta, de 21h30 às 22h.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Na imaginação, a diferença


Repórter da TV que migrara do rádio, Sandro Gama ganhou, recentemente, um programa na Bradesco Esportes FM. “Comendo a bola” é o titulo da atração, apresentada de segunda a sexta, às 12h. O Sandro não cansa de afirmar que se trata de “um programa diferente”, tendo acrescentado numa das edições, que seu colaborador, Bruno Mesquita, só faz “matérias diferentes”. Será? Onde ele descobriu essa genialidade, num gênero que se repete em todos os prefixos?
A hora do almoço no rádio é bem abastecida de programas em que se fala de futebol e, raramente, de outras modalidades. O mais acreditado deles, “Momento esportivo”, conduzido pelo Maurício Moreira, na Brasil AM, uma referência para a classe. Concorrem na faixa de horário, o "Toque de letra", com Leandro Lacerda e Alvaro Oliveira Filho, na CBN (11h45) e o “Bate bola”(12h20), com o Ruy Fernando, na Rádio Nacional. As emissoras menores também têm os seus.
O dia a dia dos clubes, isto é -- movimento de técnicos e jogadores, contratações ou dispensas – fatos comuns. Por melhores que sejam as pautas dos coordenadores de equipes, dificilmente se escapa dessa rotina. E, vem o Sandro com essa de “programa diferente”. A menos que, por ser na hora do almoço, tenha incursionado no ramo da gastronomia. “Comendo a bola”, então, seria uma retórica, licença-poética, como eram as crônicas do Armando Nogueira.
Ou será que a “diferença” que ele alardeia é a participação de ouvintes? “Você faz o programa” -- anuncia o apresentador, concitando a audiência a se manifestar. No rádio moderno, porém, interatividade não passa de um recurso mais do que natural. Um bem-sucedido exemplo em programa especializado, é o “Giro esportivo”, na Tupi. O Vagner Menezes e a turma afinada que lhe dá apoio, não precisam explicar a que vieram. Cumprem a sua missão. Com bom humor, sem firulas.
Incrível. Estão copiando até slogan (veja postagem anterior). Bruno Torelli, mais novo comentarista da Bradesco planou rápido, voando para a função. Slogan adotado: “o que não deixa dúvidas”, o mesmo que o Jorge Ramos, da Nacional, usa há uns dez anos, desde que integrava a equipe do Luiz Carlos Silva, na Rádio Roquette Pinto. A partir de maio do ano passado, ao se incorporar à Globo, Valdir Espinosa ficou sendo “o comentarista realmente técnico”, corruptela do “técnico comentarista”, batismo do José Cunha ao Duque Ferreira, na Tamoio, em tempo remoto.


LINHA DIRETA .
/o/ Manchete, “a rádio de verdade”, limitou o número de repórteres em ação. Hoje, não se compara ao que era na volta ao dial, em 2006.
/o/ Jorge Ferreira, que cobre o CET-Rio, está fazendo tempo integral, igualando-se ao noticiarista Enio Paes. E, também é narrador de futebol.
/o/ Coincidências são coisas que não faltam no rádio atual. Uma delas, a oração do “Pai Nosso”, de manhã, por volta das 8h na Globo e Tupi.

S I N T O N I A
“Sílvio Samper show”. Tupi 1280 AM/96,5 FM. – De 3h às 6h, de segunda a sábado.
“Redação Nacional”, com Neise Marçal. Nacional 1130 AM – De 8h às 10h, de segunda a sexta.
“Amigos do sucesso”, com Kaanda Ananda. Manchete 760 AM. – De 21h às 23h, aos domingos.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

As famílias que não criam

Nem Bethânia nem galo cantor de que fala a música do Caetano. Mas é de manhã. Horário de “Domingo na Globo”, que Jorge Luiz garante ser “o programa da família brasileira”. O “Domingo...” nos dias sem corrida de Fórmula-1, é uma espécie de “horas extras” (¹) para o apresentador, que durante a semana comanda, bem cedo (²), o “Bom dia Globo”.
Uma palavra apenas -- “verdadeiro” -- separa o slogan agora empregado por JL do utilizado por Luiz de França desde os tempos em que trabalhava na emissora dos Marinho. Lá, o França era um legítimo “campeão de audiência”. Na Manchete, onde está há seis anos, o bordão ficou adequado ao ibope da rádio, tornando-o “campeão no coração do povão”.

/o/ O presente quadro nos lembra o saudoso Chacrinha: “No rádio e na TV, nada se cria...” Nos últimos dias de maio começaram, no Rio, exposições para celebrar os 25 anos de morte dele -- ocorrida em junho --, um dos ícones da comunicação no país, consagrado pela televisão.
Abelardo Barbosa, o Chacrinha, pernambucano de Surubim, iniciou carreira na Rádio Clube Fluminense, em Niterói. Mais tarde, o prefixo abrigaria a Continental, uma pioneira. Era, segundo o slogan, “a cem por cento esportiva e informativa”, ou ainda, “a que está em todas”, pois, mobilizava portentosa equipe de repórteres – “Os Comandos” do Carlos Pallut.

/o/ Também nos domingos, de primeira qualidade, o “Estúdio F -- momento musical da Funarte”, nas ondas da Nacional, às 23h. Tem apresentação de Paulo César Soares e explora o gênero biografia, focalizando dois artistas a cada edição. O texto de chamada na voz do Jair Lemos faz referência à “nossa música popular brasileira” (sic). (Inadmissível, a derrapagem.)

/o/ Um dos precursores do “Amarelinho’ da Globo, Pedro Costa desempenhou numa outra etapa, relevante papel no esporte da emissora. Há alguns anos integra o time de profissionais que mudaram daquela para a Tupi. Pedro é repórter especial do “Programa Francisco Barbosa”.
Na manhã de sábado 1°, motorista escapa de arrastão na Rodovia Rio-Manilha,
São Gonçalo. Pedro antecipa a notícia, interrompendo o “Super-debates”. E, anuncia para depois, “maiores detalhes”.
(Oh Pedro, você é ‘fera’, não pode “escorregar” assim. Detalhes, que formam o conteúdo de qualquer matéria, “são coisas tão pequenas”... Sabiamente, o ‘Rei’ Roberto Carlos já dizia isso...cantando.)

LINHA DIRETA
/o/ “Moral da história”, no programa do Roberto Canázio, na Globo, tem a assinatura de Heloísa Paladino.Cotidiano em pequena obra-prima.
/o/ Karla de Luca, da equipe do Antônio Carlos, produz e apresenta nas manhãs de domingos, o “Canal animal”. Para os criadores de cães e gatos.
/o/ O locutor Demétrio Costa, “a voz da avenida”, voltou ao rádio, agora na Manchete. Colaborador do Luiz Vieira, estava há um ano afastado.
(¹) De 7h às 10h
(²) De 3h às 6h