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sábado, 1 de maio de 2021

 

Esse Nosso Amor Antigo

A ERA DO CREPÚSCULO

O desenvolvimento da televisão no país e, especialmente no Rio, a partir dos primórdios dos anos 60, provocaria o declínio da Rádio Nacional, levando de roldão seus programas musicais de estúdios ou auditório, shows humorísticos e novelas. Outra causa da debacle da tradicional estação, seria a chegada dos militares ao poder com a revolução de março de 1964.

De um lado, a televisão com a sua magia, seus encantos e promessas, atraindo os grandes cartazes; de outro, o afastamento dos que se opunham ao regime implantado. Era natural diante do quadro que se desenhava, o sobressalto dos que não sofriam de imediato igual punição, escapando da sanha militarista, sua implacável censura. Clima de ‘caça às bruxas’.

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Passados mais de trinta anos, a Nacional enfrentou diversas mudanças, inclusive ima revitalização em 2004. Mas, nunca mais se recuperou. Ganhou o estigma de emissora dos saudosistas, aposentados em geral, gente acostumada com a rotina, que não viaja, não passeia. Em qualquer pesquisa que se fizer hoje consultando os jovens, a Nacional só dá traço, não pontua.

No que tange ao jornalismo, por exemplo, Brasília continua dando as ordens, no controle, praticando o que se conhece como ‘chapa branca’. Ao Rio – onde a emissora ocupava o histórico edifício na outrora boêmia Praça Mauá --, pouco restou, em comparação aos tempos em que o Repórter Esso, com Heron Domingues (uma legenda), servia de estímulo para outros noticiosos que a casa apresentava ao longo de sua programação.

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O governo extinguia a Radiobras em fevereiro de 2009. Criava a EBC – Empresa Brasil de Comunicação, integrando as rádios Nacional, MEC AM e MEC FM, no Rio, Nacional de Brasília, do Amazonas e do Rio Branco e, ainda, a TV Brasil. A Nacional e a MEC mudavam parte de sua grade, estabelecendo também, trocas de cadeiras – profissionais que iam de uma para a outra, ou acumulando funções.

Hilton Abi-Rihan transferia-se para a Nacional, depois de dez anos atuando na MEC. O Alô Rio, que ele apresentava às 2h da tarde naquela, ganhava o horário das 8h da manhã na outra. Em seu lugar, entrava o Almanaque Carioca, com Amaury Santos. No elenco da MEC, com o Fole, Viola de música regional, desde que saíra da Globo, Adelzon Alves retomava antigo programa de sambas, O Amigo da Madrugada, incorporando-se aos quadros da Nacional, sem prejuízo para seu expediente na primeira.

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O Redação Nacional com Denise Viola cedia o posto ao Alô Rio. Ela se mudava para a MEC, cabendo-lhe o Rádio Sociedade, de 8h às 11h da manhã. Isso resultaria no fim do Manhã MEC, com o Eduardo Fajardo – em princípio limitado ao Companhia do Disco, 11h das noites das terças-feiras. Também egresso da Nacional, Marcelo Guima com seu Ouvindo Música, passava para a MEC. Antes às 8h da noite, transferia-se para  às 9h, após a reformulação.

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Ondas&Ondas.Com

/o  Utilizando o slogan ‘a nossa mistura é diferente’, depois de se manter por mais de 20 anos com o modelo adulto-contemporâneo, a SulAmérica Paradiso acaba de lançar programação nova. Destacam-se do que sobraram, o Redação Paradiso, com Sérgio Gianotti, e o Sem Escalas, com Jorge Moreno.

 

/o  O narrador da última geração Gustavo Henrique, não pertence mais à Rádio Roquette Pinto. Sua passagem pela emissora foi menor que a dos veteranos Luiz Carlos Silva, Ricardo Mazella e Carlos Borges que, contratados em novembro de 2019, impulsionariam as transmissões de futebol. 

 

 

 

 

 

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