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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Direto das Ondas

 REMINISCÊNCIAS (8)


Durante dois anos consecutivos – 1989 e 1990 --, a FM 105 detinha a vice-liderança no segmento no Rio. Entre os comunicadores, Robson Castro era um dos preferidos. Apesar da boa posição no Ibope, a rádio perdia no segundo semestre do último ano a maior parte de seus profissionais. Robson, que trabalhara no SGR retornaria à casa, assumindo o Good Times, na 98. Em 1994 deixava de novo a emissora e voltava à 105 com o Amor Sem Fim, concorrente daquele. Em junho de 1995 transferia-se para a Melodia, depois, para o FM da Tupi, onde nascia  o Yesterday, similar do Good Times, que  ele criara.

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DOURADAS LETRAS

Um dos baluartes da revolucionária Cidade FM, Fernando Mansur marcaria com douradas letras seu nome gravado nessa modalidade de rádio. A Cidade, surgida no final dos anos 70 assinalou uma época, influenciando as emissoras do segmento.  Como   tudo é eterno enquanto dura, {no dizer do poeta}, um dia a concorrência superaria a linha adotada por ela. Quem brilhava na Cidade – e Mansur não foi exceção --, seguiu outros rumos. Na década de 80 ele foi para a FM 105, fixando-se posteriormente na JB AM.

BRIZOLA TAMBÉM

Revelado pelo SGR  nos anos 70, Alberto Brizola se projetara na Mundial, atuando por quase 20 anos. Com o prestígio conquistado elegera-se deputado cumprindo, paralelamente às atividades no rádio, dois mandatos na Assembleia Legislativa do Estado do Rio. Em novembro de 1992, com informação privilegiada, deixava a rádio   pela  105. (Dois meses depois, início de 1993, a Mundial era desativada, sendo terceira atrás da Globo e Tupi.) Brizola não se firmara. Desligava-se em menos de seis meses.

HORA DA JUÇARA

Ao fim de três meses após contratar dois ex-globais – Luiz de França e Washington Rodrigues – a Tupi investia em outro valor de lá. Era Juçara Carioca. Ela se destacava no Show do Antônio Carlos, e se constituía no dia 5 de maio em nova atração do ‘Clóvis Monteiro’, mesmo horário daquele, de 6h às 9h. Juçara tinha começado na Tupi em 1969, onde ficou 12 anos seguidos como repórter da Patrulha da Cidade. Em 1981 foi para a Manchete, mas trabalhou só três anos. Juçara (a Juju) fez outras passagens por emissoras do Rio,  atuara também numa de São Paulo e, inclusive  de Minas Gerais.

OPUS FORA DO AR

O consórcio O Dia/Jornal do Brasil tirava do ar em setembro de 1999 a Opus 90, recriada há um ano e nove meses. A emissora, destinada a um público altamente qualificado, não conseguira no período, sensibilizar anunciantes. Consequentemente, estava no vermelho, para tristeza de seus ouvintes, mais uma vez na orfandade. A Nova FM, proposta popular do grupo para substituí-la, começava a operar em 15 de outubro. Por uma questão de mercado e refletindo a falta de criatividade, os idealizadores ‘jogavam pesado’ em cima  da concorrência – ‘Nova Globo FM’,  veiculado no final de 1998.

DE ‘RAINHA’ E ‘REI’

Rainha destronada, rei posto. A demissão de Cidinha Campos no final de outubro de 1999 obrigou a Tupi promover, quase um mês depois, a volta do Paulo Barboza, que estivera na Rádio Capital, em São Paulo, e estava servindo à Record. Antes de se radicar no cenário paulista, ele passara uma temporada em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ao contrário de outros profissionais que sucedera a Cidinha, recebia carta branca para alterar o formato do programa. Exceção ao quadro de debates, com a liberdade somente de mudar o nome, que ficou sendo A Notícia Faz o Show.

