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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Girando com as ondas (001)

A TARDE É DOS JOVENS
Retomamos o polo da derradeira conversa, à moda dos capixabas. Na marchinha do Chico, que Nara Leão popularizara, falando da moça 'que estava à toa na vida...' e foi chamada por seu amor, 'pra ver a banda passar...' É naquela faixa de idade pelo que se pode perceber, que a Globo agora investe suas apostas.

.o. Onde e como? Claro que você já sabe. No “Tá’ rolando música” – a principal ferramenta. Na sexta-feira (20), por exemplo, ficou mais do que demonstrado. Foram ‘roladas’ no espaço de uma hora, nada menos que oito gravações, das quais, somente duas nativas, com o Nando Reis e o Barão Vermelho.

.o. Celebridades e todos os tipos estavam presentes -- ou melhor dizendo -- citadas. Ana Paula lembrou que era o aniversário do Cauã (Reymond), e informou do incidente com o Gustavo Lins, atingido por um celular em pleno show. Foi provocado pelo alvoroço de uma fã mais atirada, admitiu a apresentadora.
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QUE É ISSO, DONA MOÇA?
.o. Outras informações ‘preciosas’ da Portuguesa, com certeza. Nos shows do Wando – ela recordava – jogavam calcinhas no palco. Agora, elas o fazem nos espetáculos em que se apresenta o Luan (Santana). Ele recebe muitas, frisou. Fechando, mandou um beijo para Valdete, ouvinte de Manhumirim, MG.

.o. É possível que, a nova atração vespertina da emissora seja uma tentativa de se ‘reinventar’ o modelo de se fazer programas de rádio... Observamos que, normalmente, são tocadas duas músicas em sequência, mas só a primeira anunciada. O público saberá de todas, se antenado, como apregoa a vinheta.

.o. Pródigo em notas de serviços e entretenimento o ‘Tá’ rolando...” é uma revista pra lá de Marrakesh*, embora pilotado por uma dupla jovem de reconhecido talento. Os quadros em destaques são o “Vida saudável”, com o professor de Educação Física José Rubem D!Elia e “Globo natureza”, com a Rosana Jatobá.

.o. Curioso. Em nenhum dos momentos que convocou a repórter que acompanhava o trânsito pelas câmeras da CET Rio, o Bruno Mattos declinou seu nome completo. Limitou a chamá-la de Laís... Como não a conhecíamos, chegamos imaginar se tratasse de uma que saiu da Tupi. Aquela é Vieira, esta Carpenter.

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“SE LIGA” COM GRILLO
.o. Muitíssimo boa a entrevista do Guilherme Grillo, dia 21, com a cantora Isabella Taviani, intérprete do repertório do vocal norte-americano Carpenters. Ela acaba de cumprir temporada em São Paulo, sucesso de público e crítica. Apresenta-se no Rio nesses próximos dias, depois Salvador e outras capitais.

.o. Grillo é o titular do “Se liga no sábado”, às 22h na Globo, quando o jogo de futebol não invade o horário. O tal “Sábado à noite”, com o Augusto Souza, que substituíra o “Plantão de notícias”, não passou de mera transição. Em termos mais corretos e verdadeiros, foi um programa que ‘morreu no nascedouro’.

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A FORMA DESCOLADA
.o. A troca de comando na EBC, em decorrência da mudança de governo, acabou resultando na dispensa do jornalista Sidney Rezende da Rádio Nacional. Contratado recentemente, estreara no início do mês (dia 4), para conduzir o "Nacional Brasil", no período de 7h às 10h das manhãs.

.o. Sidney se tornaria recordista¹ em permanência na história do veículo. Ficou na emissora menos de duas semanas, tempo para apresentar somente 13 edições de uma atração que prometia inovar no segmento. O slogan deixava esperança, assegurando 'o respeito à sua forma de pensar'.

.o. Diante do acontecido, voltaram a atuar no espaço, os ocupantes anteriores, Cirilo Reis e Dila Araújo com o "Repórter Rio", que começa às 6h e o Válter Lima, que ancora de Brasília uma equipe de repórteres.

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DE IDEIAS E BANDEIRAS
.o. O “Todas as vozes”, do Marcus Aurélio na MEC AM, completa dois anos nesta quinta-feira (26). É um dos poucos programas da era contemporânea a escapar da mesmice predominante no meio. Isso talvez aconteça por pertencer à uma emissora pública, sem os interesses das de empresas particulares.

.o. Estudiosos da matéria, defensores da reinvenção do veículo com a exploração de novas ideias, veem nesse caso uma rara exceção, baseados no estigma que as rádios estatais enfrentam junto ao ouvinte comum. A questão – acredita-se -- é uma espécie de anestesia injetada pelos profissionais engessados.

