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terça-feira, 29 de abril de 2014

Nossos comunicadores (5)

FRANCISCO BARBOSA
Na Tupi há pouco mais de sete anos – em sua segunda passagem --, Francisco Barbosa, 56, já era locutor experiente quando veio para o Rio no limiar da década de 80. Iniciara carreira na Difusora de Minas e estava na Sociedade de Juiz de Fora, em sua terra de origem ao receber proposta para trabalhar na Cidade FM,do Sistema de Rádio JB.

.o. Na revolucionária emissora em que brilhavam Eládio Sandoval, Fernando Mansur, Ivan Romero, Paulo Martins, Romilson Luiz e outros, Francisco Barbosa teve como missão, responder pelas madrugadas, de 2 às 6h.Depois, ele faria breve temporada na Del Rey, transitaria pela Estácio e Nacional, acabando por ingressar na Globo FM.

.o. Dali, sem demora, para a matriz -- ou seja --, o AM do grupo. Firmava-se na casa a partir de um convite do Haroldo de Andrade para substituí-lo num período de férias. Curinga em pouco tempo, ganharia projeção com o Paulo Giovanni que, em 1987, anunciava o propósito de desligar-se, deixando gravadas suas participações.

.o. Paulo Giovanni se despediu da rádio em abril de 1989. Barbosa assumiu horário de 7 às 9h, passando a atração a se chamar “Show da manhã”. Em 1994 é remanejado para do meio-dia às 3h, e o programa ganha seu nome. Lança um quadro de humorismo com Maurício Menezes e Hélio Júnior, que se constituiria no principal trunfo.

.o. Titular do “Show da Globo”, de meia-noite às 3h, Hilton Abi-Rihan recebia bilhete azul em agosto de 1998. Sem um nome definido para ocupar o horário, a direção escalava o programa do Francisco Barbosa. O que ia para o ar, com a chamada ‘o ouvinte pediu’, não era uma segunda edição.Uma simples reprise, com notícias atualizadas.

.o. O recurso seria utilizado durante pouco mais de um ano. Embora bem-sucedido junto ao público, Barbosa estava, desde que mudara de turno, perdendo para o concorrente -- Pedro Augusto, da Tupi, cujo crescimento coincidira com a sua transferência. Era demitido em dezembro de 1994, dando lugar a Ana Flores,com o “Tarde legal”.

M E M Ó R I A
Barbosa voltaria à Globo em outubro de 2001,depois de rápida passagem pela Tupi, mas sairia em julho de 2005. Cedera lugar ao “Amigas invisíveis”, da Marlene Mattos, pilotado por... Ana Flores.
Nos intervalos esteve na Carioca, com Américo Fernandes, Mauro Montalvão, Paulo Martins e Ricardo Campello. Antes de reintegrar-se à radio da Saúde, passou pela MEC AM e Tropical Solimões.

Fontes: Emissoras, acervo pessoal e Google.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Garotinho 5.0 esporte.com

No rádio moderno não faltam emissoras dotadas de equipamentos de última geração. O mercado competitivo obrigram-nas a seguirem os parâmetros da tecnologia, cada qual dentro de suas condições econômicas. Sintonizá-las na internet, tablet, celular ou aplicativos diversos, tornou-se uma coisa muito natural nos dias de hoje.

.o. Transamérica, uma das centenas assim equipadas, é o novo endereço de José Carlos Araujo a partir de fevereiro. Neste abril, há dois meses de sua estreia, Garotinho está celebrando cinco décadas a serviço do esporte. No veículo sem o qual “brasileiro não vive” (definição dele), “escola de quem não tem escola”, segundo Roquette Pinto.

.o. A incursão de José Carlos Araújo no futebol seria como ponta. Foi num jogo de Fluminense e Bangu pelo Campeonato Carioca. Só um ano depois, ele faria uma transmissão – a partida entre o Canto do Rio e Madureira, no Torneio Início de 1965. Ingressou na Globo recomendado por Celso Garcia, do bordão “garoto do placar...”

