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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Rádiomania, o Livro/53

“COMANDO” NOVO
Atração muito bem-sucedida (permanecera mais de duas décadas em cartaz) “Comando Geral do Carnaval”, da Globo, estava prestes a sofrer modificações. Estas ocorreriam em 1998, segundo anunciava com um ano de antecedência, o diretor de programação Marcos Libretti. O “Comando”, idealizado por Mário Luiz (1925-2009), chegava ao fim do seu modelo original.

Na edição derradeira mobilizava treze comunicadores, o maior número em toda sua existência. O campeão em longevidade na maratona -- mais de cem horas, foi o Francisco Carioca (1942-2009), que cumprira 18 delas, em etapas de seis. Enquanto a Globo prometia reduzir o espaço de sua antiga atração, a Tupi, festejava o segundo ano do “Carnaval Total”, de feitura similar. Um dos seus trunfos consistia na premiação dos melhores do desfile da Marquês de Sapucaí, clara imitação dos “Estandartes de Ouro” conferidos pelo O Globo.

Ainda utilizando o bem bolado slogan “A Escola do Rádio”, a Nacional entrava na avenida desfalcada de suas peças chaves. Tivera, por isso, que se desdobrar para dar conta do recado. Administrada por visionários, gente fora da realidade do veículo, não conseguia sequer atrair anunciantes para a cobertura dos últimos carnavais, um produto facilmente vendável. Era, diria algum poeta, participar da grande festa sem estar fantasiado.
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Em 2001 o “Comando Geral”, principal atração da Globo, pouca diferença apresentava em relação às edições anteriores. Loureiro Neto (1952-2014) na cobertura dos desfiles da Sapucaí domingo e segunda-feira, e Maurício Menezes no horário antecedente daqueles dias, foram as novidades entre os valores escalados. Mauríção e Ana Flores, os que dispuseram de menor tempo, ela com a desvantagem de atuar somente na segunda.

Ao contrário de outros anos, quando os comunicadores cumpriam jornadas de seis horas, dessa vez foram reservadas quatro para cada um. A se destacar, na passagem do milênio, a presença de um noticiarista ao longo da programação. Francisco de Assis, regra três dos comunicadores, foi designado para o serviço, cabendo ainda a ele, apresentar os boletins transmitidos pela CBN. Antes aberto às 6h da tarde das sextas, o “Comando” começara a zero hora de sábado, com o outro Francisco (o Carioca), que também participaria do fechamento, na terça.

Muito bem estruturado, o “Carnaval Total”, da Tupi, atingia sua terceira edição. A cobertura da Marquês de Sapucaí inegavelmente, se constituía no melhor dos trabalhos entre as concorrentes. Clóvis Monteiro, Fernando Sérgio e David Rangel se encarregavam da narração, com o apoio de analistas, entre eles Antônio Lemos (1931-2011), Hiram Araújo (1929-2011) e Reginaldo Bessa. Na condição de convidados, Juçara Carioca e o Eugênio Leal.
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Nota destoante, a Nacional se ausentara pela primeira vez em 64 anos de sua fundação. Para preencher a programação, recorrera a especiais apresentados por Osmar Frazão, Gerdal dos Santos e José Messias (1922-2015). Colocava no ar um verdadeiro ‘museu do rádio’, rodando músicas com quatro, cinco ou seis décadas, um ‘prato cheio’ para inveterados saudosistas.

Arlênio Lívio (1942-2003), dos que mais entendiam de sambas-enredo no veículo (40 anos de estrada, 34 dos quais a serviço popular emissora) se sentira que nem peixe fora d’água, fazendo carnaval na velha Metropolitana, que nada progredira em recursos técnicos. Apesar disso, Arlênio e seus bravos companheiros conseguiram desenvolver um trabalho meritório.

Rubem Confete participava, na condição de convidado, da equipe organizada pela Manchete CCI. Louvável o esforço desta, mas doía ouvir a transmissão, feita por ilustres desconhecidos, pessoas sem a menor experiência no ramo. A Carioca – “A Rádio Família” – também estivera presente na avenida, mas nada acrescentaria. Sua equipe era bastante inferior à da Manchete.

MEMÓRIA-2012
Treze dias depois de despedir-se da Globo, José Carlos Araújo transmitia pela Bandnews, o jogo do Flamengo e Internacional, no Engenhão. A Bradesco ainda não ficara pronta.

A Transamérica FM, que na mexida, privilegiava-se como uma das alternativas nas competições esportivas no Rio, tinha a encabeçá-la o novato Edilson Silva e o veterano Ronaldo Castro.

