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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Globo, a volta por cima

Três meses após a mudança de coordenação na Rádio Globo, já se percebem melhorias em alguns programas da grade. Em termos de dinamismo, por exemplo. Com isso, justificam-se os slogans “manhã pra cima” e “tarde mais feliz”, englobando no primeiro caso (sem trocadilho), atrações comandadas por Jorge Luiz, Antônio Carlos e Roberto Canázio. (O do padre, mera estratégia.)

A vinheta nova para o horário vespertino, talvez não tenha sido devidamente pensada. Quando entra no ar o programa do Alexandre Ferreira, verifica-se na montagem da abertura, o confronto desnecessário de uma só expressão. Ao tema antigo do “Tarde legal” e do “Boa tarde...”, junta-se o de “tarde mais feliz”. Overdose para recuperar índices? A coisa estava muito mais feia...

Depois de inúmeras providências visando reverter o quadro, porém, os objetivos da emissora estão sendo alcançados. O último boletim do Ibope revela essa modificação, embora os programas apresentados nas tardes continuem como o “calcanhar de Aquiles”. A vantagem somada pelas atrações da principal concorrente ainda é maior, constituindo-se um desafio a ser vencido. Evidente que isso será possível, com a eliminação dos pontos vulneráveis.
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HOMENAGEM
O poeta e sambista Luiz Carlos da Vila (1949/2008) está sendo homenageado pela cantora Dorina. Ela gravou um CD com músicas dele. O lançamento ocorreu no dia 21, quinta-feira, no Teatro Rival, na Cinelândia.

Dorina (também radialista), foi entrevistada no “Botequim da Globo”, terça, para a divulgação de seu novo trabalho. E, o Robson Aldir, com aquela espontaneidade peculiar, disse: “Já pude saborear (sic) o seu disco”.

Qualquer pessoa teria dito, em se tratando de música e, principalmente de novidade, que gostou, apreciou, encantou-se, -- palavras similares com o mesmo sentido, significado. Robson é uma figura singular.


AMOR ANTIGO
No horário em que hoje está o “Botequim...”, a Globo manteve durante boa temporada, o “Show da noite”. Gilberto Lima (1942/1983), foi o seu primeiro apresentador, em seguida o Antônio Luiz (1947/2001).
Outro titular: Luiz de França e, por último, o Mário Esteves. Ouvintes que os acompanhavam, ao sintonizarem o de agora,(e outros), têm a convicção de que não foi só o “Projeto Brasil” que derrubou a audiência no Rio.
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LINHA DIRETA
/o/ Primeira etapa da implosão da Perimetral realizada com sucesso. Entre os repórteres de rádio na cobertura do fato histórico, Evelyn Moraes, pela Globo, e Mariana Moraes, pela Tupi.

/o/ Alexandre Chalita, da Transamérica, informa que foi ele quem criou o bordão “faz a festa da galera”. A frase adotada pelo Rodrigo Campos, esclarece, em comum acordo entre os dois.

/o/ Analisando a partida do Botafogo com o São Paulo (1 a 1), Rodolfo Motta, da Manchete, “o comentarista perfeito”, descobriu a pólvora. Afirmou que “gol é o mais importante de um jogo.”

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Quadrinhos, joias raras

Nos pequenos frascos, a essência do produto – alguém escreveu referindo-se a uma linha de perfumes. A definição pode servir para os quadrinhos nos programas de rádio, com duração semelhante aos noticiários de hora marcada, exemplos de “O Globo no ar”,“Sentinelas da Tupi” e “Nacional informa”.