FRITURA EM REVISTA

Ao lançar a Revista do Sábado em 20 de novembro de1999 a Rádio Globo iniciava um processo de fritura de um outro Barbosa (o Francisco), considerado uma das estrelas da casa. Dono de um programa de meio-dia às 3h, o comunicador apresentava naqueles dias da semana, com a participação do produtor de discos Mauro Motta, o interessante Papo de Música. Era intercalado pela reprise de seções humorísticas produzidas por Maurício Menezes, que as interpretava com o Hélio Júnior. Durante um ano o programa tinha dose dupla, reapresentado à meia-noite para cobrir a saída do Hilton Abi-Rihan. Barbosa perdia audiência nos anos que foi escalado para as tardes.

COMANDO MENOR

Principal atração da Globo nas festas de Momo, o Comando Geral do Carnaval de 2001 pouca diferença apresentava em relação às edições anteriores. Entre os profissionais escolhidos duas novidades: Loureiro Neto, na cobertura dos desfiles na Marquês de Sapucaí, domingo e segunda feira e, Maurício Menezes, no horário antecedente daqueles dias. Maurício e Ana Flores foram os que dispuseram de menor espaço – ela com a desvantagem de só aparecer na segunda-feira. Desde sua concepção, o Comando destinava seis horas aos comunicadores, e a esses apenas quatro. A se destacar no ano, a utilização de um noticiarista na maratona – o Francisco de Assis.

SAÍDA ESTRATÉGICA

Pouco depois de um ano de sua volta à Rádio Tupi, Paulo (Barboza) se desligava da estação. Sua despedida ocorria no sábado 10 de março de 2001. O comunicador decidira retornar à São Paulo, cidade em que se radicara por mais de dez anos, com grande sucesso – primeiro na Rádio América, depois Capital e Record. A saída dele foi uma forma estratégica, pois, especulava-se nos bastidores que seu Ibope não estava atendendo aos objetivos aguardados pelos executivos da Livramento.

AS PROPOSTAS

Menos de um mês após tentar proposta nova de comunicador e destacar o Francisco Barbosa para ocupante de um dos horários de maior concorrência no AM, a Rádio Tupi partia em busca de outra alternativa. O beneficiado da vez era o repórter, comentarista e apresentador Luiz Ribeiro, indicado para responder pelo espaço das 8h às 10h da noite, quando não há transmissões esportivas. De uma geração mais recente na oportunidade (provinha dos veículos impressos), Ribeiro foi componente de um grupo coordenado pelo Ronaldo Castro na Rádio Nacional, anos 80.  Inicialmente, sua entrada na Tupi foi  no lugar do Marcus Aurélio, com o Giro Esportivo e o Bola na Mesa.

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OndasAtuais.Com

Mudou o formato do Show do Clóvis Monteiro na Super Rádio Tupi. Agora, em meio às notícias e comentários dos colaboradores e internautas, são incluídas trilhas sonoras para ilustrar. Jeito simples de fugir da mesmice predominante no veículo.

Segundo o [auto} promocional Clóvis é, no momento, o comunicador de maior audiência no FM do Rio. Um detalhe: Recordista em inserções de comerciais, roda, em média, nove a cada quarto de hora, desconhecendo-se a crise ali.

 

 

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Direto das Ondas

REMINISCÊNCIAS (7)

Foi na FM 105 que o comunicador Mário Belisário começou a se projetar no rádio. O programa Desperta Rio, de 4h às 7h, seu melhor cartão de visitas, entre 1989 e 1990. No finalzinho deste ele estreava na Tupi AM, dando nome ao show que o acompanharia em outras emissoras. Em setembro de 1995 Belisário se desligaria da Tupi. Trocava aquela pela Manchete AM, onde ingressava no mês seguinte, porém, seis meses depois estava em novo prefixo, levado por   proposta aparentemente mais interessante. Era a FM O Dia, que   contratava outros profissionais de reconhecido apelo popular.

