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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Ouvindo as ondas

DE MUDANÇAS NOS MINUTOS
Das emissoras do Rio dedicadas exclusivamente a notícias nossa referência recai, há alguns anos, na Bandnews – onde pontificam o Ricardo Boechat, Mário Dias Ferreira, Carla Brigato. Valioso na CBN, o beneplácito do pioneirismo.

O ‘em vinte minutos tudo pode mudar’, da Bandnews é, sem qualquer dúvida, uma sacada criativa, inteligente. (Lembra frase atribuída a um mito do rádio esportivo que, em diversos momentos repetia: ‘A vida muda de minuto a minuto’.)

Ora, pois pois – como dizia saudosa amiga, dona de um restaurante em Niterói. É isso. Baseado naquela assertiva (da Bandnews, claro) reservamos vinte minutos triplicados, para analisarmos o que apresentam Mania, O Dia e a Fanática.

Na quarta (20), entre 13h50 e 14h55, nos entregamos a essa tarefa. O playlist musical delas é parecido, com o predomínio do pagodinho (também chamado de samba romântico), visceralmente o oposto do cultuado samba de raiz.

Não faltam na seleção, o funk e o sertanejo universitário. O primeiro, no entender de agentes culturais interessados, uma manifestação marcadamente popular, isto é, ‘a música do povo’. O outro, não menos, com diferentes defensores.

GIRO DOS PONTEIROS...
o. Bordões, bem feitos ou não, ‘grudam’ na mente de quem sintoniza uma rádio. Naquele período, a Mania rodou três músicas, intermediadas por comerciais para a distribuição de ingressos de shows e brindes para festejos natalinos.

o. A equipe de promoções estava postada numa rua de Madureira. No estúdio, Jairo Roberto, com passagens por FMs melhores abonadas. Refrão de um samba tocado na playlist: “Não quero nem saber/Quero amar você...” (Quanta poesia!)

PONTEIROS II...
o. Na O Dia, o horário era de um comunicador com simplória denominação... Orelinha. Ele recebia um cantor (e compositor) com nome de um pássaro – Tiê. Saudação do locutor ao apresentar o moço: “Você tem composições incríveis”.

o. Criado em São João de Meriti, na Baixada, segundo o próprio, o jovem revelou que deve à mãe, a adoção do nome artístico, pelo fato de viver sempre cantando. Ela o apelidou. Nos intervalos da entrevista, tocadas duas produções dele.

PONTEIROS III
o. Mais jovem estação carioca, Fanática foi inaugurada em junho do ano passado. Sediada em São Gonçalo, tem estúdios na Barra da Tijuca. “Amanhã já é verão. Faltam cinco dias para o Natal” -- advertia André Ricardo, o apresentador.

o. Rodou três pagodinhos e um funk e, ao anunciar o prefixo afirmou sem o menor constrangimento, caprichando na entonação que, ‘a Fanática é a melhor rádio do planeta’ (ops!) Não é à toa, certamente, que utiliza o bordão “Louca por Você”.

COMPANHIA DOS INSONES
Um dos ex-globais que aterrissaram na Tupi este ano, Alexandre Ferreira faz a madrugada, de meia-noite às 2h. Dá nome ao horário, que pertenceu por mais de uma década, ao Fernando Sérgio, dispensado no começo da temporada.

Dentre as atrações do programa -- o n° 1 da grade-- segundo as chamadas, estão “A Música de Sua Vida” e “Passarela do Amor”. Contam, apesar do avançado da hora, com muita interatividade, seguidores insones, naturais fãs do radialista.

A sexóloga Sandra Batista, figura onipresente em programas da rádio, participa desse cartaz. Na terça (19), ao iniciar a audição, Alexandre disse que a presença dela ocorreria no final, ‘quando as crianças estiverem dormindo’. Um brincalhão.

O quadro em que o ouvinte escolhe músicas de suas melhores lembranças, existe aos montes nas populares, de grande ou pequeno investimento. Unir pessoas que vivem solitárias, a função do outro. Collid Filho, antecessor, era mestre no tema.
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HORAFINAL.COM
Levantamento do penúltimo trimestre do ano (julho/agosto/setembro) sobre as FMs indica O Dia na 2ª posição em audiência no Rio, Mania na 7ª, sendo a 9ª colocada a novata Fanática, na frente da Bandnews, 10a. Fonte:Site Tudo Rádio.




2 comentários:

  1. Curiosa multiplicação destas rádios de pagode e funk proporcional ao desaparecimento das rádios de música romântica como era a Nativa (e até a 98).

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  2. Acertou em cheio, caro leitor. Quanto mais a qualidade cai, mais eles, os intérpretes, são promovidos. O baixo nível cultural do país, contribui para esse panorama. Uma pena.

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