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quarta-feira, 31 de julho de 2013

A valorização da culinária

Tema de programas antigos, a culinária está em alta conta. No rádio (e na TV), nunca como antes. No espaço que as emissoras reservam, cabem às donas de casa a iniciativa das receitas.
A interatividade – fruto moderno – as distanciam de uma Sagramor de Scuvero, Helena Sangirardi e Lea Silva, que no passado respondiam pela tarefa na Mayrink, Nacional e Tamoio.
O pacote inclui variedades do tipo “Farofa da Globo”, uma recente criação. A família de melhores conhecimentos, vencedora da competição, recebe da rádio um almoço como prêmio.
Com a valorização do tema, o futebol pegou o seu quinhão. No “Comendo a bola”, na Bradesco, os participantes discutem, aparentemente de boca cheia, jogos e bastidores dos clubes


SAÍDAS DO TÚNEL
Na Copa das Confederações a Globo tirou do arquivo o “Bola de fogo”, que encerrava as jornadas. Na volta do Brasileirão, resgatou o “Tiriri-tiriri”, uma vinheta. Ambas da época do Waldir Amaral, a segunda anunciava, com o Jairo de Souza, os jogos da Loteria esportiva.
As ‘novidades’ provocaram, de uma raposa felpuda e super antenada nos segmentos do rádio, a exclamação: “Direto do túnel do tempo!” – comum nos indefectíveis flashs back...

DERRAPAGEM I
Alessandra Ekstine, do “Estação cultura”, ao meio-dia na Rádio MEC,saiu de férias. Na sua ausência, Elisa de Magalhães (boa entrevistadora, por sinal) apresentou o programa, na quarta-feira, 24.
Ao ler o “MEC notícias” das 14 horas, vacilou diversas vezes. (Teria sido emoção pela visita do Papa?)

DERRAPAGEM II
Felipe Cardoso apresentava na Globo dia 20 último, “A liga dos trepidantes”, que antecede os jogos dos sábados. Logo na abertura, ele disse que o programa “já é tradicional”. (Fala sério!)
A “Liga...” foi lançado em setembro de 20ll. Nada em lugar nenhum é tradicional em curto período.
O que se pode dizer do “Enquanto a bola não rola” ou “Panorama esportivo”, há quase trinta anos nos ar?

AMOR ANTIGO
Criador de “Discos na vitrine”(lançamentos) e “Discos de ouro”(destaques das paradas),Jair Amorim trabalhou na Tamoio, fase do “música, exclusivamente música”, onde era um dos ‘bachareis’— denominação dos programadores da emissora. Letrista de sucesso, Jair (1915/1993), formou diversas parcerias, as principais delas, com José Maria de Abreu e Evaldo Gouveia.
Suas músicas mais conhecidas foram gravadas por, entre outros, Dick Farney, Cauby Peixoto, Altemar Dutra e Anísio Silva. Natural de Leopoldina, ES, colaborador de jornais, iniciou carreira na Rádio Clube do Brasil, atuou em outras rádios do Rio e foi locutor da Agência Nacional.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O reacender de uma chama

O imediatismo do rádio ainda citado por alguns profissionais concentra-se, hoje, nas transmissões esportivas e coberturas de trânsito. Abrange, com regularidade, os problemas comuns de bairros, que emissoras populares focalizam em atendimento às reivindicações de moradores – seus ouvintes fiéis.
Nos grandes eventos, porém, o rádio se revigora. A chegada do Papa Francisco ao Rio, um exemplo disso, como as realizações da Expo-90 e Rock in Rio em outras oportunidades, além da eternamente esperada visita do cantor Frank Sinatra (“The Voice”) a outrora decantada Cidade Maravilhosa.
A Tupi, Globo, Bandnews e CBN se destacaram na mobilização de seus repórteres pelas ruas e postos centrais do Rio. Desenvolveram em qualidade, trabalho comparativo ao de uma Continental e Jornal do Brasil AM em época remota, com a vantagem de se utilizarem de melhores recursos.