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UM PEREGRINO

Na década de 70 Fernando Sérgio era locutor do SGR destacando-se na Mundial. Em 1980 saía e, durante dez anos, tal peregrino, passava por vários endereços. Esteve na Bandeirantes, e duas vezes, alternadamente, na Tamoio e na Manchete. Data ainda deste período, uma conflitante passagem pela Tupi AM (gestão Péricles Leal). Contratado para um programa no fim de tarde, ficou duas semanas. Em 1990, na Tamoio, foi convocado para o lugar do Roberto Figueiredo, nas manhãs da Tupi.

PELOS BAIRROS

Noticiarista da JB AM em tempos remotos, Oduvaldo Silva viveria anos de glória como apresentador do Show dos Bairros, na Mundial. Isso aconteceu na década de 70 e parte dos anos 80. Durante boa temporada Oduvaldo acumulava essa atividade com a de coordenador de programação da Globo FM. O desgaste da fórmula fez o Show dos Bairros perder audiência, e o titular, prestígio. Bem que o SGR tentou reerguer o programa. Primeiro, com Jorge Pallis. Depois, com Robson Alencar. Em vão.

NOVO COMANDO

A Rádio Globo anunciava em 1998 modificações no Comando Geral do Carnaval, uma atração que permaneceria por mais de duas décadas na  sua  grade. O Comando, idealizado pelo diretor Mário Luiz chegava ao fim da linha no modelo original recebendo xeque-mate do Marcos Libretti, que assumira a direção regional a partir de 1997. Na sua edição de despedida, o Comando Geral mobilizava nada menos que treze comunicadores – o maior número de profissionais da categoria durante toda sua existência.

MODERNISMO

As inovações na programação da Rádio MEC iniciadas em 30 de março de 1998, representaram o fim do ranço didático. Uma das louváveis medidas, sem dúvida, foi a eliminação dos frequentes ‘buracos’ nas passagens de blocos dos cartazes. A impressão que se tinha com aquela falha, era que o operador do horário nunca estava atento, ou até, despreparado para o exercício das funções. Assim renovada, a MEC ficou parecida em alguns momentos com o estilo de programas da  extinta  Jornal do Brasil AM.

JURAS DE AMOR

Heleno Rotai, mais popular dos comunicadores de FMs cariocas mudava de casa em maio de 1998. Dono da maior audiência durante muito tempo, de 9h às 13h, quando apresentava o Alô, Alô Rio na 98, Rotai estreava dia 4 daquele mês na Tupi, há dois anos impulsionada pelo slogan O Amor do Rio. No dia de sua estreia, ele declarava estar de amor novo e, por isso, muito feliz. Natural de Friburgo, interior fluminense, destacado nome do FM do SGR, Rotai ingressara na 98 quando ela ainda se chamava Eldo Pop.

MAIS ALTO O FLA

 Os bastidores do rádio fervilhavam nas duas primeiras semanas de agosto de 1998. Na segunda-feira, 10, o comentarista Washington Rodrigues licenciava-se da Globo, aceitando um inusitado desafio em sua vida. Seu amor pelo Flamengo falava mais alto.  Afastava-se para ser diretor técnico do clube. Também naquele dia, Hilton Abi-Rihan recebia bilhete azul da emissora, onde se encontrava há cinco anos, graças ao velho amigo, compadre e parceiro Apolinho, depois de dispensado da Nacional em 1991. Abi {de Deus} e o Velho {Apolo} animavam na Globo entre 1993 e 1995, o memorável Show da Madrugada.  

SONHO DE SAMBA

Quem ouvira durante uma transmissão esportiva certo locutor da Nacional anunciar uma nova programação em setembro de 1998, ficaria a imaginar que, finalmente, a emissora estatal se preparava com vistas a uma reação. Ia recuperar-se   de um processo de insolvência em que mergulhara ao longo de duas décadas. Sonhar não custa nada, bem o dizia um poeta em conhecido samba de carnaval. Sonhadores eram outros -- diretores da Nacional, considerada ‘a maior emissora da América Latina’. Ruim no  Ibope,  ela perdia para   a  Manchete e, inclusive, para a Rio de Janeiro.

