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quinta-feira, 29 de junho de 2017

Rádiomania, o Livro/14

A DANÇA DAS CADEIRAS (A-9)
Durante dois anos consecutivos – 1989 e 1990 --, a FM 105 detinha a vice-liderança no segmento no Rio. Entre os comunicadores, Robson Castro era um dos preferidos pelo público. Apesar de ostentar boa posição no Ibope, a rádio perdia no último ano, segundo semestre, a maior parte de seus contratados.

Robson, que pertencera ao Sistema Globo de Rádio, retornaria à empresa, assumindo o “Good Times” na 98. Trocava novamente de emissora em 1994, voltando a 105, tornando-se titular do “Amor Sem Fim”,concorrente daquele.

Em junho de 1995, quando a 105 foi comprada pelo bispo Edir Macedo, Robson transferia-se para a Melodia. Depois ingressava na Tupi FM, lançando o “Yesterday”, no mesmo estilo do “Good Times”, criado na emissora dos Marinho.

Da Tupi, que dera uma virada no Ibope com o slogan “O Amor do Rio”, Robson se desligava ao fim de um ano, isto é, em junho de 1997. Seu próximo endereço seria a FM O Dia, com o “Yesterday”. Na indefinida emissora, demissões no final de 1977, a grade era modificada, o que determinava sua saída.

Trabalharia numa rádio comunitária, e em outubro de 1998 assinava com a MEC AM passando, nos anos posteriores, a prestar serviços à Melodia, evangélica de maior audiência no Grande Rio. Desta, iria para a internet, montando uma web. Fez em 2016 curta passagem pela SulAmérica Paradiso, com os flashbacks.

MEMÓRIA-1999
Contratado para o carnaval pela Rádio MEC, Hilton Abi-Rihan acertava sua permanência na emissora, produzindo um programa de samba. Íris Ágatha, requisitada na ocasião, era efetivada como apresentadora do “Café com Notícias”.

Em março a crise econômica obrigava a Manchete a reduzir sua programação diária. O horário de meia-noite às 6h da manhã era suprimido. O pessoal do turfe ia para a 1180 AM, prefixo em que depois surgiria a Mundial, antes no 860.

Também devido à crise a todo-poderosa da Rua do Russel, na Glória, retirava da grade naquele mês, as edições noturnas de “O Globo no Ar” e a de “O Seu Redator-Chefe”. Dispensava os jornalistas dos noticiários e os seus locutores.
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Ouvindo as ondas

NOVAS MUDANÇAS NA EBC
A Nacional e MEC AM, emissoras da EBC vão mudar, agora em julho, sua programação, fazendo lançamentos e trocando os horários de diversos cartazes. No domingo (2) estreia na MEC às 8h da noite um musical com Ruy Castro.

Ao jornalista e escritor caberá a apresentação de “A Onda que se Ergueu no Mar”. Trata-se de uma série de oito programas discorrendo sobre a bossa nova e seus intérpretes, sendo a base gravações raras, algumas pouco tocadas no rádio.

O diário “Ponto de Samba”, do Rubem Confette desde 2004 na grade da Nacional (ele era parceiro de Dorina) vai virar semanal. Também será aos domingos, às 11h das manhãs, quando não houver transmissões de jogos do brasileiro.

Em abril, ou seja, há dois meses, a Nacional passou por uma reformulação à meia-bomba. Tirou do ar o vespertino “Dito e Feito” da Gláucia Araújo (às 5h) colocando na vaga o tradicional “No Mundo da Bola”, ultimamente às 8h da noite.

O esportivo antecede ao noticiário político que entra às 6h e meia, “Corredores do Poder”, com Roseann Kennedy. Das melhores apresentadoras do rádio, Gláucia ficou ‘No Mundo...” cobrindo o trânsito pelas câmeras da CET-Rio. Desperdício.


