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sexta-feira, 29 de maio de 2020

DIRETO DAS ONDAS

A VELHA GUARDA EM AÇÃO¹
Tem entre 50 e 40 anos de carreira os mais antigos profissionais em atividade no rádio no Rio. O ator e apresentador Gerdal dos Santos é o decano da classe que, reúne, nada menos que dezoito ases da ‘latinha’. Gerdal grava semanalmente dois programas – Onde Canta o Sabiá e a Rádio Memória – transmitidos aos sábados e domingos, pelas manhãs.
Num patamar abaixo do venerando mestre da Nacional situam-se Washington Rodrigues com o Show do Apolinho na Tupi e Osmar Frazão com Histórias do Frazão. Da mesma emissora é o Rubem Confete, especialista em samba de raízes e, de carnaval das agremiações de escolas recreativas.
Na sequência estão Antônio Carlos considerado 'O Despertador do Brasil’, voz potente como no rádio de outras épocas. O seu programa é tão popular quanto a rede de supermercados que o patrocina.
José Carlos Araújo é dos poucos narradores que não encontra similares, desde que passou a titular de equipe no final da década de 70 através da Nacional. Mesma idade, o Coelho Lima em sua rádio atual, 94FM ele rememora os grandes casos policiais relatados ao longo de sua permanência na liderança do Patrulha da Cidade.
Gérson Canhotinha tricampeão mundial foi lançado por Doalcei Camargo, comentarista na Tupi, voltaria a ela alguns anos depois de se aliar a José Carlos Araújo na Globo. Acompanhava-o na Bradesco e na Transamérica.
Um habitual trabalhador das madrugadas, Jorge Baccarin, foi quando houve a ‘explosão’ do Garotinho, seu plantonista. Bacca, (Bota dois), teve uma passagem em sua vida que atuava simultaneamente em três emissoras, e em todas ao vivo – creia o prezado leitor. Está na 94FM atualmente.
Gilson Ricardo, descoberto por Waldir Amaral em Petrópolis, era apresentador de musicais, fazia parte da equipe esportiva da Difusora e destacava-se narrando futsal. Na Tupi, hoje, comanda Bola em Jogo, entre outras atribuições. Cirilo Reis (há quem duvide) já trabalhou na Globo, convivendo com o saudoso Haroldo de Andrade. Eternizou-se na Rádio Nacional, mas passou por diversas estações. Musishow, seu programa, relembra temas de diversas décadas. Cirilo, é a voz oficial da rádio por mais de trinta anos.
Cria da Manchete, de Bloch Editores, sucessora da Federal, embrião plantado em Niterói, Roberto Canázio notabilizou-se como defensor dos aposentados e pensionistas, tendo como auge o Telefone da Solidariedade, entre 2003 e 2006 na Tupi. Um polêmico apresentador. Depois da emissora dos Associados emendara treze anos na rádio da família Marinho.
Edson Mauro e Maurício Menezes já foram companheiros na Globo. Edson na cota do Waldir Amaral, nunca chefiou equipe, por falta de oportunidade ou circunstâncias. Maurição, jornalista, humorista e produtor, foi mentor de um dos ídolos da outrora gloriosa emissora, Valdir Vieira. Com Hélio Júnior (Helinho), formou impagável dupla de auxiliares do Francisco Barbosa, numa audição vespertina. Hoje, é do time de colaboradores do Clóvis Monteiro na Tupi.

HOMENS DE MEIA IDADE²
São quatro da turma de quatorze componentes os profissionais representantes dessa geração. Eles ‘fogem’, evidentemente da pecha de Velha Guarda: Clóvis Monteiro e Francisco Barbosa (Tupi), Luiz Penido (Globo), e Amaury Santos (94FM) ou Roquete.

AS MULHERES NO ALTO³
No rádio moderno como no jornalismo de modo geral, as mulheres se constituem em maioria, ‘invadiram’, estúdios e redações. No mais antigo dos eletrônicos – o rádio, claro – representam a Velha Guarda em número pequeno. Nair Amorim, Zora Yonara e Juçara Carioca (Tupi), e Dáurea Gramático (MEC e Nacional).



¹ As idades deles: Gerdal, 90; Washington e Osmar, 84; Antônio Carlos, 82; José Carlos e Coelho Lima, 80; Gérson, 79; Baccarin, 73; Gilson, Cirilo e Canázio, 71; Edson e Maurício, 70;

² Clóvis, Barbosa, Penido e Amaury, 65.