A VEZ DO MÁRIO

De uma nova geração na época, Mário Esteves era promovido pelo Sistema Globo às vésperas do 54º aniversário de sua principal emissora. No dia 30 de novembro de 1998, segunda-feira, ele estreava no comando de um programa vespertino – O Rio na Globo.  Com esse lançamento a rádio tirava do ar o Show do Luiz de França, ‘um campeão de audiência’. Edmo Zarife, titular por 16 anos, era limitado às funções de voz oficial. Mário ganhava um segundo programa, o Agito Geral, nas manhãs de domingos. 

TUPI, O CAMINHO

Menos de três meses de ter encerrado seu contrato com a Globo, Luiz de França fechava com a Tupi. E estreava em 3 de fevereiro de 1999, dia consagrado a São Brás. Antes programado para 1º do mês, a direção do Condomínio resolvera escalar o França para o mesmo dia da estreia do Washington Rodrigues, que também não renovara seu compromisso com a emissora dos Marinho. Com dois ex-globais em poucas semanas, a outrora líder dos Associados melhorava sua audiência da tarde, uma grande vitória.

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OndasAtuais.Com

Os locutores Luiz Carlos Silva e Ricardo Mazella, que lideravam a equipe esportiva da 94 FM (Roquette Pinto), formada em novembro passado, não estão mais na emissora. O também locutor Carlos Borges seguiu a dupla. Desligaram-se no período os repórteres Sérgio Américo, Carla Matera e Rogério Ribeiro. O que era quarto nome na hierarquia, Batista Júnior, foi promovido a primeiro narrador.

A Super Rádio Brasil AM 940, pertencente à Legião da Boa Vontade, parou de transmitir futebol. Desativou a equipe então chefiada por Marcelo Figueiredo, integrada pelos narradores Maurício Moreira e Fábio Moraes, comentarista André Gonçalves, repórter Rafael Araújo, entre outros. Com o ato, saiu de cena o Momento Esportivo, tradicional atração da hora do almoço, referência para a classe.

 

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Direto das Ondas

 

REMINISCÊNCIAS (6)

Não vingaria na FM O Dia o slogan Um Amor no Seu Rádio adotado no primeiro semestre de 1996 com a contratação de Anthony Garotinho e outros comunicadores. A pretensa revolução no segmento em que se juntavam jornalismo e prestação de serviços, coisas típicas do AM, não passaria de um grande fiasco. Pela terceira vez, em menos de dois anos, a emissora ainda lutava por uma definição  do seu rumo.

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DÊEM MOTIVOS

Nenhuma rádio muda de programação à-toa. E tal como a máxima do futebol: em time que está ganhando não se mexe. As mudanças que a Globo promovera em 1984 não surtiram o efeito que a direção esperava, deixando sua liderança de anos a fio seriamente ameaçada. Pela passagem do seu 52º aniversário – duas temporadas após   -- a rádio se repaginava, mexendo mais uma vez na sua grade. Trocava os horários do Luiz de França e do Francisco Barbosa, e reduzia o do Edmo Zarife -- O Rio Total.

DEPOIS DA BAIANA

Seis anos depois de sair da Tupi (brigara com o diretor Alfredo Raimundo) e, cerca de cinco   do seu afastamento do veículo – estava na Manchete, quando se licenciaria para concorrer à Prefeitura do Rio --, a deputada e jornalista Cidinha Campos retomava seu espaço no rádio. A volta foi em 20 de janeiro de 1997, dia do padroeiro da cidade, São Sebastião. Amigos e admiradores compareceram aos estúdios da emissora do bairro da Saúde para recepciona-la, enquanto outros telefonavam.

O MANO DE TODOS

A grande notícia no primeiro semestre de 1997 fora a contratação, pela Tupi, do veterano radialista Áureo Ameno, o mano de todos, que conquistara no ano anterior, um mandato na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Dispensado no início do ano (justamente por se eleger), Áureo era o mais antigo funcionário da Rádio Globo, nela ingressando como repórter ao fazer a cobertura do suicídio do presidente Getúlio Vargas em agosto de 1954. Peça importante do Show do Antônio Carlos na emissora dos Marinho, ele acertou uma vaga no programa do Clóvis Monteiro.

