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domingo, 22 de novembro de 2009

O patético no futebol

A Nacional-Rio estava quebrada, um lixo, quando Eugênio Bucci assumiu a presidência da Radiobras. O governo teve que investir alto em sua revitalização – quem é do ramo sabe muito bem. Reinaugurada em julho de 2004, ganhava estúdios novos, equipamentos de última geração, e tudo indicava que sairia do marasmo em que mergulhara por muitos anos. Na estética melhorou, a programação musical e o jornalismo também. Mas, a ingerência política, ainda emperra sua engrenagem, não a deixando decolar.
O esporte (futebol, no caso), uma tradição na empresa, linha de frente em outros tempos, foi o que mais perdeu -- só regrediu. Depois de três anos fora da grade, voltava em 2009, limitado a um narrador, um comentarista, e uma plantonista. Falta de verba para formar equipe? Não parece. Por que a Petrobras patrocina o futebol nas emissoras particulares e não na estatal?
Soa como coisa patética, os diretores Cristiano Menezes e Chico Teixeira atuando como “pontas”, no lugar de profissionais especializados, nas partidas do Maracanã. Não propriamente pelo desempenho deles e, sim, pela subserviência. Situação semelhante, não ocorre nem nas emissoras do interior, comparativamente muito abaixo em termos de recursos técnicos e humanos.

Destaque
Alô Rio, com Hilton Abi-Rian. Nacional AM, 1130, de seg. a sex., 8h da manhã. Produção: Norma Néri. Participações: Mário Silva e Marco Antônio Monteiro.

Memória
Durou apenas um ano e meio, a passagem de Haroldo Júnior pelo Super manhã, na Tupi. Em dezembro de 1996, ele deixava a emissora.

-o- Lançado na XIV Bienal no Riocentro, Radiomania -- um cronista de plantão conta curiosidades sobre o veículo. Fala de personagens que fizeram (e fazem) a história desse importante meio de comunicação. O exemplar custa 30 reais.

domingo, 18 de outubro de 2009

Debates em questão

Quem ouve o Manhã na Globo naturalmente já reparou o número de vezes que o Loureiro Neto repete: “ligue e participe do nosso programa” e, “daqui a pouquinho”... Na primeira, concita os ouvintes a se manifestarem sobre “a pesquisa do dia”. Na segunda, entre uma e outra rodada de comerciais, alerta sobre os quadros que virão -- as atrações. Exaustivamente, ele bate nessas duas teclas. Tem que gostar muito do programa (e do comunicador) para sintonizar a rádio no horário, dia sim e outro também.
O Loureiro foi um bom repórter esportivo, com passagens pelas principais emissoras. Lembro-me que na JB, fora do seu ramo, até cobriu o caso do Tancredo Neves, presidente eleito em colegiado, que morreu com uma tal de diverticulite. Os Debates com ele é bem diferente do original, que herdara. A fórmula, com integrantes fixos nos últimos anos, ficou desgastada e, pelo jeito, os executivos da rádio não se deram conta disso.
Hoje, na própria Globo, tem abordagens melhores no gênero. O Quintal... com o Marcus Aurélio utiliza a interatividade para discutir os asssuntos do dia, mesma linha adotada no Se liga, Rio, com o Roberto Canázio. Exemplos de enfoque moderno, contrastes ao quadro antigo. Duro é ouvir o Loureiro dizer “em cima do lance” (comum ao pessoal do esporte) num programa de variedades, ou ainda “mei-dia...”, em vez de meio-dia..., ao anunciar a hora.

Destaque
--o Show do Apolinho, com Washington Rodrigues, na Tupi AM 1280/FM 96,5. De seg. a sex., 5h da tarde. Produção: Marcus Vinicius e Juliana Matolla.

Memória
--o A Opus 90 FM, do Sistema de Rádio JB, encerrava suas atividades em abril de 1993. Em sua frequência, no mês seguinte, entrava em operação a FM O Dia.

