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quarta-feira, 28 de março de 2012

Chico Anysio, o multimídia

Ao vencer um concurso na Rádio Guanabara e classificar-se em segundo lugar em outro, Chico Anysio se tornaria na sua trajetória, o que nos tempos modernos se chama de multimídia. Logo no começo, radioator, locutor, redator e comentarista esportivo. A exemplo de outras emissoras, a Rádio Globo prestou-lhe homenagem póstuma, num especial às 8h da noite de sexta-feira. Produzido por Marcelo Bruzzi, Valéria Chagas e Regiane Souza, apresentado pelos dois primeiros historiou, com depoimentos e pesquisa, as facetas do artista.
Algumas coisas, o especial não revelou por conveniência. Sabe-se que a “Escolinha do professor Raimundo” era um quadro no “Esse norte é de morte”, na Mayrink Veiga, narrado por nada menos que Cid Moreira --, colega do comediante na TV Rio – produção de Roberto Silveira. Antes de criar seus personagens, Chico Anysio atuou em diversos programas. Entre eles, o “Vai da valsa”, do Haroldo Barbosa; “Regra de três”, do Antônio Maria; e “Miss Campeonato”, do Sérgio Porto, estrelado pela vedete Rose Rondelli , sua segunda mulher.
Muitos anos depois das experiências na função de comentarista esportivo, que exercera inclusive na televisão, Chico Anysio voltaria ao rádio. Foi em 1990 na Tupi com o Luiz Penido, antes do seu envolvimento com a ministra Zélia Cardoso de Mello. Da equipe também participava o Fernando Calazans. Ao lado daquele narrador, atuaria como principal comentarista na Rádio Nacional, em 1993/94. Chico já tinha feito, em anos remotos, uma temporada na emissora. Participava da “Lira do Xopotó”, do produtor e animador Paulo Roberto.
Na Mayrink, anunciado então como Francisco Anysio – o Chico ele adotaria ao migrar para a televisão --, trabalhavam Nanci Vanderley (primeira mulher dele), Matinhos, Zé Trindade, Estelita Bell, Altivo Diniz, Ema e Válter D’Avila, e Macedo Neto (que foi casado com a cantora e compositora Dolores Duran, intérprete do “Fia de Chico Brito”, terceira música de Anysio por ela gravada). Também eram contratados da rádio, os locutores Luiz Jatobá e Carlos Henrique --“duvidamos que alguém venda mais barato” --, dos comerciais Sendas na TV.
A freqüência dos 1220, que pertencera à Mayrink, é ocupada há alguns anos pela Globo, ouvida anteriormente em 1180. Nela, durante certo período, funcionaria a Eldorado e, hoje a Mundial, de uma igreja evangélica homônima, que negociou a concessão. A Guanabara, onde Chico Anysio iniciou carreira, como o fizeram outros profissionais – Fernanda Montenegro, Sílvio Santos e Maurício Scherman -- incorporada no final dos anos 80 à Bandeirantes de São Paulo, virou Band-Rio. Decadente, sobrevive de horários alugados.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Trivial com guarnições (5)

A nova programação da Globo que remanejara o horário de comunicadores em março passado, completou um ano dia 14 último. Dos cinco alterados, dois se destacaram no período, obtendo os mais favoráveis resultados. Roberto Canázio dinamizou o “Manhã...”, onde o “Debates populares” continuou sendo o quadro principal. Ana Paula Portuguesa cresceu no programa, formando com o Ney Freitas, uma interessante parceria.
O “Boa tarde...”, no comando de Alexandre Ferreira (o título fora utilizado por Francisco Barbosa em sua segunda passagem pela emissora), melhorou depois dos ajustes, embora mantenha a vinheta do “Tarde legal”, extinto em 2009. A ele, foram acrescentadas coisas do agrado da audiência, juntando-se às outras que o comunicador transportara do “Alô, bom dia”, programa que apresentava até os primeiros meses de 2011.