TIRO PELA CULATRA
Um dos motivos para a Globo mudar, mais uma vez, sua programação foi sair da mesmice, reinante no veículo. Radicalizar, porém, segundo especialistas no assunto, tem o mesmo significado de alguém disparar um tiro no próprio pé.

Na busca de um público jovem e elitizado, a rádio perde a audiência dos ouvintes cativos, formada pela classe conservadora. Migram para outras, com isso, as domésticas, aposentados, profissionais do volante, dos salões de barbeiros, e etc.

COM A CORDA TODA
Há quarenta anos atuando em emissoras cariocas, três dos quais na Tupi, Gilson Ricardo está, no momento, na maior roda vida. Uma das principais peças nas jornadas esportivas, ele tem sido requisitado por diversos programas da rádio.

Mais antigo a fazer o trabalho de ‘ponta’ nas transmissões de futebol, Gilson vinha sendo utilizado nas ausências de Washington Rodrigues e Wagner Menezes. Em maio, passou a conduzir o “Bola em Jogo”, até então com o Luiz Ribeiro.

MARKETING PADRÃO
O Flamengo derrotou a Chapecoense por 5 a 1 na Ilha do Urubu, quinta (22). No final do jogo José Carlos Araújo (Tupi) convocava o Ricardo Moreira, afirmando: “O mais completo plantonista do rádio brasileiro”. Como a bola rola, a fila anda.

Até junho do ano passado tal qualificação se referia ao Vinício Gama que, no mês seguinte, fora incluído no pacote de demissões na emissora. Peculiaridade do meio enaltecer plantonistas. Ou acentuar que setoristas ‘cobrem melhor’ tal clube.

Vinício, Sérgio Américo, Carla Matera e outros profissionais que perderam seus empregos, foram atraídos pelo canto da sereia, som da Bradesco Esportes FM. Chegou-se a antecipar seu prazo de validade. Em fevereiro, o naufrágio.


HORAFINAL.COM
Um ano depois de ser demitido pela Tupi (integrara um grupo de dezoito), Jota Santiago volta àquela estação, onde deve reaparecer na primeira semana de julho. Repete-se o acontecido com Francisco Barbosa, reintegrado em março.



quinta-feira, 22 de junho de 2017

Rádiomania, o Livro/13


A DANÇA DAS CADEIRAS (A-8)
Depois de muitos anos na Rádio Globo, Roberto Figueiredo mudava-se em 1987 para a Tupi. Em abril de 1989, ele trocava esta pela Manchete, onde permaneceria apenas um ano.

Voltava ao rádio pela CBN em outubro de 1991. Foi temporada curta. Afastaria para candidatar-se a uma cadeira na Câmara Municipal do Rio. (Em seus últimos anos na Globo ele se elegeria deputado estadual, não conseguindo renovar o mandato no pleito seguinte.)

A tentativa de retornar à política não fora bem-sucedida e, por quase quatro anos afastado do rádio, só aparecia em gravações de comerciais. Em fevereiro de 1996, no dia 5, retomava espaço no veículo, estreando um matinal programa na modesta Rio de Janeiro. Também não se fixaria ali, optando novamente pelas agências de publicidade.

Um ano depois, ei-lo na Rádio Tupi. Reiniciava sua vida profissional numa emissora compatível com a sua importância. Com o “Show do Rio”, de 8 às 10h da noite,de segunda a sexta, respondendo, ainda, pelas madrugadas aos domingos, de meia-noite às 3h.

Abril de 2001 tirou Figueiredo novamente do convívio com o seu público. Dispensado pela Tupi, voltaria a uma atividade que lhe era bem comum – as gravações de comerciais.

MEMÓRIA-1998
Na Rádio Nacional, em janeiro, José Messias (1928-2015) encurtava seu campo de ação. Transformava o diário “Show da Cidade” em edições de sábados de manhã e domingos de madrugada.

Dia 1° de abril, “Rio de Toda Gente”, com Arlênio Lívio (1942-2003) e Rubem Confette, na mesma rádio, festejava 19 anos. Regozijo em dose dupla. Para os titulares e a comunidade do samba.