O Clóvis Monteiro, que se autodenomina “motivador do Brasil”, apresenta no seu programa uma dessas joias do rádio moderno. É o quadrinho “Lição de vida”, cuja importância apenas o ouvinte distraído não percebe. Na mesma Tupi, desfilam no programa do Francisco Barbosa, o “Seu Manuel Tamancas”, personificado por Luizinho Campos, e “A luz da psicologia”, com Luiz Ainbinder.
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No mesmo estilo do “Lição de vida” e, no entanto, com mais quilometragem (é do tempo em que ele trabalhava na Manchete), tem o “Moral da história”, com o Roberto Canázio, no “Manhã da Globo”.Fruto do velho rádio e, originalmente conhecidos como interprogramas, hoje se renovam, elaborados. São bons momentos num veículo onde a mesmice virou substantivo comum.

Admiráveis também, o “Dois tempos”do Mário Esteves, na Manchete abordando trilhas sonoras de novelas e cantores de sucesso, e “Globo natureza” da Rosana Jatobá, com ideias e sugestões para a preservação do meio ambiente. A ressaltar, o desempenho do Ricardo Villa no “Disco do dia”, na MEC.
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AMOR ANTIGO
Dono do mais famoso programa de auditório na história do rádio, César de Alencar era muito mais que animador. Foi também cantor, compositor e, no inicio da carreira, ator. César (1917/1990) era, inclusive, uma figura criativa. As entrevistas por telefone, tão utilizadas no rádio de hoje, foi uma invenção dele.

Criava os quadros de seu programa e,intercalando aos de formato normal (25 minutos), idealizou os interprogramas, que o jornalista Borelli Filho, da “Revista do Rádio”, chamava de quadrinhos. Na fase do ostracismo, marcado pelo episódio da Revolução de 64, ele foi parar na Rádio Federal, de Niterói. Ali, apresentava um dos tais -- “As virgens do César” – isto é, lançamentos de gravações.
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LEMBRANÇAS
A cantora e atriz Vanja Orico aniversaria no dia da Proclamação da República. Fez 84 anos. Estrela do filme “O cangaceiro” e uma das intérpretes de “Muié rendeira”, entre outros sucessos, foi lembrada por alguns programas de rádio.

SEM QUEIXAS
Fãs do Agnaldo Timóteo (77 anos) não podem se queixar da falta de espaço, no rádio, para artistas de sua geração. Às sextas-feiras, invariavelmente – com direito a entrevista --, ele aparece no programa do Luiz Vieira, na Manchete.

O QUE É ISSO?
Em novembro de 1985 morria, no Rio, o comunicador da Globo Waldir Vieira. Algumas pessoas ainda hoje confundem o nome dele com o do autor de “Menino de Braçanã”. Caso de uma admiradora do Timóteo, residente em Itaboraí.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Um trivial mal passado

Cinco horas da tarde. Sábado, 9 de novembro. Na Tupi, ancorando a jornada esportiva, André Ribeiro anuncia: “Daqui a pouco, Flamengo e Goiás!”
O jogo estava programado para as 9 horas da noite... Seria um disparate se ele dissesse “daqui a pouquinho”, tão preferida por outros comunicadores.

E, bem feito para um distinto cidadão, ainda em sintonia. Morador num país tropical, que não é Flamengo, e não tem uma nega chamada Teresa...
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O BALÃOZINHO
Aquela partida terminaria em 1 a 1. Descrevendo o movimento de um jogador, Freitas Neto, da Bradesco afirmava: “Deu um balãozinho pro alto...”

No futebol, por acaso, haverá outra forma do apreciado lance?
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A RIMA FALSA
A Globo acertara em cheio na contratação de Dé Aranha para o seu quadro de comentaristas -- observamos aqui, numa postagem anterior.
Bem articulado, Dé sabe das coisas, fala a linguagem de determinada classe. Não precisava, porém, ser objeto de slogan rimado. Soa falso.
“O de papo legal”, cairia bem. Aranhas – nenhuma novidade – não vivem em palpos, que as pessoas de poucas letras pronunciam “papo?”...
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SOS SLOGAN
A propósito do tema. Um slogan urgente para o narrador Odilon Júnior, antes que bebês dos últimos anos sejam matriculados na maternal.

