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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Esse nosso amor antigo (k)

AS NOTÍCIAS VOAM
.o. Na velocidade da luz ou dos helicópteros em que trafegam o Genílson Araújo, Leonardo Salles e outros menos conhecidos, que cobrem os intermináveis problemas do trânsito na cidade, as notícias voam. De forma semelhante, também circulam na internet, seus aplicativos e redes sociais, que há muito superaram a rapidez dos satélites.

.o. Prestador de serviços por circunstância, ‘o primo pobre’ da mídia eletrônica, sobrevive escorado nesses modernos recursos da tecnologia. A utilização dos helicópteros, uma prática de poucas emissoras do Rio, começou com a extinta Jornal do Brasil AM, nos anos 80. O Genilson Araújo já estava lá e,alternava na função com o Nicolau Maranini.

.o. Em 1984, ele se transferia para a Globo, e chegou a realizar esse trabalho para três estações do SGR. Hoje, sua atividade se limita a CBN. Cobrir trânsito ‘lá do alto’, conforme famoso locutor anunciava o Genilson, não é pra qualquer um. Já o fizeram (ou fazem) Simone Lamin, Carlos Eduardo Cardoso, Emerson Rocha, Edilene Mattos e etc.
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TERRENO MENOR
.o. A cada dia que passa, a Nacional perde mais espaço no Rio. O que era reduzido em termos de jornalismo, sofreu um baque ainda maior. Brasília (alguém tem duvida?) continua predominando na grade. Desta vez, os ‘gênios’ da matriz defenestraram o “Redação Nacional”, seguramente há seis anos sob o comando de Neise Marçal.

.o. No horário de 8h às 10h, ficou o “Revista Brasil”, com Valter Lima, até então transmitido para os ouvintes do Planalto e da Amazônia. Antes da Neise, deixaram a rádio o Marco Antônio Monteiro e o Luiz Augusto Gollo.Dentre atribuições diversas, cabiam a eles conduzirem, respectivamente, “Repórter Rio, 1ª edição” e “Tema livre”.

.o. Lima, um dos mais categorizados valores da Nacional de Brasília, atualmente participa, nas sextas-feiras, do “Todas as vozes”, na MEC AM. Evidente que nesse dia, o “Revista Brasil”, geralmente apresentado ‘ao vivo’ -- no mesmo horário --, é feito em gravação.
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OS ONIPRESENTES
.o. “Momento alegria” é um dos quadros de “Domingo + família”, do Alexandre Ferreira. Com ele, a onipresença do Maurício Menezes e a ‘tropa de elite', isto é, 'do riso' (Hélio Jr. e Sérgio Ricardo). Se você, leitor/ouvinte, ignora uma ‘tropa’ com duas pessoas, ficou sabendo de sua existência a partir de “Alegria ao meio-dia”, há pouco mais de um ano. (Naturalmente que se trata de mais uma brincadeirinha de humorista. Tão inspirado, a ponto de deixar o Luizinho Campos no 'chinelo'...)

.o. Maurição, coordenador artístico da Globo na sua volta à casa, está descontando o tempo que permanecera ausente – sete anos – com rápida passagem pela Haroldo de Andrade e maior período na Tupi. Titular do “Plantão de notícias”, aos sábados, além dos acima relacionados, ele dá seus ‘pitacos’ também no “Globo esportivo”. No pique em que vai, acaba ultrapassando o Paulo Nobre, na Metropolitana.

.o. Na melhor fase da emissora dos Marinho -- com Giovanni, Roberto Figueiredo, Luciano e Adelzon Alves, Waldir Vieira e Áureo Ameno --, a figura onipresente era o Hélio Thys. Um dos produtores do Haroldão, das peças de “A vida é assim”, Thys se dedicava totalmente ao prefixo. Roteirizava, inclusive, programas para as madrugadas. Nos bastidores, comentava-se que a mulher dele queixava-se do saudoso profissional, afirmando que ele havia se ‘casado’ com a rádio. No fim da carreira, velho e doente, abandonado pelos cardeais, fato que se repetiria com o Haroldão. (Te cuida, Maurício!...)
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GOL DE PLACA
Elucidativa, esclarecedora, um trabalho de fôlego – a série de reportagens do Renato Cantarino sobre jovens viciados em craque. No “Manhã da Globo”, entre terça (1°) e sexta-feira (4).

ÚLTIMA DA PÊRA
Em outubro, no “Kinoscope”, do Fabiano Canosa, na MEC FM, a última entrevista de Marília Pêra, Diva que as artes perderam. Seu pai, Manoel Pêra, e o tio, Abel foram atores da Rádio Tupi.

UM CRIADOR
Cidade FM revolucionou o segmento nos anos 70 – muito se disse. Que o Carlos Lemos (1927-2015) era o seu criador, só nos bastidores sabiam. Ele dirigiu as rádios dos sistemas JB e Globo.

TUDO PELO IBOPE
Tupi e Globo, inegavelmente, são as mais populares emissoras de rádio do Rio. O que uma faz para conquistar o público, a outra também segue. Briga sem fim pela audiência. Uma ‘guerra fria’.

O INDEFINIDO
Na Glória, a gestão recentemente empossada aboliu a figura do curinga. Em toda rádio que se preza – modelo falado ou musical – tem um profissional fixo. A Globo descartou o tal esquema.

PRA TODA OBRA
Lá em São Cristóvão (bairro imperial, segundo os noticiaristas do prefixo), Cristiano Santos responde pelo posto. Repórter no programa do Clóvis, é titular de um cartaz na madrugada de domingo.

UNIÃO E CRISES
Na fusão do AM com o FM, nesta década, a Antena 1 deu lugar a Nativa, dos Diários Associados. Proposta: competir com a FM O Dia, que voava livre. Antena voltou. Nativa desintegrada. Desemprego.

FOI SUCESSO
‘Você liga, e é só sucesso’. Quem não se lembra do slogan? Era a 98 FM, que se tornou Beat, passada a boa fase. A freqüência ficou com a Globo. Na web, a original foi denominada como Radiobeat.

SOBREVIDA
Em novembro, a Manchete saiu do dial. Arrendada por Miguel Nasseh durante nove anos, sobrevive on-line. O piloto automático da 760 roda, no momento, temas evangélicos. Ruim para radialistas.

NAUFRÁGIO I
Pouco depois da Copa de 2006, a equipe esportiva da Bandeirantes AM era dissolvida. Liderava o grupo, Edilson Silva, com Ronaldo Castro, Denis Menezes, Sérgio Guimarães, Rui Fernando e outros.

NAUFRÁGIO II
O projeto Bradesco Esportes, iniciado por José Carlos Araújo, há dois anos com o ‘locutor energia’, está naufragando. Não foi à toa que o Garotinho pulou fora do barco. Já vislumbrava o impasse.
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T R I V I A I S
/o/ Transmissões de programas das ruas, estavam interrompidas algum tempo na Globo. Reativadas pelos 71 anos da rádio, no início do mês. /o/ MPB FM comemorando nesse período, 15 anos de fundação. Bom gosto a sua marca, no chamado adulto contemporâneo. /o/ Na SulAmérica Paradiso, Kelly Muniz apresenta, de 15h às 17h, a “Hora do blush”. Já fez um ano que ela substituiu a Selma Boiron.

sábado, 28 de novembro de 2015

Um caso raro nas públicas

‘VOZES’ QUE LEVANTAM
.o. As rádios públicas no país e, particularmente no Rio, não desfrutam de boa audiência. Em geral, sua programação destina-se a um ouvinte seletivo, no que tange à escolaridade. Há um ano e meio na MEC AM, o “Todas as vezes”, com Marcus Aurélio, está mudando tal preceito, que ainda funciona como um indefasável estigma.

.o. De segunda a sexta entre 7h e 10h das manhãs, esse cartaz tem conseguido aproximar-se das concorrentes do horário, caso da Tupi, com Clóvis Monteiro/Haroldo de Andrade, e Globo, Padre Marcelo Rossi/Roberto Canázio. Seus destaques: “O rádio faz história” e “Essa letra, essa música”, além de um quadro de debates, inevitável nas populares.

.o. Na segunda-feira (23/11), foram discutidas as concessões de canais a políticos, contra as quais o Ministério Público Federal decidiu se mobilizar. Os participantes, em maioria, argumentaram que, não tem o menor sentido, parlamentar ser dono de rádio ou TV. Entre senadores e deputados, 40 são proprietários dos veículos. A lei da Constituição que impede, é burlada pelo menos há quatro décadas.
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AOS AMIGOS, A GLÓRIA
.o. Lugar-tenente de Adolpho Bloch na extinta revista “Manchete”, redator do também extinto “Correio da Manhã, Carlos Heitor Cony, renomado escritor, mantém na “Folha de S. Paulo”, onde faz parte do colegiado editorial, apreciada coluna.

.o. Dele, na terça (24/11): “Podemos acrescentar a lista (...): a gaitinha do Ary Barroso, os conselhos do Júlio Louzada, a ‘ave-maria’ de Gounod ao meio-dia nas estações de rádio”. Referia-se a uma crônica do Artur Xexéo, “Nunca mais”, considerada genial.

.o. Ouvinte de rádio desde a época do ensino primário, ginasial e científico (ou clássico) não nos lembramos da oração religiosa no horário mencionado. A do Júlio Louzada e de outros que se dedicavam às preces nos microfones das emissoras, era na chamada hora do Angelus – às 6h da tarde, ou 18h, como muitos preferem.

.o. Há alguns anos, de manhã, Cony é parceiro do Xexéo num programete de rádio. Aos amigos -- citando Machado de Assis --, as batatas, ou seja, a glória. Não vimos na tal crônica, a genialidade proclamada. Xexéo (com todo respeito) já produziu coisas muitíssimo melhores. O texto em questão, é perfeita acoplagem de uns que o Joaquim Ferreira dos Santos publicou em sua última estadia no "maior jornal do país".
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ALIENADO, UMA SORTE
.o. Magistral, classificamos nós, foi a crônica do Antônio Prata, domingo (22/11), também na"Folha".

.o. Trechos que separamos: “Outro dia um amigo ligou para reclamar da vida. Estou trabalhando tanto, ele disse, que não fazia a menor ideia do que se passava no mundo: há meses não lia jornal, não via TV, não ouvia rádio. Queria um consolo, mas recebeu a minha inveja: Você não tem ideia da sua sorte (...)

.o. Vejo na TV a mãe do menino de dez anos assassinado com um tiro na cabeça, no Alemão, revoltada com o inquérito da polícia inocentando os PMs (...)

.o. Leio a carta do viúvo aos terroristas que mataram sua mulher em Paris, deixando-o com um filho de um ano e meio.

.o. “Cara, que sorte a sua não ler jornal”, digo ao meu amigo. “Eu ontem chorei ouvindo a CBN. Que tempos são esses em que a gente chora com a CBN?”

.o. A crônica do Prata, escritor e roteirista, discorria sobre as barragens de Mariana, em Minas.
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COPIAR, PRA QUÊ, JOTA?...
.o. O Vasco passou pelo Joinville a duras penas. Marcou 2 a 1. Durante a partida, Jota Santiago, na Tupi, solta um ‘lepo, lepo’, próprio de convencido moço que se acha a renovação do esporte no ‘primo pobre’ da mídia eletrônica.

.o. Qual é, Jotinha! Nessa altura da vida, num desgastado campeonato,com times do Rio mal na fita, você não precisa ‘inspirar-se’ em ninguém. Tem estilo próprio e, conta – creia --, com a admiração de inúmeros torcedores.
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L I N H A D I R E T A
/o/ Na reta final do Brasileirão, a Tupi ampliou sua cobertura. Utiliza a Nativa FM em alguns jogos, em cadeia com o AM. O confronto entre Fluminense e Avaí, com Ricardo Moreira e Eugênio Leal, foi um deles.
/o/ “Sa-ba-do-ba-doo”, que o Mário Esteves pilota na Globo, herdou a equipe do Antônio Carlos. Uma boa novidade no grupo, a inclusão do Flávio Kede, que era o produtor do Mário em seu programa na Manchete.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Esse nosso amor antigo (j)

‘DE PRIMEIRA’, ESTREIA
.o. Apresentador da televisão há mais de 40 anos, originário do rádio, Jorge Perlingeiro voltou ao veículo em que iniciara suas atividades profissionais. Com “Samba de Primeira”, sua marca registrada, estreou na Globo, sábado, 14. A proposta, ao contrário da TV onde fazia gravado, é de um programa ao vivo, com muita interatividade – assegurou.

