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terça-feira, 24 de junho de 2014

Uma reviravolta em análise

Em poucas semanas após implantar uma nova modificação em sua grade, é ‘visível’ a melhoria de nível na audiência da Globo. A reação, superada uma década em desvantagem para a principal concorrente veio, pelo que se pode avaliar, no tempo certo, aproveitando que a ‘outra’, acomodada nos seus ganhos, qual gigante, “adormeceu em berço esplêndido”.
.o. E, enquanto na suposta floresta em que se trava uma briga animalesca aquela habitante não desperta, sua declarada rival segue fazendo uns ajustes aqui, outro acolá, munindo-se, notoriamente, das mesmas armas, recursos. O Rio, cidade-selva, território do embate, serve como instrumento propulsor nas recentes mexidas, e remexidas pela reversão do quadro.
.o. Não se mexe em time que está ganhando – é voz corrente no linguajar de desportistas. Valendo-se de tal preceito, devem pensar (e estarem convencidos), os executivos do lado de lá. Na que vinha perdendo há tanto tempo, a visão naturalmente difere, a partir de novos gestores assumirem os postos-chaves. Os resultados, já se anunciam favoráveis.

.o. Debates no rádio contemporâneo são coisas que não se esgotam. Toda emissora que se preza têm mais de um deles. Teria o Haroldo de Andrade (Júnior) reivindicado a patente do título criado pelo pai? Se isso aconteceu, acabou-se apenas a duplicidade. O reeditado “Frente à frente” poderia, com certeza, substituir o tradicional quadro, mantendo-se a duração do tempo.
.o. Encurtar o “Manhã da Globo” do circunspecto apresentador para dar lugar ao “Alegria ao meio-dia” foi uma medida equivocada. O correto seria recuá-lo para às 9h, e transferir o “Momento de fé” para às 12h. O de humorismo, teria melhor sentido batizado como “A turma da alegria”, às 13h. Nenhuma pretensão de ensinar missa a padre, ofício a profissionais escolados.
.o. Nessa reviravolta que se desenha, há elementos sem a menor necessidade. São, como popularmente se diz, “tiros no pé”. O (ou/a) “Michelle” no programa do Roberto Canázio um deles, se já existe uma Ana Paula Portuguesa explorando a chamada área das celebridades. Essa figura nos moldes do “Lá Matraca” do Clóvis Monteiro, só pode ser malfadada imposição.

LINHA DIRETA
// Washington Rodrigues, apresentador e comentarista esportivo, renovou contrato com a Tupi por dois anos. Trabalha na emissora pela segunda vez, onde se encontra desde fevereiro de 1999. Com 52 anos de carreira, participa agora em 2014, da 11ª Copa do Mundo.
// O programa que o Kléber Sayão ganhou na Manchete, das 13h às 15h, chama-se “A tarde é nossa”. A Tupi tinha um com esse nome nos anos 90, apresentado por Francisco de Assis, primeiro e, depois, pelo Fernando Sérgio, das 15h às 19h.Difícil inovar em título.
// A Rua Fonseca Teles, em São Cristóvão, é o novo endereço da Tupi. O prédio, ainda em obras, com estúdios moderníssimos, vai abrigar também a Nativa FM e o Jornal do Commércio. A radio estava instalada na Rua do Livramento, no bairro da Saúde, há mais de 30 anos.

terça-feira, 10 de junho de 2014

De chegadas e despedidas

Mário Esteves, que os amantes do rádio apreciam desde sua passagem pela 98 FM (hoje Beat98), desligou-se da Manchete na segunda-feira, 26 último. E, no dia seguinte, como nunca antes, já reestreava na Globo. Foi cooptado pelo Maurício Menezes para comandar o “Alegria ao meio-dia”, cujo lançamento ocorrera na semana anterior, com o Tino Júnior liderando o novo cartaz.
.o. Comparando a amizade a uma planta que se cultiva, Mário enalteceu o tratamento (e liberdade) dispensados pelos diretores Miguel e Cátia Nasseh. Eles permitiram, inclusive, sua despedida no ar, coisa raríssima de acontecer no rádio (*). O ouvinte atento percebera o clima no estúdio. Emocionado (“vida de radialista não é fácil”) Mário trocava impressões com o Kleber Sayão.
.o. Na Manchete, onde trabalhara duas vezes, sendo a primeira em 2002, tinha iniciado a mais nova temporada em setembro de 2008. Criador da ‘Secretária eletrônica’ no veículo, quadro copiado por alguns profissionais, seu programa era bastante diversificado, dentro das reconhecidas limitações da emissora. ‘Dois tempos’ e ‘Esse nome é bom lembrar’, eram os mais destacados.