--o Passou a se chamar Doalcei Camargo, a cabine da Tupi no Maracanã. Nomes que fazem (ou fizeram a história do rádio, entre os quais Doalcei), estão em 'Radiomania, um cronista de plantão'. Lançado na XIV Bienal, é um livro para interessados no tema.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

“Mais que demais”

Tenho sintonizado o Giro esportivo, 10h da noite, na Tupi. E constato a excelente fase do locutor, repórter e apresentador Wagner Menezes. Ótima dicção, seguríssimo nas falas, bem-humorado nos diálogos com o Jorge Nunes seu companheiro de programa, produzido com muito capricho. O Wagner, em linguagem popular, está “mais que demais”. Vez por outra, porém, nas pré-horas das jornadas, ele recorre ao “haja coração, pra tanta emoção”, conhecido bordão que qualquer ouvinte sabe de quem é. Seria uma admiração incontrolada pelo adversário do chefe que o leva repetir a expressão? Ou isso faz parte da rivalidade entre as duas principais estações que cobrem futebol no Rio?
--o A MPB FM (90,5) é disparada a melhor seleção musical no segmento na decantada Cidade Maravilhosa. Investindo em jornalismo, conta há pouco tempo, com o Sidney Rezende em seus quadros. O público só perdeu, quando a CBN o demitiu em novembro do ano passado. O da MPB ganhou e agradece por sua contratação.
--o De muito boa qualidade as edições do Jornal do Rio, pelas ondas da Nacional, nos chamados dias úteis. A primeira um pouco depois do meio-dia, com a Luciana Valle, a outra por volta das 6h40, em apresentação do Jair Lemos. Os programas da rádio atualmente, têm a coordenação do Marcos Gomes, ex-JB, ex-CBN, ex-Roquette.

Destaque
Minha terra, nossa gente, com Luiz Vieira, na Sucesso AM 710. De seg. a sex., 6h da manhã. Produção: Demétrio Costa. Participação: Divaldo Silva

Memória
Clóvis Monteiro ingressava na Globo em junho de 1994, na condição de curinga. Passava a titular em dezembro, e antes de completar dois anos, voltava para a Tupi.

--o Se você gosta de rádio, não deve perder “Radiomania, um cronista de plantão”. Lançado na XIV Bienal, no Riocentro, custa 30 reais o exemplar. Edição limitada.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Barbacena, um ano

Por Floriano Lemos

Dia 15, terça-feira. Luiz de França completava um ano de sua mudança para Barbacena (MG), de onde passou a fazer seu programa na Manchete, 2h da tarde. Pelo aniversário, recebia homenagem dos filhos Adriana e Luiz de França Júnior, e do neto Rafael, todos radialistas.

--o Primeiro a utilizar a secretária eletrônica no rádio, Mário Esteves festejava, no mesmo dia, um ano naquela emissora. O show que ele comanda, antecede ao do França.

--o Wellington Campos assinava com a Tamoio, nova proposta de futebol no Rio. Demitido da Nacional em 2002, depois de 16 anos na empresa, atuou em vários prefixos, não esquentando lugar. Seu ultimo endereço foi a Itatiaia, de Belo Horizonte.

--o Gerson, “o canhotinha de ouro”, reintegrou-se ao grupo do José Carlos Araújo, no domingo 20. Estava licenciado há dois meses, para tratamento de um problema nas cordas vocais.

Em destaque

Se liga, Brasil, com Roberto Canázio, na Globo AM 1220. De segunda a sexta, 1h da tarde. Participações especiais: Alex Petrovsky e Ana Paula Portuguesa.

Na memória

Em junho de 1995, estreava na FM O Dia, o Xou da Xuxa – horário vespertino, de 3h as 5h. Durou apenas três meses, saindo do ar em setembro.


--o Nomes, programas e curiosidades que fazem (ou fizeram) a história do rádio, estão no “Radiomania, um cronista de plantão”, lançado na XIV Bienal do Livro, no Riocentro.