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sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Direto das Ondas

 

REMINISCÊNCIAS (6)

Não vingaria na FM O Dia o slogan Um Amor no Seu Rádio adotado no primeiro semestre de 1996 com a contratação de Anthony Garotinho e outros comunicadores. A pretensa revolução no segmento em que se juntavam jornalismo e prestação de serviços, coisas típicas do AM, não passaria de um grande fiasco. Pela terceira vez, em menos de dois anos, a emissora ainda lutava por uma definição  do seu rumo.

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DÊEM MOTIVOS

Nenhuma rádio muda de programação à-toa. E tal como a máxima do futebol: em time que está ganhando não se mexe. As mudanças que a Globo promovera em 1984 não surtiram o efeito que a direção esperava, deixando sua liderança de anos a fio seriamente ameaçada. Pela passagem do seu 52º aniversário – duas temporadas após   -- a rádio se repaginava, mexendo mais uma vez na sua grade. Trocava os horários do Luiz de França e do Francisco Barbosa, e reduzia o do Edmo Zarife -- O Rio Total.

DEPOIS DA BAIANA

Seis anos depois de sair da Tupi (brigara com o diretor Alfredo Raimundo) e, cerca de cinco   do seu afastamento do veículo – estava na Manchete, quando se licenciaria para concorrer à Prefeitura do Rio --, a deputada e jornalista Cidinha Campos retomava seu espaço no rádio. A volta foi em 20 de janeiro de 1997, dia do padroeiro da cidade, São Sebastião. Amigos e admiradores compareceram aos estúdios da emissora do bairro da Saúde para recepciona-la, enquanto outros telefonavam.

O MANO DE TODOS

A grande notícia no primeiro semestre de 1997 fora a contratação, pela Tupi, do veterano radialista Áureo Ameno, o mano de todos, que conquistara no ano anterior, um mandato na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Dispensado no início do ano (justamente por se eleger), Áureo era o mais antigo funcionário da Rádio Globo, nela ingressando como repórter ao fazer a cobertura do suicídio do presidente Getúlio Vargas em agosto de 1954. Peça importante do Show do Antônio Carlos na emissora dos Marinho, ele acertou uma vaga no programa do Clóvis Monteiro.

APOSTA PERDIDA

O S.O.S Globo, em que os executivos da rádio apostavam suas fichas foi à lona ao fim de oito meses de duração. Nele estavam depositadas muitas esperanças de a Globo superar, no horário, a Patrulha da Cidade, da Tupi. De nada adiantaram as insistentes chamadas apregoando tratar-se de um programa diferente; de nada adiantaram, inclusive, a empatia do Gilson Ricardo e a competência dos profissionais que o secundaram visando reverter para a emissora, os pontos do Ibope. Deu margem a musiquinha: ‘A Patrulha preocupa, incomoda, faz mexer. Mexe, mexe’.

DUPLAS CAMPEÃES

Globo e Tupi disputavam, até 2008 no Rio, a sintonia do público amante de futebol, cada qual anunciando-se campeães de audiência.  Ofereciam ao ouvinte uma programação  parecida. Bem cedo, pela manhã na Globo, às 5h40, o Toque de Primeira, e na Tupi, às 5h50, o Batendo Bola, um resumo dos acontecimentos no dia anterior, ou o que ia acontecer no dia que se iniciava, baseados em seus noticiários noturnos, respectivamente Panorama e Giro Esportivo, apresentados entre 22 e 24h.

NA RODA VIDA

Depois de muitos anos na Rádio Globo, Roberto Figueiredo, um dos mais renomados profissionais do veículo, se transferia em 1987 para a Tupi. Em abril de 1989, ele trocava esta pela Manchete, onde ficaria apenas um ano. Em outubro de 1991, voltava ao rádio através da CBN, cumprindo curta temporada, pois se afastaria para candidatar-se à uma cadeira na Câmara Municipal do Rio. (Em seus anos derradeiros na Globo, elegera-se deputado estadual, não obtendo renovação do mandato).

EM SEQUÊNCIA

Conforme outros profissionais, em 1991 Jorge Luiz desligava-se da Tupi. Foi trabalhar na Manchete, mas em 1993 voltava à emissora da Rua do Livramento. No primeiro semestre de 1995, quando fazia o horário de 9h ao meio-dia, era dispensado, indo parar na Tamoio. Dali, onde não esquentaria lugar, viveria uma odisseia, atuando pouco tempo na Roquette Pinto e, por tempo menor ainda, na FM O Dia – atingindo o recorde negativo de um mês, igualando-se a um colega da mesma Tupi noutra ocasião.

DESABRIGADOS

O fechamento da Mundial em janeiro de 1993 deixou profissionais ao desabrigo. Um deles foi Elói Decarlo. Dedicaria-se durante algum tempo somente às gravações de comerciais, até ser contratado pela Rede Manchete de Televisão. Voltaria em 1996, no FM da empresa. Em junho de 1997, mudava-se para a FM O Dia. Ficava dois meses. Trabalhavam  na Mundial no último dia Alberto Brizola, Big Boy, Jota Carlos, Jorge Pallis, Oduvaldo Silva, Robson Alencar, Samuel França, e pessoal de apoio.

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OndasAtuais.Com

 Pelas nove nas manhãs de domingos, tem na tradicional Rádio Nacional o Osmar Frazão. Veteraníssimo, com suas histórias sobre música popular brasileira. No dizer de alguns, ele ‘é mais antigo do que andar pra frente’, como seu slogan ‘E, aí, estão gostando?’ (O ‘É verdade’ do Washington Rodrigues, {Velho Apolo}, e o ‘De qualquer maneira’, do Roberto Canazio, comparativamente, não perdem nada.

A SulAmérica Paradiso, NovaBrasil e Mix FM, emissoras eminentemente musicais têm – o ouvinte atento mais do que percebeu --, dois pontos parecidos. Programação corrida e, o quadro, com diversas edições, de ‘uma hora só de música, sem intervalos comerciais’. Em linguagem do observador crítico, trata-se do 'show de mesmice na veia’, motivos  para certa corrente afirmar que o rádio, no Rio, ‘está na UTI’.

 

 

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