.o. “Um dia especial para mim”, disse ao começar, agradecendo aos que depositaram confiança nele na direção da casa, e aos comunicadores pelo modo como o recepcionaram. O programa , que terá produção de Ana Paula Portuguesa e Luíza Biá, uma antiga companheira, completa a tarde com o ritmo, de 3h às 4h, sucedendo ao “Samba amigo”.
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EXPERIÊNCIA E EMOÇÃO
.o. Descontando-se os percalços de uma estreia depois de longo afastamento, o “... De Primeira” esteve abaixo das expectativas dos ouvintes. Faltaram músicas e roteiro. O que não faltou foi bla bla bla -- elogios ao prefeito, secretário de Turismo e ao patrocinador. Perlingeiro fez lançamentos dos álbuns de carnaval da Vila Isabel (sua preferida) e da Mangueira. Rodou “Ser humano”, novo sucesso de Zeca Pagodinho, além de mensagem gravada pelo sambista, sobre a importância da atração.

.o. Antes do Zeca (nada a ver com o gênero), houve a participação de Elymar Santos. O bolerista, que comemorou 30 anos de carreira na semana anterior, dirigiu sua mensagem no mesmo tom daquele, exaltando os serviços prestados pelo homem de TV, agora novamente no rádio. Perlingeiro afirmou que vai fazer 12 programas até o carnaval, incorporando-se à equipe na cobertura dos desfiles. Depois -- ele disse – daremos uma paradinha. Se voltará, os astros da Zora Yonara (também com Mário Esteves, aos sábados), devem saber, com certeza...
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O MERCADO MANDA
.o. Dia 15 último, há 127 anos da Proclamação da República, ‘o Brasil estava vazio na tarde de domingo’, como num samba do Milton Nascimento. Não havia jogo do Brasileirão. Poucos torcedores assistiram, no Maracanã, o amistoso entre o Flamengo e Orlando City (norte-americano).

.o. Ao cair da noite, a Globo apresentava um especial pelos 120 anos do clube da Gávea. Reproduzia os dez gols mais bonitos. Quatro com Luiz Penido, três com Waldir Amaral (1926-1997) e três com Jorge Curi (1920-1985). O Renan Moura ancorava a edição, que ele próprio roterizara.
.o. Penido é titular da rádio há três anos, onde começou jovem – era até chamado de ‘Juventude Globo’. Nas duas passagens pela emissora, José Carlos Araújo somou mais de 30 anos. Com a guerra campal que se trava, o mercado não permite a menor abertura. Concorrência é fogo.
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GOSTO NÃO SE DISCUTE
.o. Miguel Marques, o 'Nei la Matraca’, faz sucesso na Tupi, no matinal programa do Clóvis Monteiro. Dizem que, em decorrência disso, tem agenda lotada para apresentações em clubes e afins. Ele foi aparecendo devagarinho, a partir da morte do Jorge Nunes, em 2014.

.o. O autor destas linhas não era fã daquele (que Deus o tenha), e menos é do substituto. Reconhece, porém, que Nunes formava interessante dupla com o Maurício Menezes, (defenestrado da ‘outra’ após duas décadas), que esteve por lá. Gosto é gosto -- segundo Heleno Rotai, ao anunciar um quadro de seu show na rádio do bairro de São Cristóvão.
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L I N H A D I R E T A
/o/ Bradesco Esportes subindo no Ibope – alardeava Edilson Silva, na transmissão de Vasco e Corinthians.
/o/ Sem nenhuma cerimônia, se declarou a renovação do ramo, e que os outros representam a mesmice.
/o/ Quê que é isso, -- comentariam os reclusos Denis Menezes e Áureo Ameno. Deu a louca no moço?
/o/ Nos bastidores, no entanto, uma corrente aposta que, a Bradesco já tem um prazo de validade certo.
/o/ Pela previsão desse grupo, ela só resistirá até às Olimpiadas de 2016. Depois... será cinzas, nada mais.
/o/ Até a Manchete, transformada em rádio da web (on-line), deverá sobreviver, pelo seu baixo custo.
/o/ A matriz, hoje no piloto automático, sairá do regime. Para, sem dúvida, o controle de uma seita religiosa.






sábado, 7 de novembro de 2015

Na contramão da mídia

PADARIA MILAGROSA
.o. Uma padaria está anunciando a contratação de confeiteiros e...padeiros, naturalmente. Os salários mensais oferecidos, compatíveis com o mercado. Ouvimos essa preciosidade no “Dito e feito”,um vespertino da Nacional, agora apresentado por Laio Jr., cujo pai, Antônio, foi um dos componentes da emissora na época áurea.

.o. Revitalizada em 2004, (suas condições eram literalmente precárias; executivos anteriores sucatearam o tradicional veículo ), a estatal não conseguiu, nem depois da reforma, de custos elevados, atrair empresas do próprio governo. Os conhecidos investidores institucionais optavam pelas particulares, especialmente no futebol.

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CAROLINAS OU MARIAS
.o. Leio numa colunista de notas que a saudosa estação da Praça Mauá vai trazer de volta as rádionovelas, ainda este ano. Daysi Lúcidi e Gerdal dos Santos vão liderar o grupo de jovens, saídos da CAL, Casa de Artes de Laranjeiras, e da Uni-Rio, Universidade do Rio de Janeiro. Será que as Carolinas e Marias receberão o gênero ‘numa boa’?

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AS VOZES NO PAINEL
.o. “Todas as vozes”, da MEC AM, e “Painel da manhã”, da Roquette Pinto FM uniram seus programas numa segunda ocasião. Depois de Madureira, foi a vez do Calçadão de Campo Grande. Interatividade com o público, prestação de serviços e entretenimento. Marcus Aurélio reedita um projeto que lançara na Globo, quando foi gerente de lá.

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FORÇA DO MARKETING
.o. Rodando na rádio dos Marinho, o slogan “Ninguém sabe contar as histórias do futebol como a gente”. Reflexo do quanto o campo é competitivo, entre as grandes e medianas. Hoje, marketing esportivo. Para idosos nos bailes da vida, vitupério (elogio em boca própria). Ou um lema das rádios do interior – ‘quem não anuncia, se esconde’..
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O PLANETA VENCEDOR
.o. Beto Britto vai muito bem, obrigado, com o seu “Planeta Rei”, na Metropolitana AM 1090. Uma das mais venerandas emissoras do Rio, que sobrevive de horários alugados, nada progrediu ao longo dos anos. O “Planeta”, porém, bate de frente com o “David da tarde”. Não foi à toa que David Rangel perdeu espaço, aproveitado pela turma do “Pop bola”.

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L I N H A D I R E T A
/o/ Um dos esteios da Cidade FM em sua melhor fase, Romilson Luís retornou à ‘latinha’. No “Clube da saudade”, de meio-dia às 2h, antes do programa do Beto Britto./o/ O “Clube” esteve, temporariamente, sob a condução do Cirilo Reis. Sem prejuízo para as suas funções na outrora gloriosa Nacional, que continua muito mal com o Ibope./o/ Já imaginou o Pelé com a camisa 10 do Flamengo, em vez do Zico? O atual “Good times 98” tem o mesmo sentido. Robson Castro e Fernando Borges fazem bastante falta./o/ Novembro chegou e, ouvintes da AM 760 assustaram-se. Os comunicadores sumiram. No piloto automático, músicas direto. A Manchete, agora, é uma rádio on-line.

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A VOLTA DO PERLINGEIRO
.o. Aos 70 de idade, completados este ano, Jorge Perlingeiro está de volta ao rádio – e reaparece na emissora da Rua do Russel. O começo de sua carreira foi na Capital, década de 60, atuando também na Tamoio. A televisão o chamou,mas, pelo tempo que permaneceu na CNT, quase foi igualado aos móveis, utensílios e equipamento do canal.

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ONDE O SAMBA NASCEU
.o. O “Samba de primeira” nasceu na velha Capital, em horário noturno, nos fins de semana. (Na Tamoio, Perlingeiro dava nome a um programa de apresentação diária.) “Samba...” é o seu carro-chefe, como o ‘Dez, nota dez’, projetada por Carlos Imperial (1935-1992), a quem sucedeu nas apurações dos desfiles das escolas nos carnavais da Marquês de Sapucaí.

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DE RENOVAR E CRIAR
.o. Estranho paradoxo. O programa do Perlinja vai ser subseqüente ao “Samba amigo”, um mês após o lançamento do novo do Mário Esteves – “Sá-ba-da-ba-doo”. Juntando-se ao do Canázio, no dia, a rádio dobra, inapelavelmente, palavras dos títulos de suas atrações. Parafraseando Fernando Pessoa: ‘Renovar é preciso, criar também é preciso’.

sábado, 10 de outubro de 2015

Esse nosso amor antigo (i)

CENTENÁRIO, COPA E ETC.
.o. Comemorado no sábado (3), o centenário de Orlando Silva (1915-1978). Destaques nos prefixos que lembraram do astro de uma época, os especiais na Rádio Batuta do Instituto Moreira Sales, e shows do instituto do Ricardo Cravo Albin.
.o. Em comum entre Orlando e Roberto Carlos, no dizer do pesquisador Jairo Severiano – o “Cantor das multidões” foi o primeiro ídolo do rádio; o ‘Rei, primeiro idolatrado pela televisão. No quesito voz, disparada vantagem para o pranteado.
.o. Orlando Silva começou na Rádio Cajuti, levado por Francisco Alves, em 1934. Seus maiores sucessos, viriam três anos depois – “Lábios que beijei’, “Carinhoso”, Rosa”, etc. Com a morte de Chico Viola em acidente de carro na Via Dutra (setembro de 1952), ele o substituiria num programa da Nacional, aos domingos, às 12h.
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REI MORTO, REI POSTO
.o. No lugar de “O rei da voz”, entrava “O cantor das multidões”. Original e sucessor faziam parte do “Programa Luiz Vassalo”, um longo horário de variedades, anunciados pela locutora Lúcia Helena. ‘Ao soar do carrilhão, quando os ponteiros se encontram ao meio-dia, os ouvintes da Nacional também se encontram com...’
.o. Em Cachoheiro do Itapemerim, no Espírito Santo,um rapazinho ainda imberbe, de calças curtas, iniciava no mesmo horário (o das doze badaladas, segundo a locutora), programa próprio na rádio local. Era nada menos que o futuro ‘Rei’. O proprietário daquela, tinha uma cadeia, incluindo a Carioca, no Rio.
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O AMARGO REGRESSO
.o. Na estreia das eliminatórias para a Copa de 2018, o Brasil foi derrotado pelo Chile por 2 a 0. Testemunharam o amargo regresso aos campos, nas rádios do Rio(*), José Carlos Araújo,Luiz Penido, Evaldo José, Edilson Silva, Ricardo Mazella e Jorge Ferreira, respectivamente na Tupi, Globo, CBN, Bradesco, Nacional e Manchete.
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‘OPERAÇÃO DESMONTE”
.o. Falar em Manchete. Já teria sido implantada por lá a ‘Operação desmonte’? Depois do Rodrigo Campos, último remanescente dos fundadores da equipe em 2006, a ‘rádio dos apaixonados por futebol” ficou sem mais dois, elevando as baixas – Cláudio Affonso, comentarista, e Amanda Viana, uma jovem e promissora repórter.
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LINHA DIRETA
/o/ Enquanto “a rádio de verdade” encolhe, a Tupi enfileira cinco narradores. Geraldo Sena, há mais tempo na casa, peça meramente decorativa.
/o/ Em tempos de crise, mesmo ocupando a liderança no segmento, parece-nos difícil que uma rádio consiga sustentar um grupo tão dimensionado.
/o/ O repórter André Marques – ex-Globo, ex-Brasil -- acaba de ser contratado pela emissora. A vaga de quem terá proporcionado a sua incorporação?
/o/ A ‘febre’ do smartphone por jovens e adultos e alimentação inadequada, alguns temas do “Bate papo pontocom”, na MEC AM, quinta-feira (8).
/o/ Uma oportuníssima entrevista do Cadu de Freitas, com o presidente da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro-Soperj, Edson Liberal.
/o/ Pouco depois de ter perdido uma hora de seu prog rama vespertino, David Rangel voltou a exercer sua ‘porção’ curinga, na emissora dos Marinho.
/o/ Designado para a condução do “Alegria ao meio-dia”, nas férias do Mário Esteves, passou, com o “Farofa”, cumprir tripla jornada na última semana.
/o/ O “Repórter Rio, 2ª edição”, da Nacional, sem apresentador fixo. Já foi o Jair Lemos, a Luciana Valle,o Luciano Durso e, agora, o Marcus Aurélio.