UM LUXO
Houve um tempo em que o curinga de rádio era um profissional novato. Atuava na esperança de um dia ser titular. Esse procedimento mudou, agora é luxo só. Que o diga o Haroldo de Andrade (Júnior)¹, há cinco anos na Tupi, em sua segunda passagem pela casa. Ele tem programa aos domingos, mas se firmou como regra três, cobrindo férias de colegas e eventuais faltas.
Fato semelhante está acontecendo com o David Rangel². No começo deste ano, depois de quatro temporadas na Manchete, voltou para a Globo -- igualmente ao Haroldinho, sua segunda passagem pelo endereço. David (outra coincidência) foi escalado para fazer um programa dominical e,também passou a substituir aqueles que se ausentam nas mesmas condições.
¹ “Bom dia, pai”, livro em que HA(J) homenageia o falecido Haroldão, não tem fins lucrativos. A renda é revertida para uma instituição de caridade – disse o radialista no programa do Clóvis Monteiro.
² Em dezembro de 2004 a Globo lançava o “Tarde legal”, com David Rangel. A vinheta do programa foi reaproveitada no “Boa tarde”, com Alexandre Ferreira, que o atual benjamim reviveu há pouco.


S I N T O N I A
/o/ “Painel JB 1ª edição”, com Alexandre Tavares. JB FM 99,9 – de segunda a sexta, às 7h.
/o/ “Hora do blush”, com Juliana Nasciutti. SulAmérica Paradiso FM 95,7 -- de segunda a sexta, às 17h.
/o/ “Choros, chorinhos e chorões”, com Clarice Azevedo. Roquette Pinto FM 94,1 – de segunda a quarta, às 21h, sábados, às 19h.

AMOR ANTIGO
Mais famoso locutor de telejornais de todos os tempos, Cid Moreira (86 anos), que começou no rádio em Taubaté, interior de São Paulo, pertenceu ao elenco da Mayrink Veiga. Foi, entre outras atribuições, narrador de “Noites cariocas”, programa estrelado pelo regional de Canhoto, aos sábados. Nele se projetaria nacionalmente, Jacob Bittencourt – o Jacob do Bandolin.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Esse nosso amor antigo

91)Uma das raras cantoras de rádio de São Paulo a se projetar no Brasil, Isaurinha Garcia (1919/1993) tinha uma coisa em comum com o locutor da Tupi, Collid Filho: a longevidade na mesma empresa. Isaurinha --“A Personalíssima” – trabalhou apenas na Rádio Record, ali permanecendo por nada menos que 40 anos.
92) O cognome que a acompanhou em sua longa carreira lhe foi arranjado pelo apresentador Blota Júnior, da linha de frente na radiofonia brasileira. A rádio, criada pelo empresário Paulo Machado de Carvalho, desfrutava na capital paulista, de prestígio semelhante ao da Nacional, no Rio. “Rádio Record, a maior”, seu slogan -- era apregoado pelo Randal Juliano, voz oficial da emissora em certo período.
93) Paulista do Brás, no início Isaurinha se espelhava no estilo da carioca Araci de Almeida. Nos áureos tempos da Nacional com seus programas de auditório, vinha constantemente ao Rio, convidada para apresentações no “César de Alencar”.

94)Das vozes mais expressivas do rádio em todos os tempos, César Ladeira tornou-se conhecido do grande público na Revolução Constitucionalista de 1932. Ele trabalhava na Record e, destacou-se na transmissão do movimento que eclodira em São Paulo.
95) Também participaram da cobertura em 9 de julho os locutores Renato Macedo e Nicolau Tuma. (Este formaria, com Armando Pamplona, da Rádio Cultura, a dupla de pioneiros em narrar futebol no veículo).
96) César Ladeira ficaria marcado como “a voz da revolução”, transferindo-se anos depois para o Rio. Contratado pela Mayrink Veiga, foi diretor-artístico e apresentador dos principais programas. Especializara-se em criar slogans para os artistas da antiga emissora. 97)A Nacional foi outra rádio em que o Cesar Ladeira brilhou, comandando diversas atrações. Na lista os diários “A crônica da cidade”, de Genolino Amado e “Seu criado, obrigado”, com assessoria da atriz Daysi Lúcidi, uma produção de Lourival Marques.

