REMINISCÊNCIAS (8)
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DOURADAS LETRAS
Um dos baluartes da revolucionária Cidade FM, Fernando Mansur
marcaria com douradas letras seu nome gravado nessa modalidade de rádio. A
Cidade, surgida no final dos anos 70 assinalou uma época, influenciando as
emissoras do segmento. Como tudo é
eterno enquanto dura, {no dizer do poeta}, um dia a concorrência superaria a
linha adotada por ela. Quem brilhava na Cidade – e Mansur não foi exceção --,
seguiu outros rumos. Na década de 80 ele foi para a FM 105, fixando-se
posteriormente na JB AM.
BRIZOLA TAMBÉM
Revelado pelo SGR nos
anos 70, Alberto Brizola se projetara na Mundial, atuando por quase 20 anos.
Com o prestígio conquistado elegera-se deputado cumprindo, paralelamente às
atividades no rádio, dois mandatos na Assembleia Legislativa do Estado do Rio.
Em novembro de 1992, com informação privilegiada, deixava a rádio pela
105. (Dois meses depois, início de 1993, a Mundial era desativada, sendo
terceira atrás da Globo e Tupi.) Brizola não se firmara. Desligava-se em menos
de seis meses.
HORA DA JUÇARA
Ao fim de três meses após contratar dois ex-globais – Luiz de
França e Washington Rodrigues – a Tupi investia em outro valor de lá. Era
Juçara Carioca. Ela se destacava no Show do Antônio Carlos, e se constituía no
dia 5 de maio em nova atração do ‘Clóvis Monteiro’, mesmo horário daquele, de
6h às 9h. Juçara tinha começado na Tupi em 1969, onde ficou 12 anos seguidos
como repórter da Patrulha da Cidade. Em 1981 foi para a Manchete, mas trabalhou
só três anos. Juçara (a Juju) fez outras passagens por emissoras do Rio, atuara também numa de São Paulo e,
inclusive de Minas Gerais.
OPUS FORA DO AR
O consórcio O Dia/Jornal do Brasil tirava do ar em setembro
de 1999 a Opus 90, recriada há um ano e nove meses. A emissora, destinada a um
público altamente qualificado, não conseguira no período, sensibilizar
anunciantes. Consequentemente, estava no vermelho, para tristeza de seus
ouvintes, mais uma vez na orfandade. A Nova FM, proposta popular do grupo para
substituí-la, começava a operar em 15 de outubro. Por uma questão de mercado e
refletindo a falta de criatividade, os idealizadores ‘jogavam pesado’ em cima da concorrência – ‘Nova Globo FM’, veiculado no final de 1998.
DE ‘RAINHA’ E ‘REI’
Rainha destronada, rei posto. A demissão de Cidinha Campos no
final de outubro de 1999 obrigou a Tupi promover, quase um mês depois, a volta
do Paulo Barboza, que estivera na Rádio Capital, em São Paulo, e estava
servindo à Record. Antes de se radicar no cenário paulista, ele passara uma
temporada em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ao contrário de outros profissionais
que sucedera a Cidinha, recebia carta branca para alterar o formato do programa.
Exceção ao quadro de debates, com a liberdade somente de mudar o nome, que ficou
sendo A Notícia Faz o Show.
FRITURA EM REVISTA
Ao lançar a Revista do Sábado em 20 de novembro de1999 a
Rádio Globo iniciava um processo de fritura de um outro Barbosa (o Francisco), considerado
uma das estrelas da casa. Dono de um programa de meio-dia às 3h, o comunicador
apresentava naqueles dias da semana, com a participação do produtor de discos
Mauro Motta, o interessante Papo de Música. Era intercalado pela reprise de
seções humorísticas produzidas por Maurício Menezes, que as interpretava com o
Hélio Júnior. Durante um ano o programa tinha dose dupla, reapresentado à
meia-noite para cobrir a saída do Hilton Abi-Rihan. Barbosa perdia audiência
nos anos que foi escalado para as tardes.
COMANDO MENOR
Principal atração da Globo nas festas de Momo, o Comando
Geral do Carnaval de 2001 pouca diferença apresentava em relação às edições
anteriores. Entre os profissionais escolhidos duas novidades: Loureiro Neto, na
cobertura dos desfiles na Marquês de Sapucaí, domingo e segunda feira e,
Maurício Menezes, no horário antecedente daqueles dias. Maurício e Ana Flores
foram os que dispuseram de menor espaço – ela com a desvantagem de só aparecer
na segunda-feira. Desde sua concepção, o Comando destinava seis horas aos
comunicadores, e a esses apenas quatro. A se destacar no ano, a utilização de
um noticiarista na maratona – o Francisco de Assis.
SAÍDA ESTRATÉGICA
Pouco depois de um ano de sua volta à Rádio Tupi, Paulo (Barboza)
se desligava da estação. Sua despedida ocorria no sábado 10 de março de 2001. O
comunicador decidira retornar à São Paulo, cidade em que se radicara por mais
de dez anos, com grande sucesso – primeiro na Rádio América, depois Capital e Record.
A saída dele foi uma forma estratégica, pois, especulava-se nos bastidores que
seu Ibope não estava atendendo aos objetivos aguardados pelos executivos da
Livramento.
AS PROPOSTAS
Menos de um mês após tentar proposta nova de comunicador e
destacar o Francisco Barbosa para ocupante de um dos horários de maior
concorrência no AM, a Rádio Tupi partia em busca de outra alternativa. O
beneficiado da vez era o repórter, comentarista e apresentador Luiz Ribeiro,
indicado para responder pelo espaço das 8h às 10h da noite, quando não há
transmissões esportivas. De uma geração mais recente na oportunidade (provinha
dos veículos impressos), Ribeiro foi componente de um grupo coordenado pelo Ronaldo
Castro na Rádio Nacional, anos 80. Inicialmente, sua entrada na Tupi foi no lugar do Marcus Aurélio, com o Giro
Esportivo e o Bola na Mesa.
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OndasAtuais.Com
Mudou o formato do Show do Clóvis Monteiro na Super Rádio Tupi.
Agora, em meio às notícias e comentários dos colaboradores e internautas, são
incluídas trilhas sonoras para ilustrar. Jeito simples de fugir da mesmice
predominante no veículo.
Segundo o [auto} promocional Clóvis é, no momento, o
comunicador de maior audiência no FM do Rio. Um detalhe: Recordista em inserções de comerciais, roda, em média, nove a cada quarto de
hora, desconhecendo-se a crise ali.
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