(*) A Transamérica, que reúne no território uma equipe de jovens profissionais foi, desta vez, irremediavelmente 'escanteada'. Eder Luiz, titular da rádio em São Paulo, encarregou-se da transmissão e, até o "Debate-bola", pós-jogo, coube aos locutores, repórteres e comentaristas do núcleo paulista.

sábado, 26 de setembro de 2015

Esse nosso amor antigo (h)

PARCERIAS EM JOGO
.o. Durante duas semanas, a partir de segunda-feira (14), José Carlos Araújo comandou o “Show do Apolinho”. A parceria deles, construída ao longo do tempo, fora recentemente restaurada. Washington Rodrigues antecipou suas férias, agora breves, que habitualmente tirava em fevereiro.
.o. Já no domingo, o radialista deixava de participar da jornada esportiva da emissora. Com isso, pela primeira vez na Tupi (no Flamengo 3, Chapecoense 1), o Garotinho voltava a atuar ao lado de Gerson Canhotinha, dupla formada em 1998 na Globo, após o rompimento do Velho Apolo.
.o. Nos anos seguintes, Washington Rodrigues teria Luiz Penido como parceiro, inegavelmente o mais próximo do Garotinho na preferência dos que acompanham futebol pelo rádio. O alto ibope da emissora com o duo atiçava executivos da ‘outra’ que, em 2012, requisitava o Garotão.
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NÃO QUIS SAIR
.o. Depois de convencerem o Penido,bem que os cardeais da Glória tentaram também, promover o retorno do Apolinho. Este, no entanto, optou em continuar onde se encontrava. A parceria, desta feita, era com o Jota Santiago, até aquele momento, eternizado como segundo na hierarquia.
.o. O ‘reinado’ do Jota, que foi repórter na equipe do Garotinho na Rádio Nacional, teve vida curta. Em maio, na companhia de Gerson e Gilson Ricardo, José Carlos representava um trunfo precioso para a comemoração dos 80 anos da Tupi. Ao Jota, novamente reservada a posição secundária.
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SEM HORIZONTE
.o. Fora do circuito Globo-Tupi, há uma parceria com bastante quilometragem. São seus componentes, o Carlos Borges e o Waldir Luiz, a serviço da Nacional desde que ela pertencia à Rádiobras. Desfrutaria de melhor resultado, não fossem as más administrações operadas na empresa.
.o. Num contraste a esta, uma segunda que surgira em 2006, reunindo Edilson Silva e Ronaldo Castro, com passagens por emissoras alternativas e, hoje na Bradesco. (Foi Ronaldo quem animou Gerson a seguir na função. Ele era muito inseguro, quando Doalcei lhe dera oportunidade na Tupi).
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ARES DA ESTAÇÃO
.o. As rádios MEC AM e Roquette Pinto FM inauguraram nesta quarta-feira, 23, início da primavera, uma inusitada parceria. Uniram em edição especial diretamente do Parque de Madureira, os programas “Todas as vozes”, do Marcus Aurélio, e “Painel da manhã”, do Jorge Ramos, entre 7h e 10h.
.o. Participações de artistas e convidados, e alguns expoentes das escolas de samba Portela e Império. Desde o seu retornou ao rádio ano passado, Marcus Aurélio tem feito apresentações do tipo.
.o. Madureira – ele afirmou na abertura – é um bairro plural, aqui passei minha infância. Lembrou no encerramento, uma frase do teatrólogo Augusto Boal (1931-2009): ‘Rádio é coisa boa, inclusive dentro do estúdio’. A parceria MEC/Roquette vai se repetir em outros meses, assinalou.
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LINHA DIRETA
/o/ O grupo do “Pop bola” está agora na Globo. Estreou nesta terça-feira (22), das 4h às 4h50. Com a novidade, o “David da tarde”, do David Rangel teve seu espaço reduzido, e o formato alterado.
/o/ A chegada do grupo à emissora da Glória ocorre três meses após seu desligamento da Bradesco. A Globo é a sexta rádio em que os irreverentes cronistas aterrissam em pouco tempo de carreira.
/o/ Nesta sexta-feira, 25, a Tupi comemorou 80 anos. O aniversário foi festejado com a celebração de missa na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, oficiada pelo arcebispo Dom Orani Tempesta.
/o/ Maior presente a rádio ganhou com singular antecedência. Modernas instalações na Rua Fonseca Telles, em São Cristóvão, tirando-a dos sombrios corredores da Rua do Livramento, na Saúde.





sábado, 12 de setembro de 2015

A idade na comunicação

VELHA GUARDA ATIVA
.o. À medida que se avança no tempo e, com o amadurecimento, as pessoas tendem a melhorar na carreira, profissão, em diversos setores. O talento não tem idade – diria um filósofo. Dentre muitos (os mais privilegiados, certamente), esse atributo já vem de berço. No rádio nosso de cada dia, apreciado meio de comunicação, exemplos não faltam para corroborar uma tese em que ora nos concentramos.
.o. Conferindo o histórico de alguns valores, percebemos que, em sua maioria, a descoberta do que desejavam seguir, aconteceu ainda na infância. Na lista, o José Carlos Araújo (77 anos), Antônio Carlos (78), Washington Rodrigues (79), Daysi Lúcidi (86), Gerdal dos Santos (87) e Luiz Vieira (mesma faixa). Dos ‘mais jovens’, também acima dos 50 anos, entre outros, Luiz de França, Jorge Luiz, o xará Baccarin etc.
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TRAJETÓRIA
.o. Metropolitana, Eldorado, Globo, Nacional, Globo outra vez, Bradesco, Transamérica e, por último Tupi – a trajetória percorrida pelo Garotinho. Ao contrário do seu início no setor, onde acirrada competição envolvia um Waldir Amaral, Doalcei Camargo, Jorge Curi e Clóvis Filho, o clima que hoje se observa é muito diferente.
.o. Apesar de setentão, José Carlos Araújo, qual o velho e saudoso Chacricnha, ‘comanda as massas’. Dizem as pesquisas que, torcedores de todas as classes, idosos e jovens, continuam preferindo suas narrativas às dos concorrentes. Por uma questão carismática, talvez, que não se encontra nos titulares das adversárias.
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O IMEXÍVEL
.o. Ao longo dos últimos dez anos, a grade de programação da Globo passou por diversas modificações. Independente de mudanças de executivos, nenhum remanejamento atingiu o “Show do Antônio Carlos”. O máximo que se deu, foi a retirada da transmissão em rede, sem prejuízo para o bordão ‘acorda Brasil prá escutar...’
.o. Por mais de duas décadas, lá permanecem – desde que ele se transferiu da Tupi – as fofocas da Juju (Juçara Carioca), o horóscopo da Zora Yonara, dois tempos do esporte com o Edson Mauro, e demais quesitos. Até uma incrível ‘a música de sua vida’, embala o ritmo da atração, exclusivamente com o repertório do Roberto Carlos.
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LINHA DIRETA
/o/ A Nacional faz 79 anos neste sábado, 12. Aniversário comemorado com um show no Teatro Ginástico, na véspera.
/o/ Referindo-se ao substituto de Neymar no jogo de terça-feira 8, uma repórter da Bandnews, falou de ‘um menino novo’.
/o/ Foi pela manhã, no “Agora é que são elas” e, a moça, naturalmente, uma estagiária, atrapalhada com o idioma.
/o/ Apurar e redigir, as faculdades ensinam. Dominar o português, são outros quinhentos, não precisa ser intelectual.
/o/ Alexandre Ferreira está de volta às manhãs de domingo na Globo. Agora com o “...+ família”, reaproveitando quadros.
/o/ “O doente quer canja? Pra que negar” – afirmava antigo colunista de “O Dia”. Vale perfeitamente para certos programas.
/o/ Se qualidade resultasse em Ibope, o “Todas as vozes” do Marcus Aurélio, na MEC AM, seria um campeão entre os campeões.
/o/ E, o Luiz Vieira, na Manchete, incansável divulgador do cancioneiro pátrio, não atenderia a um público tão restrito, limitado.



sábado, 29 de agosto de 2015

No caminho de ajustes

A FILA EM CÍRCULOS
.o. A Globo vai, no mês que começa dentro de três dias, promover novos ajustes em sua programação. E, o que vem por aí, tem característica de filme ‘já visto’, um cenário de cores disfarçadas. Basicamente, mais uma troca de posições entre comunicadores, os cartazes da ‘latinha’ Jorge Luiz e Alexandre Ferreira.
.o. Aquele se transfere para o “Madrugada e Cia.”, que fez parte do pacote de remodelações em maio do ano passado. Este se muda para o “Acorda Rio”, também surgido há um ano. Ambos os programas serão estendidos em uma hora. O “Madrugada...” será de meia-noite às 4h e o “Acorda...” de 4h às 6h.
.o. Perto de duas décadas transcorridas, Jorge Luiz aportava na emissora da Glória em 1997 (trabalhava na Tupi), aparecedo na madrugada, primeiro como noticiarista e, depois apresentador dos fins de semana. Substituir Antônio Carlos nas férias e ocasiões eventuais, tem sido uma de suas atribuições na casa.
.o. O “Domingo na Globo” que ele fazia há alguns anos, e recentemente virou “Domingo + família”, anteriormente era comandado pelo Alexandre Ferreira, desde o falecimento do saudoso Antônio Luiz. Com as novas modificações, Alexandre retoma o antigo horário, das 7h às 10h, nos dias sem corridas de F-1.
.o. O “Eu sempre quis fazer rádio”, outra recente idealização, que havia suprimido a hora final de “Domingo + família”, de 9h às 10h, vai ser remanejado. Os cardeais resolveram levá-lo para os sábados. Será uma espécie de aperitivo para o “Plantão de Notícias”, do Maurício Menezes, Hélio Júnior e Sérgio Ricardo.
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CONTO DA CIGANA
.o. Em “Sintonia Rio”, apresentado a partir das 21h, Amauri Santos revelava, não faz muito tempo, ‘que em breve a Nacional voltaria a seus estúdios na tradicional Praça Mauá’. A velha estação (para quem está chegando agora), funciona desde 2013 no prédio da Avenida Gomes Freire, em que se localizava a TV Educativa, denominada mais tarde TV Brasil. E, nele também operam as rádios MEC AM e FM.
.o. Parece que a cigana enganou o Amauri. A notícia que segue explica melhor: ‘(...) o Edifício A Noite, primeiro arranha-céu erguido na década de 20 (...) será transformado em hotel ou prédio residencial. (...) Segundo o Instituto Nacional de Propriedade Industrial, em 2012 foi lançada licitação para contratar a elaboração de projeto de reforma, mas restrições orçamentárias impediram o prosseguimento’.
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MEIO AMBIENTE
.o. Denise Viola está de retorno à MEC AM. Seu novo programa, às 10h da manhã, “Eco da terra”, também aborda coisas do meio ambiente, tema do anterior – “Planeta azul”,lançado no segundo quadrimestre de 2014, no mesmo horário. Durante boa temporada, ela apresentava o “Rádio sociedade”, das 7h às 9h.
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LINGUAGEM NOVA
.o. Anunciado como ‘uma nova linguagem de se fazer programa de rádio’, a Tupi estreou no domingo (23), “Fala galera”, Reúne como apresentadores Odilon Júnior, Cassiano Carvalho e Ricardo Moreira, Entre 8h e 10h da noite, abre espaço integral à interatividade. Mais uma atração pelos 80 anos da emissora.
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FORA DA NACIONAL
.o. O comentarista Waldir Luiz fechou sua participação nas transmissões da Bradesco Esportes. Vinha, ultimamente, integrando o grupo do “Futebol do Rio pontocom”, debates às segundas-eiras à noite, tido como um dos principais concorrentes do “Futebol de verdade”, estrelado por Zico e Juninho, na Globo.
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O COMANDO MUDA
.o. A EBC – Empresa Brasil de Comunicação muda seu comando de jornalismo nesta segunda-feira, 31.Ricardo Melo, até então colunista da “Folha de S.Paulo” entra no lugar de Nereide Beirão. As agências e Tv Brasil, rádios Nacional de Brasília. Rio de Janeiro, Amazonia e Alto Solimões, são núcleos da empresa.
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LINHA DIRETA
/o/ E, a Manchete, hein? Com o desligamento do Rodrigo Campos, ficou reduzida a dois narradores – Batista Júnior e Jorge Ferreira, última nessa condição, igualando-se à Transamérica, que tem Bruno Cantarelli e Rodrigo Gomes.
/o/ Qual o bom apreciador de esporte – pode-se questionar -- sintonizaria a ‘rádio de verdade’ para ouvir um dos dois? Na outra, o Bruno é uma grata promessa. Quanto ao RG, (com todo respeito) tem ainda muito caminho a percorrer.