APOSTA PERDIDA

O S.O.S Globo, em que os executivos da rádio apostavam suas fichas foi à lona ao fim de oito meses de duração. Nele estavam depositadas muitas esperanças de a Globo superar, no horário, a Patrulha da Cidade, da Tupi. De nada adiantaram as insistentes chamadas apregoando tratar-se de um programa diferente; de nada adiantaram, inclusive, a empatia do Gilson Ricardo e a competência dos profissionais que o secundaram visando reverter para a emissora, os pontos do Ibope. Deu margem a musiquinha: ‘A Patrulha preocupa, incomoda, faz mexer. Mexe, mexe’.

DUPLAS CAMPEÃES

Globo e Tupi disputavam, até 2008 no Rio, a sintonia do público amante de futebol, cada qual anunciando-se campeães de audiência.  Ofereciam ao ouvinte uma programação  parecida. Bem cedo, pela manhã na Globo, às 5h40, o Toque de Primeira, e na Tupi, às 5h50, o Batendo Bola, um resumo dos acontecimentos no dia anterior, ou o que ia acontecer no dia que se iniciava, baseados em seus noticiários noturnos, respectivamente Panorama e Giro Esportivo, apresentados entre 22 e 24h.

NA RODA VIDA

Depois de muitos anos na Rádio Globo, Roberto Figueiredo, um dos mais renomados profissionais do veículo, se transferia em 1987 para a Tupi. Em abril de 1989, ele trocava esta pela Manchete, onde ficaria apenas um ano. Em outubro de 1991, voltava ao rádio através da CBN, cumprindo curta temporada, pois se afastaria para candidatar-se à uma cadeira na Câmara Municipal do Rio. (Em seus anos derradeiros na Globo, elegera-se deputado estadual, não obtendo renovação do mandato).

EM SEQUÊNCIA

Conforme outros profissionais, em 1991 Jorge Luiz desligava-se da Tupi. Foi trabalhar na Manchete, mas em 1993 voltava à emissora da Rua do Livramento. No primeiro semestre de 1995, quando fazia o horário de 9h ao meio-dia, era dispensado, indo parar na Tamoio. Dali, onde não esquentaria lugar, viveria uma odisseia, atuando pouco tempo na Roquette Pinto e, por tempo menor ainda, na FM O Dia – atingindo o recorde negativo de um mês, igualando-se a um colega da mesma Tupi noutra ocasião.

DESABRIGADOS

O fechamento da Mundial em janeiro de 1993 deixou profissionais ao desabrigo. Um deles foi Elói Decarlo. Dedicaria-se durante algum tempo somente às gravações de comerciais, até ser contratado pela Rede Manchete de Televisão. Voltaria em 1996, no FM da empresa. Em junho de 1997, mudava-se para a FM O Dia. Ficava dois meses. Trabalhavam  na Mundial no último dia Alberto Brizola, Big Boy, Jota Carlos, Jorge Pallis, Oduvaldo Silva, Robson Alencar, Samuel França, e pessoal de apoio.

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OndasAtuais.Com

 Pelas nove nas manhãs de domingos, tem na tradicional Rádio Nacional o Osmar Frazão. Veteraníssimo, com suas histórias sobre música popular brasileira. No dizer de alguns, ele ‘é mais antigo do que andar pra frente’, como seu slogan ‘E, aí, estão gostando?’ (O ‘É verdade’ do Washington Rodrigues, {Velho Apolo}, e o ‘De qualquer maneira’, do Roberto Canazio, comparativamente, não perdem nada.

A SulAmérica Paradiso, NovaBrasil e Mix FM, emissoras eminentemente musicais têm – o ouvinte atento mais do que percebeu --, dois pontos parecidos. Programação corrida e, o quadro, com diversas edições, de ‘uma hora só de música, sem intervalos comerciais’. Em linguagem do observador crítico, trata-se do 'show de mesmice na veia’, motivos  para certa corrente afirmar que o rádio, no Rio, ‘está na UTI’.