Em agosto, Cláudio Affonso, comentarista revelado pela Tamoio fechava contrato com a Manchete. A ela também se integrava o Fred Damatto, que estava fazendo ‘geral’ na Tupi.

Afastado por três meses do “Globo Esportivo”, Renato Maurício Prado retornava ao programa. Sérgio Du Bocage, componente da TV Brasil, também passava a atuar na bancada.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Os Nove Mais do Radiomania

7) ERA UMA VEZ NA GLOBO III
A irreverência do Maurício Menezes e o talento do Hélio Júnior fizeram do “Agito geral” um dos melhores programas da Globo nas últimas décadas. Apesar de ser apresentado de 8h à meia-noite, em que as atenções do público se concentram na televisão, o nível de audiência correspondia.

Numa etapa seguinte, em 2004, com o David Rangel, não era a mesma coisa, embora seu titular não comprometesse. Acentuada perda de qualidade se daria a partir de março de 2009, com nova mudança de comando – saía o David e entrava o Daniel Pennafirme, um dos produtores da atração.
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Com o Thiago Matheus, atualmente, depois de ter passado pelo controle do Luiz Torquato, de São Paulo, o “Agito geral” é nada mais que uma pálida sombra daquele outrora apresentado por Maurição e Helinho.

Será que na volta à Globo, onde trabalhou durante 29 anos, o agora coordenador artístico pretende restaurar a produção? E, o seu companheiro, que foi parar na “Patrulha da cidade”, na Tupi, onde ele esteve desde 2006, faria parte dos planos para a recuperação dos índices de audiência da rádio?)
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Quando a Globo mandou o Adelzon Alves embora, a alternativa foi o Kleber Sayão. Categorizado locutor de notícias, comunicador notoriamente influenciado por Luiz de Carvalho¹, Sayão não emplacaria.

Os índices alcançados por ele estiveram muito longe da marca que vinha obtendo o seu antecessor. A solução para o impasse viria a ser a dupla formada por Washington Rodrigues e Hilton Abi-Rihan.

“Show da madrugada”, o programa criado, constituiu-se num extraordinário sucesso² entre os anos de 1993 e 1995. Fez muita gente esquecer do Adelzon e, daquela movimentação de sambistas e compositores.

Apolinho reeditava com o Abi, um modelo que apresentara na Rádio Nacional no começo dos anos 80, pela manhã. Uma espécie de ampliação de breve experiência que os dois tiveram na antiga Continental.
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LINHA DIRETA
¹Luiz de Carvalho, que adotava o slogan “Saúde, paz e amor” foi um condutor de programa muito popular na Rádio Globo. Antecedeu o saudoso Haroldo de Andrade no tradicional horário da emissora.

²O motivo que determinou o fim do ”Show da madrugada”, só o Apolinho, o Abi e poucos empregados da emissora na ocasião, sabem. Em 1997, o Velho Apolo voltava a fazer aquele horário. O programa se chamava “Washington Rodrigues Show”, e era apresentado de 0h às 3h de domingo.

Em agosto de 1998, ele licenciava-se da rádio. Atendia ao apelo do Kléber Leite, assumindo a função de diretor técnico do Flamengo. Naquele mês, o parceiro Abi, que permanecera na madrugada com o “Show da Globo”, era ‘premiado’ com xeque-mate. Uma reprise do programa do Francisco Barbosa, com os personagens do Maurição e Helinho, preenchia a vaga.

(Reprodução de 14 de setembro de 2013)



quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Rádiomania, o Livro/52

O FM SEM RUMO
O slogan “Um Amor no Seu Rádio” pela FM O Dia não obteria a aprovação que os executivos da emissora esperavam a partir do primeiro quadrimestre de 1996. A contratação de Anthony Garotinho e outros comunicadores, anunciada como pretensa revolução no segmento, não passaria de um grande fiasco. Jornalismo e prestação de serviços, coisas típicas do AM, eram as atrações que a emissora oferecia ao público. E, pela terceira vez, em menos de dois anos, ela se via obrigada a buscar nova tentativa para encontrar o rumo certo.

Espelhando-se na FM 105, transformada em evangélica, os responsáveis pela FM O Dia vislumbraram a perspectiva de colher melhor resultado. Decidiram optar por uma programação semelhante à da líder na modalidade, na ocasião. Mas, enquanto eles pensavam, os da Manchete FM rapidamente agiam, levando para os seus quadros, profissionais que trabalharam na outra, ou seja, na 105.

