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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Ouvindo as ondas

POPULAR, O GRANDE NEGÓCIO
...E, agora, é a vez do signo de gêmeos. Eu sou um geminiano – dizia o Antônio Carlos anunciando na quarta (20), o horóscopo do seu programa na Tupi. Geminiano não suporta a rotina – respondia a astróloga Zora Yonara.

Colaboradora do apresentador, é uma dentre os que o acompanharam na mudança de emissora há cinco meses. ‘Tá’ mais do que explicado. O show que passou 30 anos na Globo, de volta à rádio onde iniciara, continua líder.

A descrição que Zora fez sobre o signo do seu patrono, desmente a linha que o programa segue. Esse argumento figura na lista de tudo que se ouve num roteiro estático, imexível. Se ela (a astróloga) refere-se aos nativos de Leão, por exemplo, automaticamente o comunicador adverte: “Leoninos atentos”.

Reunindo um time de profissionais de que a ‘outra’ se descartou, o programa conta com as participações de Juçara Carioca, Aldenora Santos, Karla de Luca e Ricardo Campello. Grande negócio popular, embora reconhecida mesmice.

E, pelo andar do metrô, dificilmente os cardeais da Rua do Russel, que abriram mão da concorrência na mesma faixa, vão reverter os índices de audiência. A propalada ‘reinvenção' custará caro. Nada fácil mudar o hábito do público.


QUEM NÃO GOSTA...
“O futebol é a minha cachaça”, afirmava Vandelerlei Luxemburgo, na véspera da partida do Sport com o Flamengo, pelo Brasileiro. A de muita gente, com certeza. A de nós outros, de forma diferente, pois nos concentramos no quesito sintonia.

Por isso mesmo, não vemos como escapar das expressões (pra lá de surradas) , um linguajar próprio, sem dúvida, dos narradores, comentaristas e repórteres de rádio. O vocabulário praticado é um verdadeiro manancial para pesquisadores.

Do interminável festival, há 'trocentos' anos carente de renovação, não faltam: ‘perdeu um gol feito’; ‘perdeu uma chance de ouro’; ‘abriu a porteira’; ‘fechou o caixão’; ‘e, o goleiro não pode fazer nada’; ‘eu vi essa bola lá dentro, cara’; etc.

Na quarta (6), quando o Flamengo – ei-lo de novo – enfrentava o Cruzeiro pela Copa do Brasil, Álvaro Oliveira Filho, na CBN, saiu-se com essa: “Jogadores que jogam preparando a jogada”. Surpreendente: ele está no rol dos melhores.

SEGUNDA VOZ OFICIAL
Uma das agradáveis exceções no rádio contemporâneo – já dissemos em outras postagens – é o “Todas as Vozes”, do Marcus Aurélio, na MEC AM, de manhã (de 7 às 10h). Na segunda (18), a jornalista Rose Esquenazi lá estava novamente.

Tinha localizado e levou ao estúdio, o Fernando César, 83, que foi sucessor de Vitório Gutemberg (1933-2004),como voz oficial do Maracanã, com aquela frase histórica: “A Suderj informa...” Eles eram contratados da Mayrink Veiga.

Gutemberg,mais antigo, passou pela emissora no tempo do Isaac Zaltman e Jair de Taumaturgo, como disc-jockey. Fernando César (na verdade Fernando Tostes), foi um dos titulares do “Grande Jornal Fluminense”, editado em Niterói.

FC tinha outra atribuição naquela rádio -- selecionar os calouros do programa “PRE-Neno”, patrocinado por uma rede de eletrodomésticos da cidade de lá. Anunciando no então “maior do mundo”, ele trabalhou no período de 1967 a 1982.

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HORAFINAL.COM
A brilhante Rose não disse (ou esqueceu de perguntar) um detalhe importante sobre o matinal programa de calouros que o Fernando mencionou. Quem o apresentava? O Marcus, também professor e pesquisador, ficou devendo a informação aos interessados. O “PRE-Neno” era comandado por José Messias (1928-2015), que faria carreira na Rádio Nacional, das diversas no Rio.

HORAFINAL DOIS
Em edição recente do “Todas as Vozes”, o Paulo Francisco, colaborador de “O Rádio Faz História”, assegurava que Adelzon Alves inaugurou, em 1978,a madrugada na Globo. As rádios do Rio fechavam às 11 da noite e só voltavam às 5h da manhã. Segundo Ruy Castro no livro “A Noite do Meu Bem”, naquele horário em 1954, já existia na rádio, a “Reportagem Social”, com o Ibrahim Sued.




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