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sábado, 29 de maio de 2021

 

Esse Nosso Amor Antigo

DE GANHOS E PERDAS

Impulsionadas pela queda da Nacional pouco depois da revolução de 1964, a Globo do Rio de Janeiro e a Bandeirantes de São Paulo adotaram uma linha calcada em ‘música, esporte e notícia’. Tornaram-se, com o modelo, líderes em audiência em seus domicílios. E antecipavam o que viriam mais tarde com o advento das FMs: os comunicadores. Centravam a apresentação dos programas nesses profissionais, que ‘vendiam alegria’ nas conversas com os ouvintes.

 

A Globo reunia em seus quadros o que os críticos classificavam de ‘a fina flor da comunicação’. Desfilavam então, por seus microfones, o Adelzon Alves, Luciano {também} Alves, Paulo Giovanni, Haroldo de Andrade, Roberto Figueiredo, o Waldir Vieira (em cujo horário entraria o Luiz de França) e Carlos Bianchini. Eles atuavam como uma seleção que dispunha de todo o tempo para treinar, tal o nível de afinidade com o público,   sempre passando mensagens otimistas.

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Um complemento altamente positivo era a cobertura esportiva, a partir do ingresso de Waldir Amaral, em 1961. Antes, ele tinha a colaboração de um Antônio Porto, Celso Garcia e José Cabral. Depois, aumentara o poderio da emissora no setor, com a contratação  do Jorge Curi e João Saldanha, além do ex-juiz Mário Vianna, comentando arbitragem. No auge anos 70, a vinheta alardeada pela voz do Edmo Zarife   provocava: ‘Sai da frente. Futebol é com a Gente’.

 

Nas décadas posteriores, porém, quando a hegemonia começou a ir pelo ralo e, as transmissões esportivas no Rio, também, a mesma vinheta soava diferente. Em toda a história do rádio, a Tupi   sempre se destacou, mas nunca liderou de ponta a ponta como a Mayrink numa fase, a Nacional em outra e, a Globo desde o governo do Marechal Castelo Branco ao do sociólogo Fernando Henrique Cardoso. A Globo, num rasgo de auto-suficiência, abriu brechas em sua estrutura, do que a Tupi espertamente se   aproveitaria,   revertendo o quadro.

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Essas brechas ocorreram com a demissão de uns profissionais e, a indução de outros a se desligarem, exceções do Giovanni, do Waldir Vieira, e do Luciano Alves. Renomados nomes da Globo deixariam a rádio, bandeando-se para a concorrente Tupi, que investia a capa de uma imbatível rival.

 

A lista só integrava ‘feras da latinha’. Senão vejamos. Washington Rodrigues, Francisco Barbosa, Sílvio Samper, Luiz Penido, Pedro Costa, Luizinho Campos, Maurício Menezes e Ricardo Alexandre. Passou rapidamente por lá, mas optou pela Manchete, o Luiz de França. O Áureo Ameno, que também esteve na Tupi, seguira o Haroldo de Andrade, no seu projeto de uma rádio própria.

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Ondas&Ondas.Com

/o  O comunicador Clóvis Monteiro comemorando este mês 25 anos de seu programa nas manhãs da Super Tupi, atual líder no Rio. /o  A repórter  Ermelinda Rita, hoje apresentadora da Roquette Pinto chama a Globo de ‘a falecida’, sua emissora de muitos anos.  /o  Licenciado, o jornalista Luiz Ribeiro, do Radar {atração noturna}, é substituído por Cristiano Santos, curinga oficial  da casa. /o  ‘O nosso amor é tão bonito/Ela finge que me ama/E eu finjo que acredito’. (Nelson Sargento)

 

 

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