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terça-feira, 25 de março de 2014

Nossos comunicadores (4)

CIRILO REIS
Nascido em Ponte Nova, Minas Gerais há 65 anos, Cirilo Reis queria ser um cantor popular. Jovem ainda, já estava consciente da voz que possuía. Mas, no quesito afinação, não ia lá muito bem. Despertou há tempo e, o rádio ganharia um dos melhores locutores em toda sua existência. Foi em Leopoldina, Minas, que Cirilo descobriu sua verdadeira vocação. Em 1971, começava na emissora local.

.o. No Rio, para onde se mudou em 1973, Carioca foi a sua primeira rádio. Ingressaria depois na Mundial e, dali, rumo a Nacional. Paralelamente à sua atuação nessa, integrou os quadros da Capital, Tupi e Manchete. No tempo em que os comerciais eram ao vivo, Cirilo formou uma das duplas de locutores do “Programa César de Alencar”. A figura do famoso animador de auditório teria influência decisiva na vida do Cirilo Reis. Foi ele quem sugeriu, em 1980, a criação de um programa para as noites dos sábados. (Era diretor artístico da emissora.)

.o. O programa em questão, “Musishow”, faria parte da grade da Nacional durante 31 anos. Em janeiro de 2005, passou a ser atração diária, nos fins de tarde – de segunda a quinta-feira, conservando as audições dos sábados, gravado. A partir de abril daquele ano, Cirilo virou personagem onipresente. Noticiarista na Tupi nas madrugadas nos dias comuns, apresentador do “Baú da Tupi”¹, de 22h a 24h, (horário do “Musishow”²), e do “Você é o show”, até às 2h.

.o. Voz oficial da Nacional, ele divide as funções com o Jair Lemos, de quem herdou o “Edifício A Noite”, em junho de 2011. Numa mexida recente, a emissora acrescentou ao programa a denominação “Cirilo Reis comunicando”. Ele ganhou, também, uma nova missão na casa -- âncora das jornadas esportivas. Uma outra atração sob o seu comando é o “Talento Nacional” , aos domingos, em horário alternativo. Fora da grade há dois anos, o “Musishow” foi reeditado no dia original, depois dos jogos de futebol, com apenas uma hora.

.o. Por duas vezes ele trabalhou na Manchete. Em 2000, com um programa de 13h às 16h, a que emprestava seu nome, posteriormente alterado para “Rio 760, tarde total”, em parceria com o Alexandre Ferreira. A segunda em 2006, pelas manhãs, nos primeiros meses da volta da emissora ao dial.

¹ Deixaria o programa (e a rádio) em julho de 2006.
² Folgava nas noites com transmissão de futebol.

M E M Ó R I A
Um marco na história do Cirilo na Rádio Nacional, “Musishow” era, também, o nome do programa com que o Paulo Giovanni começou carreira em Petrópolis, onde foi discotecário e chegou a fazer serviços gerais. Ao vir para o Rio, Giovanni estrearia na Tupi em dezembro de 1968, em plena véspera de Natal.
Atuaria dois anos na emissora do bairro da Saúde e, logo depois ingressava na Globo. O “Paulo Giovanni show” foi uma atração matinal de muito sucesso, ficando pouco mais de 20 anos em cartaz. Em abril de 1989 o comunicador se desligava do veículo, para se dedicar à sua agência de publicidade.

Fontes: Emissoras, acervo pessoal e o Google

terça-feira, 18 de março de 2014

Paixões, segundo Momo

Como no futebol, Tupi e Globo foram novamente as principais emissoras de rádio na cobertura dos desfiles das escolas de samba no Rio, uma das paixões dos cariocas. Impulsionada pelo enredo sobre Ayrton Senna a Unidos da Tijuca ultrapassou por um décimo a Acadêmicos do Salgueiro, subiu ao pódio das campeãs do Grupo Especial, na conquista do quarto título de sua história.

.o. Luiz Ribeiro comandou a equipe da Tupi, cabendo os comentários ao Eugênio Leal, Luiz Carlos Magalhães e Luiz Fernando Reis. Pela Globo, a condução do Robson Aldir, sendo comentaristas Jorginho do Império e Cadu Joviano. Entre os repórteres, Marcos Marinho, Marcos Frederico e Isabella Fraga, de um lado; Elisângela Salarolli, Evelyn Moraes e Gustavo Henrique, do outro.

.o. A Globo também cobriu, desta vez, a Série A (Acesso), trabalho que a Tupi e a Manchete já faziam em anos anteriores. Escalou o David Rangel para as transmissões e o Jorge Luiz, há algum tempo seu comentarista oficial, limitando a participação dele este ano. Com as intervenções do Robson Aldir (prestigiado), a marcha da apuração dos votos teve o Alexandre Ferreira no acompanhamento.

.o. Outra novidade da emissora ocorreu nas horas antecedentes aos desfiles das escolas de samba. O “Comando geral”, cuja existência remonta aos anos da Presidente Vargas como passarela, foi reestruturado. Além das entrevistas com históricos dos personagens, foram reproduzidos depoimentos de casais que se conheceram durante as festas de Momo, com a grife “uma paixão de carnaval”.
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POR FUTEBOL
Num desses momentos de folia, sintonizados nos 1220 AM estranhamos a voz sonora de uma chamada proclamando um “...apaixonados por futebol”. Que é isso, a Manchete mudou de freqüência e ainda não sabíamos? Ou o samba do crioulo doido desmantelou a ordem dos números no dial?

Nem uma coisa, nem outra. Era a Globo, sim. A poderosa se pautando na ‘outra’, quem diria... O lema “apaixonados por futebol” a Manchete utiliza desde 2006, quando João Guilherme e Daniel Pereira lideravam o grupo. Rádio também é paixão. Eles optaram pela TV, muito mais rentável.
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BREGA & CHIC
Passado o carnaval, “Planeta Rei” do Beto Britto não recuperou integralmente o seu espaço na rádio. Perdeu os sábados para “O melhor da Globo”, que a partir dos meados de 2013, vinha ocupando a primeira hora das madrugadas. A direção avaliava, naturalmente, os índices do público notívago.

Dia 15, uma ouvinte reclamava da demora em ser atendida. “São 700 pedidos por noite, na fila de espera” -- explicava o David Rangel, o mais luxuoso curinga da praça na atualidade, mal aproveitado na emissora dos Marinho. Buena giente, ele fez tocar uma cantiga italiana, a paixão da senhora.