Pra confrontar com o slogan desta – “De Bem Com o Sucesso” , a FM O Dia criava um novo, o “Dia a Dia Com o Sucesso”. E relançava um programa de samba nos fins de semana – “Samba, Pagode e Folia”, para rivalizar-se com o “Samba, Suor e Suingue”. Não conseguia, no entanto, sensibilizar os ouvintes e anunciantes.

Correndo por fora que nem azarão no Jockey Clube, a Tupi FM se reestruturava. Depois de uma mudança radical, quando se bandeara para uma linha popular, escondida em parte de sua freqüência (96 sem a vírgula), voltava atrás. Amparada no bordão “O Amor do Rio”, reassumia sua identidade, com alguma coisa bem ao gosto do público – “o Disque-Fã”. Subiam seus índices de audiência.

MEMÓRIA-2012
Em maio, a partir do dia 14, Zeca Marques substituía Gílson Ricardo no “Panorama Esportivo”, na Globo. Gilson, Gerson e Jorge Eduardo, acompanhavam José Carlos Araújo para o desafio chamado Bradesco.

Com a volta do Luiz Penido à casa em que iniciara carreira, agora liderando equipe, Eraldo Leite passava ser o homem forte do grupo. Era promovido a comentarista, além das funções de repórter, apresentador e coordenador.

A (Super)Tupi,por sua vez, dava status de titular ao Jota Santiago, até ali ocupante de um segundo cargo vitalício, e pouco valorizado, formando ele pela primeira vez, dobradinha com o Velho Apolo Washington Rodrigues.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Os Nove Mais do Rádiomania

8) DE GAROTINHO E GAROTÃO
Depois de 42 anos de atuação na Rádio Globo, intercalada por uma passagem pela Nacional entre 1977/84, José Carlos Araújo, o Garotinho, despediu-se da emissora, onde era titular desde então. Transferiu o cargo ao Luiz Penido, também originário da empresa, durante o intervalo de Fluminense e Botafogo. A troca de comando ocorreu em clima de muita emoção e cordialidade. Juntar os principais locutores esportivos dos últimos anos numa decisão de campeonato, foi um fato inédito na história do rádio -- da Globo em particular.

/o/ Inaugurada no longínquo 1944, a rádio que abrigou nomes do nível de um Gagliano Neto, Luiz Mendes e Doalcei Camargo se transformaria em sinônimo de sucesso, principalmente a partir da chegada do Waldir Amaral, nos anos 60. Sua hegemonia, que teve a duração de quatro décadas, hoje é meramente uma sombra. A queda de audiência no Rio tem sido vertiginosa e, começou a se desenhar com a implantação do projeto “Globo Brasil”, cujo objetivo era conquistar novas praças do mercado publicitário, com programas em rede.

/o/ A Globo busca, com a transição, restaurar a liderança sustentada num passado recente, quando reunia em seus quadros valores que migraram para outros prefixos. Cria da casa, onde aportou em 1979, Penido foi um dos que se mudaram para a concorrente Tupi. De quarto na equipe (precedido por Maurício Menezes, Sérgio Moraes e Garotinho), pulou para titular na outra em outubro de 1988. Caíra nas graças do Péricles Leal, insatisfeito com o Ibope do Doalcei. Seguiram com ele, o Eraldo Leite, Felipe Cardoso e Danilo Bahia, entre outros.

/o/ Dois anos depois, com a volta do antigo locutor (ganhara uma ação contra a rádio), Penido e seu grupo -- Eraldo, Sérgio Guimarães, Paulo Júnior e o Iata Anderson -- foram trabalhar na Rádio Nacional. Contrato encerrado, rápida passagem pela Tropical FM do Armando Campos, e ei-lo novamente na Tupi. Era 1997, e Penido formaria dupla com o veterano Doalcei. Escolhido em votação dos ouvintes, daí o slogan de “o mais querido”, virava líder isolado em 1999. A parceria com Washington Rodrigues, no mesmo ano, um trunfo valioso.

/o/ Considerado o ícone da classe, José Carlos Araújo tem, com o que agora o substituiu, alguma coisa em comum. Ao deixar a Globo em 1977, trocando-a pela Nacional, ocupava a terceira posição na hierarquia, apenas um degrau acima daquela em que o Garotão se encontrava antes da mudança. Foi a partir de seu ingresso na velha emissora, que o Garotinho – denominação dada pelo Denis Menezes – tornou-se modelo para outros narradores, sendo Penido o mais próximo. O público que lhe é fiel, certamente o acompanhará no grande desafio de sua carreira, ou seja -- a Bradesco FM --, exclusivamente de esportes.