98)No começo de carreira, na Mayrink Veiga, “Garota Grau Dez”. Na maior parte dela, na Rádio Nacional, “Favorita da Marinha”. Em síntese, foi assim a trajetória de Emilinha Borba (1923/2005), a cantora mais popular na história do rádio. Batizada Emília Savanna de Sousa Costa da Silva Borba, ela ganhou seu primeiro prêmio na “Hora Infantil”, da Rádio Cruzeiro do Sul, onde alguns nomes surgiram.
99)Emilinha foi crooner do Cassino da Urca, ingressando na lendária casa de espetáculos, com o apoio de Carmem Miranda, sua madrinha artística. No limiar de década de 40, aportava na rádio que viria a ser uma das mais importantes da América Latina – a Nacional. Maior estrela da emissora já no final daquele período seria, sobretudo, uma recordista em sucessos de carnaval, destacando-se com outros gêneros.
100)De “Chiquita bacana” a “Mulata iê-iê-iê”, uma infinidade deles – sem se contar os boleros e sambas-canções. E, paralelamente ao rádio, discos e shows pelo país, Emilinha brilhou no cinema. Era sempre requisitada para os musicais da Atlãntida -- as chanchadas – que povoaram o imaginário de uma de geração de admiradores.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Trivial com guarnições (13)

Cancelado durante a Copa das Confederações, o “Debates populares” do “Manhã da Globo” com o Roberto Canázio, foi reintegrado no dia 1°, segunda-feira. No dia seguinte ao da volta, Mário Belisário, do primeiro time de comunicadores do rádio, participava do quadro.
Ele atuou em vários prefixos. Numa fase da Manchete, formou com Roberto Canázio e Alexandre Ferreira, o trio de melhor audiência. Foi o único por quem a Globo não se interessou.(Belisário se tornou sócio da Rádio Sucesso. Nela, manteve programa entre 2009 e 2011.)


POPULARES
A astróloga Zora Yonara, 50 anos de rádio é, sem dúvida, a mais popular do país. Em permanência no veículo, ela só perde para Aldenora Santos – a Pudica -- sua companheira no “Show do Antônio Carlos”, que alcançou em setembro de 2011, a marca dos 60 anos.
Produtora do programa, Aldenora também atua como atriz. Zora somente exerceu a função no começo da carreira, numa emissora do Espírito Santo. As duas, e Juçara Carioca (Juju), dividem as preferências do público fiel ao radialista -- “o despertador do Brasil”.

ENCONTROS
Ricardo Brito conduz “Encontros – a música brasileira em bate-papo”, na Roquette FM, às quartas, de 10h às 11h da noite. Entrevistado na primeira semana, o quinteto Mulheres de Hollanda, (Laura, Marcela, Ana, Fernanda e Carla) intérprete das obras de Chico Buarque.

CONCORRIDO
O horário do almoço nos domingos é bastante concorrido em matéria de programas esportivos. Bem mais prolongado que nos dias normais. Uma dessas opções é o “Nacional esporte show”, no comando de Gláucia Araújo, freqüência diária num vespertino da emissora.


LINHA DIRETA
/o/ A um ano do Mundial de 2014, a Globo lançou com Maurício Bastos e Roberta Barroso, o “Jornal da Copa”.
/o/ Narrando um amistoso do Flamengo com o São Paulo, Ricardo Moreira oficializou o seu ingresso na Tupi.
/o/ “Rio de Janeiro em um minuto”, nas meias horas a partir das 10h, substituiu o “Globo, girando com a notícia”.