sábado, 15 de agosto de 2015

Com o renascer do dia

CADA VIDA, UM JOGO
.o. Medalhões do rádio tiram férias três ou duas vezes por ano – por etapas de dez ou quinze dias. (É um regulamento aplicado nas principais emissoras). Roberto Canázio, que no mês passado esteve por um novo período afastado, voltou segunda-feira, 27. E, aproveitando o ensejo, mudou a abertura do “Manhã da Globo”.
.o. O programa, agora, utiliza a frase do “Se liga Rio”(lado regional do “Se liga Brasil), de seu ingresso na casa em dezembro de 2006. ‘(...) Você nasce sem pedir, morre sem querer, portanto, viva o intervalo!” A ideia é mostrar a diferença. Na audição de terça, 11, fugiu um pouco da ‘normalidade’, exaltando um policial militar -- o Sargento Aguiar -- que se prontificara fazer doação para uma vítima do câncer.
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VITÓRIA OU DERROTA
.o. Sob o crivo de vitória ou derrota, temas gerais são analisados por Gerson (Canhotinha) e Gilson (Ricardo), no programa do Clóvis Monteiro. “Jogo da vida’ é o nome do quadro, ali pela 7h e meia. O roteiro tem a marca do Ricardo Alexandre, um dos craques de produção no rádio. Sua característica lembra um trabalho do Ricardo com Haroldo de Andrade pai, estabelecendo diálogos de forma bem-humorada.
.o. Boa sacada em cima do antigo “Futebol da vida”, sem qualquer dúvida. Há alguns anos na Tupi, Ricardo Alexandre é dos inúmeros ‘oriundis’ da Globo, que migraram em duas décadas para a estação hoje instalada em São Cristóvão. Gilza Nunes e Jackie Nascimento, produtoras, respondem pelos contatos e textos avulsos.
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ÚLTIMO DE UMA EQUIPE
.o. Rodrigo Campos, da nova geração de narradores, estreou sábado, 8, na Bradesco FM. Transmitiu o jogo do Fluminense com o Avaí, na Ressacada, em Florianópolis, em que o time carioca, terceiro colocado no Brasileiro, perdeu por 1 a 0. Estava há nove anos na equipe da Manchete, sendo o último remanescente dos fundadores.
.o. Na do Grupo Bandeirantes,Rodrigo reencontra ex-companheiros da que ainda auto promove 'os apaixonados por futebol'. Tiveram seu convívio naquela, Ronaldo Castro, Sérgio Guimarães, Rogério Ribeiro, Marcos Martins e o Cyro Neves.
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UM QUE VALE POR DOIS
.o. Depois de perder um dia de seu programa na rádio do Miguel Nasseh – as sextas-feiras ficaram para um especial da Justiça --, Jorge Bacarin foi duplamente recompensado. Até junho, o show por ele conduzido era das 10h ao meio-dia.
.o. A partir de julho, com novas alterações na grade, o espaço tornou-se mais movimentado, diversificado, com início às 8h. Bacarin passou a ocupar as vagas do “Fala Garotinho”, da Rosinha, e Manhã total”, do Rodrigo Machado.
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T R I V I A I S
/o/ ‘Se perguntarem que rádio você está ouvindo, responda: Rádio X’. Vai longe o tempo desse chavão empregado nas medianas e pequenas emissoras.
/o/ A onda, agora, (de modo abrangente) resume que,‘na internet, smartphone, tablet e celular, você ouve a Rádio Z -- a sua rádio, onde você estiver...’
/o/ Comum nos programas de humor e debates esportivos. Semelhanças e comparações, num lado; no outro, time ideal segundo cada participante.
/o/ O verbo mais conjugado pelos repórteres de trânsito e de esporte é... complicar. Na rua B, o trânsito está complicado. Também está na avenida C.
/o/ Esse jogo está muito... Com o resultado de hoje, complicou-se a situação do técnico Roth. (Parecem desconhecer os sinônimos, palavras mais sonoras.)
/o/ Rádio popular tem que se valer de linguagem do povo, gírias, inclusive – argumentam os cardeais. Do contrario, as mensagens não atingem objetivos.
/o/ E, o mandatário do Vasco, hein? Declarou às rádios que, caso o time seja outra vez rebaixado, vai morar na Sibéria. Já terá reservado os sobretudos?




sábado, 1 de agosto de 2015

Esse nosso amor antigo (g)

HISTÓRIAS DO SARGENTO
.o. Figura lendária do samba, e presidente honorário da Mangueira, Estação Primeira, Nelson Sargento comemorou, no sábado último, 91 anos. Rubem Confetti, da Rádio Nacional, homenageou-o na véspera, em seu programa “Ponto do samba” (das 13h30 às 15h, entre segunda e sexta), rodando algumas de suas obras, entrevistando-o no final. Sargento, batizado Nelson Mattos no registro civil, é autor de mais de 400 músicas, muitas das quais, nem ele mesmo se lembra – embora bastante lúcido.
.o. Destacam-se em seu repertório, “Agoniza,mas não morre”, “Cânticos à natureza”, “Nas águas da canção”, “Sinfonia imortal”, “Visão do rosto”, e “Falso amor sincero” – aquela que diz nas suas estrofes iniciais: ‘O nosso amor é tão bonito/Ela finge que me ama/E eu finjo que acredito’. Na década de 50, Sargento desfrutou da convivência de um dos compositores mais emblemáticos do país, Geraldo Pereira,influenciado por seu estilo -- o sincopado, de que Roberto Silva se tornaria o maior intérprete.
.o. O começo da carreira de Nelson Sargento se deu no grupo ‘Os Cinco Crioulos’, criado por Hermínio Bello de Carvalho, especialmente para o musical ‘Rosa de Ouro’. Do grupo, estrelado por Araci Côrtes, cantora do rádio muito requisitada para o teatro de revista, participavam Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Anescarzinho e Jair do Cavaco. Há 50 anos – recordava Confetti – o ‘Rosa de Ouro’ estreava uma série de shows no Zicartola, um reduto de sambistas montado por Cartola e Dona Zica.
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ZIRIGUIDUM & FUTEBOL
.o. De samba e futebol qualquer brasileiro entende, ou gosta. Quase ao mesmo tempo que o escolado Confetti isolava-se num cartaz da Nacional, Edson Mauro passava, pela primeira vez, a titular de um programa. “Olha o gol” era promovido na Globo, estreando em 1° de abril de 2014, às 8h, iluminando as noites sem jogos. Poucos meses após um ano do seu lançamento, rebaixado às origens, os bordões.
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‘TÁ’ FICANDO RUÇA
.o. A vida de radialista não é fácil – admitia o Mário Esteves ao deixar a Manchete ano passado, para o seu terceiro ingresso na rádio da Glória. A coisa ‘tá’ ficando ruça, difícil pra todo mundo, dirão os novos desempregados do veículo. Executivos da mídia já estão culpando a crise econômica do país. Nas principais emissoras e, nas de menores investimentos, as dispensas ultimamente têm sido uma constância.
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O CAVIAR, AS NUVENS
.o. O Ibope, para nós, é bem parecido com o caviar cantado por Zeca Pagodinho: ‘nunca vimos (...) ouçamos falar’. Você alguma vez recebeu um representante do órgão? (Mensagens para nosso e-mail...) Baseado nele, o site de jovens apreciadores do ramo garante que, o Beto Britto, na velha Metropolitana, ‘dá banho’ no David Rangel, um dos concorrentes nas tardes. Se verdadeiro, nuvens escuras na área.
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LINHA DIRETA
/o/ O que é pior – a Globo perder para a Metropolitana, ou a Nacional para a Rádio Relógio? (De um ouvinte que só sintoniza no AM.)
/o/ Reprisado desde março na madrugada, “Ponto do samba” devolve o horário neste dia 3. O “Tabuleiro do Brasil”, com Geraldo do Norte, retorna.
/o/ Em 2006,Rodrigo Campos despontava na equipe esportiva da 760 AM, liderada por João Guilherme e Daniel Pereira. Mudou-se para a Bradesco.
/o/ José Trajano destacou-se num programa do Fábio Azevedo na 91,1 FM. Temas, um livro e o América, que assegurou volta ao principal do Carioca.
/o/ Faltou dizer. Sargento continua fazendo shows e pintando quadros. Nas tardes das quartas-feiras, conta historias do samba na Roquette Pinto.



sábado, 18 de julho de 2015

O Social Futebol Clube

À MARGEM DO CAMPO
.o. É muito comum nas emissoras populares o apresentador citar, no começo ou final do programa, os aniversariantes do dia. Geralmente, um colega de profissão, funcionários da casa e, de modo particular, ouvintes, não se sabendo de quem parte a iniciativa. Na quinta-feira, 9, Washington Rodrigues relacionava algumas pessoas que, no dizer de colunistas antigos (chamados sociais), completavam ‘idade nova’. Entre elas, Deise Araújo, ‘primeira dama’, segundo o Velho Apolo, esposa do seu parceiro narrador.
.o. Disse ele, em meio a salamaleques compreensíveis, que não via a senhora desde que o Garotinho voltou pra Tupi. (Ato falho do radialista, pois, o mais prestigiado locutor de esportes no Rio nunca havia trabalhado na rádio que o Assis Chateaubriand fundara). As agendas são outras coisas comuns no rádio contemporâneo. Remontam ao “Calendário Kolynos”, época áurea da Nacional, inesquecível para uma geração.
.o. Inevitável em certos programas, lembrar de fatos históricos, nascimentos e mortes. Alguns exemplos dos ocorridos em 9 de julho: o Torneio de Wimbledon, na Inglaterra (1877) e o tetra-campeonato da seleção italiana na Copa do Mundo, Alemanha (2006). Em 1947 nascia O. J. Simpson , ator e ex-jogador de futebol americano, em 1978, o Fernando Prass, futebolista brasileiro, e Glenda Kozlowski (1974), uma jornalista esportiva da TV.
.o. As astrólogas que mantêm quadros nos programas de rádio, revelam que a data pertence ao segundo decanato do signo de Câncer, regido pelo elemento água. Na data, morriam Vinícius de Moraes, poeta, compositor e diplomata (1980) e o menos conhecido humorista do grupo “Os trapalhões”, Felipe Levy (2008). Em 2012, dom Eugênio de Araújo Sales, cardeal e arcebispo-emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
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SOMBRAS, NADA MAIS...
.o. Por falar em Nacional. O seu esporte já atravessou fases memoráveis – o mesmo ocorrendo com sua programação. “No mundo da bola” ostenta a marca de mais duradouro do gênero no veículo. Atualmente, vai ao ar às 8h das noites, nos dias sem partidas de futebol. Num promocional do programa anunciando um jogo a ser transmitido, o texto informa que a narração é do Carlos Borges, comentários do Waldir Luiz, ‘e toda a seleção do rádio’. Como a equipe-Rio é reduzida, a referência cairia bem a uma esquadra de futsal.
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...A ESPANHA NÃO É AQUI
.o. Quando a bola rola, a Manchete dá olé – sentenciava o Batista Júnior na transmissão de Fluminense e Grêmio. Segundo na hierarquia, ‘o que agita geral’ é, -- podemos afirmar -- membro de um colegiado de narradores cariocas, no que tange aos sobrenomes, de origem latina.Forma na dinastia do Odilon (Tupi) e Odair (Brasil). Há quatro anos na Manchete, onde não tem estrelismo, são iguais as divisões de espaços. Com o Rodrigo Campos, (‘que faz a festa da galera’) e Jorge Ferreira, (‘que pede bis’).
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LINHA DIRETA
/o/ Causou um misto de surpresa e espanto entre profissionais do ramo, a crônica do Arnaldo Bloch, no início do mês, exaltando seu apego ao rádio AM. Com a tecnologia de ponta, internet e redes sociais, executivos não escondem seus temores sobre o futuro do segmento.
/o/ O FM, com o passar dos anos revolucionários, tal e qual o campeonato do Rio, perdeu o encanto, o charme. Por ser o preferido da juventude, e dos dirigentes pela qualidade do som, unificou sua programação em algumas empresas a do velho (e rejeitado) modelo.
/o/ Audiência, um sinônimo de faturamento, tem muito mais peso que o romantismo de setores que defendem a preservação daquele que, isoladamente, predominava nos lares e afins. É voz corrente no meio que, com a implantação do sistema digital, o AM acabe virando cinzas.