.o. Conhecera-o nos bastidores das rádios Metropolitana e Continental, com estúdios na Rua do Riachuelo, na Lapa. Celso integrava “Os Comandos” do Carlos Pallut, Ele, um iniciante. Ali, conhecera também o Haroldo de Andrade, recém-saído da Mauá, de quem se fizera colaborador. Zé Carlos atuava como locutor de comerciais.

.o. Nas funções de plantonista e ponta, ele ficaria por quase um ano recebendo apenas cachês. A efetivação na equipe, viria acontecer em decorrência do desligamento do repórter Pedro Paradela, um dos profissionais que acompanharam o Waldir Amaral, quando esse trocara a Continental pela emissora dos Marinho.

.o. A convivência do Garotinho com a Globo teve duas fases. De abril de 1964 a janeiro de 1977; de dezembro 1984 a maio de 2012. No intervalo, por sete anos, trabalhara na Rádio Nacional, projetando-se como líder de equipe. Promovera Washington Rodrigues a comentarista, até então destacado repórter no grupo do Waldir.

M E M Ó R I A
Foi o Apolinho (lembrar vale a pena), quem impulsionou o cognome Garotinho, embora a sugestão para que Zé Carlos adotasse a marca, partisse do Denis Menezes, parceiro nas reportagens. Para o jeito moderníssimo do narrador, estava embutida uma indireta a Waldir. Ou seja: “o Garotinho ligeiro, que transmite o jogo inteiro”.
Metropolitana e Continental integravam as Organizações Rubem Berardo. Zé Carlos esteve na empresa dos 15 aos 22 anos. Como grande parte dos contratados, ele passou muitas vezes sobrevivendo de vales. Somente o pessoal do esporte na casa recebia os vencimentos em dia. Foi locutor da Eldorado, antes de aterrissar na Globo.
Fontes: Emissoras, acervo pessoal e o livro “Paixão pelo rádio”, depoimentos do Garotinho ao jornalista Rodrigo Taves.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Bordão que vira programa

“Boa, boa, boa!” Narrador esportivo do primeiro time do rádio, Edson Mauro é o condutor da mais nova atração da Globo – “Olha o gol!” – um de seus bordões que acaba de virar programa. A apresentação, às 8h da noite nos dias sem futebol, estreou em 1° de abril, terça-feira, parte de mais uma remexida que a emissora promoveu no seu esporte.

Nos estúdios, as participações de Luís Roberto, da Rede Globo e David Rangel. Este personificava o Negão da Chatuba e o portuga Manuel Joaquim. Com aquele, parodiando o “Domingo” da União da Ilha sobre a decisão do Campeonato Carioca em favor do Flamengo. Com o outro, ditando estranha receita culinária para os vascaínos.

Também nos estúdios, os trepidantes André Luiz, Camila Carelli e Marcos Vasconcelos, respectivamente setoristas do Botafogo, Fluminense e Vasco. Pelo telefone em trânsito para Guaiaquil (ia cobrir o Flamengo contra o Emelec na Libertadores), Cláudio Perrot, e o cantor Djavan, conterrâneo do Edson, seu afilhado musical no distante 1972.

Na rua, Gustavo Henrique movimentava o quadro “Fala torcedor”. Aproveitando o gancho do dia, ele quis saber de um peladeiro no Aterro do Flamengo qual jogador é a maior mentira do futebol. A resposta: “Serginho Chulapa”. Pediu um segundo nome, e veio a surpresa: “Zico”. Ironia de um botafoguense frustrado, naturalmente.
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UM NOVO BOTEQUIM
Em horário modificado, o “Botequim da Globo” com o Robson Aldir, ganhou um “sob nova direção” no título. Marcou ponto na estreia, com o grupo Fundo de Quintal. Transformado em extensão do “Samba amigo”, cartaz dos sábados, preenche uma lacuna, pois, não faz muito tempo, o gênero era raridade na programação da emissora. Agora, “Botequim” concorre com o “Vai dar samba” do Miro Ribeiro, na Manchete.