 

 

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Direto das Ondas

REMINISCÊNCIAS (5)

A nova programação da Globo a propósito dos 50 anos trouxera poucas novidades. O slogan ‘cem por cento emoção’, divulgado desde o carnaval de 1993, abria uma expectativa mais abrangente. No fim, restringia-se a puro marketing, frustrando um grande número de ouvintes. E, esse sentimento ganhara dimensão ao se perceber que o detentor do maior Ibope das tardes, Luiz de França, tivera duas horas cortadas.

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VINTE ANOS DEPOIS

Ausente da Tupi por mais de 20 anos – tempo que trabalharia na Globo – Affonso Soares efetivava, em 25 de setembro de 1995, sua volta à emissora da Rua do Livramento. Originalmente lançado na primeira, o programete Não Perca a Esportiva se dimensionava, mantendo três edições no período. A data escolhida para a reestreia de Affonso coincidia com o aniversário da rádio, isto é, a campanha dos 60 anos.

 PELAS MADUGADAS

De volta às madrugadas, onde apresentava {com Hilton Abi-Rihan} um programa até maio de 1995, Washington Rodrigues, o Apolinho, passava a semanal na Globo. A estreia ocorria em 17 de março de 1977, com um show que levava o seu nome, de sábados   para os domingos, um pouco depois da meia-noite, indo até às 3h. Na mesma data, acontecia o lançamento de nova atração na sequência – o Parada das Paradas, com Francisco Carioca. Substituíam o Toca-Tudo, comandado por Antônio Luiz.

UMA PASSAGEM

Em 31 de março de 1996, Clóvis Monteiro se despedia da Globo. Completaria dois anos em junho, mas saía por uma proposta melhor, requisitado para voltar à Tupi. E, para o que classificava um desafio –competir com o Antônio Carlos, na concorrente, dono, segundo as pesquisas, da maior audiência do rádio na América Latina. No retorno, ele desbancava o Anthony Garotinho, pela última vez, na quinta-feira, 4 de abril.

BEM RODADO

Profissional de larga experiência, Ronaldo Castro estreava na Globo domingo, 4 de novembro de 2001.  Contratado para o lugar de Elso Venâncio – bem mais novo no ramo – demitido em outubro, Ronaldo recebia a missão de comandar o Enquanto a Bola Não Rola, de meio-dia às 2h. Participava do Balanço da Globo nos intervalos e finais de transmissões, do Panorama Esportivo, de segunda a sexta, de 10h à meia-noite e, se reversaria com Gerson e Luiz Mendes, sendo o terceiro comentarista da casa.

ESPECIAL DOS 80

A Globo apresentava no sábado 5 de junho de 2004 um especial pelos 80 anos de Luiz Mendes, então o mais antigo radialista esportivo em atividade no país. O seu   aniversário foi comemorado na quarta-feira, 9. Uma sala no Maracanã e outra no Caio Martins têm o nome dele, e a partir da mesma oportunidade, também com o seu nome aquela em que funciona o departamento de esporte da rádio. Um dos primeiros narradores da Globo, Mendes criou o tempo de jogo nas transmissões.

O POLEMIZADOR

Figura polêmica, José Cunha era na mesma proporção admirado e detestado. Pelas posições adotadas chamavam-no de ‘comunicador-coragem’. Pelos métodos   para a obtenção de publicidade, sofria rejeição na própria classe. Sem espaço nas emissoras do Rio, Cunha atuara numa FM em São Gonçalo, em que também editara um semanário. Retornava às atividades na Rádio Carioca em 2003 em parceria com seu conterrâneo Luiz Carlos Silva, depois de dois anos em Ponte Nova, Minas Gerais, sua terra natal. 