Naquele mês outra emissora saía do controle de um empresário de comunicação, tombando ao poderio econômico das seitas evangélicas. A Tamoio era incorporada pela Igreja Pentecostal.
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Ouvindo as ondas

DO CAFÉ E DOS JORNAIS
Uma das atrações da Nova Rádio Globo, o “Café das 6” é um noticiário* de linguagem coloquial, escorado nos modernos recursos da tecnologia – a internet e redes sociais. Os apresentadores atuam em perfeita sincronia, elevado astral.

O ator (e humorista) Fernando Ceilão, a jornalista (e roteirista) Mariliz Pereira Jorge, até parece que já trabalhavam juntos há muito tempo, tal a segurança mostrada nas audições. Cumprem, com fidelidade, a proposta de reinvenção.

OS JOVENS, A META
Na semana em que estreava mais uma grade de programação, comprovado ficava que, a Globo parte em busca de outro público, de elite. Deixa – pode-se constatar – de concorrer com a Tupi, adversária de longa data. Jovens, o alvo.

Numa estreia, ou período experimental, nem tudo sai como o planejado. O Ceilão,por exemplo, em seu desempenho, andou exagerando no uso de um único bordão – “Vamos em frente, que o mundo ‘tá’ que ninguém acompanha”.

Repetia-o a cada intervalo das notícias. Por melhor que seja um programa, esse procedimento leva o apresentador (ou apresentadora) a um fatal e desnecessário desgaste. Ficou parecendo a locutores esportivos atrapalhados com as fichas.

“Café das 6” tem produção de Heloísa Paladino, participações dos repórteres André Henriques (geral) e Jota Alves (trânsito). Como destaque, o quadro “Redação Esportes”, com André Rizek, da SporTv, e o narrador Edson Mauro.

PRA QUÊ DISCUTIR
Conhecido comunicador do rádio, no qual raramente sintonizamos, costuma afirmar na apresentação de um quadro em seu programa que “Gosto é Gosto”. A assertiva tem validade quando na ‘outra’ aparece aos berros um Otaviano Costa.

A respeito. Quem é melhor no ramo – um profissional animado ou um espalhafatoso? O apresentador de “No Ar” na Nova Rádio foi escolhido, inegavelmente, por ser um detentor de numerosos seguidores nas redes sociais.

CORRIDA E BALCÃO
“Oração da Família”, “Lição de Vida”, “Nem te Conto”, “Geraldinos & Arquibaldos”. Estes quadros, intermediados por prestações de serviço, tornaram-se espremidos, resultando num atropelo na grade da Tupi, inaugurada em maio.

Integram o “Show do Clóvis Monteiro”, reduzido naquela oportunidade, de três horas de duração (de segunda a sexta), para uma hora e meia. Desde então, o titular vem adotando tática estranha. Cita os empresários,seus anunciantes.

O Cyro Neves e a Diana Rogers são os repórteres que mais aparecem durante o programa. Ela até ganhou status de ‘especial’. Mas acompanha, pelas câmeras da CET- Rio, o movimento do trânsito. Essa cobertura qualquer estagiário faz.

HISTÓRIA DELES
*(Os noticiários de 25 ou 50 minutos no rádio antigo chamavam-se ‘jornais falados’. Invariavelmente eram apresentados por uma dupla de locutores de vozes impostadas, com uma leitura formal. Não havia entradas de repórteres.

Contavam no máximo, com as participações de dois comentaristas – um encarregado dos acontecimentos da política, outro os do esporte. Em todos, espaços para a opinião da empresa, concentrando-se num dos principais tema.)

Dentre os que marcaram época, figuram: o “Grande Jornal...” e “Matutino Tupi”, na estação de igual nome, “O Seu Redator-Chefe”, na Globo, “Primeira Hora”, na Bandeirantes, e “Grande Jornal Fluminense”, de Niterói, em diversas emissoras.