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MEMÓRIA VIVA
*Embora de outro estilo, a nova atração da rádio dos Marinho tem semelhanças com o “Amigas invisíveis”, da Marlene Matos, conduzida por Ana Flores, participações das atrizes Luciana Fregolente e Dedina Bernadelli.
Era de 1h às 3h da tarde, estreara em agosto de 2005, e abria um ciclo na casa, sendo produção independente. Apesar do ano distante, vã tentativa de reinvenção, detonada em dezembro do ano seguinte. Para o lugar, a
Globo arregimentara o Roberto Canázio, que se indispora com a Tupi.

¹ Jorge Luiz, que a Globo mandou embora em abril, fazia as manhãs na Tupi em 1995. No ano posterior, o amargo de verdadeira odisséia. Pela Tamoio, Roquette Pinto e, por último, apenas um mês na FM O Dia. /o/ Com o Fernando Sérgio, desde 2004 de madrugada na mesma Tupi, uma situação muito parecida anteriormente nesta emissora. Depois de percorrer diversos ´prefixos, era afastado de um programa vespertino, ao fim de duas semanas.


quarta-feira, 18 de maio de 2016

Esse nosso amor antigo (z)

O RITO DO MEXE, REMEXE
Líder há duas décadas, a Tupi está ruim de finanças. Não recebe do governo estadual, cliente desde a era do Brizola. Dívidas com o condomínio dos Associados, aumentaram. O mexe e remexe, porém, é da ‘outra’. Mudou mais uma vez. Agora, a estrutura do esporte.

.o. Na luta para reverter os índices de audiência no futebol, um novo recurso foi lançado pelo SGR no Rio. Trata-se da fusão da emissora matriz com a CBN, unindo o FM de uma com o AM de outra em jogos distintos. Estreou no sábado (14), abertura do Brasileirão.

.o. Pela FM da Globo (98,1) e o AM da CBN (860), transmissão do jogo do Flamengo 1, Sport 0, no Estádio da Cidadania, em Volta Redonda. A partida entre o Vasco 4 e Sampaio Corrêa 0, no Castelão, em São Luís, descrita pelo FM da CBN (92,5) e o AM da Globo (1220).

.o. No embate do Flamengo, narração de Luiz Penido, comentários de Eraldo Leite e Álvaro Oliveira Filho, reportagens de Cláudio Perrout. O jogo do Vasco, narrado por Edson Mauro, comentaristas Dé Aranha e Carlos Eduardo Éboli, o repórter Marcos Vasconcellos.
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VOCÊ NUNCA VIU(...)
.o. O “Central da bola”, que informa o andamento dos jogos na batizada ‘Seleção da Rádio Globo-CBN’, também fecha as jornadas. Felippe Cardoso conduz os debates com os comentaristas em todas as faixas, enaltecendo que ‘Você nunca viu tanto craque junto’.

.o. Tal esquema com a mesma frase, no entanto, foi experimentado a partir de maio de 2009, quando a Globo só operava em AM. Era em três freqüências, e se desfez ao término do Mundial de 2010, sem seqüelas. Desta vez, o desemprego de oito profissionais.

.o. Juntamente com os sete que receberam bilhete azul em abril, dava para formar o quadro de outra rádio. Como se vive em tempos de crise, longe de isso ocorrer. A Globo e a Tupi, na atual conjuntura, estão parecendo lojas comerciais em liquidação.
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MEMÓRIA VIVA
.o. Em tempos remotos, a Guanabara reunia luminares do esporte. Do encontro participavam Oduvaldo Cozzi, Doalcei Camargo, Jorge Curi, Dolar Tanus, Sérgio Paiva e Paulo César Tenius e, ainda, Edson Leite e Fernando Solera, da Bandeirantes, de São Paulo. O embrião dos programas de debates do gênero.

.o. Cozzi havia deixado a Mayrink, Doalcei a Globo e Curi a Nacional (reintegrando-se a ela logo depois). Dolar, cria da Guanabara, foi ‘escada’ do Washington Rodrigues num programa de basquete – “Beque parado”. Sérgio também atuou na Tupi e Continental, Tenius, naquela e Nacional. (Quantos craques juntos, hein Felippe?)

.o. A CBN,que surgira em 1991 no lugar da Eldorado (1180 AM), logo funcionaria também no FM. Antes, a pioneira no all news era sintonizada em duas faixas, a original da Eldorado e os 860 da Mundial, que fora extinta. Esse tipo de operação data dos anos 80, com as dobradinhas Globo/Eldorado e Nacional/Ipanema, antiga Mauá.
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.o. Cauby Peixoto (1931-2016), um ídolo da fase de ouro do rádio, causava alvoroço nos programas de auditório da Nacional, não só por sua voz privilegiada, mas, pelas armações do empresário Di Veras, autor de algumas músicas que ele interpretava. “Blue gardênia”, do repertório de Nat King Cole, gravada em 1954, foi seu primeiro sucesso.