sábado, 4 de julho de 2015

A família em comunidade

NA CADÊNCIA DA VIDA
.o. Nos vinte anos que atuou na Manchete, Roberto Canázio transformou a família no seu tema principal. Era ‘Família Manchete’ pra lá, ‘Rádio Família’ pra cá. Até que um dia, as trapaças da vida colocou a Tupi em seu caminho.
.o. Transferindo-se de prefixo, a família se mudou com ele. Agora (na ocasião, diga-se), ficou sendo ‘Família Tupi’.E,foi ali, que essa expressão mais pegou, resultando, inclusive, numa balançada vinheta de intervalo, ainda existente.
.o.‘O rádio família/é coisa nossa/Com o rádio família/não há quem possa/Família assim/como outra não há/Família assim/só na Rádio Tupi’. Há controvérsias... Tem coisas na grade que, francamente, ouvir ninguém merece.
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NEM SEMPRE REZANDO...
.o. Digressões à parte, chegamos ao passo seguinte – o Canázio na Globo. A família tinha a acrescentar (claro), o nome da rádio. (O lema até despertou o Cirilo Reis, na Rádio Nacional, logo abandonado. Não era a sua taba).
.o. Alguns anos posteriores, caberia ao Luiz de França perpetuar o ‘latifúndio’.Ele transportou para a casa, “o verdadeiro programa da família brasileira”, sua marca na Globo, onde era proclamado ‘um campeão de audiência’.
.o. França fizera uma passagem pela Tupi, antes da 760. Nesta, há nove anos, os marqueteiros de plantão insistem na afirmativa de ser ela “a rádio de verdade”. Passam, com isso, a ilusão de que as outras são de mentirinha.
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...UNIDAS PERMANECEM
.o. Vida que segue, conforme o linguajar de cronistas esportivos. No “Farofa...”, com David Rangel, o “Jogo das famílias” mobiliza grupos selecionados de competidores. O confronto serve como testes de conhecimentos gerais.
.o. Diversão para os participantes. Diversão para os ouvintes. Pena que, tenham desencavado um modelo da televisão -- “Bairro contra bairro”, do Gugu Liberato --, que abordava, na época, os moradores de regiões paulistanas.
.o. Num tempo sem inflação, os patrocinadores daquele ofereciam prêmios valiosos. Aos vencedores do Rio, destinados almoços e guarnições.
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T R I V I A I S
/o/ Jorge Luiz reassume o “Domingo mais família”. Mário Esteves respondia pelo horário, enquanto ele cobria as férias do Antônio Carlos.
/o/ Na segunda-feira, retoma o “Bom dia...” e o “Acorda Rio”. Seu substituto, Maurício Bastos, fará de novo o "Manhã da Globo", até dia 25.
/o/ “O Brasil ‘tá’ fora, mas a Tupi ‘tá’ dentro” -- anunciava o Garotinho, referindo-se à Copa América. Chile e Argentina decidem neste sábado.
/o/ Durante a transmissão de Flamengo e Joinville, o ‘Fenômeno’ foi informado pelo Vinício Gama, da vitória do Vasco, a segunda no Brasileiro.
/o/ Apressou-se em dizer que o time saíra da zona de rebaixamento. Corrigido pelo plantonista, admitiu que, logo o Vasco melhora de posição.
/o/ De uma nova safra de narradores, Bruno Cantarelli fala em ‘futebol mais jovem...’ O velho esporte não ‘rejuvenesceu’, como dá a entender.
/o/ “Obrigado pelas informações”. No rádio (e na TV), após entradas de repórteres, estão usando exaustivamente esta frase.‘Novo’ jornalismo?

sábado, 20 de junho de 2015

Esse nosso amor antigo (f)

ENTRE O CIRCO E A TV
o. Um dos radialistas que migraram para a TV, José Messias (86 anos), morreu na sexta-feira, 12, no Rio. Originário do circo, iniciou carreira na Mayrink Veiga, tendo atuado na Metropolitana, Guanabara e Nacional.
.o. Crítico de música e produtor de discos, foi um dos incentivadores do movimento da Jovem Guarda, que revelou Erasmo e Roberto Carlos, Vanderléa, Vanderlei Cardoso, Jerry Adriani, Leno & Lilian, e outros. Eram seus competidores, na ocasião, o Carlos Imperial, o Luiz de Carvalho e o Fausto Guimarães.
.o. Também compositor de marchinhas de carnaval e canções de ‘meio de ano’, José Messias teve páginas gravadas pelos principais cantores daquele movimento. Astros que se dedicavam a diversos gêneros gravaram suas obras, entre os quais Angela Maria, Cauby Peixoto e, inclusive Caetano Veloso.
.o. Há alguns anos jurado de um programa na Record, Messias foi apresentador e produtor respectivamente das extintas TV Rio e Tupi. Empreendedor no veículo em que construiu seu nome, inaugurou vários prefixos, exemplos da Melodia (lançada em Petrópolis), e El Shaddai. Era dono de uma emissora em Saquarema, que pertencera ao César de Alencar, profissional a quem ele idolatrava.
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A ‘MÁGICA’ DOS CARDEAIS
.o. “Com uma só cajadada se mata dois coelhos”, assegurava um velho ditado. Foi isso que aconteceu na quinta-feira, 18, na Globo, ao lançar o “Toda noite”, tirando da grade, o “Olha o gol”, do Edson Mauro, e o “Botequim...”, que Robson Aldir herdara do Loureiro Neto, recebendo bilhete azul mês passado.
.o. Zeca Marques é o novo dono do espaço. “Toda noite”, no dias sem futebol, dá mais enfoque a variedades, o restante aos retornos do “Panorama esportivo”, antiga atração da casa (reduzida a dominical), e “Good times 98”, criado por Robson Castro na rádio homônima, e terminado com o Fernando Borges.
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O PALHAÇO REMEMORADO
.o. A partir do mês que vem, uma série de eventos comemora o centenário de Carequinha (George Savalla), que viveu no circo desde a infância, e se tornaria o palhaço mais famoso do país. Nascido em Rio Bonito, Carequinha radicou-se em São Gonçalo, onde, antes de ser projetado pela televisão, foi animador de auditório na Rádio Mapinguary, transformada em Copacabana, ao mudar-se para o Rio, Capital.
.o. “Fãzoca do Rádio”, marchinha de Miguel Gustavo (1922/1972) foi um grande sucesso dele, (1915/2009), que também gravou músicas infantis. Na Rádio Federal, de Niterói (Manchete de anos posteriores), o colunista Ayrton Guimarães, do jornal “Última Hora”, manteve durante os finais de semanas, o “Clube dos amiguinhos”, um cartaz que divulgava o repertório e os bordões do popular artista.
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LINHA DIRETA
/o/ Inaugurado por Marcelo Madureira, “Eu sempre quis fazer rádio”,na Globo contou, em sua segunda edição, dia 14, com a presença de Martinho da Vila.
/o/ Espécie de ‘comunicador por um dia’, de 9h às 10h das manhãs, depois do de Jorge Luiz, agora denominado como “Domingo + famílias”, com início às 7h.
/o/ Há uns dois anos, Ana Rodrigues criava na Tupi, um quadro sobre os melhores filmes na cidade. Karla de Luca, na Globo, foi na onda, também aos sábados.
/o/ Seria ou não, um preito àquela máxima do Velho Guerreiro Chacrinha? Morto em 1988, ultimamente personificado por Stepan Nercessian em brilhante musical.

sábado, 6 de junho de 2015

Esse nosso amor antigo (e)

DA FIFA AOS TRIVIAIS
.o. A primeira notícia sobre o escândalo da Fifa me chegou através da Transamérica ,‘a mais jovem equipe esportiva do Rio’, conforme o slogan. Sintonizava o “Arena...”, programa em apresentação do Bruno Cantarelli.
.o. Dos sete dirigentes presos na Suíça, a lista incluía José Maria Marin, ex-presidente da CBF. O senador Romário (RJ)revelava ter coletado assinaturas para nova CPI na entidade. Virou pizza, uma anterior.
.o. A ‘fumaça’ de matéria tão explosiva praticamente escondera a segunda de maior importância do dia. O técnico Cristóvão Borges,recém-desligado do Fluminense, fora escolhido pelo Flamengo, anunciava Lucas Machado.
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NO ARMAZÉM...
.o. Thiago Alves comemorou na MEC AM, em 29 último, o primeiro ano do “Armazém cultural”, apresentado de segunda a sexta, das 15h às 17h. Participações do compositor Zé Katimba, cantora Joyce Cândido e o conjunto Galocantô.
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NAS QUADRAS...
.o. O veteraníssimo Rubem Confetti foi outro que festejou o primeiro aniversário. Quarta-feira (3), na condução do “Ponto do Samba”, na Rádio Nacional, de 13h às 15h, onde era coadjuvante do horário em que a Dorina estrelara.
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...E NA GLOBO
.o. Em maio de 2014 (dia 19), a Globo repaginava (outra vez, em tempo curto) a sua grade. “Madrugada e Cia”, “Alegria ao meio-dia”, e “David da tarde”, as novidades. Dia 26, o Mário Esteves era mais um a reintegrar-se à casa.
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MODERNO VELHO
.o. Sistema comum em épocas passadas, o atendendo a pedidos nas rádios musicais perdeu espaço no correr dos anos. Ao contrário do que muitos pensam, não caiu totalmente de uso, independendo do nível das emissoras.
.o. Nos dias da chamada era contemporânea, o sistema reincorporou-se, aumentando o seu alcance, com os recursos do WhatsApp e SMS. Exemplo de modernização é o “Love memories”, na SulAmérica Paradiso, de segunda a sexta-feira, de dez à meia-noite. Mário Márcio comanda. Com classe e bom gosto.
.o. No horário, anteriormente – até às 2h da manhã --, estava desde março de 2013, o Robson Castro, com o “Yesterday”. Se me perguntarem agora para onde ele foi, não sei. Alguns radialistas são bem parecidos aos peregrinos...
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LINHA DIRETA
/o/ “Mundo corporativo”, aos sábados, pelas 8h da manhã, é um dos bons programas da atualidade. Na CBN, com o Milton Young.
/o/ Luciano Durso, um remanescente da extinta JB AM, é novo titular do “Repórter Rio” da Rádio Nacional. Faz a 2ª edição, às 12h20.
/o/ Belo trabalho, na MEC AM, a série sobre meio ambiente. Cadu de Freitas reuniu estudiosos no “Bate papo ponto com”, às 11h.
/o/ Na Tupi, Gerson e Gilson Ricardo ampliam atuações. Com o “Jogo da vida”, no programa do Clóvis,“De trivela”, no do Apolinho.









sexta-feira, 22 de maio de 2015

Esse nosso amor antigo (d)

DIREITO DE SONHAR
.o. Ser apresentador de programas é o sonho de nove entre dez locutores ou repórteres de rádio. Vocação e talento, os principais requisitos para se dar bem na carreira, em tempos idos. Em épocas posteriores, o aprendizado tinha papel preponderante no currículo daqueles desprovidos das qualidades básicas, exigidas por diretores que dominavam o ramo com seus conhecimentos.

.o. Há décadas, deixou de funcionar desse modo. E, partindo de tal fundamento, como em todos os setores de atividades, não se constitui surpresa nenhuma o fato de nos melhores postos não prevalecerem os mais qualificados. Não havia no rádio da fase de ouro, a menor chance para os locutores e repórteres de vozes roucas, fanhosas ou esganiçadas. Esse ‘legado’ veio na era contemporânea.