HORAFINAL.COM
Depois de dezoito anos conduzindo o “Momento de Fé”, com o qual conquistou grande audiência nas manhãs, o Pe. Marcelo Rossi foi ‘jogado’ para a madrugada. Os seus fiéis apreciadores agora têm que ser notívagos para acompanhá-lo, ou transferir essa tarefa a familiares insones. A indiferença dos cardeais do SGR, ninguém merece. Seriam eles religiosos contrariados, ou os agnósticos do rádio carioca?





quinta-feira, 15 de junho de 2017

Ouvindo as ondas

O MEXE-REMEXE NO DIAL
A Globo está a partir desta semana com programação nova. É a mais radical de todas dentre as inúmeras mexidas na grade iniciadas ainda na gestão do Rubem Campos, que resultara na criação do ‘Projeto Brasil’, de transmissões em rede.

Objetivava com isso alcançar outros mercados e, evidentemente, melhorar a receita publicitária, o faturamento. Ao mirar no horizonte, entretanto, abrira uma brecha no Rio, e, perderia a liderança para sua principal concorrente, a Tupi.

Nesse período, estendendo-se até julho de 2016, a rival pouco mexeu – fez contratações para o esporte. No setor de variedades, uma única mudança. O Mário Belisário voltava em 2013, ocupando o lugar do Sílvio Samper, dispensado.

DE TRAÇOS À PARTE
Numa outra ponta, situa-se a Nacional, além da MEC AM que, por serem públicas, não têm os mesmos compromissos das comerciais – a audiência. Esta, sem dúvida, norteia os importantes meios de comunicação eletrônica.

Apesar disso, as emissoras da EBC, Nacional à frente, não escaparam do mexe-remexe na grade. A lendária rádio da Praça Mauá, hoje na Lapa, adota igual recurso desde a sua revitalização, que fora implantada em julho de 2004.

No sábado (10), por exemplo, relançava programas. O “Alô Rio”, das 8 às 10h, e “Painel Nacional”, das 10 às 13h. O primeiro com o Waldir Luiz (era do Hilton Abi-Rihan), o outro com a Luciana do Valle (antes conduzido por Gláucia Araújo).

AS REDES PRA SUBIR
Voltemos ao início. Gente de TV e das redes sociais, os apresentadores. Formam na grade “Café das Seis”, com Fernando Ceilão e Mariliz Pereira Jorge; “No Ar”, com Otaviano Costa, participações de Ana Paula e o Guilherme Grillo.

Às 11h, “Papo de Almoço”, um comunicador a cada dia, de 2ª a 6ª. Pela ordem: Léo Jaime, Mônica Martelli, Adriane Galisteu, Tiago Abravanel e Cláudio Manoel. “Tá’ Rolando Música” (já tem um ano) agora às 14h, com Rafa Ferraz.

Seguem “Redação da Globo” com Rosana Jatobá, às 17h e “Zona Mista”, às 18h com o Pop Bola. Às 20h, “Globo Esportivo” com Marcelo Barreto, “Radar do Esporte”com Carlos Eduardo Éboli, às 22h e “Em Cartaz”, às 23h, com diversos.

OS SOBREVIVENTES
Demissões ocorreram. Sobreviventes veteranos, minoria. O Roberto Canázio e o David Rangel tiveram espaço limitado. Àquele os domingos, com a “Revista da Rádio Globo”(8 às 11h). A este os sábados, com o “Sambadasso”(11 às 13h),

O “Momento de Fé”, do Pe. Marcelo Rossi, um reconhecido campeão de audiência, foi remanejado para a madrugada, de zero a 1h. Depois, chega o Roni Magrini, que atua em SP.Vai até às 6h com o “Bandeira 2”, seu novo programa.