.o. “Conceição”, o maior na carreira do cantor niteroiense, veio a público em 1956 com lançamento em primeira mão na Tamoio (do slogan ‘música, exclusivamente música’). No “Disco na vitrine”, do Jair Amorim, letra dele, e melodia de Dunga. Parceiro de grandes compositores, Jair foi poeta, locutor e um dos ‘bacharéis’ da saudosa emissora.
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...O INTERVALO
.o. Nos domingos em que houver partidas do Brasileirão às 11h das manhãs, o “Farofa da Globo” não será apresentado. O ‘prato’ dos participantes do “Jogo das famílias” ficará vazio. Parece-nos, pelo andar do metrô (carruagem só em filmes), que mais um profissional está em processo de ‘fritura’.

.o. O David Rangel – quem sintoniza a rádio bem sabe --, perdeu recentemente o horário vespertino. No posto dele, abrangendo o espaço que o antecedia, foi escalada uma dupla de jovens, que pilota programa típico das FMs dos anos 70, priorizando números musicais. E, o que sobrou pro David -- seus tipos, e a divertida 'Lili Rodoviária'? Apenas os fins de semana.
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S I N T O N I A
.o. Até os caseiros dos sítios por aí não ignoram que o país precisa de reforma política, reforma da Previdência... O rádio, principalmente o esportivo, precisa de reinvenção. Isso fica patente quando se gira o dial na busca de novidades.
.o. Títulos do ramo: “No mundo da bola”, “Enquanto a bola não rola”, “Bola em jogo”, “Rolando a bola”, “Show de bola”, “Bate bola”, “Galera da bola”... Na hora do almoço, tinha o “Comendo a bola”. Deve ter acabado por indigestão.
.o. E, os programas com a palavra ‘show'? Existem desde ‘priscas eras’. Uma velha (e felpuda) raposa entende que ‘é assim que a banda toca’. Já se ouvia o som antes de o Chico Buarque compor a marcha ‘estava à toa na vida’...

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Esse nosso amor antigo (y)

‘A FORMA DE PENSAR’
.o. Por mais experimentado que seja o profissional, um programa de estreia nunca rende tudo o que é planejado. Pode até se aproximar dos objetivos pretendidos. O de Sidney Rezende na Rádio Nacional, não foi diferente. Ressalte-se, porém, que dinamismo, estilo a ele bem comum, não faltou na edição que marcava o seu retorno ao veículo.

.o. O “Nacional Brasil”, que tem como slogan ‘respeito a sua forma de pensar’, estreou na quarta-feira passada. Além das emissoras da EBC, Nacional AM e FM de Brasília, Nacional da Amazônia (AM e FM) e a representante de São Paulo, integraram-se à rede, a Atual FM, mesma cidade, rádios Joinville de Santa Catarina e Criativa de São Luiz.

.o. Válter Lima (DF) e Maria Cabañas (SP), os âncoras que estabelecem pontes com o Sidney, repercutindo os destaques do material noticiado pelos telejornais. No Rio, participantes efetivos o Cirilo Reis (veteraníssimo na emissora) e Dilo Araújo (da nova geração). Fátima Bonfim é a produtora, sendo Maria da Glória Ferreira, assistente.

.o. O propósito do Sidney, segundo ele anunciou no “Repórter Rio”, na véspera (antecede o seu) e também no “Sem censura”, da Leda Nagle, na TV – é dar prioridade aos acontecimentos do dia a dia. Restabelecer o hoje com maior intensidade, explicou, valendo-se de todas as plataformas – internet, redes sociais. Fazer um rádio mais plural, assegurou.
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EM DUPLICATA
.o. O “História hoje” (perfil de uma figura importante para a humanidade em todos os tempos), e “A caminho dos Jogos” (notícia e contagem regressiva para as Olimpíadas), são quadros apresentados em horários distintos, nas duas emissoras da EBC.

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CEM MELHORES
.o. Pelos 80 anos da Nacional a se completar em 12 de setembro, algumas atrações comemorativas vem compondo a programação da rádio. Adelzon Alves destaca, nesses dias, “Um século de samba”, em que discorre sobre os cem melhores, em sua ótica.

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FASE DE OURO
.o. A comunicadora Gláucia Araújo foi escalada para comandar o compacto que relembra os programas de auditório daquela rádio em sua fase de ouro. A série, iniciada no sábado (7), focalizando a cantora Marion Duarte, constará de três horários de reprises.