³ Nair, 88; Zora, 87; Cidinha, 77 e Juçara, 63. Além de radialista, Dáurea é jornalista e escritora, com três livros publicados.

ONDAFINAL.COM
Cinco das mais tocadas na JBFM nesses últimos dias. Inverno (Adriana Calcanhoto), Não é Fácil (Marisa Monte), Que Nem Maré (Jorge Vercilo), Dona (Roupa Nova), Enquanto Houver Sol (Titãs).

sábado, 23 de maio de 2020

DIRETO DAS ONDAS

PANDEMIA E PANDEMÔNIO
O momento do futebol e seu futuro, como os demais setores do país, em função da pandemia do coronavírus, faziam parte do debate esportivo no Show da Notícia na CBN, tarde de sábado (16).
Reunia entre outros, os jornalistas Francisco Aielo e Rafael Marques. As principais federações – Carioca, Paulista, Mineira e Gaúcha são superavitárias, comentaram, acrescentando que as coisas não vão mal só no Brasil, no mundo também.
Por isso, naturalmente paralisaram as transmissões. Assim fica difícil ( quase impossível), se ouvir no rádio conhecedores bordões. Alguns deles: ‘Haja coração pra tanta emoção’ (José Carlos Araújo); ‘Apite comigo galera” (idem); ‘É o que resta dessa festa’ (Luiz Penido); ‘Abriu a caixa de ferramentas’ (idem); ‘Eu vi essa bola lá dentro’ (Jota Santiago); ‘Tem que respeitar’ (Edson Mauro); ou ‘É impossível ser feliz sozinho’ (Ricardo Mazella).

OS SOBREVIVENTES
Incorporada ao projeto que um dia os cardeais do SGR batizaram de Nova Globo detonada há 1 ano, Evelyn Moraes foi uma das sobreviventes do jornalismo – precisamente no que sobrou dele. Os demais foram os apresentadores Vanessa Riche e Zeca Lima.

VEZES DE ACORDAR
Está de volta a Globo FM, o Acorda Rio. Até 2016 na tradicional programação da emissora era um cartaz, ora sob o comando de Jorge Luiz, ora com o Alexandre Ferreira. Agora, na ‘Globo que vibra por você’, tem o Zeca Lima à frente. A partir das 6 das manhãs.

TOP DOS 10 MAIS HITS
Robert Andare conduz as 10h diariamente, o Top 10 dos Mais Hits Brasil. E, toca ao longo da grade da Globo FM a Sequência Premiada, série que busca a melhoria de audiência da casa.

BANDNEWS FAZ 15 ANOS
A Bandnews completou na quarta feira (20), 15 anos. Comemorações diversas foram realizadas nessa data e se prolongarão durante duas semanas. No Rio, domingo (24), Mário Dias Ferreira entrevista Léo Jaime como parte dos festejos.

UM ALMOÇO DE NOTÍCIAS
De São Paulo para as emissoras da rede, o âncora Eduardo Oinegue ‘serve’ na Bandnews do meio dia ás quatorze o Prato Feito, de segunda a sexta. Um almoço de notícias e interpretações com os mais recentes acontecimentos políticos.

ONDAFINAL.COM

O comunicador Roberto Canázio, internado há três semanas numa clínica da Zona Sul do Rio, já respira normalmente, informou na terça feira (19), Heloísa Paladino, sua produtora e amiga de muitos anos.


sábado, 16 de maio de 2020

Direto das ondas

O VAZIO DAS REDAÇÕES
Nas rádios de, digamos broadcast moderno, as redações estão vazias por ordem do covid-19, ou coronavírus. Os apresentadores comandam programas de casa o que também, modernamente, se convencionou chamar de home office. Mantém-se nos estúdios, distância de 2 metros. O rádio mais voltado para o jornalismo e variedades enfrenta essa barreira, o que não ocorre com o coirmão, destinado exclusivamente, ou (quase isso), a temas musicais. Nas emissoras bem equipadas, há suficientes modos para se mandar ao ar produções previamente gravadas, as vezes, até tachando-as de 'ao vivo'.

Sem prejuízo para o ouvinte consumidor (um dos interessados) e, mais importante, as empresas que compram espaços para as suas propagandas. Quem não anuncia, não vende. Já se dizia antigamente nos serviços de auto-falantes das cidades interioranas.

TUPI, NOTÍCIAS E CIA.
O afastamento de Lica de Oliveira deu oportunidade a Valéria Marques de se tornar efetiva no Sentinelas da Tupi, edições vespertinas. Nas manhãs, o noticiário fica por conta de Rafael Souza.