No pacote das novidades, elogiáveis os títulos. Em nenhum deles as palavras ‘show’ e ‘programa’. Funcionou o espírito de criatividade, coisa rara no meio. “Convocadas”, “Esporte S/A” e “Trilha de Craques”, são os mais originais.
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HORAFINAL.COM
Em plena estreia da programação da Nova Rádio, ainda rodaram chamadas com um ‘em breve’-- não era anunciado o dia do lançamento. Equívoco do sonoplasta. ‘O mundo mudou, a rádio mudou’ – diz uma mensagem enaltecendo o projeto.

HORAFINAL DOIS
O slogan que marca a inovação, afirma: ‘Pra quem é bom de orelha’. Ao pé da letra (isto é, do ouvido) registramos. Em sua saída, o agenciador de popular rede de supermercados prometera manter a parceria. Mas deixou de anunciar.










quinta-feira, 8 de junho de 2017

Rádiomania, o Livro/12

A DANÇA DAS CADEIRAS (A-7)
Noticiarista da JB AM em tempos remotos, Oduvaldo Silva vivera anos de glória como apresentador do “Show dos Bairros”, na Mundial. Isso aconteceu nas décadas de 70/80. Durante um bom período ele acumulara essa atividade com a de coordenador de programação da Globo FM.

O desgaste da fórmula fez o “Show...” perder audiência e, o Oduvaldo, prestígio. Bem que o SGR tentou, primeiro com o Jorge Pallis, depois, com o Robson Alencar, reerguer o programa. Em vão, porém.

A exemplo de outros, Oduvaldo se integraria ao quadro de comunicadores da FM 105, o cult do segmento. Lá estava ele na melhor fase da emissora e, na debandada que se registraria em 1991, também recolheria os cacos. Foi para a Tropical FM e, mais tarde, em curtas atuações na Record e Tamoio.

As portas do SGR se reabririam para ele em dezembro de 1997. Contratado como noticiarista – sua função nos anos iniciais – Oduvaldo deixava a empresa dos Marinho no fim de seis meses. A vaga era preenchida por Jorge Luiz, que estivera desempregado aproximadamente um ano.

Quem pensou que o comunicador abandonara a profissão ou se aposentara, enganou-se. O “Show dos Bairros”, que um dia fora rejeitado, serviu para o seu renascer. Foi no primeiro semestre de 1999 que Oduvaldo (“Alô amizade!) voltava – firme e forte – pela Carioca, hoje Sucesso.

A emissora, encampada pela América de São Paulo de um grupo católico, tinha melhorado sua programação, crescendo no conceito público. Uma nova alteração na grade determinaria o afastamento dele. Posteriormente, Oduvaldo Silva decidia encerrar sua carreira no tradicional veículo.

MEMÓRIA-1997
O crítico e jornalista Artur da Távola (1936-2008) estreava na Tupi em novembro. Com uma “Revista Musical” aos sábados, das 19 às 20h, e uma crônica diária à meia-noite, no programa do Collid Filho (1926-2004).

A FM O Dia trocava de freqüência em dezembro, passando para os 100,5 da RPC, estação do Paulo César Ferreira. Ressurgia a Opus 90 (90,3), faixa em que operava a primeira, e nascia o Sistema Rio de Janeiro, unindo O Dia e JB.

Ainda em dezembro, na segunda (22), Nena Martinez, 80, comemorava 59 anos de rádio. A astróloga e apresentadora, então prestando serviços à Tupi, fazia parte dos mais antigos profissionais do ramo em plena atividade no país.
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Ouvindo as ondas

ONDE FICA A DIFERENÇA
Quem liga, sabe. Nos fins de semana a programação das rádios é diferente dos dias úteis. Com a nova grade, a Tupi mudou ainda, a dos sábados e domingos.

Naquele, Alexandre Ferreira e o Belisário têm uma hora a mais, Clóvis uma hora e meia , e Barbosa duas horas. Antônio Carlos e Anthony Garotinho tiram folgas.

