Total de visualizações de página

Confira a hora certa!

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Os nossos comunicadores

Nos programas de entretenimento voltados para a música em anos remotos, eles eram animadores de estúdio, ou de auditório – os primeiros também denominados disc-jockeys. Em anos contemporâneos, sob as bênçãos do “Papa” Marshall Mc Luhan, batizados de comunicadores, bem de acordo com a filosofia do escritor canadense, cujo viés tinha “os meios de comunicação como extensões do homem”.
__________

A popularidade deles no país foi disseminada com o crescimento do FM, nas décadas de 1970/80. O modelo ditava as regras com a linguagem coloquial de seus locutores, ao contrário das vozes empostadas no tradicional AM. Passada a “coqueluche”, não se podia mais distinguir entre os que atuavam num e noutro segmento. Por certo, uma antevisão do “junto e misturado”, acentuando as diferenças.

No AM – mais falado -- o predomínio do jornalismo, prestação de serviços, debates. Já no FM (excetuando poucos casos), a concentração nas paradas de sucessos musicais, incluindo algumas inserções de notícias e serviços. Os mais conhecidos comunicadores do rádio contemporâneo formam quadros na Tupi e Globo (freqüências unificadas em 2009/10), Nacional e Manchete, emissoras populares.
__________

Para você, inveterado amante do rádio, quais os cinco melhores comunicadores das listas que seguem? Queira relacionar, também, os cinco que nunca fariam parte da emissora de que você (já teria imaginado) fosse o diretor. No dia a dia, estão no ar a partir de zero hora, esses profissionais:

Fernando Sérgio, Mário Belisário, Clóvis Monteiro, Francisco Barbosa, Coelho Lima, Pedro Augusto. Heleno Rotay, Washington Rodrigues e Luiz Ribeiro (Tupi); Beto Britto, Jorge Luiz, Antônio Carlos, Roberto Canázio, Alexandre Ferreira, Tino Júnior e Robson Aldir (Globo).
__________

Adelzon Alves, Geraldo do Norte, Marco Antônio Monteiro, Neise Marçal, Daysi Lúcidi, Luiz Augusto Gollo, Dorina, Glaucia Araújo e Cirilo Reis (Nacional); Kleber Sayão, Jorge Bacarin, Luiz Vieira, Anthony Garotinho,Rodrigo Machado, Ronaldo Gomlevsky, Mário Esteves, Luiz de França, Juninho Tititi e Miro Ribeiro. (Manchete).

Complementam a lista, os que fazem programas semanais, ou atuam como curingas: Na Tupi -- Haroldo de Andrade (Junior), Luizinho Campos, Jimmy Raw, Garcia Duarte e Cristiano Santos; na Globo -- David Rangel, Maurício Menezes, Soares Júnior; Nacional -- Gerdal dos Santos, Jair Lemos, Cristiano Menezes, Luciana Vale; Manchete -- Robson Alencar, Rafael de França, Cláudia Ferreira,Vilma Guimarães.

Do histórico FM em plena atividade, Fernando Mansur (MPB), Robson Castro (SulAmérica Paradiso) e Alexandre Tavares (JB). Esperamos suas indicações até o fim de janeiro. Feliz 2014.


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

De produtores e balanços

Oito de dezembro,domingo, registrado há menos de duas semanas, é dia do produtor de rádio. Jimmy Raw, da Tupi, que apresentava o programa do Haroldo de Andrade (Júnior), nas férias do titular, rememorou a data, em que se reverenciam outras categorias -- o cronista esportivo e o colunista social. A edição era assinada por Jorge Pereira, pela qual o Nonato Viegas habitualmente responde.

Por trabalharem na retaguarda, os produtores são pouco conhecidos do grande público. Eles dão suporte aos comunicadores, preparando textos e roteiros, pautando os temas a serem focalizados, assim como fazem “pontes” para entrevistas por telefone e, a interação do apresentador com os ouvintes. De modo geral, o produtor é um repórter no anonimato, mesmo nas emissoras que creditam seus nomes.

Eis alguns, entre outros produtores nas emissoras populares do Rio: Ricardo Alexandre, Marcus Vinícius, Rita de Souza, Jacqueline Nascimento e Paula Ranieri (Tupi); Carla de Luca, Heloísa Paladino, Sheila Trindade, Cynthia Abrantes e Paulinho Coruja (Globo); Flávio Kede e Adriana de França (Manchete); Carlos Alberto Silva e Fátima Bonfim (Nacional). Aqui, o predomínio das mulheres.
__________

ELES VOLTARAM
O 2013 no fim. Em março, David Rangel voltava à Globo, depois de quatro anos na Manchete.Ganhava programa dominical, nas manhãs e um diário, de madrugada. Exerceria, ainda, a função de curinga.