A Vida de Cada Um com músicas de Roberto Carlos que os ouvintes dedicam aos seu pares (casais, evidentemente), é um dos quadros mais longevos do programa do Antônio Carlos. Como diria hoje, novamente, uma colega, 'mais antigo que andar pra frente'.

Gênero também antigo de que o rádio não consegue se livrar, são os pedidos musicais. Independentemente de comerciais ou públicas algumas emissoras não abrem mão do recurso.

Repaginada em novembro -- há seis meses, portanto -- a 94FM que, preencheria as características da Globo já registrou baixas que não se esperavam. William Travassos, dos melhores comunicadores do ramo, é o caso mais recente.

NA HISTÓRIA (1)
O jornalista Tárcio Santos aniversariou na quarta feira(13). Especializado em esportes e carnaval, seu último emprego foi na Roquette Pinto. Tárcio marcou seu nome na história pois, foi o derradeiro editor do famoso (e lendário), Repórter Esso, nas ondas da Nacional.

NA HISTÓRIA (2)
Também aniversariou no mesmo dia a jornalista Neise Marçal. Fez (quem a conhece não acredita), 80 anos. Neise trabalhou durante longa temporada como repórter da Rádio Tupi, foi comunicadora da Nacional e, ultimamente empresta serviços a TV Brasil.



ALGUÉM LIVRE?
Cidinha Campos pegou o vírus do Covid-19. Ela disse que está bem, no seu programa de quarta feira (13), na Super Tupi. Emocionada rezou uma oração a Nossa Senhora de Fátima, e pediu (silenciosamente) para si própria, colegas e familiares.

Na rádio nessas últimas semanas (e recuperaram-se), Cristiano Santos, Isabela Benito e Francisco Barbosa.

ONDAFINAL.COM
O comunicador Jimi Raw da 94 FM (Turma do Rádio) é a mais novo infectado pelo coronavírus. Também estão em iguais condições a diretora de jornalismo da Tupi Márcia Pinho e o Cyro Neves, repórter.

domingo, 10 de maio de 2020

Direto das Ondas

DAYSI, EM PRIMEIRA PESSOA

A propósito de lançar um livrinho sobre o rádio e os que dedicam sua vida a ele, conheci pessoalmente em setembro de 2009, alguns profissionais de destaque nesse tão importante veículo de comunicação, entre os quais, Daysi Lúcidi.

Atriz e apresentadora, que admirava desde a juventude, Daysi-- lembro -- participava das novelas da Nacional, que reunia um dos maiores elencos de rádio teatro da história, perdendo, apenas, a co-irmã São Paulo.

Quando o gênero começou a desinteressar ao público, devido ao surgimento da televisão, Daysi, bandeou-se para programas de variedades. Primeiro, Seu Criado Obrigado, com César Ladeira. Depois, um pioneiro de prestação de serviços.

Caloura na Tupi, foi com Luís Mendes (que seria seu marido), e Luís de Carvalho fundadores da Rádio Globo, expansão do jornal homônimo do empresário Roberto Marinho.

Circulando pelo Rio para divulgar o tal livrinho num daqueles dias, subi ao edifício famoso da Praça Mauá, onde funcionava a tradicional emissora. Fui visitar a Daysi no seu programa, ali pelas 11hs da manhã. Levava dois livros--para ela e o Mendes.

-- Pra quê dois meu filho? Não precisava. A gente se dividia na leitura -- ela me explicava. Aos 76 anos, e morando em Copacabana a atriz (do rádio e da TV), ainda dirigia o seu carro para fazer programa ao vivo na já decadente Nacional.

Foi, ao lado do Roberto Canazio, das personalidades do veículo que mais nos incentivaram pela modesta publicação. A vinheta 'Alô, Daysi, alô', que rodeara por mais de 40 anos na AM 1130 ainda ecoa em nossa memória e na de muita gente que a sintonizava.


sábado, 2 de maio de 2020

Direto das Ondas

‘(...) AQUI É O PAÍS DO FUTEBOL’
Virou moda. O rádio e a televisão do Rio, São Paulo, Minas, Porto Alegre e das principais capitais brasileiras passaram, para preencher os domingos, (re)transmitir jogos da Seleção, conquistas de Copas do Mundo, de Confederações, Torneios. Bem o dizia a sintomática música do Milton Nascimento (e Fernando Brandt): ‘Brasil está vazio nas tardes de domingo, ‘né’/Olha o sambão, aqui é o país do futebol’.