Essa história de revelação PJ, francamente, não dá mais.
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VIVA A MEC!
Num jornal em que raramente saem notícias sobre as emissoras de rádio da própria empresa, o Arthur Dapieve publicou um brilhante trabalho focalizando a situação das rádios MEC AM e FM. Mostrou uma coisa que outros não têm: independência. Veículo de maior credibilidade para alguns, o rádio nos dias atuais é “o primo pobre” da mídia eletrônica. Efusivos parabéns, professor.

A repórter do jornal “O Dia” que entrevistou o Xico Teixeira se confundiu ao informar como declaração do gerente regional da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), “que a rádio MEC AM hoje, toca música clássica”. Não confere. O forte da freqüência é música popular brasileira, ficando a clássica, por conta exclusiva da MEC FM, única no Rio a se dedicar ao gênero.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A sinfonia dos bordões

Nunca como este ano esteve tão acirrada a briga pelo Ibope nas emissoras de rádio que transmitem futebol. Globo e Tupi já detinham nas duas últimas décadas as preferências, porém, com a troca de comando entre elas ano passado, e o ingresso da Bradesco no circuito (uma proposta nova), as chamadas alternativas despertaram. Mobilizaram-se no sentido de melhorar suas equipes, ou pelo menos, tentaram buscar um meio de reduzir perdas iminentes.
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“Carro parado não arruma frete” – já dizia um ditado popular. Nessa arena futebolística montada pelos prefixos “digladiam-se” atualmente, Luiz Penido na Globo, Jota Santiago na Tupi, e José Carlos Araújo na Bradesco. Correm por fora, para pegar as fatias do “bolo-audiência”, Edilson Silva pela Transamérica (também uma nova opção), Evaldo José (CBN), Maurício Moreira (Brasil), Rodrigo Campos (Manchete) e Carlos Borges (Nacional).
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Em termos de qualidade e recursos, Globo e Tupi se igualam, posicionando-se em preciosas vantagens. Bradesco e Transamérica, por sua vez, valem-se de alguns nomes de reconhecido prestígio para atrair público, formar plateia, No pouco tempo que operam, todavia, já vencem as situadas num plano inferior às principais. Observa-se, independente do calibre de cada uma, que os bordões (mais do que antes), funcionam como trunfo para “segurar” o ouvinte.
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Nos intervalos de bola rolando uma programada sinfonia de apelos modula o ambiente, no tom de “quem é mais”, “quem é a tal”. E, com isso, frenética toada de sinos, guinchos e apitos. De um lado, “futebol clube”; de outro, “futebol é muito mais emoção”. De lá, “futebol-show”; dacolá, “o melhor do futebol”. Na rádio y a jura: “fazendo você mais feliz com o futebol”. Promessa na x: “muito mais bola na rede” e, na z: “emoção no futebol tem três letras...”

BOLA MAIOR
Detentora de um dos mais baixos índices de audiência no esporte, nem por isso a Nacional desanima. Depois de dispensar alguns profissionais e, contratar outros, está ampliando o setor a partir desta segunda-feira, 4. O “Bate-bola” dobra seu tempo de duração, começando agora às 12h30.

UMA OUTRA
Quem pensava que a astrologia no rádio estava com os dias contados, enganou-se. Na Globo, os executivos não compartilham desse pensamento. O “Boa tarde...”, comandado pelo Alexandre Ferreira abre espaço para Leiloca Neves, que atua no mesmo ramo da Zora Yonara e Glória Britto. Ela foi integrante do grupo musical As Frenéticas, um sucesso nos anos 70.

OS NOVATOS
Universitários interessados em futebol têm nas rádios Bradesco, Manchete e Nacional oportunidades para estágios. Em certos casos, sequer o ENEM daria jeito. Como o auxiliar do Ricardo Mazella no Vasco e Goiás, ao perceber um jogador ferido. O moço disse que “a camisa sangrava”.