Total de visualizações de página

Confira a hora certa!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Será que agora vai?

Alvíssaras! Alvíssaras! O dono de um jornal próximo de Niterói costumava usar essa expressão toda vez que anunciávamos boas notícias a serem publicadas no seu diário, onde trabalhávamos. Alvíssaras, alvíssaras, – repetimos nós, ao sintonizar a Nacional, na quarta- feira, 20 e depararmos com o Ricardo Mazella, narrando a partida em que o Fluminense venceu o Bangu por 3a0, pelo Campeonato Estadual.Será que a estatal agora vai deslanchar, os seus dirigentes acordaram da letargia em que se encontravam?
Não tem explicação uma emissora da importância da Nacional limitar-se ao Carlos Borges para as transmissões do futebol (e, às vezes) lançar o André Luiz Mendes, radicado em Brasília, nos jogos com os times do Rio. Fica faltando o governo liberar verba e a rádio contratar repórteres e setoristas, para competir em igualdade com as outras estações. Como em outros tempos.
---o---
A Tupi voltou atrás e devolveu ao Clóvis Monteiro e Francisco Barbosa, o espaço retirado há quase um ano. Os dois ficaram espremidos em seus horários, atropelando palavras. Isso, devido a entrada de um segundo programa do Pedro Augusto intermediando o deles, que, pelo jeito, não atingiu o objetivo pretendido -- minar a audiencia do padre Marcelo Rossi, na Globo.
---o---
Falar na emissora dos Marinho, foi supimpa (como diziam os antigos) a atuação do Maurício Bastos no comando do Globo cidade, durante as férias do Eraldo Leite. É um dos melhores da novíssima geração de profissionais do rádio no Rio. E, quem não tinha ouvido o programa (mudou o formato em abril), deve ter pensado que o titular era ele, Maurício, talentoso em qualquer função.

Destaque
Alô Daysi, com Daysi Lúcidi. Nacional AM 1130, de seg. a sex., 11 horas da manhã. Produção Fátima Bonfim.

Memória
Em fevereiro de 1995, Robson Alencar, bamba das vinhetas e chamadas, que se projetara na Mundial, estreava na Tupi AM, com um programa nas madrugadas.

Bons e maus momentos

Quem curte rádio com ouvidos críticos pode numa semana, num mês ou, até numa temporada, avaliar os bons e maus momentos do veículo. Selecionamos do primeiro caso, em 2009, estes:
“Seu Manuel Tamancas”, personificado por Luizinho Campos, com sua verve inesgotável, no programa do Francisco Barbosa, na Tupi;
a entrevista do Marcus Aurélio com o Paulo Giovanni (sucesso na Globo, décadas de 70/80), no Quintal, quadro “Viva o rádio”, domingo, 5 de abril;
na Manchete, a partir de setembro, a atuação do Mário Esteves, com a original “Secretária eletrônica, o “Esse nome é bom lembrar” e “Dois tempos” – revival das trilhas sonoras de novelas;
a nova estrutura da MPB FM (programas titulados em vez de programação corrida) e a contratação de Sidney Rezende para responder pelos noticiários;
no Alô Rio, do Hilton Abi-Rian, pelos 73 anos da Nacional, trechos de memoráveis programas, e a participação de Mário Silva, mostrando uma versatilidade que o público não conhecia;
ainda na tradicional emissora, os especiais Alma das coisas, com Daysi Lúcidi, Gerdal dos Santos, Pedro Paulo Gil e outros, entre o Natal e Ano Novo. Miniprogramas reativando o rádio-teatro da casa;
e, no Se liga Rio, do Roberto Canázio, o especial sobre Dalva de Oliveira e Herivelto Martins, a propósito da minissérie que a televisão estrearia no dia 4 de janeiro. José Messias, Luiz Vieira e Ricardo Cravo Albin enriqueceram o programa com seus depoimentos. Em 9 de dezembro a apresentação, reprisada no primeiro dia de 2010.
---o---
Selecionamos, do outro lado, a constante instabilidade técnica da Rádio Livre e o consequente desligamento de Carlos Bianchini, sua principal referência;
o retumbante fracasso da Mundial, que tinha uma proposta inovadora, e decepcionava dezenas de profissionais;
a extinção do futebol na Bandeirantes, que deixou de honrar compromissos trabalhistas com os componentes de sua equipe;
o ingresso de Verônica Costa (“a gloriosa” do funk) na programação da Manchete, fazendo gente da própria rádio torcer o nariz;
e a escalação do produtor Carlos Alberto Silva no Painel, da Nacional, no lugar da comunicadora Gláucia Araújo.

Destaque
Arte em revista, agenda cultural produzida e apresentada por Jota Carlos. MEC AM, 800. De seg. a sex., 6h da tarde.

Memória
Juçara Carioca estreava em agosto de 2000, programa próprio na Tupi, onde reingressara no ano anterior para trabalhar com o Clóvis Monteiro.

Rádio Globo, 65 anos

Luiz Mendes, decano da profissão em atividade e um dos fundadores da Rádio Globo, foi o grande homenageado na festa dos 65 anos da emissora, sábado 12 de dezembro, no Maracanãzinho. Falando sobre sua longa carreira, emocionou-se ao recordar de companheiros que já se foram, e ajudaram a construir a vitoriosa estação.
Maior ibope da casa atualmente, o padre Marcelo Rossi se constituiu na principal atração, aplaudido pelo público que lotou as dependências do ginásio, onde compareceram Alcione, Exaltasamba, Grupo Pixote, Rick Vallen e outros artistas populares. O show, apresentado por Loureiro Neto e José Carlos Araújo, contou com a presença de comunicadores, locutores, repórteres e demais funcionários da empresa.
Em discurso de agradecimento aos que garantem a elevada audiência da emissora, o diretor-geral do Sistema Globo, Rubem Soares, prometeu novidades para o próximo ano. A valorização do ouvinte, segundo ele, continuará sendo o objetivo básico da rádio.

-o- Dar nome a uma obra de arte (filme, peça de teatro, livro e outras manifestações) é muito importante. Na relação inclui-se, com certeza, programas de rádio. Aparentemente, fácil. No entanto, o difícil é pensar, criar. A Nacional lançou, na segunda semana de dezembro, Domingo show, ao anoitecer. O Cirilo Reis, que comanda diariamente o Musishow (olha a semelhança!), foi escalado para apresentar o novo cartaz.
Reporto-me a um livro do Fernando Gabeira, para questionar o Marcos Gomes, coordenador de programação da estatal. Que é isso companheiro? Domingo show é o nome de um programa da Tupi, muito bem conduzido pelo versátil Garcia Duarte, há seguramente três anos. Vai ao ar nas madrugadas, horário impróprio pra gente comum; não pra um executivo. Saber os trunfos da concorrência faz parte do jogo, mas copiar nada tem a ver com pessoas talentosas, “né” Marcos?...

Destaque
Programa Francisco Barbosa, Tupi AM 1280/FM 96,5. De seg. a sáb., 10h da manhã. Produção: Ricardo Alexandre e Priscila Santos. Participações especiais: Luizinho Campos, Luiz Ainbinder e Pedro Costa

Memória
Com passagens por diversas emissoras, Carlos Bianchini voltava a trabalhar na Globo. Estreava como noticiarista em 8 de março de 1997, no horário da manhã, em que atuara por muitos anos, o Isaac Zaltman.

-o- Se o rádio é uma curtição pra você, eis aqui um livro certo para a sua leitura: Radiomania, um cronista de plantão. Conta curiosidades sobre o veículo, focalizando personagens que fazem (ou fizeram) a história desse importante meio de comunicação.