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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Rádiomania, o Livro/17

MÉDIAS E MODULADAS (B-3)
Deve-se a Almirante as modificações radicais no veículo. Com o seu “Curiosidades Musicais” ele inovaria em 1938 na Rádio Nacional, dando forma aos programas montados. Esse tipo reunia cantores, orquestras, atores e, um narrador no comando das ações. São Paulo e Rio de Janeiro produziam estilos diferentes e eram os maiores centros de radiodifusão

A Radio Nacional dominava nos anos 40 e suas ondas só não chegavam à Paulicéia por causa da Serra da Mantiqueira, entre os dois estados. Essa soberania, porém, pertencera à Mayrink Veiga por alguns anos antes. César Ladeira pontificava como o nome mais importante, em função do prestígio que obtivera com a Revolução Constitucionalista de São Paulo.

Durante o governo Getúlio Vargas, em 1940, todas as empresas do grupo À Noite seriam encampadas. Nomeado superintendente da Nacional, Gilberto de Andrade desfrutava de enorme conceito no meio artístico, e faria uma administração muito aberta. Contratava os maiores profissionais e dotava a rádio das melhores condições, pois conhecia bem o pessoal.

Chefe do Departamento de Contra-Regra da emissora por longo tempo, Edmo do Valle fora uma das testemunhas dessa história. Segundo ele, o rádio-teatro da Nacional sob a direção de Vítor Costa chegou a ter 120 profissionais e o departamento que lhe dava sustentação, um estúdio próprio.

A Nacional era um clássico em radionovela no Rio e, na terra dos bandeirantes, a Rádio São Paulo. No dizer de Mário Brasini, novelista na fase áurea da emissora, impossível traçar um perfil do veículo sem se falar do gênero. A década de 30 representaria um marco decisivo no rádio.

Ele cresceria com a publicidade paga, permitindo a formação de quadros. A Nacional, que revolucionaria todos os conceitos, foi inaugurada em setembro de 1936, emitindo seu sinal, oficialmente, às 9 horas da noite do dia 12. Foram seus fundadores Aurélio de Andrade, Oduvaldo Cozzi e Celso Guimarães, que se reuniam numa sala do 4º andar do lendário edifício da Praça Mauá, 7. Celso, o mais experiente, seria o responsável pela estrutura e programação.

Nove dias antes, entrava no ar a Inconfidência de Belo Horizonte, emissora oficial criada para atender à Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, que tinha como titular Israel Pinheiro, anos mais tarde eleito governador do estado. O objetivo da rádio era orientar o homem do campo e, para tanto, contratou-se o agrônomo Jairo Anatólio de Lima, dono de um programa específico, inicialmente com meia hora , depois com uma hora de duração. A “Hora do Fazendeiro” foi o primeiro programa a divulgar músicas sertanejas no Brasil.

Empresas jornalísticas visualizaram no rádio a maneira de unificar as suas forças. O caso dos “Diários Associados”, com a Tupi, “À Noite”, com a Nacional (cujo patrimônio incluía “Noite Ilustrada”, “Vamos Ler” e “A Carioca”, entre outras revistas), e “Jornal do Brasil”, com a emissora de igual nome. Em 1940, a rádio já era um grande veículo de comunicação. A encampação da Nacional pelo governo, aumentariam os recursos humanos, técnicos e financeiros.

MEMÓRIA--2000
Francisco Barbosa estreava em 5 de junho na Rádio Carioca, seis meses depois de ser demitido pela Globo, onde havia trabalhado 15 anos.

Uma das primeiras FMs do país, a Tupi passaria a se chamar Nativa no início de agosto. Mantinha a programação e o slogan ‘o amor do Rio’.

Também mudavam de nome no período, a Tropical e a Opus 90. Aquela era rebatizada de Scala, a outra Nova e, logo em seguida MPB FM.

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