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sábado, 25 de setembro de 2010

A linguagem dos comunicadores

Em tempos remotos, apresentadores de programas eram animadores de estúdio e de auditório com importância semelhante a dos comunicadores no rádio contemporâneo. Eles se dirigiam ao público chamando-o de “prezados ouvintes” ou “senhoras e senhores”, sempre acrescentando umas “saudações cordiais”. Na despedida, costumavam dizer “obrigado pela atenção dispensada”, não faltando “um abraço para todos”, além de outras esquecidas.
Com o passar dos anos e mudanças de conceitos, tais expressões foram substituídas. Fazem parte do repertório da classe nos dias atuais “alô gente”, alô turma” e, principalmente, “alô galera”. O complemento inclui “obrigado pelo carinho da audiência”, “um beijo no seu coração”, “voltamos já, já”, “daqui a pouquinho” e “valeu fulano” – enquanto não cansarem. Em cada profissão uma linguagem própria, e na do radialista não poderia ser diferente
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No tocante a slogans, animadores e comunicadores raramente dispunham (ou dispõem) deles. Na Rádio Nacional da fase áurea havia “o rei dos auditórios”, e na Globo em anos nem tão distantes “o número 1 do rádio brasileiro”. Em matéria de slogans, o rádio contempla bastante os locutores e comentaristas de futebol, sendo criativos uns, outros nem tanto. Entre as aberrações, o slogan de um que se acha “o comentarista perfeito”... (Simancol nele!!!)
Destaque
“Ronca, ronca”. Oi FM 102,9. Nas terças-feiras, entre 22 horas e meia-noite. Produção e apresentação de Maurício Valadares.
Memória
Aldenora Santos comemorava 50 anos de rádio em setembro de 2001. Em 1987, com Antônio Carlos, trocava a Tupi pela Globo.
--o—Você tem paixão pelo rádio? Nós temos “Radiomania, um cronista de plantão”. Queira informar endereço e CEP pelo e-mail florylemond@bol.com.br para receber o seu exemplar em casa. Valor: 35 reais incluindo o SEDEX.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Histórias em mão única

São de qualidade mediana, em maioria, os programas de emissoras populares no rádio contemporâneo. Uma das exceções no universo da mesmice, é o “Quintal da Globo”. Lançado em outubro de 2002 e, daí fazendo o diferencial nas noites sem futebol, ficou reduzido a uma edição aos domingos a partir de maio de 2010, quando a Globo aderiu ao FM, unificando suas freqüências.
Marcus Aurélio, seu titular, passou a apresentador em janeiro de 1992 na Tupi, comandando o “Giro esportivo” e o “Bola em jogo”, depois de atuar como repórter da área entre fevereiro de 1984 e dezembro de 1991. Em março de 1996 transferia-se para a CBN, onde permaneceria durante seis anos. O lançamento do “Quintal...” coincidira com sua promoção a um cargo de chefia na emissora.
O programa perdeu um pouco de sua dinâmica ao diminuir a interatividade dos debates, seu melhor trunfo. Outro destaque tem sido o quadro “Viva o rádio” -- embora adote (compreensivelmente) uma linha corporativista, ou seja, histórias em mão única. “Memória do rádio”, similar com Ary Vizeu nos primórdios da CBN, entre meia noite e 5h da manhã era abrangente, sem restrições.
O “Viva o rádio” do dia 5 prestou homenagem ao Doalcei Camargo, falecido há um ano -- 29 de agosto. Doalcei trabalhou em vários prefixos do Rio, por mais tempo na Tupi. Marcus Aurélio, hoje gerente executivo da Rádio Globo, foi um de seus afilhados. Da mesmice, o diretor da Nacional na fase áurea, Paulo Tapajós já se queixava há três décadas. Ele morria em dezembro de 1990.
Destaque
“Estúdio F – momentos musicais da Funarte”. Nacional AM, 1130. Dom., 22h. Produção e apresentação: Paulo César Soares. Roteiro: Cláudio Felício
Memória
Em setembro de 2001, mês dos 65 anos da Nacional, José Messias (40 de casa), deixava a emissora. Foi dirigir uma rádio em Saquarema e ser jurado de TV.
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