Iniciativa para, parcialmente recuperar faturamento, pois, com a paralização das atividades, um tempo chamada de ‘ópio do povo’, até caixas sempre abastecidos, zeraram. Preocupantes os dias com a silenciosa ameaça do inimigo coronavírus. Evidente que isso levou a Super Tupi recordar os 7 a 1 para a Alemanha num Maracanã lotado. A reprodução ‘cheirou’ como inusitado apelo. O José Carlos e equipe estavam na Transamérica.
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O VALOR DOS BORDÕES
No rádio popular os locutores esportivos são – e não é de hoje – os maiores fabricantes de bordões. Essa riqueza, peça de valor inestimável nas transmissões começou a ser melhor apurada a umas quatro décadas com o ingresso de um novo componente na sociedade, unindo-se a nomes que fizeram a história do veículo. José Carlos Araújo que viria a ser chamado de Garotinho foi o mais fiel discípulo de Waldir Amaral e, aproveitou todas as ‘deixas’ para se tornar um desses grandes ou, em alguns casos, até superar o ídolo em que se espelhou para construir a sua imagem, endeusado por Fenômeno, não por simples admiradores, mas críticos rigorosos, instalados em seus castelos de sabedoria.

Um grupo jura convictamente que coube ao Denis Menezes chamar pela primeira vez, em tom de brincadeira, o José Carlos Araújo, de Garotinho. Outro, nos limites que a esportividade permite, atribui essa denominação ao Washington Rodrigues, o Apolinho: ‘Lá vai o Garotinho ligeiro que transmite o jogo inteiro’, uma tirada irônica ao ex-chefe dos dois, pelo ritmo que irradiava as partidas, pausadamente, com muita criatividade, lembrando a todo momento, aos ouvintes de casa e no estádio o tempo de jogo. Um instante símbólico. ‘O relógio maaaarrca...’
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DE TERCEIRO A LIDER
Digressões feitas passemos adiante. Terceiro ou às vezes quarto na equipe do Waldir, Zé Carlos decidiu também ser um líder. Teve no Denis e no Apolinho os principais apoiadores. Fechou com a Nacional em 1977, onde ficou até 1984. Transformou-se com seu estilo diferente uma explosão no rádio esportivo. Faziam parte da equipe Luiz Mendes, Mário Silva,Sérgio Moraes, Júlio César Santana, Paulo Cezar Tenius, Jota Santiago, Wellington Campos,Eraldo Leite, Elso Venâncio, Carlos de Sousa, os plantonistas Arnaldo Moreira e Jorge Baccarin.

A outrora gloriosa Nacional patinava no Ibope, apesar do timaço que reunia antes da chegada do José Carlos Araújo. Um jeito daqui, outro dali e, não demorou para incomodar a Globo, soberana . Waldir era contrário à transferência do Zé Carlos para a tradicional emissora, temeroso da sorte do seu discípulo. A alternativa foi aceitar. ‘Tem peixe na rede do Félix’, dizia ele. ‘Indefensável para o goleiro do Flusão’; ‘Gol , do Galinho de Quintino. Indivíduo competente, o Zico. Dez é a camisa dele’; ‘Bandeiras desfraldadas no Maracanã’.
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‘O QUE RESTA DESTA FESTA’
A CBF não sabe quando o futebol volta a ser praticado com jogos normais. Nenhuma das autoridades constituídas, governador, de sua parte, desconhece em que dia ou mês, o fim do isolamento social se dará. Com o panorama da situação reinante, de certo, ‘o que resta desta festa’, é só um emaranhado de preocupações. Sem sombra de risos e alegrias, mas muita crença no Salvador, num futuro de brilho, fé e esperança.

Luiz Penido, um renomado profissional que também se formou na Globo, continuaria empolgando a galera que lhe é seguidora, não do modo que gostaria, diante de tanta incerteza no horizonte do país e do mundo. Claro que com a força dos recursos financeiros que movimenta, o futebol não é tudo na vida, embora seja a paixão de um grandioso público, independentemente de suas condições sociais– pobres ou remediados.
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ONDAFNAL.COM UM
/o Difícil a Nacional ter uma FM no Rio tentando a freqüência hoje pertencente à Roquette Pinto (94).

ONDAFINAL.COM DOIS
/o MEC FM uma boa opção nesse tempo de coronavírus. E quem se habilita ouvi-la com o nível do país?