.o. As reflexões nos fazem lembrar da cantora Araci de Almeida, sucesso na Mayrink. “Não sou dona de nada” – retrucara ao tratamento de um radialista de Porto Alegre. Também nós. Apenasmente (como diria um personagem do Paulo Gracindo em memorável novela da TV), o rádio é uma curtição da qual não conseguimos fugir -- inclusive o AM, agonizante fantasma no dial do cotidiano.
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‘...NÃO TEM IDADE’
Anos 80, plantão na madrugada do jornal “O Dia”. Enquanto não vazava novidade na ‘piscina’,ouvíamos o Adelzon Alves e o Luciano (também Alves). Pela ordem, complementavam a programação da Globo, Paulo Giovanni, Haroldo de Andrade, Roberto Figueiredo, Waldir Vieira, Carlos Bianchini e Gilberto Lima. Comparando-se o conjunto dos quadros, o dos dias atuais fica num plano inferior.
(“Saudade não tem idade’, era título de um programa da Mundial.)
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RADICALISMO, FORA
Ah,sim. Não sejamos injustos, radicalistas. Antônio Carlos (o mais antigo, com 28 anos de casa), Jorge Luiz (18) e Roberto Canázio (próximo dos 9), igualam-se em categoria àqueles de outrora na rádio da Rua do Russel. No mais, são valores de inegáveis qualidades, David Rangel e o Mário Esteves – ambos reintegrados em 2014. O rádio avançou em tecnologia. Estacionou nos shows de mesmices.
(David trabalha na emissora pela segunda vez;o Mário,pela terceira.)
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OS TEMPOS DO HUMOR
Chico Anysio era uma genialidade no humorismo. Seus colegas da Mayrink, Haroldo Barbosa e Antônio Maria, no mesmo patamar e, na Tupi (depois Nacional), o Max Nunes. Não se arriscaram a fazer programas diários. Seriam o Maurício Menezes, Hélio Júnior e Sérgio Ricardo (“Alegria ao meio-dia”) mais inspirados que os referidos (e saudosos) homens de rádio dos tempos remotos?
(“Escolinha do Professor Raimundo” foi um quadro do Chico no rádio.)
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LINHA DE FRENTE
/o/ MEC FM mudou de freqüência, dos 98,9 para os 99,3 Mhz. A partir do dia 10 do mês corrente, quando comemorava 32 anos de fundação.
/o/ Dia desses, em seu programa na Manchete, Sílvio Samper advertia estudantes de comunicação sobre dificuldades no mercado de trabalho.
/o/ Fábio Moraes, locutor esportivo da nova geração, é um dos principais destaques na Rádio Brasil.'Não perde o ritmo', diz seu slogan.
/o/ O sonho do Robson Aldir durou somente quatro anos. Por duas décadas atuando na Globo, foi um dos melhores repórteres do rádio.


sexta-feira, 8 de maio de 2015

As coincidências triviais

TRÊS, PONTO, ZERO
.o. Selando domingo passado um campeonato de brilho raro, três foi número incisivo. Coincidências triviais. Na soma do placar (2 a 1), vitória do Vasco sobre o Botafogo, e no tempo de jejum de títulos do Gigante da Colina (12 anos).

o. As coincidências abrangiam, ainda, o retrospecto em torno de um destaque da festa – José Carlos Araújo. Em três anos, três mudanças.
.o. Bradesco-2012, Transamérica-2014, e Tupi-2015,não se contando o G, do marketing com os aliados. O predomínio deles e outros na faixa, deve-se, em parte, ao lento processo de renovação no rádio – entendem os observadores.
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‘AGORA É AQUI’
.o. Repórter na Globo a partir de 1956, José Carlos Araújo cobriu o Botafogo por nove anos consecutivos, acumulando atividades no jornal “O Dia”. Após ser plantonista, foi ‘ponta’ do Waldir Amaral, e começou a transmitir futebol na equipe deste, que assumira a chefia do esporte e gerência comercial no distante 1968.

o. “Haja coração pra tanta emoção”, “Vai mais, vai mais, vai mais garotinho” e “Valeeeu”, são, segundo o editor Roberto Sander, simples, geniais e eternos. “Agora é aqui” --na casa que abrigara,em tempos distintos, Doalcei Camargo e Ary Barroso. O “Mudei e gostei” (bordão do ingresso dele na Rádio Nacional, onde, líder, inovara o jeito de narrar), sai de cena, depois de usado em anteriores transferências.
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ALÉM DA CABINE
.o. Na estreia do Garotinho e companheiros, a Tupi mobilizou maior contingente de profissionais no Maracanã . Lá, estiveram em ação o Wagner Menezes, Cassiano Carvalho, Thiago Veras e Marcus Vinícius; o Ricardo Heizer (no camarote), a Carla Matera (interatividade nas redes sociais), além do Vinício Gama, plantonista.

o. Embora bem considerado pela classe e torcedores, Garotinho não se constitui uma unanimidade na era contemporânea. Esta assertiva só reforça uma tese defendida por Nelson Rodrigues, que afirmava em época remota: “Toda unanimidade é burra”. Por certo, boa parcela de ouvintes não muda os hábitos de sintonia.

o. Sejam apreciadores da Manchete, Nacional, Fluminense... Diante de tais preceitos, as concorrentes funcionam como alternativas, mesmo que, para elas, sobrem fatias menores do bolo-audiência. Um medalhão se transferindo de endereço, balança o mercado, mas, não desnuda o Ibope de um Penido, Edilson, ou do Evaldo.
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NA RUA, NO SÍTIO
.o. O trânsito estava interditado na Rua do Lavradio, próximo dos Arcos, na Lapa – informava nesta segunda-feira, 4, a setorista da CET-Rio, Ana Paula Martinez (uma das novatas na emissora da Glória). Ela dizia, atendendo ao chamamento do David Rangel, que a causa era uma passeata de funcionários demitidos da Unican.

o. Acionado pelo Sílvio Samper, o veterano (e versátil) Jorge Ferreira revelava, na ‘rádio de verdade’, tratar-se de um movimento de mata-mosquitos, e que a situação havia se normalizado naquele instante. Prestação de serviços, utilidade para os automobilistas, pouco interessa, porém, a uma enormidade de pessoas.

o. Nas chamadas rádios de pequenos investimentos (de musicais, variedades, horários alugados), o trânsito nunca tem vez. Quem sintoniza a Metropolitana, Bandeirantes, Tamoio, Sucesso e similares, sabe disso. A modernidade -- ‘mudernidade’, conforme os simplórios --, ainda não alcançou os executivos desses prefixos.



sexta-feira, 1 de maio de 2015

Esse nosso amor antigo (c)

O ‘GOLÃO’ DA TUPI
.o. Em seu vitorioso programa às tardes na Rádio Tupi, Washington Rodrigues surpreendeu, na segunda-feira, 27, a maioria dos seus ouvintes, com a notícia da contratação de José Carlos Araújo. Companheiro de inúmeras jornadas, amigo e compadre, Garotinho foi o convidado especial no cartaz do Velho Apolo.

A revelação, porém, já se prenunciava nos bastidores. Pode-se dizer, aproveitando um dos bordões do narrador: “Golão, golão da Tupi”. Um dos principais locutores esportivos do país nas últimas décadas, Garotinho chega à outrora líder dos Diários Associados nos 80 anos do prefixo, comemorados em 25 de setembro.

.o. A estreia foi anunciada para este domingo, dia 3, na partida entre Vasco e Botafogo, decisão do Campeonato Carioca-2015. Gerson Canhotinha de Ouro e Gilson Ricardo são os primeiros a integrar a equipe. Mas, dois profissionais com eles afinados, e atualmente fora do ar, também deverão se unir ao grupo.
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PESOS E VALORES
.o. No mercado da comunicação, quando uma empresa requisita ‘peixes graúdos’, os considerados como ‘raia miúda’ se retraem, certos de que não mais farão parte do ‘cardume’. Fatores diversos, de logístíca, inclusive, acabam influindo nessas mudanças, sendo coisas naturais, determinadas pelas regras do capitalismo.

.o. Desligados da rádio da Rua do Russel em maio de 2012, Garotinho, Gerson e Gílson foram os precursores da Bradesco Esportes, única no Rio a investir numa programação segmentada. A modalidade só dera certo, até então, no que tange às emissoras de TV por assinatura. O projeto se constituía num grande desafio.

.o. Em fevereiro de 2014, no entanto, o trio deixava a ideia de lado, preferindo embarcar numa tentadora proposta da Transamérica, interessada em ampliar sua cobertura esportiva na antiga capital. A transferência (trocadilho à parte), seria apenas uma transição. Garotinho e Apolinho restabelecem a parceria que nascera em 1977 na passagem pela Nacional e fora interrompida em 1998 na Globo.
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LINHA DE FRENTE
/o/ Foi na equipe da Nacional, liderada por Garotinho, que Jota Santiago, novamente segundo na Tupi, iniciou-se como narrador. Ele era da Mauá.
/o/ Seus colegas de emissora, Sérgio Américo e Marcus Vinicius (o Mr. Bean), também trabalharam com o “Fenômeno“. Na estação dos Marinho.
/o/ “Campeão no campo; craque na latinha”, Gerson virou comentarista depois de ser entrevistado por Doalcei Camargo, num programa da Tupi.
/o/ ‘Dodô’, um dos mais importantes na história do rádio em todos os tempos, lançara outros ex-jogadores na função – Telê Santana e Raul Plasman.
/o/ Sem os “coroas” (Fernando Bonan, o mais novo, outro que saiu), a Transamérica retoma seu real perfil. Uma rádio de jovens, para público idem.
/o/ Brunos (Cantarelli e Azevedo), Lucas Machado, Maurício Filardi e Rodrigo Gomes, os nomes principais. Primeiro e o último da lista, os narradores
/o/ Gilson e Áureo despediram-se da rádio, quinta-feira, 30, no “Arena...” Clima de muita emoção dos novatos aprovados pelo exigente Garotinho.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Triviais e ‘mudernidade’

EM PRIMEIRA PESSOA
.o. Acordo cedo, com o rádio despertador. Na quinta-feira (16), sintonizava a Tupi. Mário Belisário entrevistava, no “Consulta popular”, uma autoridade sobre um assunto de interesse geral. Depois, convocava os jornalistas na redação, Ana Rodrigues (editora-chefe), e Monique Pires (plantonista).

.o. Abria espaço para o Caio Álex, que cobre as ocorrências policiais, e chamava o Vinícius Gama (gravado, naturalmente), resenhando as últimas do futebol. Caio foi quem mais prendeu minha atenção. Anunciara a morte de outra vítima da violência urbana, com um “não resistiu aos ferimentos”.

.o. Pode isso, no auto-proclamado melhor radiojornalismo do Rio? ‘O óbvio ululante’ -- diria o cronista esportivo e dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980). Se inaceitável para os estagiários com perspectivas de progredir na profissão, do Caio, um tarimbado repórter, muito menos ainda.
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JUSTIÇA NA SEXTA
Pelo Robson Alencar, (voz oficial da Manchete) fico sabendo de um novo programa na grade da emissora. É o “Encontro com a Justiça”, conduzido por Siro Darlan, figura de trânsito fácil no veículo.
A experiência dele remonta aos debates do Haroldo de Andrade e Cidinha Campos, na Globo e Tupi. Com a novidade às sextas-feiras, de 10h às 12h, o Jorge Bacarin perdeu uma fatia do seu espaço.
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O MAHR DE VOLTA
Andei ouvindo a “nova” Cidade FM, coordenada pelo Van Damme, (ex-Beat98, que mudou para a web). Não gostei. Muito diferente daquela do Sandoval, Mansur, Romílson Luís e outros ‘feras’.
Através de um colunista (de notas) sou informado que o DJ José Roberto Mahr, do Novas tendências”, (1972 a 1997) em diversas FMs, voltou. Quase vinte anos ausente, fechou com a Cidade.
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SÓ PARECE, MAS...
Na postagem anterior, atribuímos ao Zé Costa, da Nativa FM e chamadas da Tupi, a participação no “Farofa” do David Rangel, na Globo. Quem fala de curiosidades sobre pratos oferecidos em bares e botequins cariocas é o Becosa – Juarez Becosa. (Rs rs rs, segundo internautas...) Errare humanum est, como alertavam os professores de latim.
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LINHA DIRETA
/o/ Lançado às vésperas do Mundial de 2014, “Futebol de verdade”, às segundas-feiras na Globo, está completando um ano. Zico e Juninho (Pernambucano) as estrelas, Felipe Cardoso, mediador.
/o/ Na Bradesco, um concorrente -- “Futebol do Rio pontocom”. Edilson Silva e seu grupo discutem para quem passar a bola, dos craques mostrados num painel. Invenção antiga do Ronaldo Castro.
/o/ Marcos Veras, revelado em popular programa, faz sucesso em diferentes mídias, além do rádio. “Tudo a Veras”, nos 103,7 Mhz, Nativa FM, aos sábados, às 20h, a sua apresentação-solo.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Esse nosso amor antigo (b)

UM RESERVA GUARDIÃO
.o. Aos 81 anos, um dos representantes da velha guarda do rádio em atividades, Áureo Ameno trabalha atualmente na Transamérica FM. É o segundo comentarista na equipe do José Carlos Araújo. Estava afastado há cinco anos, sendo seu último pouso, a Canção Nova, onde comandava um programa no fim de tarde.

.o. Redator do “Repórter Esso” quando este se transferiu da Nacional para a Globo, Áureo foi um dos principais colaboradores do Haroldo de Andrade. Além de produtor (um quarteto era responsável pela atração matinal), participava também de um quadro pioneiro no veículo – os tradicionais “Debates populares”.

.o. Áureo ingressou na Globo em agosto de 1954, cobrindo a morte de Getúlio Vargas. Como repórter esportivo, atuou no grupo liderado por Doalcei Camargo, que antecedeu o Waldir Amaral, proveniente da Continental. Depois de 42 anos consecutivos na rádio, perdera o emprego. O motivo: elegera-se vereador.

