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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Direto das Ondas

 REMINISCÊNCIAS (8)


Durante dois anos consecutivos – 1989 e 1990 --, a FM 105 detinha a vice-liderança no segmento no Rio. Entre os comunicadores, Robson Castro era um dos preferidos. Apesar da boa posição no Ibope, a rádio perdia no segundo semestre do último ano a maior parte de seus profissionais. Robson, que trabalhara no SGR retornaria à casa, assumindo o Good Times, na 98. Em 1994 deixava de novo a emissora e voltava à 105 com o Amor Sem Fim, concorrente daquele. Em junho de 1995 transferia-se para a Melodia, depois, para o FM da Tupi, onde nascia  o Yesterday, similar do Good Times, que  ele criara.

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DOURADAS LETRAS

Um dos baluartes da revolucionária Cidade FM, Fernando Mansur marcaria com douradas letras seu nome gravado nessa modalidade de rádio. A Cidade, surgida no final dos anos 70 assinalou uma época, influenciando as emissoras do segmento.  Como   tudo é eterno enquanto dura, {no dizer do poeta}, um dia a concorrência superaria a linha adotada por ela. Quem brilhava na Cidade – e Mansur não foi exceção --, seguiu outros rumos. Na década de 80 ele foi para a FM 105, fixando-se posteriormente na JB AM.

BRIZOLA TAMBÉM

Revelado pelo SGR  nos anos 70, Alberto Brizola se projetara na Mundial, atuando por quase 20 anos. Com o prestígio conquistado elegera-se deputado cumprindo, paralelamente às atividades no rádio, dois mandatos na Assembleia Legislativa do Estado do Rio. Em novembro de 1992, com informação privilegiada, deixava a rádio   pela  105. (Dois meses depois, início de 1993, a Mundial era desativada, sendo terceira atrás da Globo e Tupi.) Brizola não se firmara. Desligava-se em menos de seis meses.

HORA DA JUÇARA

Ao fim de três meses após contratar dois ex-globais – Luiz de França e Washington Rodrigues – a Tupi investia em outro valor de lá. Era Juçara Carioca. Ela se destacava no Show do Antônio Carlos, e se constituía no dia 5 de maio em nova atração do ‘Clóvis Monteiro’, mesmo horário daquele, de 6h às 9h. Juçara tinha começado na Tupi em 1969, onde ficou 12 anos seguidos como repórter da Patrulha da Cidade. Em 1981 foi para a Manchete, mas trabalhou só três anos. Juçara (a Juju) fez outras passagens por emissoras do Rio,  atuara também numa de São Paulo e, inclusive  de Minas Gerais.

OPUS FORA DO AR

O consórcio O Dia/Jornal do Brasil tirava do ar em setembro de 1999 a Opus 90, recriada há um ano e nove meses. A emissora, destinada a um público altamente qualificado, não conseguira no período, sensibilizar anunciantes. Consequentemente, estava no vermelho, para tristeza de seus ouvintes, mais uma vez na orfandade. A Nova FM, proposta popular do grupo para substituí-la, começava a operar em 15 de outubro. Por uma questão de mercado e refletindo a falta de criatividade, os idealizadores ‘jogavam pesado’ em cima  da concorrência – ‘Nova Globo FM’,  veiculado no final de 1998.

DE ‘RAINHA’ E ‘REI’

Rainha destronada, rei posto. A demissão de Cidinha Campos no final de outubro de 1999 obrigou a Tupi promover, quase um mês depois, a volta do Paulo Barboza, que estivera na Rádio Capital, em São Paulo, e estava servindo à Record. Antes de se radicar no cenário paulista, ele passara uma temporada em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ao contrário de outros profissionais que sucedera a Cidinha, recebia carta branca para alterar o formato do programa. Exceção ao quadro de debates, com a liberdade somente de mudar o nome, que ficou sendo A Notícia Faz o Show.

FRITURA EM REVISTA

Ao lançar a Revista do Sábado em 20 de novembro de1999 a Rádio Globo iniciava um processo de fritura de um outro Barbosa (o Francisco), considerado uma das estrelas da casa. Dono de um programa de meio-dia às 3h, o comunicador apresentava naqueles dias da semana, com a participação do produtor de discos Mauro Motta, o interessante Papo de Música. Era intercalado pela reprise de seções humorísticas produzidas por Maurício Menezes, que as interpretava com o Hélio Júnior. Durante um ano o programa tinha dose dupla, reapresentado à meia-noite para cobrir a saída do Hilton Abi-Rihan. Barbosa perdia audiência nos anos que foi escalado para as tardes.

COMANDO MENOR

Principal atração da Globo nas festas de Momo, o Comando Geral do Carnaval de 2001 pouca diferença apresentava em relação às edições anteriores. Entre os profissionais escolhidos duas novidades: Loureiro Neto, na cobertura dos desfiles na Marquês de Sapucaí, domingo e segunda feira e, Maurício Menezes, no horário antecedente daqueles dias. Maurício e Ana Flores foram os que dispuseram de menor espaço – ela com a desvantagem de só aparecer na segunda-feira. Desde sua concepção, o Comando destinava seis horas aos comunicadores, e a esses apenas quatro. A se destacar no ano, a utilização de um noticiarista na maratona – o Francisco de Assis.

SAÍDA ESTRATÉGICA

Pouco depois de um ano de sua volta à Rádio Tupi, Paulo (Barboza) se desligava da estação. Sua despedida ocorria no sábado 10 de março de 2001. O comunicador decidira retornar à São Paulo, cidade em que se radicara por mais de dez anos, com grande sucesso – primeiro na Rádio América, depois Capital e Record. A saída dele foi uma forma estratégica, pois, especulava-se nos bastidores que seu Ibope não estava atendendo aos objetivos aguardados pelos executivos da Livramento.

AS PROPOSTAS

Menos de um mês após tentar proposta nova de comunicador e destacar o Francisco Barbosa para ocupante de um dos horários de maior concorrência no AM, a Rádio Tupi partia em busca de outra alternativa. O beneficiado da vez era o repórter, comentarista e apresentador Luiz Ribeiro, indicado para responder pelo espaço das 8h às 10h da noite, quando não há transmissões esportivas. De uma geração mais recente na oportunidade (provinha dos veículos impressos), Ribeiro foi componente de um grupo coordenado pelo Ronaldo Castro na Rádio Nacional, anos 80.  Inicialmente, sua entrada na Tupi foi  no lugar do Marcus Aurélio, com o Giro Esportivo e o Bola na Mesa.

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OndasAtuais.Com

Mudou o formato do Show do Clóvis Monteiro na Super Rádio Tupi. Agora, em meio às notícias e comentários dos colaboradores e internautas, são incluídas trilhas sonoras para ilustrar. Jeito simples de fugir da mesmice predominante no veículo.

Segundo o [auto} promocional Clóvis é, no momento, o comunicador de maior audiência no FM do Rio. Um detalhe: Recordista em inserções de comerciais, roda, em média, nove a cada quarto de hora, desconhecendo-se a crise ali.

 

 

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