.o. Em novembro de 1998 (fazia o “Show da noite”), passava a apresentar, à tarde, “O Rio na Globo”. Substituía o Luiz de França. Ganhava outro programa – o “Agito geral”, aos domingos, de manhã. Demitido em 2001 (Francisco Barbosa, de regresso, ocuparia a vaga), ele voltava em 2003 e, no ano imediato, destituído. O programa era “Tarde legal”. David Rangel, o substituto.
.o. Bem relacionado, Mário integra o primeiro time do rádio, com trânsito regular pelas agências de publicidade. Após sua derradeira saída da Globo (o item audiência não era a questão), seria convocado, em 2005, para a emissora montada pelo Haroldo de Andrade. Como o foram o Mauricio Menezes, Helio Júnior, Carlos Bianchini, e outros com os quais certo diretor implicava.
.o. Por e-mail ou telefone, alguns ouvintes saudaram a sua volta à rádio dos Marinho. Também colegas de outros prefixos, casos, por exemplo, do Marcus Vinícius (Mr. Bean), produtor e repórter da Tupi; Dário de Paula, conterrâneo de Volta Redonda, comunicador de FM na cidade (ex-locutor esportivo que passou pela Tupi e Nacional); e Heloísa Borghi, atualmente na Roquette Pinto.

(*) O Clóvis Monteiro mudara-se para a Globo em junho de 1994. Dois anos depois, decidira retornar à Tupi. Despedira-se durante a apresentação do “Parada popular”. Episódio semelhante aconteceu recentemente com José Carlos Araújo, o Garotinho. No transcorrer do “Segundo tempo”, seu espaço na Bandnews fluminense, anunciara a saída. Acertara seu ingresso na Transamérica.


LINHA DIRETA
/o/ Kleber Sayão, veteraníssimo profissional, assumiu, na Manchete, a vaga deixada pelo Mário Esteves. Com ele, a partir de então, “A tarde é nossa”.
/o/ Revelada na Tupi há poucos anos, a repórter Marina Heizer voltou à casa. Tinha ido para a Globo, destino de outras, algumas das quais... sumiram.
/o/ “Dito e feito”, com Luciana Valle, de segunda a sexta, das 2h30 às 4h da tarde, é programa recente na Rádio Nacional. O de funk foi desbancado.


terça-feira, 3 de junho de 2014

A volta do Marcus Aurélio

Afastado do rádio há dois anos, Marcus Aurélio estreou dia 26 último, segunda-feira, um programa na renovada MEC AM. “Todas as vozes” (com o sub-título ‘Intolerância zero’), sinaliza o seu reaparecimento no ramo, apresentado das 7h05 às 10h da manhã. É sua incursão numa rádio pública, que ele entende ser o confronto com as comerciais.
.o. Professor de radialismo e um dos mais estudiosos da matéria, Marcus é um incentivador da interatividade – a troca de ideias entre os pares. Ao contrário dos que assumem posição neutra adotando o sistema (importante na era contemporânea), ele não abre mão de suas convicções. Aceita dialogar com aqueles que discordam dos temas desenvolvidos.
.o. Do novo projeto do Marcus fazem parte nove quadros. São eles: “Você no ar” (assunto do dia) ,“Tempo de reportagem”, “É da sua conta”, Visão de jogo”, “Dicas culturais”, “Essa letra, essa música”, “O disco do dia”, “Atitude e inclusão” e “O rádio faz história”. Na audição de estreia, debatido o caso de um juiz que condenava a umbanda e o candomblé.

.o. Marcus reproduziu no quadro dedicado ao veículo, um áudio do “PRK-30”, com Lauro Borges e Castro Barbosa satirizando o “Hora da ginástica”, de Osvaldo Diniz de Magalhães na velha Nacional. E entrevistou Luiz Torquato, de São Paulo, que trabalha na Transamérica e na Globo (de manhã naquela, de tarde na outra) e, na Gazeta, fins de semana.
.o. Agora numa rádio da EBC--Empresa Brasil de Comunicação, ele reencontrou o Carlos Borges e Waldir Luiz (locutor e comentarista esportivo), seus companheiros na antiga Mauá, onde iniciou carreira depois de um estagio na Roquette Pinto. Em sua trajetória registram-se doze anos na Tupi, sete na CBN e nove na Globo, quatro deles na função de executivo.
.o. O “Todas as vozes” entrou no lugar do “Sintonia Rio”(*). Tem produção de Marcos Leite (e do próprio apresentador), assistência de Josiane Freitas. Entre repórteres e colaboradores, Dila Araújo, Cyntia Cruz, Raquel Júnia, Ícaro Matos, Patrícia Serrão; Jansen Campos, Marcos Rangel e Ricardo Villa. (Este produz “O Disco do dia” e as trilhas da rádio.)
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(*) Quarenta anos no veículo, dez na MEC AM, Amauri Santos despediu-se na sexta-feira, 23 de maio. Permanecerá na EBC, através da Nacional, com o “Sintonia Rio”, mas às 10h da noite. A estreia foi nesta segunda, dia 2. Um dos fundadores da Fluminense FM, ‘a Maldita’, Amauri teve passagens por outras emissoras, inclusive, as extintas AMs O Dia e Viva Rio.

LINHA DIRETA
/o/ O narrador esportivo da TV Record Mauricio Torres, que morreu neste fim de semana, em São Paulo, foi durante 12 anos plantonista da Rádio Globo.
/o/ Era anunciado por José Carlos Araújo, com o slogan “ele não dorme no ponto”. Nas folgas da TV, produzia boletins para a SulAmérica Paradiso FM.