No outro, é o dia de descanso para Belisário e o Clóvis. De trabalho para o Garcia Duarte, um dos que cumprem jornada dupla, único que atua na semana inteira.

Com isso, os títulos viraram um festival de shows e programas. As exceções: “Patrulha da Cidade”, “Baú da Tupi”, “Na Cia do Garcia” e, “Fala Garotinho”.

ESPELHO DA ‘JP’
Na concorrente direta, adiada mais uma vez a estreia da ‘Nova Rádio’. Ficou para o dia 12 próximo. As chamadas já anunciam que haverá modificações no esporte.

O modelo, no geral, é bem semelhante ao adotado pela Jovem Pan. Esta, nos anos 60, aproveitava a popularidade de artistas que atuavam na TV Record.

BAIXOU O NÍVEL
Para formatar sua grade provisória, a Globo tirou do arquivo o “Se liga, Brasil”, que marcou, há dez anos, o ingresso do Roberto Canázio. Só o nome é igual.

Enquanto o Canázio ‘hiberna’ – voltará na 'nova'? --, o André Henriques conduz o cartaz. O playlist musical sério competidor do que rodam as FMs O Dia e Mania.

UM SOM A MAIS
Alpha FM chegou ao Rio, na quinta (1°), finda uma semana de experiência. ‘Estilo em sintonia com você’ – diz o promocional. E outra: ‘A trilha sonora de sua vida’.

Muitas expectativas em torno dela, mas, na verdade, trata-se da mistura de JB com a Antena 1. Quem conhece pode perceber. Basta apenas compará-las.

ASTRO POR ACASO
O ator e apresentador Márcio Garcia, que por acaso, entrou para a TV, foi focalizado com um perfil generoso no programa do Clóvis Monteiro, sábado (3).

“Lição de Vida”, baseado no factual, teve edição especialíssima sobre a carreira dele. “Topicaliente” sua primeira novela, e “Celebridade”, a mais importante.

DALVA, A RAINHA
Comemorou-se na segunda (5), o centenário de Dalva de Oliveira (1917-1972), um dos grandes nomes da música. Em 1952, ela foi eleita a “Rainha do Rádio”.

Originária do “Trio de Ouro” com Herivelto Martins e Nilo Chagas (casara-se com o primeiro), ela transformava em sucessos, as divergências de sua vida familiar.

HORAFINAL.COM
Um dos problemas que mais desafiam as autoridades, é a população que vive nas ruas. O assunto foi abordado nesta segunda, de manhã, no “Repórter Rio”, da Nacional, resultando num belo trabalho de Raquel Júnia, e desenvolvido, ainda, no “Tema Livre”, programa de debates, às 10h, com Dilo Araújo.

HORA DOIS
Em matéria numa revista semanal sobre o rádio que tenta sobreviver com outras plataformas, a autora escreveu que o “Show do Antônio Carlos” acabou. Desinformada a moça nesse detalhe – o radialista trocou de emissora. Ela, certamente, é de uma geração que ‘não cola o ouvido no radinho’.


quinta-feira, 1 de junho de 2017

Rádiomania, o Livro/11

A DANÇA DAS CADEIRAS (A6)
Foi na FM 105 que o comunicador Mário Belisário começou a se projetar no rádio. O “Desperta Rio”, de 4h às 7h, a sua melhor referência, entre 1989 e 1990. No finalzinho deste, ele estreava na Tupi AM, dando nome ao show que o acompanharia em outras emissoras.

Em setembro de 1995, Belisário se desligaria da Tupi. Trocava-a pela Manchete AM, onde ingressava em outubro. Seis meses depois, porém, mudava outra vez de prefixo. Era atraído por uma proposta aparentemente mais vantajosa, qual seja, um novo projeto no segmento – a FM O Dia, que contratava um time de profissionais de reconhecido apelo popular.

O ‘novo” modelo que a empresa tentava não vingaria e, o jeito foi providenciar modificações, alternativas. Os comunicadores requisitados receberam ‘bilhete azul’. Em pleno dezembro de 1996.