.o. A empresa não permitia (ainda não permite), que seus contratados exerçam cargos políticos. Amigo do Alfredo Raimundo desde o tempo que ele também era repórter esportivo, encontrou abrigo na Tupi. Voltava a comentar jogos de futebol e ganhava um quadro em defesa do consumidor, na “Patrulha da cidade”.

.o. Da antiga líder dos Associados, Áureo se desligaria para outra vez trabalhar com Haroldão, que conseguira seu grande sonho – uma emissora própria. O projeto que reunira um time de profissionais ligados ao radialista, começara a naufragar com o agravamento da saúde dele, encerrando-se com a sua morte.
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A FUSÃO EM GELEIA
A EBC tirou do ar as edições do “MEC notícias”, colocando no lugar, boletins do “Nacional informa”, com a fusão de duas vinhetas. Programas e quadros trocaram uma pela outra, havendo, ainda, os apresentados nas duas, em horários alternativos. A geleia é de fazer ‘inveja’ ao mais organizado dos empresários.
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AMIGO DO ‘FAROFA’
Zé Costa, da Nativa FM e voz das chamadas da Tupi, participou, no domingo 5, do “Farofa da Globo”, conduzido por David Rangel. O programa estabelece um confronto de famílias, sobre conhecimentos gerais. Incomum, porém, a presença, de um profissional de emissora concorrente. David é originário de lá.
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LINHA DIRETA
/o/ Marcus Aurélio faz, nas manhãs de segunda a sexta (de 7h às 10h), o melhor programa de rádio do momento.
/o/ “Todas as vozes”, na freqüência dos 800 Khz é, inegavelmente, uma produção inteligente e irrepreensível.
/o/ Depois de uma semana ausente, Roberto Canázio reassumiu o “Manhã na Globo”. Que férias, que nada. Licença.
/o/ Com o Maurício Bastos respondendo, medida muito mais do que acertada pelos executivos para o horário.
/o/ Bastos, naquela, e o Eugênio Leal, na Tupi, são os maiores destaques entre os bons valores da nova geração.
/o/ Renan Moura (Globo), e Rodrigo Gomes (Transamérica), os mais novos narradores esportivos do rádio carioca.



segunda-feira, 30 de março de 2015

Esse nosso amor antigo (a)

CENTENÁRIO DE UM ÁS
Haroldo Barbosa, produtor, compositor, sonoplasta e discotecário, um dos ases na época de ouro do rádio, que migraria para televisão, mereceu destaque pelo seu centenário em matéria do João Máximo, na sexta (20). Fechando a cabeça do texto, o veterano (e excelente) jornalista escreveu: “Entre as criações de Barbosa (e ainda reprisadas) está a “Escolinha do professor Raimundo”.

Somos da geração do Máximo – e nenhum dono da verdade. A “Escolinha...”, ao que nos consta, foi criação do Chico Anysio, quadro do “Esse norte é de morte”, produzido pelo Roberto Silveira. Este integrava com o Haroldo, Antônio Maria e Sérgio Porto, a linha de frente do humorismo na Mayrink Veiga.
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COM VOLUME DUPLO
“Ponto do samba”, a 1h da tarde com Rubem Confete (ele ficou só, depois que a Nacional dispensou Dorina), está sendo reapresentado às 3h da madrugada. Isto significa, apenas, que a emissora tirou da grade o (muito bom) “Tabuleiro do Brasil”. Seu condutor era o Geraldo do Norte. Ele formava com Dorina as novas apostas da Nacional na revitalização em 2004, ambos originários da Viva Rio, da ONG homônima, uma experiência comunitária em parceria com o SGR, de duração efêmera.

Data também do período, o ingresso de Marco Antônio Monteiro, que despontara na saudosa JB AM, atuando depois na CBN em seus primórdios. O depoimento dele a um site especializado, mostra a triste situação das emissoras hoje subordinadas à EBC. Se os ‘genios’ que estão à frente do grupo estivessem interessados em preservar os estratos culturais do país -- nas chamadas emissoras públicas -- poderiam, minimamente, unificar a programação da Rádio Nacional com a MEC FM, na 'cola' do que fizeram na última década, a CBN (pioneira), Tupi e Globo.

Os clássicos, apreciados pela elite (ouvintes limitadíssimos), se restringiriam à MEC AM, investindo-se, naturalmente, na melhoria do som da rádio. O precioso acervo da casa reclama, há tempos imemoriais, por atenção e cuidados mais criteriosos. Um dos internautas que comentara o texto do Marco Antônio no mencionado site, lembrava que a derrocada da Nacional começara com o Collor. Ele nomeara como diretor (soubemos então) um jornalista de Niterói totalmente leigo no ramo.
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‘PLANETA' E OS ASTROS
A propósito da reestreia de Beto Britto na Metropolitana AM 1090, dissemos que a emissora foi um celeiro de valores, e parou no tempo. Por lá passaram, entre outros, Antônio Carlos e José Carlos Araújo (ainda em atividades – vivam eles). O José Messias, que trocara o rádio pela TV, foi comunicador de sucesso no prefixo.O falecido Haroldo de Andrade fez parte de sua equipe nos seus primeiros anos no Rio.

Metropolitana, tal qual a Bandeirantes (ex-Guanabara) sobrevive de horários alugados. Curioso: o Cirilo Reis, há mais de três décadas atuando na lendária estação, acertou em setembro do ano passado com a rádio em que tantos iniciaram carreira. Substituiu o Romílson Luiz (um dos bambas da revolucionária Cidade FM) com o “Clube da saudade”.

Antes -- deduz-se que o Romílson tenha se aposentado --, ia ao ar das 14h às 16h. Com o retorno do Beto Britto, houve um remanejamento. Cirilo passou a antecedê-lo a partir das 12h. No fundo, o “Clube” com os titulares novo e anterior, segue a estratégia do “Musishow” (ultimamente repetindo edições na antiga rádio da Praça Mauá) mesmo modelo do “Planeta Rei”, agora reintegrado ao espaço de que se originara.
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LINHA DIRETA
/o/ Jorge Luiz reassumindo suas atividades nesta terça-feira (31), na Globo.
/o/ Ainda verde na função, Gélcio Cunha, o substituto, não comprometeu.
/o/ Também de volta esta semana, Maurício Menezes, do “Alegria ao meio-dia” e “Plantão de notícias".
/o/ (As dores de jornalistas -- e radialistas -- não saem nas publicações.)
/o/ Sabe você pra onde foi a Giovanna Toledo? Até o início do ano cobria o CET-Rio para a Manchete.
/o/ Começou a rodar na Bradesco Esportes um filme parecido com o da Bandeirantes pós-Mundial de 2006.



segunda-feira, 16 de março de 2015

De ventania e temporais

NEM PRAÇA, NEM JARDIM
Os ventos andam soprando de um modo muito estranho no rumo das rádios Nacional (*) e MEC AM, há onze anos administradas pela EBC-Empresa Brasil de Comunicação. Entre quarta (11) e sexta (13), as duas tiveram sua programação alterada, tocando músicas direto, no estilo ‘vamos ouvir/você ouviu’.

A temperatura nos estúdios subiu em consequência de uma pane no sistema central do ar-condicionado, limitando as atividades nas rádios a um locutor e um operador. Na MEC, até os informativos foram cancelados, enquanto a Nacional manteve os seus, gerados da matriz, em Brasília, inserindo os do Rio.

De domingo de carnaval (15) a quinta (19) – há menos de um mês – elas ficaram fora do ar. A causa foi o temporal que caiu no estado e danificou a torre dos transmissores instalados em Itaoca, São Gonçalo. Só podiam ser sintonizadas na Internet, e aplicativos, pouco afeitos a seu público, da terceira idade.
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A MEMÓRIA VIVA
(*) Corria o ano de 2000, era setembro, mês em que a Nacional aniversaria. A Radiobrás, então sua gestora, e o Ministério das Comunicações chegaram a anunciar a venda da rádio – não concretizada. A justificativa: os prejuízos acumulados nos anos 80, que a colocava em 11º lugar entre as AMs.

Em maio de 2002, temendo que a rádio deixaria de existir, transformando-se em mera repetidora da Nacional do Planalto, funcionários foram às ruas em protesto. E abraçaram simbolicamente o tradicional prédio de Praça Mauá. Por liderar o movimento, Daysi Lúcidi foi punida. O seu programa suspenso.

A revitalização em 2004 tinha como finalidade eliminar as condições precárias em que a emissora se encontrava. O governo aplicou altos investimentos na construção de estúdios modernos. Pouco mudou o panorama. A rádio sairia do tradicional endereço, por questões ainda misteriosas. MEC também.
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VOLTA AO COMEÇO
O comunicador Beto Britto, que se tornara conhecido pelos ouvintes de rádio com o ‘Planeta Rei’, está de volta ao meio. Através da Metropolitana AM 1090, das mais antigas do Rio, um celeiro de valores (que parou no tempo), onde ele começou a carreira.

A reestréia ocorre nesta segunda (16), de 2h às 4h da tarde. Antes da Globo, (de 2005 a 2014) ele teve passagem pela Imprensa FM, rebatizada de Mix. Beto estava atuando on-line, pois montara uma rádio na web, desde que ‘puxaram o seu tapete’ na Glória.
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LINHA DIRETA
/o/ Após algumas reprises, ‘Palco MPB’, com Fernando Mansur, na MPB FM, retorna a seu ritmo normal. Nesta terça, às 22h, Mart’nália abre a série 2015.
/o/ Problemas nas cordas vocais afastaram Clóvis Monteiro semana passada, de seu programa na Tupi. Cristiano Santos, repórter (e folguista), assumiu.
/o/ João Carlos Carino é o novo condutor de ‘Epoca de ouro’, com o grupo homônimo, segundas, 5h da tarde pela Nacional. Reprise aos sábados, às 2h.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Na mudança do tempo

‘BOM DIA’ DE VOLTA
Quatro meses depois de ter seu espaço ampliado na Tupi, de semanal para diário, Haroldo de Andrade voltou a apresentar o “Bom dia”, uma atração que ele manteve a partir de 2008, e que herdara do pai, falecido há sete anos, na data em que se comemora o aniversário do Rio de Janeiro.
A crônica da volta – na segunda, 2 --, foi, a exemplo da de estreia (domingo, 3 de agosto), dedicada ao saudoso radialista, um paranaense de nascimento, porém, tão carioca quanto os valores originários de outras regiões, que adotaram a Cidade Maravilhosa como local de vida e trabalho.
No retorno à emissora (lá estivera entre junho de 1995 e dezembro de 1996), Haroldo de Andrade (Júnior) – assim a rádio o anunciava -- era requisitado para a função de folguista, ou curinga. Com a morte do pai, viera a missão de preservar a obra e nome dignificantes. Experiências, inúmeras.
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O DOMÍNIO
A briga pelo domínio do território em termos de preferência já descortina um novo panorama. Globo e Tupi são, naturalmente, as emissoras envolvidas, com a primeira apostando todas as suas fichas, na luta incessante pela reconquista do que fora perdido durante um malfadado projeto.
Nos festejos dos 450 anos de fundação do Rio, a emissora da Rua do Russel alcançou mais um ponto. Coube a ela, com exclusividade, a transmissão do show realizado na Quinta da Boa Vista, em que se apresentaram grandes nomes da música popular, assistidos por 40 mil pessoas.
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MISTÉRIOS I
Amauri Santos revelou um dia desses, no “Sintonia Rio”, que a Nacional voltará, em breve, para os estúdios da Praça Mauá. Revitalizada em 2004, funciona há dois anos no prédio da antiga TV-E, na Avenida Gomes Freire, para onde também se mudou a MEC. O acervo desta, na Praça da República, abandonado.
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MISTÉRIOS II
De comentarista ‘do momento’, Felipe Cardoso virou comentarista ‘da verdade’ na equipe liderada por Luiz Penido. A partir do Campeonato Estadual ele teve, estranhamente, uma espécie de promoção inversa. Foi efetivado no plantão das jornadas, rebatizado de “Central da Bola”, extensiva ao intervalo.
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LINHA DIRETA
/o/ Transamérica, do Garotinho, Gérson e Gilson, aumentou sua cobertura no esporte. Depois do “Galera show”, com Bruno Azevedo, “Transnotícias”, às 7h das manhãs, com Rodrigo Gomes, é o novo lançamento.
/o/ Cirilo Reis, do “Musishow”, voz da Nacional, produz e comanda aos domingos, às 6h, “As músicas que marcaram”. No site da rádio (desatualizado), o crédito ainda é para Marco Antônio Monteiro, que se afastou.
/o/ Ao fim de dez anos atuando no Flamengo,o zagueiro Léo Moura se despede hoje.“Não é uma coisa que acontece todo dia” (sic), assegurava o repórter João Santoro, no programa “A tarde é nossa’, na Manchete.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Carnaval e patrocínio