(Reprodução de 16 de maio de 2012)









quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Rádiomania, o Livro/51

SABIÁ FORA DO TOM
Dois programas semanais e um diário faziam parte do pacote de renovações da Nacional no começo de 1993. “Onde Canta o Sabiá”, sob o comando de Gerdal dos Santos, se constituía naquele em que a direção mais apostava. Além do decano contratado da casa, “Onde canta...”, às 8h das manhãs de domingos, reunia o recém-chegado Luiz Carlos Saroldi (1931-2010), que assumira a gerência de programação e, se encarregava em produzir a novidade atuando, ainda, como apresentador do quadro “Alguém Muito Especial”. Outra novidade para o mesmo dia, era o “Arte de Ouvir”, a partir das 11h, com o crítico Artur da Távola (1936-2008).

“Caderno de Notas”, terceiro programa do pacote, misto de agenda cultural e jornalismo, era ancorado pelo próprio Saroldi, doublé de apresentador e novo executivo. Entrava no horário das 5h da tarde, estreando em 16 de agosto, no lugar do “Segundo Caderno”, que tinha apresentação do José Messias (1929-2015). Num gesto de saudosismo, a nova direção da emissora restabelecera um horário de novelas, colocada no espaço do “Rio de Toda Gente”, antecipado para às 2h.

Originário da Jornal do Brasil onde consolidara sua carreira, Saroldi estava afastado do rádio há dois anos, quando recebera proposta para trabalhar na velha estação da Praça Mauá. Ficaria ali por pouco tempo. Em novembro daquele ano já se desligara. No “Onde Canta o Sabiá” as entrevistas que fizera eram reprisadas e, o “Caderno de Notas” passava ao comando de Cirilo Reis. As ideias dele não vingaram no ultrapassado esquema da Nacional, que vinha funcionando com engrenagens emperradas. O criador de “Arte-final, Variedades” e “Especial JB” se mudaria para a Rádio MEC, nela aparecendo no limiar de 1994.

MEMÓRIA-2012
Em janeiro, num programa dominical pela manhã na Tupi, Jimi Raw entrevistava Luiz Penido. O narrador, 40 anos de carreira, fazia um balanço do futebol no Brasil e exterior.

Conversa bastante proveitosa do compositor, cantor e músico Danilo Caymmi com o jovem comunicador Rafael de França. Também em janeiro, fim de tarde na Rádio Manchete.

Depois de dois anos, Gilson Ricardo, do esporte, voltava a comandar um programa de variedades na Globo. Assumia, acredite, o “Vale Tudo”, durante as férias do Tino Júnior.


terça-feira, 16 de outubro de 2018

Os Nove Mais do Rádiomania

9) DE PRODUTORES E BALANÇO
Oito de dezembro,domingo, registrado há menos de duas semanas, é dia do produtor de rádio. Jimi Raw, da Tupi, que apresentava o programa do Haroldo de Andrade (Júnior), nas férias do titular, rememorou a data, em que se reverenciam outras categorias -- o cronista esportivo e o colunista social. A edição era assinada por Jorge Pereira, pela qual o Nonato Viegas habitualmente responde.

Por trabalharem na retaguarda, os produtores são pouco conhecidos do grande público. Eles dão suporte aos comunicadores, preparando textos e roteiros, pautando os temas a serem focalizados, assim como fazem “pontes” para entrevistas por telefone e, a interação do apresentador com os ouvintes. De modo geral, o produtor é um repórter no anonimato, mesmo nas emissoras que creditam seus nomes.

Eis alguns, entre outros produtores nas emissoras populares do Rio: Ricardo Alexandre, Marcus Vinícius, Rita de Souza, Jacqueline Nascimento e Paula Ranieri (Tupi); Carla de Luca, Heloísa Paladino, Sheila Trindade, Cynthia Abrantes e Paulinho Coruja (Globo); Flávio Kede e Adriana de França (Manchete); Carlos Alberto Silva e Fátima Bonfim (Nacional). Aqui, o predomínio das mulheres.
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ELES VOLTARAM
O 2013 no fim. Em março, David Rangel voltava à Globo, depois de quatro anos na Manchete.Ganhava programa dominical, nas manhãs e um diário, de madrugada. Exerceria, ainda, a função de curinga.

Também voltavam à casa Maurício Menezes e Gilsse Campos, ele em agosto, ela um pouco antes. Maurício esteve afastado 12 anos, com atuações nas rádios Haroldo de Andrade e Tupi. Agora coordenador artístico, reeditou o “Plantão de notícias” (não emplacara na concorrente), o conhecido “Agito geral”.