Último a deixar o projeto, retornaria à Manchete AM. Acumularia funções, atuando também na 94 FM (Roquette Pinto) em 2000. Um ano depois ficaria somente na estatal. A Manchete entreva em concordata.

Nos governos de Anthony e Rosinha Garotinho voltaria a trabalhar na Tupi em participações especiais. Era o mestre de cerimônias do “Bom dia”, programas semanais deles. Em 2007, a Manchete ressurgia. Belisário figurava entre os contratados. E demitia-se em agosto de 2008.

Na Sucesso (ex-Carioca), entre 2009 e 2011, manteve pela manhã o show a que empresta o nome. Está na Tupi desde agosto de 2013. Substituiu o Sílvio Samper, que emendara 18 anos no horário.
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MEMÓRIA-1997
Em fevereiro, o locutor Gontijo Teodoro tirava seu programa da Nacional, não completando um ano na emissora. Foi trabalhar na Bandeirantes.

Comunicador da Globo em 1982, com passagens por outros prefixos, Carlos Bianchini retornava em março. Estreava dia 8 como noticiarista das manhãs.

Dia 10 de junho, Valter Lima surgia na CBN em dois turnos, cobrindo as novidades do Planalto. Não se criaria ali, e voltava para a Nacional de Brasília.

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Ouvindo as ondas

HORA E VEZ DO Mr. BEAN
Marcus Vinícius, o Mr Bean, herdou na Tupi o “Show de Bola”, aos sábados, que era do Eugênio Leal, demitido em 2016. Boa opção, ampliada em janeiro*.

O programa, antes dedicado ao futebol, ganhou com o novo titular, contornos musicais, voltando-se principalmente para o samba, destacando os de carnaval.

COM DEBÉTIO
Na audição de 28 último, Mr. Bean mostrou toda sua verve ao entrevistar o produtor de discos e compositor Paulo Debétio, que transita por gêneros variados.

Autor de inúmeros sucessos de sambistas e intérpretes sertanejos, Debétio tem na bagagem músicas de festivais, aberturas e trilhas sonoras de novelas.

Parceiro de Paulinho Rezende e, entre outros, Boni (da TV), produziu e compôs para Alcione, Fafá de Belém, os saudosos Agepê, Emílio Santiago, e etc.

SEM RETOQUES
Dono de uma prosa fácil, o entrevistado proporcionou ao Mr. Bean bons momentos. Um programa sem retoques, no entender de profissionais.

*O “Show de Bola” cresceu depois da greve de dezembro, no lugar do “Cia do Riso”, do Luizinho Campos. “Sambas & Outras Coisas”, seria nome apropriado.

Colaborador do Apolinho há 18 anos, MV personifica o ‘RobETão – ET anão’. Foi roteirista do “Show da Madrugada”, com Apolo e Abi-Rihan em 1993/95, na ‘outra’.

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HORAFINAL.COM
“... Esses jovens que estão renovando o jornalismo do rádio”. Dito nesta manhã pelo Clóvis Monteiro, referindo-se à Diana Rogers e Cyro Neves. Menos Clóvis, menos. Há uns dez anos os dois deixaram a Tupi pela Manchete. Depois, ela foi para a Globo, ele para a Bradesco. Num espaço reduzido à metade, tudo tem que ser rapidinho. O programa ficou espremido. Daí, evidentemente, o ‘dinamismo’.


HORA DOIS
Após experiência de uma semana, a Alpha FM (94,9) começou nesta quinta (1º), às 11h25 da manhã, sua programação pra valer no Rio."Garota de Ipanema", com Tom Jobim e orquestra, dele e Vinícius de Moraes, a música inaugural.Com isso, Ricardo Boechat e Rodolfo Schneider, que esquentavam horário na nova rádio, saíram para tocarem o 'barquinho' na Bandnews, recém ocupante da 90,3.