Também voltavam à casa Maurício Menezes e Gilsse Campos, ele em agosto, ela um pouco antes. Maurício esteve afastado 12 anos, com atuações nas rádios Haroldo de Andrade e Tupi. Agora coordenador artístico, reeditou o “Plantão de notícias” (não emplacara na concorrente), o conhecido “Agito geral”.

Gilsse, a mais longeva das mulheres a participarem do “Debates populares”, reintegrou-se àquele quadro. Estava fora da Globo desde a saída do Haroldão, em 2002. Fazia, ultimamente, programa semanal na Manchete.

Na Tupi, Mário Belisário voltou em agosto. Ficou no lugar do Sílvio Samper, dispensado depois de 18 anos no prefixo. Belisário já trabalhara duas vezes na emissora. Passou por outras e, pela Sucesso, entre 2009 e 2011.
__________

SOLUÇÃO DIFÍCIL
Muito mais que no futebol, a cobertura do trânsito continuou sendo a perfeita tradução do imediatismo do rádio. No que se convencionou chamar prestação de serviços em tempos modernos,emissoras inteiramente dedicadas ao jornalismo levam vantagem sobre as de programação variada.

Mas, a informação é sempre a mesma, reportando-se às ruas e avenidas idem. O linguajar dos setoristas, uma toada só. Não muda. Como não mudam as condições nas principais vias, problema crônico sem solução à vista. Uma prática tipo ‘enxuga gelo’ sobre o dia a dia do Rio e cidades próximas.

“O trânsito está complicado na reta do cais da Ponte (...) Está complicado na Avenida Brasil, altura da (...);na Presidente Vargas, sentido da (...);na Epitácio Pessoa...” O rádio orienta os motoristas, cumpre o seu papel; as autoridades... escamoteiam. “O estreitamento das ruas deve-se à redução do IPI, que facilitou os de menor poder aquisitivo na compra do carro”.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O horizonte com desafios

Artistas e funcionários da Globo assistiram no dia 2, a 1h da tarde, missa no Outeiro da Glória celebrando os 69 anos de fundação da rádio. Na ocasião, os comunicadores mais aplaudidos pelo público foram o Antônio Carlos -- 26 anos de casa -- e Roberto Canázio -- 7, completados na véspera.

No horizonte que se descortina, o maior desafio para os novos diretores será a reconquista da audiência no horário vespertino. Essa inferiorizada condição diante da Tupi, a principal concorrente, se verifica há uma década e meia, período em que, importantes valores migraram para o outro lado.
__________

Antenado com o cenário atual um observador acredita que não é difícil vencer a estação da Saúde naquele horário. Bastaria, segundo ele, que os cardeais reeditassem “A cidade contra o crime”(*) e remanejassem o padre Marcelo para às 13h, em que atuava no início. No primeiro caso, um confronto para a “Patrulha...”, no outro, como antídoto contra “o romeiro de Aparecida”.

No espaço subseqüente, de 2h às 5h -- argumenta – entraria o David Rangel, ou o Mário Esteves (que também voltaria). A grande sacada, fechando o pacote, seria a recontratação de Washington Rodrigues, o Apolinho. Ele formaria dupla com o Luiz Penido no programa do fim de tarde, que ganharia um formato novo, e passaria a se chamar “Globo variedades” – conclui o observador.
__________

POBREZA
Paixão de muitos -- profissionais, estudiosos, ouvintes -- o rádio é, nos dias atuais, “o primo pobre da mídia eletrônica”.

Em sintonia ao longo dos tempos, não temos lembrança de coisa mais cabotina do que esse concurso de marchinhas que o Antônio Carlos promove anualmente na Globo. Sofrível, a qualidade das músicas.

Apesar de tudo, “o despertador do Brasil” mantém boa posição no Ibope, prestigiado por uma audiência cativa, fiel.
__________

REJEIÇÃO
Não é o que acontece, por exemplo, com os programas da Nacional. Há uns três anos, também por lá, se faz concurso (qualificado) de marchinhas. A baixa repercussão obtida, um retrato do tradicional prefixo.

Sob o estigma da rejeição, vivem Nacional e MEC -- as chamadas rádios públicas. De quase nada adiantou, na primeira, a obra de revitalização em 2004 no prédio da Praça Mauá, ao custo de 2,5 milhões. Hoje, estranhamente, a emissora está instalada na Avenida Gomes Freire, Lapa.
__________

AMOR ANTIGO
(*) “A cidade contra o crime” foi um programa que Affonso Soares lançou na Globo na década de 80, similar ao que ele criara em 1950 na então líder dos Diários associados. Durante o tempo que ficou em cartaz, dividiu as atenções do público com o original. Seguiram o Affonso (1925/2007), em sua nova empreitada, o apresentador Samuel Corrêa e um grupo de rádio-atores.