A HISTÓRIA REPETIDA
Caio Àlex, repórter da Tupi, revelava no “Francisco Barbosa”, segunda-feira, 7, que um ‘rapaz’ de 25 anos roubara um ônibus na Zona Oeste e pretendia vender o veículo para voltar à sua cidade natal, no Norte do país. No início dos anos 80 estávamos no jornal "O Dia" e testemunhamos caso parecido. O personagem,um menino de 12 anos. Depois de se apossar de um coletivo na Tijuca, terminou detido em São Cristóvão.
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T r i v i a i s
.o. Comentarista na Bradesco Esportes a partir de 2013, Wellington Campos voltou a narrar futebol.
.o. Áureo Ameno, 80 anos, reintegrado ao meio via-Transamérica, divide espaço com um BB... Monstro.

terça-feira, 1 de abril de 2014

O era uma vez charmoso

Perdeu o sentido locutores do rádio classificarem o Campeonato Carioca de “mais charmoso dos estaduais”. Quem ainda estiver insistindo na tese, esqueceu no banco de reservas o uniforme da seriedade. Não merece crédito. Analisemos os dados que seguem. Em quatro jogos em março e um em fevereiro, apenas 2.228 torcedores compareceram aos estádios.

O ‘maior’ público foi o de Flamengo x Bangu, em 16/3 – 608 pessoas, e o de menor – 308, de Botafogo x Nova Iguaçu, em 22/3. Nos demais, foram estes os registros: Audax x Botafogo (481); Botafogo x Bonsucesso (456); Bonsucesso x Flamengo (375). No Rio, como em outras metrópoles, os regionais estão parecendo futebol de várzea. Esgotamento do modelo.

“OLHA O GOL!”
Em mais uma alteração no seu esporte, a Globo entrega ao Edson Mauro o comando de novo programa --“Olha o gol”, baseado num de seus bordões. A apresentação será ao vivo, às 8 da noite, a partir desta terça-feira. O “Botequim...” com o Robson Aldir passa para às 10h, e o “Panorama esportivo” – que surgira em 1985 – limita-se a uma edição dominical.

“Olha o gol” terá como adversários em FM, o “Nossa área-2ª edição”, na Bradesco Esportes, com Wellington Campos, e em AM, o “Manchete esportiva”, na 760, com o Rodrigo Campos. Não será nenhuma surpresa (por motivos óbvios), se a Tupi vier a fazer troca semelhante, envolvendo o “Giro esportivo”, com o Wagner Menezes, e o programa do Luiz Ribeiro.
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TEATRO NOS ARES
Nacional e MEC retomaram, nesta segunda-feira, 31, a série “Contos do rádio”, lançada em abril de 2011, que tivera a duração de seis meses. O primeiro episódio, abordando o golpe militar, foi encenado às 9 da manhã. Os seguintes serão aos sábados, às 10h. A direção do radioteatro é de Lauro Góes, que substitui a atriz Marília Martins.

NÃO É O CARA
Um dos melhores programas de rádio nas tardes do Rio atualmente é o comandado por Mário Esteves, na Manchete. Ele ausentou-se nos últimos dias. Juninho Tititi responde pelo horário. Uma diferença abissal. Os apurados textos do Flávio Kede ficam sem brilho, esfumaçam. O programa despenca. Faz muita falta um bom folguista na casa.
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T r i v i a i s
.o. Promovida a diretora de jornalismo da Tupi, Ana Rodrigues não deixou a função de repórter.
.o. Ex-Manchete, ex-Tupi, Diana Rogers, agora na Globo, é a mais nova produtora da rádio.