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NUMA E NOUTRA
.o. Tal qual a empresa do Sistema Globo há alguns anos, a EBC adotou recentemente o mesmo procedimento no que se refere a seus repórteres. Utiliza o que eles produzem nos diferentes prefixos. Numa, em sua matriz e CBN. Noutra, nas duas estatais.
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MEMÓRIA VIVA
Gerdal dos Santos, 87, animado idoso em atividade no segundo importante veículo da mídia eletrônica, faz nos domingos de manhã, o “Rádio memória”, também dedicado aos 80 anos da Nacional. Dia 1°, ele reverenciou Francisco Alves (1898-1952), “O Rei da Voz”, e Emilinha Borba (1923-2005),“A Favorita da Marinha”.

O primeiro estrelava “Quando os ponteiros se encontram”, domingos ao meio-dia. Ela fechava o “Programa César de Alencar”, nas tardes dos sábados. Só os pesquisadores e pessoas acima dos 50 de idade se lembram deles. A produção do programa é de Alberto Luiz, decano dos funcionários da tradicional emissora.
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...O INTERVALO
.o. Na quarta-feira última, em jogo da Copa do Brasil, o Fluminense empatou com a Ferroviária por 3 a 3. Jota Santiago transmitiu pela Tupi. Ancorando a jornada, Wagner Menezes disse no encerramento: “Ouvimos direto de Araraquara...” Força de expressão, naturalmente.

.o. Qual a rádio carioca manda, nesses tempos,equipe cobrir partida fora do Rio, se a televisão facilita as coisas? Antes, um repórter ia ao local. No Flamengo 1, Fortaleza 2, o André Ribeiro que pertenceu à Tupi, atuou como ‘frila’. Ele coordena o esporte da Verdes Mares, no Ceará.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Esse nosso amor antigo (x)

SINTONIA – ESPECIAIS
.o. O jornalista Sidney Rezende, ex-Globonews, estreia nesta quarta (4) na Rádio Nacional. Sob seu comando o programa vai se chamar “Nacional Brasil”, com as colaborações de Cirilo Reis e Dilo Araújo, anteriores ocupantes de parte do horário, às 6h.

.o. “Nacional Brasil” será das 7h às 10h, tirando da grade, no Rio, o “Revista Brasil”, que era transmitido de Brasília, conduzido por Válter Lima. O novo contratado da EBC estava afastado do rádio desde 2010. Era titular do CBN Rio, entre as 9 e meia e meio-dia.
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OS DOIS ANOS DO ‘VOZES’
.o. Nas últimas cinco semanas, começadas em 28 de abril, o “Todas as vozes”, do Marcus Aurélio, na MEC AM, tem edições comemorativas pelos dois anos na casa. Quinta-feira (12), por exemplo, em parceria com o “Painel”, do Jorge Ramos, na Roquette Pinto FM.

.o. O programa naquele dia será feito por artistas deficientes, portadores de necessidades especiais. “Todas as vozes” tornou-se, no período, a maior audiência da rádio. Como é das 7 ás 10h, terá como seu concorrente a nova atração, da mesma empresa.

.o. (Entenda-se -- não é demais frisar --, o que se passa na cabeça de executivos de rádio, já comparada antes, com a de juízes). Geradora de rádios públicas, sem os compromissos das particulares, a EBC bem que poderia ousar, e fundir a Nacional com a MEC FM.

.o. Desde 1964, ‘a mais querida’ nunca foi a mesma. Nem com o processo de revitalização em 2004 conseguiu recuperar-se dos estragos. No Rio, CBN, Tupi e, depois a Globo unificaram suas freqüências. Por quê a EBC não faz igual? Na MEC AM, ficariam os clássicos.

.o. Se aquelas, tanto quanto a Bandeirantes e Jovem Pan de São Paulo partiram para a fusão devido o avanço do FM – o AM nas principais cidades vinham levando surras homéricas no Ibope – estava mais do que na hora de também a pública investir na tal medida.
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AS MÚSICAS E AS RECEITAS
.o. Não temos por hábito ouvir seguidamente os mesmos programas. O dial de nosso (s) rádio (s) estão girando permanentemente. Voltamos a sintonizar esta semana o ‘Tá’ rolando música”, com o Bruno Mattos e a Ana Paula (Portuguesa), na Rádio Globo.

.o. A conclusão a que chegamos é nada mais nada menos a que segue. O ‘Tá’ rolando...” (diário) e o “Sábado à noite”, retiram do baú de criatividade, a sistemática que o grupo utilizava na antiga Globo FM (92,5), freqüência repassada à CBN. De lá, a ‘fonte’ dos dois.

.o. Assim como fazem as domésticas em receitas culinárias, presenças constantes nos programas populares, uma pitada do ingrediente x, outra do y,e a refeição está pronta. Nos casos em questão, essência do AM com FM, espécie do ‘junto e misturado’.