A OPÇÃO BAND

Sucessora da Guanabara (AM 1360), a Bandeirantes-Rio empenhada em crescer (e aparecer) começava um projeto algum tempo abandonado pelo prefixo: transmitir futebol. O (re)início se dava numa quarta-feira, 19 de julho de 2006. Cobria no Maracanã o jogo entre o Flamengo e Vasco pela Copa do Brasil (Fla 2 a 0) narrado por Edilson  Silva,    ‘o locutor-energia’. Na pré-hora, o Rui Fernando assegurava que ‘o objetivo da rádio é conquistar o primeiro lugar’. A Globo o dispensara em 2005, depois de 20 anos.

UM RECORDISTA

O locutor, repórter e apresentador Gilson Ricardo comemorava 30 anos de Rádio Globo, na segunda-feira, 16 de abril de 2007. Em termos de permanência e dedicação ao esporte numa emissora, superava (com folga) a marca registrada   por Doalcei   Camargo, 23 anos ininterruptos na Tupi. Natural de Petrópolis, Gilson caíra nas graças do Waldir Amaral que, ao  ouví-lo  transmitir uma partida de  futsal, convocou-o para sua equipe.

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OndasAtuais.Com

Transferida de segunda (5) para  terça (13) a estreia da CNN Rádio em parceria com a Transamérica. A programação será das 6h às 12h, e das 18h30 às 19h30.  

Eletrocordas; La Cida no te Quiero; Melecada; Enquanto o Fole Respira; e Viva Bossa, vencedoras do 12º Festival de Música da Rádio MEC. Na EBC, 25 último.

Há dez jogos sem ganhar, o Botafogo quebrou a invencibilidade do Palmeiras no Brasileirão, quarta (7). A Tupi transmitiu com Bruno Cantarelli, comentários de Beto Jr. 

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Direto das Ondas

 REMINISCÊNCIAS (4)


O pessoal do rádio não teve motivos para comemorar os 70 anos do veículo no Brasil, alcançados em 1993. Em janeiro, o rádio ficava desfalcado de uma importante emissora de sua história – a Mundial, terceira mais antiga do país, até os anos 60 conhecida como Rádio Clube do Brasil. Em abril, quatro meses depois de completar 59 anos de fundação, a JB AM também era desativada.

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TERRA DA GENTE

Ainda naquele ano, segunda-feira, 1º de março, Luiz Vieira voltava à Nacional com Minha Terra, Nossa Gente, apresentado de 5h às 7h das manhãs. O forte dele: contar de memória, fatos pitorescos sobre a vida de antigos cantores, compositores e instrumentistas da música popular brasileira – a MPB, segundo os modistas. No quadro Gente que Brilha, o roteiro baseava-se na data de nascimento (ou morte) de um artista. Era a terceira vez que o  poeta e radialista ocupava  espaço na tradicional emissora.

QUARENTINHA

A cantora Claudete Soares comemorava 40 anos de carreira no primeiro semestre do mesmo período. Fã incondicional de Vinícius de Moraes, ela incluiu muita composição do poetinha em seu repertório. O maior sucesso de Claudete, contudo, foi uma produção de Erasmo e Roberto Carlos, De Tanto Amor. Depois disso, a artista caíra no esquecimento, ficando oito anos sem discos. Engajada na  Bossa Nova, foi a primeira a gravar Apelo, de Baden e Vinícius, conhecido na voz de  Elizeth Cardoso.

SABIÁ COM ARTE

Depois de promover o dominical Onde Canta o Sabiá, no começo de 1993, a Nacional criava expectativas para outras novidades na temporada. Dia  9 estreava Arte de Ouvir, às 11h das manhãs, produzido e apresentado pelo jornalista e crítico Artur da Távola. O pacote se fecharia no dia 16 de agosto com a saída do Segundo Caderno, de José Messias, às 3h da tarde. Restabelecia um horário de novelas, antecipava em uma hora o Rio de Toda Gente e, no entardecer, abria o Caderno de Notas,   agenda cultural e jornalismo,  com o locutor e produtor Luiz Carlos Saroldi.