O 13 DA BEIJA-FLOR
Campeã pela 13ª vez, oito das quais na era do Sambódromo, a Beija-Flor nunca teve um título tão contestado – pelo menos na chamada grande imprensa --, e, por tabela, classes bem informadas, leitores de jornais e revistas.
Os foliões comuns, dos milhares que apreciam a escola ou nela desfilam, pouco ligaram para esse negócio de patrocínio. Se originário dos cofres dos bicheiros e afins, se de um país estrangeiro democrático, ou ditatorial.
Política à parte. Como nos Fla-Flus para torcedores de futebol, Globo e Tupi foram, de novo, as rádios que mediram forças na cobertura, montando equipes bem estruturadas, em torno das evoluções na Marquês de Sapucaí.
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COMISSÃO DE FRENTE NO AR
Pela Tupi, entre outros, os apresentadores Luiz Ribeiro, Marcos Frederico e Ana Rodrigues, comentaristas Eugênio Leal, Luiz Fernando Reis, Luiz Carlos Magalhães e Fábio Fabato, os repórteres Marcus Vinícius e Rodrigo Coutinho.
No ‘bloco’ da Globo, David Rangel, Alexandre Ferreira e Robson Aldir (apresentadores), Cláudio Vieira e Cadu Viviani (comentaristas), Guilherme Alves, Evelyn Moraes, Gustavo Henrique, Elisângela Salarolli(*) e Zeca Marques (repórteres).
Terceira no ranking (fala de “carnaval o ano inteiro’), a Manchete. Além do apresentador Ciro Neves, destaques para os comentaristas Sérgio Professor e Juninho Tititi, atuações dos repórteres Marcelo Patrício e Bárbara Campelo.
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QUEM TE VIU, E AINDA OUVE
E, a Nacional, hein – indagaria saudoso colunista? Cobriu os desfiles do Grupo A, sexta e sábado, com apresentação do Jorge Ramos, comentários do Rubem Confetti (uma enciclopédia do samba) e do Thiago Alves, novato no campo.
A Nacional e MEC AM, da EBC-Empresa Brasil de Comunicação, ficaram fora do ar de domingo a quinta. Seu público (pessoas idosas), foi obrigado a procurar outros prefixos, pois, em geral, não têm acesso a Internet, único meio de ouvi-las.
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LINHA DIRETA
/o/ Diretores da Nacional e MEC explicavam que o temporal danificara a torre de transmissão instalada no município de São Gonçalo.
/o/ Que falta de sorte. ‘Tá’ feia a coisa por lá. A Manchete, que dispõe do mesmo equipamento naquela cidade, não sofreu baixas.
/o/ “Comando geral, uma loucura de carnaval”, foi interessante sacada na Globo. E Ana Paula Portuguesa se fez figura onipresente.
/o/ Sábado à tarde, por exemplo, participava do horário reservado ao Roberto Canázio, emendando no posterior, com o Rafael Marques.
/o/ No especial de domingo de manhã, Edson Mauro assumira o posto. Quem estava comentando carnaval e cositas de celebridades?
/o/ A Ana Paula Portuguesa, com certeza. Mais popular que a Juju (da novela), ou seja, rainha da bateria da ‘Unidos de Santa Teresa’...

(•) Estranhíssimo o registro de voz dessa moça. Não seria aprovada para locutora de supermercado, daqueles que, exaustivamente anunciam na televisão. Mas, ganha de dez a zero de uma certa senhora que faz comercial de energético, na emissora do Sílvio Santos.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

E tudo acaba em samba

‘A FESTA DA RAÇA’
Martinho da Vila faz aniversario nesta quinta (12), e comemora com um show no Teatro Bradesco, na Barra. Está completando sete-ponto-sete (77), segundo revelou ao Robson Aldir, no “Botequim da Globo”, segunda (9).

Animado com o samba enredo da Vila Isabel este ano, Martinho manifestou a esperança de, com a vitória – quem sabe, algo que lembre “Kizomba, a festa da raça”¹ --- esticar a comemoração até a Quarta-feira de Cinzas.

Robson, uma figuraça de comunicador na mais popular das emissoras de rádio do Rio, não economizou nos elogios ao sambista e compositor, como habitualmente ocorre ao se defrontar com outros de seus convidados.

Em dado momento no repertório de cortesia, disse ao Martinho: “Tenho certeza que tudo vai dar certo” (sic), depois de antecipar os seus parabéns pela data. Ele afirmava que, iria repetir isso pelos dias seguintes.
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VOZES DA FOLIA
Titular do “Armazém cultural”, na MEC AM, Thiago Alves participa do novo quadro de “Todas as vozes”, do Marcus Aurélio. Leva ao público, o que acontece nos bastidores das escolas de samba.

Thiago está, inclusive, escalado para a equipe das emissoras da EBC, na cobertura dos desfiles na Marquês Sapucaí. Novato, formará com o veterano Adelzon Alves, a dupla de comentaristas.
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DE ALTO NÍVEL
Uma boa novidade no “Show da manhã” nesse começo de ano, foi o lançamento de “Redação em ação”. A chefe de jornalismo e ainda repórter Ana Rodrigues, mobiliza a equipe, ali pelas 8h30. Um panorama de alto nível, do que acontece no Rio e adjacências.
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ESPECIALÍSSIMA
Embora seja um programa esportivo, “Arena Transamérica”, com Gilson Ricardo e Áureo Ameno tem a participação especialíssima da agente Marisa Três, da Polícia Rodoviária Federal. Ela fala de erros comuns nas estradas, e explica, em linguagem fácil, como evitá-los.
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LINHA DIRETA
/o/ Produtora da Nacional, Fátima Bonfim agora é também apresentadora, às 6h das manhãs, do “Repórter Rio”.
/o/ Miro Ribeiro pilota, e Miguel Ângelo produz, na Manchete, “Construindo o sucesso”, aos domingos, às 11h.
/o/ O “Super debates” da Tupi, que era ao vivo com Haroldo Jr., passou a ser editado com o Francisco Barbosa.
/o/ Na MPB FM, Valéria Marques comanda aos sábados e domingos, do meio-dia às 2h, o “Samba social clube”.
¹ O samba enredo de Luiz Carlos da Vila, Rodolpho e Jonas, deu o primeiro título a azul-e-branco em 1988.


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O tempo passa... e voa

DE ‘PATRULHA’ E CIA.
Diz um velho provérbio, de era risonha e franca, que, ‘antiguidade também é posto’. Em se tratando de programas de rádio nas estações cariocas, um dos mais longevos é o (a) “Patrulha da cidade”, na Tupi. Completou, no começo deste mês, que já termina (como o tempo passa?...), 55 anos.

Criação do Affonso Soares (1925/2007), mas idealizado por Oduvaldo Cozzi (1915/1978), então diretor-artístico – um dos renomados locutores esportivos do país -- a “Patrulha...” é sucesso desde sua existência.
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TURMA AFINADA
Quando o programa surgiu, eram apresentadores o próprio Affonso (também produtor) e Samuel Corrêa. Ao longo das etapas, ocuparam o horário – meio-dia --, os locutores Oliveira Filho, Paulo Lopes, Cévio Cordeiro e Juarez Getirana. Há 14 anos na condução da “Patrulha...”, após a morte de Gegê, em 2000, Coelho Lima incorporou-se à equipe, em 1987, como ator e redator.

Nos primórdios, o programa concentrava o noticiário no trabalho dos repórteres. Pouco depois, numa de suas modificações, passou a utilizar atores, teatralizando as cenas do cotidiano. Dali em diante investia numa linguagem despojada, puxando para o humorismo. Do elenco de intérpretes, que o sustenta, Nelson Batinga foi o de maior projeção.
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O MUNDO, A BOLA
Sem nenhuma comparação com a “Patrulha...” em termos de audiência, é o “No mundo da bola”, nas ondas da Nacional. Uma vinheta ainda lembra que o programa existe “desde os tempos de Antônio Cordeiro”. Proclamado cronista-speaker, um inovador. No distante setembro de 1945, lançava o programa nos fins de tarde. A EBC deixando, vai para 70 anos.

Titular de esportes da velha emissora, Carlos Borges comanda a atração há pelo menos 20 anos, nos últimos dois, a partir das 8h da noite. “No mundo...” enfileirou entre muitos comandantes, Washington Rodrigues, o Apolinho e, precedendo o ‘voz cristalina’, nada menos que Luiz Penido.
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ORAÇÃO E OUTROS
Na série, um segundo cartaz da Tupi -- a “Oração da Ave-Maria”, que o Júlio Louzada apresentava até 1993. Mantém-se há pouco mais de seis décadas e meia, isto é, 66 anos. Em certa ocasião, era transmitido em cadeia com a Tamoio, do mesmo grupo. Com a morte de Louzada, assumiu o Padre Lemos, religioso de Niterói. Por fim, narrativa de auto-denominado romeiro...

A outrora gloriosa Nacional volta a ser listada ‘neste cenário de real valor’. As cores de sua bandeira, são defendidas por uma atriz de trajetória histórica. Em plena atividade no rádio (e na TV), a veneranda Daysi Lúcidi alcançou, com o seu “Alô Daysi, a significativa marca de 40 anos, em 2014.

E, bem abaixo no quesito longevidade, figura o Antônio Carlos, setentão no registro, jovial pelo privilégio da voz. O seu show (um tempão carente de reformas) está na Globo há 28 anos, ‘acordando o Brasil pra escutar’, mas transmitido apenas para o Rio. Meras contingências do mercado.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

No balanço das ondas...

A PRIMEIRA PÁGINA
Passadas as comemorações do réveillon, a vida de um país (do Brasil, particularmente), deveria se normalizar em janeiro – espécie de primeira página do calendário. Afinal, como se costuma dizer nessas ocasiões: Ano novo, vida nova. Mas, não é assim que a banda toca.

‘O importante é ser fevereiro/e ter carnaval...’ Com a folia a partir do dia 15, atividades regulares, naturalmente, só após a Quarta-feira de Cinzas. Quem, de poucas letras, poderia explicar o real significado dessas ‘cinzas’? Provenientes dos ‘fogosos’ dias de Momo?
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UM SHOW MAIOR
Não ouvi, porém fiquei sabendo que foi um show maior o réveillon da Globo em Copacabana, Baixada e outros pontos do Rio. No “Manhã...”, quinta (1°), Roberto Canázio contava os detalhes.

Corporativismo à parte, Canázio destacava o trabalho dos colegas. E, lembrava de uma cobertura pela Manchete, onde atuou vinte anos, tendo o Jorge Luiz por companheiro, e o Jota Abud.
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SANTOS DE FORA
As historinhas sobre a vida dos santos, que abriam a segunda hora de “A tarde é nossa”, do Sílvio Samper, na Manchete, foram suspensas. No lugar, desde o começo do ano, assuntos diversos, ilustrados com músicas. Piscinão de Ramos o primeiro, e samba do Dicró, morto em 2012.

A Manchete suspendeu, também, sua programação da madrugada. Vozes dos bastidores asseguram que se deveu a baixíssimos índices de audiência. (Não está longe de outras adotarem a medida.)
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FOGO NA BALSA
O incêndio numa balsa que carregava fogos de artifício, foi um ’prato cheio’ para “Seu Manuel Tamancas” no programa do Haroldo de Andrade.

Luizinho Campos, no irreverente 'portuga', teve, naquela manhã, outro motivo para suas ironias -- o ‘artista’ (preso), que pintou de rosa um tanque de guerra no Museu do Exército, no Patronato, em São Gonçalo.
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MUDAR PRA QUÊ?
Fã do Maurício Menezes e a ‘tropa do riso’, uma ouvinte (dessas que nunca mudam de rádio) sugeriu, dia 1°, a troca de nome do vesperal. “Hierarquia da alegria” – ela propôs, entusiasmada.

"Alegria 'do' meio-dia", seria o correto, em vez de 'ao'. (Muito difícil padre -- ou madre -- 'ensinar' missa a cardeais.)
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LINHA DIRETA
/o/ “Patrulha da cidade” completou 55 anos, na sexta-feira (2). Sem o Coelho Lima, sem ‘o escada’ Garcia Duarte. Do Mário Belisário, a apresentação.
/o/ Zeca Marques, do esporte, é novo curinga da Globo. Faz o “David da tarde”, nas férias do titular, que volta dia 26. O “Farofa...”, com o Mário Esteves.