Popularizado com suas atuações na Rádio Globo, Loureiro Neto, 61, que morreu nesta quarta 26, trabalhou também em outras importantes emissoras do Rio. Participou de equipes lideradas por Doalcei Camargo e Waldir Amaral, integrando uma geração de brilhantes repórteres esportivos que, com o tempo, a exemplo dele, cresceriam em suas novas atividades no veículo.
.o. Em 1995, com a transferência do Luiz Mendes para a Tupi, era promovido a comentarista – “o comentarista que dá pé”, segundo o slogan. “Portugal esportivo”, (nos anos 70), “Enquanto a bola não rola”, (a partir de 1991), e “Papo de botequim”, (lançado em 1998), foram programas que comandou. E, por ultimo, o “Botequim da Globo”, remodelação do “Papo...”
.o. Sua grande oportunidade surgiria em agosto de 2002. A direção da rádio designava-o para substituir Haroldo de Andrade, que se manifestara contrário ao “Projeto Brasil” e ganhava bilhete azul, depois de 42 anos de serviços prestados. Loureiro encarou o desafio. Emplacou. E permaneceria no tradicional horário das manhãs até o primeiro semestre de 2011.
.o. Quem leu os obituários de “O Globo” e do “Extra” – “O Dia”, inclusive – e passou recentemente a se interessar pelo tema, foi “informado” que o Loureiro somente trabalhou numa rádio. A Tupi, a Jornal do Brasil e a Nacional também fazem parte do seu histórico. Na primeira, sob o comando de Doalcei, ele acumulava funções, coordenando a produção dos repórteres.
.o. “Exigia muito dos subordinados, puxava pelo nosso crescimento” – lembrou o Rui Fernando. Recordando-se do seu início, Sérgio Guimarães afirmou: “Cobrindo a CBF, onde só tinha feras, sempre foi um amigo dos estagiários”. Foi reverenciado nas rádios, de modo especial por Jorge Eduardo,na Bradesco, Luiz de França, na Manchete, e Gilson Ricardo, na Transamérica.
M E M Ó R I A
Em sua passagem pela Tupi, Loureiro Neto foi apresentador de “Bola rolando”, concorrente de “Enquanto a bola não rola”, do qual viria a ser titular, sucedendo ao Kleber Leite. Com este, formaria uma das mais importantes duplas – ‘pontas’ – na equipe do Waldir Amaral.
Nem só de esporte vive o profissional do rádio. Loureiro também teve atuação (destacada) em outro setor – o político. Estava na “JB” (com o Waldir) em 1985, e acompanhou a agonia e morte do presidente Tancredo Neves, sepultado em 21 de abril em São João del-Rey, Minas.
Fontes: Emissoras e acervo pessoal.
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