PELAS ORIGENS

A um mês de completar 40 anos de carreira, 29 dos quais a serviço da Nacional, José Messias restreava na Metropolitana, resolvida a   diversificar sua programação, que na década de 80 estava mais voltada aos termas evangélicos. Fala Povo, a nova criação do José Messias era lançada em 12 de julho de 1993, com apresentação de segunda a sexta das 8h às 10h da manhã. O  quadro  principal  (Gente – Frente a Frente),  que ele trouxera da televisão, sua porção messiânica, espécie de  latifúndio.

TENTATIVA EM VÃO

Reunir Luiz Penido e Doalcei Camargo em janeiro de 1997 fora o caminho escolhido pela direção da Tupi em mais uma tentativa de melhorar sua audiência nas transmissões esportivas. Em 1996, os gestores da emissora esperavam que tal poderia ser solucionado com a contratação de Osvaldo Maciel, que era muito bem-sucedido na Record de São Paulo. O Ibope do Doalcei não estava lá aquelas coisas em comparação ao do seu concorrente José Carlos Araújo. O alcançado pelo substituto, menos ainda.  Maciel, ‘Um canhão de emoção’, ficaria reduzido a mero traque-traque...

MAIOR SÍMBOLO

O narrador Waldir Amaral, maior símbolo do rádio esportivo nas décadas de 60 e 70, morria na primeira semana de outubro de 1997, dez dias antes do seu aniversário (faria 71 anos). Natural de Goiânia ele viera ainda jovem para o Rio de Janeiro, tendo atuado como locutor comercial na Rádio Tupi. Em 1948 ingressava na Continental, levado por Oduvaldo Cozzi, onde tinha trabalhado como ‘ponta’. A saída de Cozzi, que se transferira para a Mayrink Veiga, proporcionaria a Waldir assumir o comando do esporte da emissora. Ele fez escola, criou slogans, muitos valores revelou.

CENÁRIO DA COPA

A exemplo do que fizera em outros mundiais, Haroldo de Andrade transmitia seu programa direto de cenário da Copa do Mundo em 1998, na França. Enquanto curtia Paris e arredores, Haroldo Júnior voltava a trabalhar na Globo, coordenando do Rio, a entrada de repórteres e dos participantes do Debates Populares, memorável cartaz das manhãs na emissora. E, por causa dos jogos da Copa, Luiz de França e Edmo Zarife, tiveram férias antecipadas, o primeiro estendendo-a em tempo superior.  Acabou dispensado.  O outro   perdia o seu programa de fim de tarde.

NÃO EMPLACOU

O comando duplo do esporte na Tupi reunindo Luiz Penido e Doalcei Camargo resistiria apenas por duas temporadas. No início de 1999 Penido se isolava na liderança, enquanto Doalcei, mais uma vez dispensado, acertava com a Tropical FM, para chefiar um grupo de abnegados que lá se encontrava. A Tupi dava também passe livre ao Denis Menezes, que ali atuara por quase três anos, com programas de manhã e à tarde e, ainda, substituíra o comentarista Affonso Soares, licenciado em setembro de 1998.

VOLTA AO COMEÇO

No alvorecer de 1995 Luiz Mendes trocara a Globo pela Tupi. Quatro anos depois voltava à estação da Rua do Russel, de que tinha sido um dos fundadores. Sua reestreia ocorreria em 1º de junho, uma sexta-feira, na partida do  Botafogo e Palmeiras, pela Copa do Brasil. No domingo  seguinte – dia de Flamengo e Vasco, primeiro jogo da decisão do Estadual – ele dividia a cabine com Sérgio Noronha, elevado a  titular  da casa nos comentários  desde o afastamento, em 1998, do Washington Rodrigues.

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OndasAtuais.Com

Rio de Janeiro é a segunda cidade maior consumidora do meio de comunicação rádio – revelou o Kantar Ibope Média. Belo Horizonte-MG a primeira, Grande Vitória (terceira), São Paulo (quarta) e Campinas-SP (quinta).

O Edifício À Noite, onde funcionou a Rádio Nacional na chamada época de ouro, vai ser vendido pelo governo federal. Construído em 1920, faz parte dos 3 mil imóveis públicos  a serem negociados com empresas privadas.