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terça-feira, 27 de maio de 2014

Nossos comunicadores (7)

CLÓVIS MONTEIRO
O comunicador Clóvis Monteiro, 55, gaúcho de Alegrete há 25 anos fazendo rádio no Rio – completados em 2013 --, atuou por dez temporadas em seu estado, onde começou aos 18 de idade. Antes de decidir pela carreira de radialista, Clóvis foi ilustrador e chargista em Santa Maria. Também naquela cidade, comandaria um programa na rádio local, exercendo, mais tarde, a gerência de programação na Atlântida FM.

.o. No intervalo de uma e outra, foi repórter da RBS TV. No Rio, para onde se transferia em 1986, passou pelas FMs Tropical e 105, e Capital AM. Nesses 25 anos em emissoras cariocas, 20 foram dedicados à Tupi, 17 dos quais à frente do “Show da manhã”. Em junho de 1994 era contratado pelo Sistema Globo. Durante seis meses teve dupla atividade – a de curinga na 98 FM, e noticiarista na principal. Passava a titular em dezembro.

.o. Caberia a ele, na Globo, a apresentação de dois programas, um diário e um semanal. O primeiro, “Parada popular”, de segunda a sexta, o outro, “A grande parada”, ambos de 3h às 6h da manhã. O ocupante do horário era o Sílvio Samper, que a emissora dispensara naquele mês. Dois anos depois, ele anunciava no ar, seu desligamento, uma coisa rara.

.o. Clóvis resolvera retomar o espaço na Tupi, onde, durante certo período, apresentava um programa de manhã, e outro à tarde. Tinha uma boa proposta e, por desafio, concorrer com o Antônio Carlos. O “Show da manhã”, criado para assinalar a sua volta, entrava na grade no mesmo horário daquele – de 6h às 9h. E, um fator favoreceria o Clóvis -- a subida da emissora no Ibope no Rio -- com a brecha deixada pela outra, o “Projeto Brasil.”

.o. Somando-se aos quadros em que Washington Rodrigues (o Apolinho), a astróloga Glória Britto e o humorista Maurício Manfrini, são atrações, o apresentador investiu na cobertura do trânsito. De forma diferente, dando vez (e voz) aos informantes – os repórteres voluntários. Esses colaboradores, que promovem uma audiência maciça, aparecem na primeira hora do programa. Utilizando-se de celulares, eles fazem uma prestação de serviços tão importante quanto à dos setoristas da CET-Rio, ou da PRF, na Ponte Rio-Niterói.


M E M Ó R I A
A mesa de debates do “Show da manhã”, que reúne analistas de notícias, sofreu diversas modificações ao longo dos anos -- o que aconteceria também no formato original do programa.
Participariam dela, em tempos distintos, o comunicador Andrea Gasparetti, a jornalista Mônica Bloch e a atriz Solange Couto. A fase de maior sucesso, no entanto, ocorreria com a dupla Maurício Menezes (hoje coordenador na Globo) e o Jorge Nunes (falecido em 31 de janeiro).

Fontes: Emissoras, acervo pessoal e o Google.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Pelos caminhos do retorno

Na luta incessante visando a diminuição dos pontos perdidos para sua maior concorrente, a Globo mexeu mais uma vez em sua grade. Os ouvintes que almoçam entre às 12h e 14h, agora podem fazê-lo com as tiradas de humor do Maurício Menezes, Hélio Júnior e Sérgio Ricardo. “Alegria ao meio-dia”, o novo programa, é apresentado por Tino Júnior.
.o. No lugar do “Vale tudo”, de que ele era o titular, ficou o “David da tarde”, com o David Rangel, uma hora mais cedo, rendendo o do quarteto. Basicamente o “Alegria” não traz inovação nenhuma. É a mistura de quadros que Maurício e Helinho* faziam há alguns anos no conduzido por Francisco Barbosa e, posteriormente, no “Agito Geral”.
.o. Ele e o Sérgio se juntam aos que retornaram à emissora a partir de 2012. O primeiro passou pela rádio do Haroldo de Andrade e, por último, pela Tupi, atuando na “Patrulha da cidade” – saíra da Globo em 2001. O outro participou da equipe do Antônio Carlos, lançando-se apresentador na Manchete em 2002. Já estava afastado do rádio há 13 anos.

