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sábado, 2 de maio de 2020

Direto das Ondas

‘(...) AQUI É O PAÍS DO FUTEBOL’
Virou moda. O rádio e a televisão do Rio, São Paulo, Minas, Porto Alegre e das principais capitais brasileiras passaram, para preencher os domingos, (re)transmitir jogos da Seleção, conquistas de Copas do Mundo, de Confederações, Torneios. Bem o dizia a sintomática música do Milton Nascimento (e Fernando Brandt): ‘Brasil está vazio nas tardes de domingo, ‘né’/Olha o sambão, aqui é o país do futebol’.

Iniciativa para, parcialmente recuperar faturamento, pois, com a paralização das atividades, um tempo chamada de ‘ópio do povo’, até caixas sempre abastecidos, zeraram. Preocupantes os dias com a silenciosa ameaça do inimigo coronavírus. Evidente que isso levou a Super Tupi recordar os 7 a 1 para a Alemanha num Maracanã lotado. A reprodução ‘cheirou’ como inusitado apelo. O José Carlos e equipe estavam na Transamérica.
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O VALOR DOS BORDÕES
No rádio popular os locutores esportivos são – e não é de hoje – os maiores fabricantes de bordões. Essa riqueza, peça de valor inestimável nas transmissões começou a ser melhor apurada a umas quatro décadas com o ingresso de um novo componente na sociedade, unindo-se a nomes que fizeram a história do veículo. José Carlos Araújo que viria a ser chamado de Garotinho foi o mais fiel discípulo de Waldir Amaral e, aproveitou todas as ‘deixas’ para se tornar um desses grandes ou, em alguns casos, até superar o ídolo em que se espelhou para construir a sua imagem, endeusado por Fenômeno, não por simples admiradores, mas críticos rigorosos, instalados em seus castelos de sabedoria.

Um grupo jura convictamente que coube ao Denis Menezes chamar pela primeira vez, em tom de brincadeira, o José Carlos Araújo, de Garotinho. Outro, nos limites que a esportividade permite, atribui essa denominação ao Washington Rodrigues, o Apolinho: ‘Lá vai o Garotinho ligeiro que transmite o jogo inteiro’, uma tirada irônica ao ex-chefe dos dois, pelo ritmo que irradiava as partidas, pausadamente, com muita criatividade, lembrando a todo momento, aos ouvintes de casa e no estádio o tempo de jogo. Um instante símbólico. ‘O relógio maaaarrca...’
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DE TERCEIRO A LIDER
Digressões feitas passemos adiante. Terceiro ou às vezes quarto na equipe do Waldir, Zé Carlos decidiu também ser um líder. Teve no Denis e no Apolinho os principais apoiadores. Fechou com a Nacional em 1977, onde ficou até 1984. Transformou-se com seu estilo diferente uma explosão no rádio esportivo. Faziam parte da equipe Luiz Mendes, Mário Silva,Sérgio Moraes, Júlio César Santana, Paulo Cezar Tenius, Jota Santiago, Wellington Campos,Eraldo Leite, Elso Venâncio, Carlos de Sousa, os plantonistas Arnaldo Moreira e Jorge Baccarin.

A outrora gloriosa Nacional patinava no Ibope, apesar do timaço que reunia antes da chegada do José Carlos Araújo. Um jeito daqui, outro dali e, não demorou para incomodar a Globo, soberana . Waldir era contrário à transferência do Zé Carlos para a tradicional emissora, temeroso da sorte do seu discípulo. A alternativa foi aceitar. ‘Tem peixe na rede do Félix’, dizia ele. ‘Indefensável para o goleiro do Flusão’; ‘Gol , do Galinho de Quintino. Indivíduo competente, o Zico. Dez é a camisa dele’; ‘Bandeiras desfraldadas no Maracanã’.
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‘O QUE RESTA DESTA FESTA’
A CBF não sabe quando o futebol volta a ser praticado com jogos normais. Nenhuma das autoridades constituídas, governador, de sua parte, desconhece em que dia ou mês, o fim do isolamento social se dará. Com o panorama da situação reinante, de certo, ‘o que resta desta festa’, é só um emaranhado de preocupações. Sem sombra de risos e alegrias, mas muita crença no Salvador, num futuro de brilho, fé e esperança.

Luiz Penido, um renomado profissional que também se formou na Globo, continuaria empolgando a galera que lhe é seguidora, não do modo que gostaria, diante de tanta incerteza no horizonte do país e do mundo. Claro que com a força dos recursos financeiros que movimenta, o futebol não é tudo na vida, embora seja a paixão de um grandioso público, independentemente de suas condições sociais– pobres ou remediados.
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ONDAFNAL.COM UM
/o Difícil a Nacional ter uma FM no Rio tentando a freqüência hoje pertencente à Roquette Pinto (94).

ONDAFINAL.COM DOIS
/o MEC FM uma boa opção nesse tempo de coronavírus. E quem se habilita ouvi-la com o nível do país?

2 comentários:

  1. Boa noite. Parece que o William Travassos se desligou da FM 94. Nunca mais apareceu na programação, e ainda por cima retirou as fotos da emissora no Instagram. Ainda assim, o Raphael de França (que também "herdou" os debates populares) volta e meia fala dele. Se por acaso o "galo William" (apelido dado pelo Geraldo Luis) saiu, quem poderia substitui-lo na FM 94?

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  2. Roberto Canazio após seu reestabelecimento, que está sem emissora, e atende aos objetivos da casa, onde a presidente da rádio em questão (Cristiane Almeida), foi produtora dele na Manchete.

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