Total de visualizações de página

Confira a hora certa!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A estratégia dos nomes

Batizar um programa utilizando o nome da rádio em que ele é veiculado faz parte da comunicação dos tempos atuais. Os modernistas defensores da ideia, naturalmente justificam tal norma amparados no que se classifica como estratégia de marketing, meio de facilitar a recepção do público-alvo. Para os cabeças pensantes, porém, esse procedimento desqualifica o processo de criação, uma vez que, em nada contribui com a sua melhoria.
Exemplifiquemos dois casos. A Globo, de enorme audiência, e a Nacional, muito longe disso -- com sintonia mais trôpega que cavalo pangaré nas corridas do Jockey. A grade da emissora dos Marinho reúne “Bom dia Globo”, “Manhã da...”, “Boa tarde...”, “Vale tudo na...”, “Quintal da...” e, desde o início do ano “Botequim da Globo”, que era “Papo de botequim”. Como só mudou o nome, troca de “seis por meia dúzia”, em linguagem popular.
“Bate-bola Nacional...”, “Funk...”, “Painel...”, “Garimpo...”, “Talento...” e “Alvorada...” formam a programação da histórica emissora da Praça Mauá. Sem ter o nome da rádio, figura como o mais estranho batismo, “O negócio é o seguinte”, aos sábados à tarde. Trata-se de um programa de samba, apresentado por Osvaldo Sargentelli Filho. Ele não se esforça nem um pouco para ser diferente do falecido pai. Perfeita incorporação do “velho”.
/o/ A propósito. Haroldo de Andrade, que excluiu o Júnior a partir da morte do pai, completou em agosto passado três anos na Tupi no comando de um programa que leva o seu nome, aos domingos de manhã. Aprendeu a fazer rádio com o renomado (e saudoso) profissional, de quem foi assistente. Manteve o “Debates populares”, quadro que ele criou, deixando seguidores. Não o imita. Tem estilo próprio, boa cultura, categoria.
/o/ O “Manhã da Globo” foi transmitido direto de Friburgo na quinta-feira 12, visando cobrar do poder público providências para os problemas das enchentes na Região Serrana e, promessas não cumpridas. Em abril passado, Roberto Canázio entrevistou o prefeito da cidade, logo afastado por malversação de verbas. Um dos moradores disse ao comunicador dessa vez, que corrupto deveria ser condenado “a seis meses (sic) de cadeira elétrica.”
/o/ Radialista que não dispõem de agência de publicidade vive se queixando dos baixos salários. Não é o caso do Marcos Marcondes, comentarista da Manchete. Os medalhões estão voltando depois do recesso no futebol e, o Marcondes também. No dia 10 deste mês ele revelou ao David Rangel que, nas férias, passou o Natal e o Ano Novo com a família na Disneylândia. (Com certeza, não foi a “rádio de verdade” que lhe proporcionou esse luxo...)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Na virada do calendário

É fato recorrente em toda mudança de calendário, retrospectivas e especiais preenchendo a programação das emissoras de rádios e Tvs. Dentre os especiais que acompanhamos nas rádios populares, destacamos três, pela qualidade de seu conteúdo. À noite, no dia 31, Cláudio Ferreira entrevistava na Manchete os integrantes do Razão Brasileira, grupo de pagode, um grande sucesso nos anos 90. Naquela ocasião, proliferavam conjuntos do gênero. A Tropical FM se especializara no tema, para atender à demanda.

No domingo de manhã na Tupi, Jimmy Raw conversava com o Luiz Penido. O locutor -- 40 anos de carreira -- fez um oportuno balanço do futebol no Brasil e exterior, baseado em suas observações no tão apreciado esporte. Jimmy, que revelou ser um leigo no assunto, desenvolveu a entrevista de tal forma, que até os ouvintes pouco afeitos à modalidade, certamente se mantiveram atentos. Penido, um dos mais bem articulados profissionais do ramo, deu uma verdadeira aula, para os que entendem ou não da matéria.

O terceiro destaque da lista, um outro especial na pretensamente batizada “rádio de verdade”. Um comunicador ainda em formação, Rafael de França acumula funções na emissora. Já fizemos nesse espaço algumas criticas a seu trabalho. Pois, o jovem e versátil radialista quebrou, no domingo à tarde, o gelo de nossa descrença. Rendeu bons momentos o seu diálogo com o músico e compositor Danilo Caymmi, membro de uma respeitável dinastia da canção nacional. Foi, sem qualquer exagero, um programa irrepreensível.

/o/ Cinco anos depois de ocupar a freqüência que pertencera à Cidade, revolucionária dos anos 70 no segmento, a Oi FM deixa de funcionar no dial. (A mudança ocorrera no dia 4 de março de 2006.) A rádio da operadora investe em nova mídia, transferindo-se para a web. No lugar fica a provisória Verão, a partir do primeiro dia do Ano Novo.

/o/ Componente do primeiro time do esporte da Globo, o trepidante Gilson Ricardo voltou, depois de dois anos, a comandar um programa de variedades. Assumiu, nas férias do Tino Júnior, a apresentação do “Vale tudo”. (E, o bravo Robson Aldir, em quem a emissora apostava suas fichas como uma nova opção de coringa -- o que foi feito dele?)

/o/ Incrível, fantástico!... Numa votação entre ouvintes do Clóvis Monteiro, na Tupi nesta terça-feira 3, o “Ai, se eu te pego”, de Sharon Acioly, com o Michel Teló, ganhou do “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Falando sério, alguém na equipe do programa afirmou que, o sucesso do cantor sertanejo “tem uma letra inteligente...”