.o. Quanto ao “David da tarde” – só repetindo uma expressão da época de nossos avós. Alvíssaras! Alvíssaras! David Rangel já deveria ter um programa diário desde sua volta em março do ano passado, depois de quatro anos ausente, prestando serviços à Manchete. Uma perda de tempo (e falta de habilidade) usarem-no em cartaz semanal e como folguista.
.o. Na remexida que a Globo fizera em setembro de 2011, foram poupados o “Show do Antônio Carlos” e o “Panorama esportivo". A mais importante novidade fora a transferência do Roberto Canázio para o “Manhã...” Reduzido desta vez, o tradicional horário perdeu o “Debates...”, pioneirismo do Haroldo. O “Frente a frente” (reeditado) assumiu o espaço.
.o. Complementando as modificações, o retorno do Alexandre Ferreira às origens. Antes do “Planeta Rei”, ele se revezara com o Jorge Luiz e o saudoso Francisco Carioca, no horário destinado aos insones, ou acordados por compromissos diversos. “Madrugada em companhia”, a exemplo do desintegrado “Planeta...” é, pelo menos, um título criativo.
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*Programa de duas horas tendo por batismo o momento que entra no ar, soa como coisa amadorística, num veículo em que trafegam profissionais talentosos. Não seria mais apropriado aos programetes, hoje em alta? Com todo o respeito – diria um certo colunista.
O Hélio Júnior – super-Helinho para alguns – deslustra sua carreira ao “ressuscitar” a personagem inspirada na vidente Mãe Dináh (Benedicta Finazza), falecida este mês em São Paulo. Profundo mau gosto fazer graça com 'os que se mudaram pro lado de lá'.
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LINHA DIRETA
/o/ “Armazém cultural” é novo programa do Thiago Alves na MEC AM, a partir das 15h. Ele comandava o “Almanaque carioca”, que saiu da grade.
/o/ Marcos Martins, repórter esportivo da penúltima safra, fechou com a Bradesco. É a sua terceira rádio,depois de desligar-se da Tupi em 2012.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Nossos comunicadores (6)

ROBERTO CANÁZIO
A potência da rádio – um canhão, no entendimento dos admiradores --, é a arma que ele usa diariamente a serviço do bem comum da cidade e, principalmente, pelos direitos dos aposentados e pensionistas. Seu nome: Roberto Canázio. Carioca, 65 anos, há sete trabalhando na Globo, intransigente com os maus administradores da coisa pública, um comunicador de muita personalidade.

.o. “Coragem, opinião. Roberto Canázio é do Rio, e é da Globo”. Desde setembro de 2011, quando trocou o apresentador da manhã, numa reformulação da grade, a emissora o anuncia desse modo.Tem fundamento. Com as modificações, a rádio começava a abandonar o projeto de programas em rede. Um desses, o “Se liga Brasil”, de 13 às 15h, que marcara o ingresso dele na casa.

.o. Com um histórico na Manchete, onde sedimentou sua carreira, Canázio se desligaria de lá, passados bem mais de vinte anos. A partir de outubro de 2001, com a transferência para a Tupi, ampliava sua popularidade. Em seu discurso na defesa dos desassistidos, as palavras-chaves eram família e solidariedade, que alavancariam os índices de sua audiência na emissora do bairro da Saúde.

.o. Na Globo, onde estreava em 1° de dezembro de 2006, por ocasião do 62° aniversário da emissora, teve que ajustar as fórmulas adotadas em seus programas nas anteriores. Aquelas palavras em que se baseava um quadro longo na Tupi, ficaram limitadas às citações no “Histórias da vida”, logo suprimido. Quanto aos debates, reapareceriam no “Se liga Rio” – foco na cidade, claro.

.o. Canázio já trabalhou na Rádio Nacional. Por pouco tempo. O início foi na Tupi FM (freqüência em certo período com a Nativa), por indicação de Austregésilo de Athayde, do condomínio dos Diários associados, a que pertenciam emissoras de diversas capitais. Formado em Direito, ele foi atuante funcionário da Academia Brasileira de Letras, de que Austregésilo era presidente.