Gilsse, a mais longeva das mulheres a participarem do “Debates populares”, reintegrou-se àquele quadro. Estava fora da Globo desde a saída do Haroldão, em 2002. Fazia, ultimamente, programa semanal na Manchete.

Na Tupi, Mário Belisário voltou em agosto. Ficou no lugar do Sílvio Samper, dispensado depois de 18 anos no prefixo. Belisário já trabalhara duas vezes na emissora. Passou por outras e, pela Sucesso, entre 2009 e 2011.
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SOLUÇÃO DIFÍCIL
Muito mais que no futebol, a cobertura do trânsito continuou sendo a perfeita tradução do imediatismo do rádio. No que se convencionou chamar prestação de serviços em tempos modernos,emissoras inteiramente dedicadas ao jornalismo levam vantagem sobre as de programação variada.

Mas, a informação é sempre a mesma, reportando-se às ruas e avenidas idem. O linguajar dos setoristas, uma toada só. Não muda. Como não mudam as condições nas principais vias, problema crônico sem solução à vista. Uma prática tipo ‘enxuga gelo’ sobre o dia a dia do Rio e cidades próximas.

“O trânsito está complicado na reta do cais da Ponte (...) Está complicado na Avenida Brasil, altura da (...);na Presidente Vargas, sentido da (...);na Epitácio Pessoa...” O rádio orienta os motoristas, cumpre o seu papel; as autoridades... escamoteiam. “O estreitamento das ruas deve-se à redução do IPI, que facilitou os de menor poder aquisitivo na compra do carro”.

(Reprodução de 20 de dezembro de 2013)

sábado, 6 de outubro de 2018

Ouvindo as ondas

PRIMEIRA PESSOA
Não se vangloriar do que faz, possui ou pretende realizar. Não contar vantagem nem pra um filho, ou esposa, amigos naturais. Defeitos, quem não os têm? Pessoas de qualidades ímpares, onde encontrar? Provavelmente, nem os gênios da humanidade escaparam de algumas imperfeições.

(Nacional 60. Gilberto Milfont num samba: ‘Maior é Deus no céu, e nada mais/Ai,ai/Ai,ai/ A falsidade neste mundo é muito grande/ Por isso Ele na terra não volta mais”.)*

PARABÉNS
É comum nas emissoras populares se falar nos aniversários de profissionais da casa e ouvintes fiéis. Na sexta-feira (29 último), Washington Rodrigues registrava o de um amigo.

Era o presidente do América, Roberto Santana. Sua data natalícia ocorrera na véspera, e o Velho Apolo desculpava-se, no programa que faz no final da tarde, o fato de ter ‘esquecido’.

SÓ REGISTRO
As rádios Tupi, Nacional e MEC aniversariaram em setembro. A dos Associados 83, as da EBC 82. Houve períodos que se comemoravam em clubes, ou cinemas, com grande plateia.

O veículo estava no auge. Saudosas épocas. Ultimamente mandavam celebrar missa numa igreja preferida dos diretores. Hoje, apenas simples registro, e zero retrospectiva.

Nas em que ainda existem dedicados profissionais, verdadeiros amantes do rádio, promove-se um especial aqui, outro ali, para que, pelo menos, a data não passe em ‘brancas nuvens.’

ENCANTAMENTO
Clóvis Monteiro retomou às atividades na segunda, (1°) depois de férias nos Estados Unidos, onde foi atender compromissos, e visitar um dos filhos que estuda naquele país.

Encantou-se com o que viu e ouviu. Exaltou Josemar Gimenez e Marcos Di Giácomo, diretores, que estão apostando na renovação, destacando a Isabela Benito e Vivi Romanelli.

O programa da primeira e o do Antônio Carlos foram estendidos em uma hora (o dela duplicado) para cobrir a ausência – de 25 dias -- do titular das 8h às 10h das manhãs na Tupi.
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HORAFINAL.COM
*Sei de jornalistas que leem somente as matérias que escrevem. No auto-elogio, um reconhecimento: “Tive sorte de ‘topar’ com aquela fonte”. Para os coleguinhas, veladas críticas. Se radialistas, dizem pela frente:“Um baita profissional”. No ‘aquário’ dos bastidores: “Olha aquele babaca; ‘se achando”.

HORAFINAL DOIS
Este blog chegou aos nove anos em setembro. Foi criado com base no “Rádiomania, um Cronista de Plantão”, lançado na XIV Bienal do Livro, no Rio. Reproduziremos em seguida os textos de maiores visualizações. Paixão desde a juventude, o rádio pouco mudou. Uma pena. Transformação para pior.