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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Rádiomania, o Livro/29

AS FASES DO HAROLDO (D-1)
Perto de começar os anos 70, surgia a grande chance de um paranaense de Curitiba impulsionar uma carreira no rádio do Rio de Janeiro. Haroldo de Andrade ficaria conhecido em todo o país, consolidando seu nome entre os mais importantes do veículo. Depois de uma experiência na Rádio Nacional, Haroldo alcançara sucesso na modesta Mauá, onde lançara, ao entardecer, o “Musifone – Sua Preferência Musical Pelo Telefone”. Dali para a Globo, não demorou. Fez, em parceria com Roberto Muniz, de 5h às 9h, o “Alvorada Carioca”.

O maior cartaz da época era o “Programa Luiz de Carvalho”, uma espécie de coqueluche na Rádio Globo. ‘Saúde, paz e amor’, o slogan do radialista, fazia eco em todos os lares, admirado (e cultuado) por uma enorme legião de ouvintes. Luiz de Carvalho (*), um dos fundadores da Globo, viveu na emissora os seus melhores dias – uma fase de glórias. Ao lado de Luiz Mendes e Daysi Lúcidi, animara inicialmente, o “Chá das Três”, memorável show de variedades. Luiz de Carvalho dominaria as manhãs da emissora por muitos anos.

Mas, resolvera deixar o prefixo. Segundo depoimento do Hélio Thys numa série sobre o rádio no Brasil veiculada pela TV Educativa, Luiz trocara a Globo pela Tupi por causa de uma irrisória vantagem salarial. Com a saída dele, Haroldo de Andrade passou a ocupar o espaço, para quem Thys criaria o “Bom Dia”, crônica de costumes, na qual o apresentador nortearia o seu conceito.

Muito tempo depois, Luiz e Haroldo, companheiros na rádio dos Marinho, voltariam a se encontrar num mesmo prefixo. Isso acontecera na Bandeirantes, originalmente Guanabara. Era 1982, e aquela rádio se transformaria num suposto eldorado, escorada no slogan de estar 'um passo à frente da comunicação’. Com isso, acabara atraindo profissionais consagrados para as suas fileiras. Paulo Lopes, que estava na Tupi, e Carlos Bianchini, na Globo,foram pra lá.

Em poucos meses, debandada geral e, todos retornaram a seus endereços anteriores. O som da Bandeirantes era ruim, os equipamentos prometidos não chegavam, e nem sequer de viaturas decentes necessárias para os serviços externos a emissora dispunha. Mesmo assim, Luiz de Carvalho ficou, sendo o único dos famosos que não reagira.Depois que saíra da Tupi, envolvido num caso rumoroso, passaria pela Clube do Brasil, Imprensa FM e Federal, de Niterói.

Haroldo de Andrade retomara seu lugar na Globo, robustecido pelo alerta que lhe fizera o compenetrado Hélio Thys, de que a transferência para a outra emissora mais lhe parecia uma aventura. Thys havia sido convidado para também mudar-se para a Bandeirantes, o que educadamente recusara. Nos quatro meses em que Haroldo estivera fora, Roberto Figueiredo assumira o tradicional horário.

(*) Luiz de Carvalho morreu de pneumonia, no ostracismo, dia 9 de junho de 2008, com 89 anos.Aposentado, até 2004 ainda permanecera em atividades.

MEMÓRIA-2006
Âncora do principal noticioso da Nacional, a partir de sua revitalização, a jornalista Neise Marçal se desligava da emissora em janeiro. E o músico Henrique Cazes, apresentador novato parava com um programa de choro nos fins de semana.

Adriana França e Rui Fernando, com mais de vinte anos de casa, lideravam a lista de cortes no SGR no começo do ano. Também saíam os locutores Ulisses Costa e Osvaldo Maciel e o repórter Márcio Spípolo, do esporte em SP.

Em março, “Planeta Rei” com Beto Brito passava a ser uma raridade musical na Globo. Ocupava o horário de meia-noite às 2h, de segunda a sábado, antecedendo o “Madrugada Globo Brasil”, pilotado pelo Francisco Carioca.

Seis meses depois de inaugurada, s Rádio Haroldo de Andrade registrava a primeira dissidência -- Ivo Meirelles, sambista e compositor, que fazia um programa à tarde. A rádio ganhava, porém, um produtor de peso, Roulien Silva.





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