.o. Nenhum pai (ou mãe) de família sonhava para seu filho a profissão de radialista. Na do Canázio não era diferente. O ‘micróbio’ da radiofonia, porém, cedo se manifestou. Acostumara-se a ouvir a Rádio Relógio, que dava a hora de minuto a minuto, e decorar os textos comerciais, lidos nos intervalos. Imitava a rapidez dos locutores, de não serem atropelados pelo sinal eletrônico.

M E M Ó R I A
A rádio em que Roberto Canázio se projetou foi incorporada ao Grupo Bloch Editores em 1973. Antes, chamava-se Federal, em Niterói. A concessão estava em poder do músico e compositor Antenógenes Silva, autor de, entre outras coisas, “Saudade do matão”, um clássico do cancioneiro.
A crise na empresa nos fins dos anos 90 que resultara no fechamento da TV e revistas, fez desmoronar o que parecia um império, integrado por nada menos que 16 emissoras de rádio. A Manchete, reerguida em 2006, faz parte da massa falida administrada por um dos proprietários do grupo.

Fontes: Emissoras, acervo pessoal e o Google.

terça-feira, 6 de maio de 2014

‘Pátria’ salva. Até a Copa

Duas semanas depois de lançar um novo programa esportivo, a Globo promoveu a estreia de outro... no mesmo horário, de 8 às 10h da noite. “Olha o gol”, com Edson Mauro, surgido em 1° de abril, consagrado ao Dia da Mentira perdeu as segundas-feiras para o “Futebol de verdade”, estrelado por Zico e Juninho Pernambucano, com Felipe Cardoso na função de mediador.

.o. Com a medida, a emissora coloca no ar uma dúvida sobre o prestígio do proclamado “ bom de bola”. Afinal, ele está na casa há tantos anos e, só agora em 2014, ganhou a titularidade num espaço – normalmente curto devido aos jogos do meio de semana. Curioso. Dia, horário e formato do “... de verdade” são os mesmos de um programa do Edilson Silva na Bradesco FM.

.o. Partindo-se da filosofia defendida pelo título deste, a conclusão a que chegam os cabeças pensantes é desanimadora -- isto é --, tudo em torno do tema, anteriormente, era uma balela. E, os ex-jogadores, como na história de Pilatos na cruz, entram para salvar a Eucarestia, quer dizer, a ‘Pátria em chuteiras’, de que falava o Nelson Rodrigues. Enquanto os jogos da Copa não vem...

GRADE NOVA NA MEC
A MEC AM, velha rádio do Ministério da Educação e Cultura está de programação nova. Foi lançada no mês passado. Com a repaginada, alguns programas saíram da grade, exemplos do “Estação cultura” -- às 12h, com Alessandra Ekstine; “Almanaque carioca” -- às 14h, com Thiago Alves; e “Arte em revista” -- às 18h, com Jota Carlos, (este o mais antigo).

.o. Amauri Santos foi o maior beneficiado com as modificações. “Sintonia Rio”, cartaz que ele apresentava das 7 às 9h da manhã, agora vai até às 10h. “Rádio sociedade”, outro remetido ao arquivo, até então comandado por Denise Viola(*), cedeu lugar ao “Planeta lilás”, ainda com ela, de que também é co-produtora. Começa às 10h, uma hora a menos de duração.

.o. “Atualidades”, às 11h, com o Cadu de Freitas, de debates, teve modelo e nome alterados. Passou a se chamar “Bate-papo ponto com”, intensificando as participações dos ouvintes através das ferramentas modernas da tecnologia. Muito comum em algumas FMs e nas rádios sem grupos de criação, um musical corrido está preenchendo os espaços dos programas extintos.

(*) Meio ambiente e sustentabilidade são assuntos pouco explorados no rádio. Na seara em que a Denise acaba de ingressar, a primazia cabe ao André Trigueiro, com “Mundo sustentável”, na CBN, aos sábados e domingos, às 13h50, que completou dez anos em setembro último. Jornalista como os demais, Rosana Jatobá apareceu em maio de 2012 na Globo, Rio. “Tempo bom, mundo melhor”, de segunda a sexta, às 13h05, foi sua contribuição inicial. Depois, "Globo natureza", um pouco mais tarde. Ela disse reconhecer que os temas não dão Ibope.