S I N T O N I A
/o/ “Toque de letra”, com Leandro Lacerda e Alvaro Oliveira Filho. CBN 860 AM/92,5 FM -- de segunda a sexta, às 11h45.
/o/ “Ao vivo, entre amigos”, com Marina Barreto. MEC AM 800 -- quartas, de 17h às 18h
/o/ “Vamos ouvir a banda”, com Zair Cançado. Bandeirantes AM 1360 -- quintas, de 22h às 23h.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Luiz Vieira, primeiro ano

O poeta Luiz Vieira, eterno "Menino passarinho", fez um ano na Manchete no dia 4 do mês passado. “Minha terra, nossa gente”, com três décadas de existência, que havia deixado a Sucesso (ex-Carioca), era antes transmitido pelas rádios Rio de Janeiro e Nacional – a maior parte na tradicional emissora da Praça Mauá. No novo endereço, sua denominação passou a ser “Eu show Luiz Vieira”, apresentado de segunda a sexta, de 6h às 8h da manhã.
“Gente que brilha”, em que o apresentador cultua a figura de Paulo Roberto, um dos grandes nomes da ‘época de ouro’ do rádio, é o quadro mais importante. A sua finalidade é destacar cantores e compositores que a mídia esqueceu e, apenas nele, o batismo atual não é utilizado, prevalecendo o original, anunciado pela voz de Kleber Moura, que ao abandonar o veículo (integrava o cast da Nacional) virou pastor evangélico em São Gonçalo.
Uma particularidade observada no programa do Luiz Vieira. Ele não mais se restringe a reviver sucessos de cantores antigos, seu alvo principal. Tem partilhado as audições, com base no calendário (data de nascimento), a valores da música moderna. Destinado à geração que ultrapassou a faixa dos 40 anos, o programa ainda apresenta dois quadros reconhecidamente interessantes: “Histórias que o rádio conta, a gente
toca” e “Quem é o cantor?” -- a sua interatividade com os ouvintes, que concorrem a modestos prêmios semanais.

FILHOS DE PEIXE
Com apenas cinco anos, os gêmeos Luiz José e Jorge Eduardo ilustram as vinhetas do programa do pai. Um ‘barato’, as participações deles. Representam o futuro do veículo – hoje nos primórdios – quando será comum ouvir rádio pela internet, celular, smartphone e outros recursos. Não é à toa que as emissoras mais importantes vêm badalando essas alternativas. A nova era que se descortina está há poucos passos dos bem mais “idosos”, estagiários que circulam pelas emissoras. Filhos de peixe, os que têm exemplos em casa

LINHA DIRETA
/o/ Raridades no rádio, atuantes com mais de 80 anos. Luiz Vieira, Daysi Lúcidi, Gerdal dos Santos e Zair Cançado, uns baluartes da profissão.
/o/ Roteirista do “Alô Daysi” (Nacional), Fátima Bonfim também produz o ‘Repórter Rio’. De 6h às 8h, com o Marco Antônio Monteiro.
/o/ Caiu acentuadamente o número de domicílios com aparelhos de rádio entre os anos 2000 e 2010. Revelou o último levantamento do Ibope.
/o/ Briga boa nas manhãs de notícias. Ricardo Boechat, no “Jornal Bandenews Rio 1ª edição”, Octávio Guedes no renovado “CBN Rio”
/o/ “Bola em jogo”, programa que o Luiz Ribeiro comanda na Rádio Tupi aos domingos, está com nova produtora. A repórter Camila Esteves.
/o A Rádio MEC trocou, no “Almanaque carioca”, o Amauri Santos por Kadu de Freitas, do “Atualidades”. E retardou o programa em uma hora.

.S I N T O N I A
“Show do Heleno Rotay”. Tupi AM 1280/FM 96,5. – De segunda a sexta, de 15h às 17h. /o/ “Nossa área 2ª edição”, com Gilson Ricardo. Bradesco Esportes FM 91,1. – Nas noites sem competições, de 20h às 22h /o/ “Palco MPB”, com Fernando Mansur. MPB FM 90,3. -- Às terças, 21h.