Esse nosso amor antigo
UMAS HISTÓRIAS DA NACIONAL
Foram ‘mostradas’ para velhos e novos ouvintes –
principalmente àqueles – atrações que ficaram num passado remoto, trechos de
novelas, humorismo, transmissões esportivas, e o alarido das domésticas que o
crítico musical José Ramos Tinhorão apelidara de ‘macacas de auditório’, fâs de
Marlene, Emilinha Borba e Cauby Peixoto.
No 22° andar do Edifício À Noite da Praça Mauá 7, ocupado
pela rádio, concentrava-se o ponto
nevrálgico da arte popular do Rio. Ali desfilavam cantores e músicos, locutores
e animadores, radioatores e humoristas, que se fizeram merecedores da
consagração do povo.
Fundada por Celso Guimarães, Aurélio de Andrade e Oduvaldo
Cozzi às 21 horas ao som do Luar do Sertão de Catulo da Paixão Cearense,
destacaram-se no elenco da Nacional Paulo
Roberto, Paulo Gracindo, César de Alencar, Manoel Barcelos, Jorge Curi, Renato
Murce, Ary Barroso, e etc.
O radioteatro reunia um dos maiores cast da história do
veículo – a Nacional do Rio disputava novelas com a congênere de São Paulo,
Bandeirantes e Panamericana --, que viria a ser Jovem Pan, passando a seguir
outro tipo de programação, especializando-se em reportagens.
Entre outras vantagens sobre as coirmãs, a Nacional foi
pioneira no jornalismo. Nela nasceu em agosto de 1941 -- de fama sem igual, o Repórter Esso – do
não menos famoso Heron Domingues {o primeiro a dar as últimas}, ou {testemunha
ocular da história}. Parou em dezembro de 1968,
sob leitura embargada de Roberto Figueiredo, então na Rádio Globo.
O noticioso desligou-se da TV quando o rádio não mais se
interessava por ele, embutido nisso uma questão de patrocínio. Pertencente à
Radiobras (antecessora da EBC), na rádio houve um Jornal Nacional de hora em
hora longe de se rivalizar com o Esso. Seria, talvez, o embrião do homônimo da
TV, tempos do Cid Moreira, Sérgio Chapelin
e William Bonner.
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