/o/ Coringa na Manchete (ou seria curinga?), Rodrigo Machado, da nova geração de valores ganhou recentemente um programa próprio. Apenas uma hora, começando às 9h, de segunda a sexta. E, mesmo assim, num espaço tão exíguo, intitularam o horário de “Manhã total”... O programinha repete fórmulas pra lá de gastas, uma verdadeira “colcha de retalhos”. (Coincidência A. Também na Tamoio, tem um com o mesmo nome.)

/o/ “Arquibancada” é um novo programa idealizado por produtores da Rádio Nacional, e entregue à comunicadora Gláucia Araújo nos finais de tarde, a partir deste mês, logo depois do “Painel”, com ela há algum tempo. Trata-se de uma mistura de noticiário esportivo e números musicais. (Coincidência B. Um programa da Manchete – dos que se dizem “apaixonados por futebol” – apresentado aos domingos, na hora do almoço, tem igual denominação).


/o/ Especialista em escolas de samba, Dalila Villanova trocou a MEC pela Nacional. Seu programa, aos sábados, também mudou de nome. “Dalila na quadra”, de meio-dia às 2h , entrou no lugar de “O negócio é o seguinte”, do Osvaldo Sargentelli Filho, defenestrado no limiar do ano.

/o/ A Jovem Pan, que antecedera a Band News Fluminense (94,9) voltou a operar no Rio. Agora, na freqüência dos 102,9 que estava com a Oi. Enquanto a negociação não era fechada com o grupo paulista, o prefixo, da revolucionária Cidade dos anos 70, adotava o nome de Verão.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Os 50 anos do Apolinho

Detentor de uma das maiores audiências em programas de rádio no Rio, Washington Rodrigues, o Apolinho festejou na quinta-feira 1° deste mês, 50 anos de carreira. O dia foi pequeno para as homenagens que recebeu. De amigos e colegas, de ouvintes e admiradores e, naturalmente, dos familiares. Bem-sucedido em todas as rádios que trabalhou, está na Tupi desde janeiro de 1999, em sua segunda passagem pelo prefixo. Ele começou na antiga Guanabara, participando do programa “Beque parado”, como auxiliar do apresentador Dolar Tanus.
A denominação Apolinho, ganhou na década de 60 quando era repórter esportivo da Globo. Foi batizado pelo chefe, Waldir Amaral, de quem viria a ser uma espécie de seguidor no que tange a facilidade para criar frases de efeito, os bordões -- fora alguns personagens. Passou a comentar futebol na virada dos anos 80, na Rádio Nacional, sendo chamado de “o comentarista da palavra mágica”. Era peça fundamental na equipe do José Carlos Araújo, o Garotinho, que a partir de 1977 revolucionou, com seu estilo, as transmissões esportivas.
Na volta à Globo em dezembro de 1984 (com o Garotinho no lugar do Waldir), tornou-se “o comentarista mais ouvido do Brasil”. A parceria de muito sucesso na tradicional estação e na rádio dos Marinho, terminava seguramente 18 anos depois, com sua transferência para a Tupi, onde veio a formar dupla com o Luiz Penido. Coincidência ou não, após a mudança reverteram-se os índices do Ibope nas duas emissoras. Com seu carisma, bom humor e conhecimento, o Apolinho faz algum tempo, a diferença entre os seus colegas de profissão.
(Na emissora em que iniciou carreira, também deram os primeiros passos Alfredo Raimundo, diretor da Tupi, o Chico Anysio, a Fernanda Montenegro, Sílvio Santos, e o inesquecível João Saldanha, entre outros.)

/o/ Marcus Aurélio homenageou domingo último, no “Quintal da Globo”, a memória do Haroldo de Andrade, morto em 1° de março de 2009.

/o/ “Palco MPB”, do Fernando Mansur (MPB FM), passa a ser gravado no Tereza Raquel, reaberto. Apresentações às terças, 9h da noite.

/o/ A equipe de esporte da Globo tem novo componente – Bruno Cantarelli. Entrou na vaga do Rafael Araújo, que voltou para a Brasil AM.

/o/ Revelação na Manchete no ano passado (grupo dos “apaixonados por futebol”), Thiago Veras é o mais recente contratado da Tupi.