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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

 

Esse Nosso Amor Antigo

APARENTE SUBIDA

Chamava-se Federal e funcionava em Niterói a rádio comprada pelo Grupo Bloch Editores que, a exemplo da principal revista, ganharia o nome de Manchete. A concessão esteve em poder de Antenógenes Silva, músico e compositor e, entre outras coisas, autor de Saudades do Matão, um clássico do cancioneiro nacional. Foi em 1981 que a emissora passou para o controle dos Bloch.

 

Cinco anos depois, quando começava a transmitir 24 horas por dia, ela deixava para os ouvintes a impressão de crescimento. (Emissoras mais antigas – casos da Roquette Pinto e Jornal do Brasil, só entrariam nesse ritmo respectivamente, em 1988 e 1990.) Pelo transcurso de seu decênio, em março de 1991, a Manchete investia na contratação de profissionais de renome e ampliava o setor de jornalismo, apesar da crise político-econômica que o país enfrentava.

 

O início da nova fase se daria com Cidinha Campos, que estreava no dia 4 daquele mês. Eleita deputada pelo Estado do Rio, a comunicadora desligava-se da Tupi em janeiro, na qual trabalhara onze anos ininterruptos. Cidinha levaria para o novo endereço parte de sua equipe – inclusive o sonoplasta Márcio Castorino.

 

No mesmo dia em que a Manchete lançava o Cidinha Livre, o comunicador Enio Barbosa também estreava no prefixo. Enio, que alcançava grande sucesso na Tupi substituindo Paulo Lopes a partir de 1987, não renovaria seu contrato, encerrado antes de completar dois  anos no horário. Queria remuneração considerada incompatível. Sua estrela se apagaria na Capital, enquanto ‘plantava’ nos colunistas de jornais populares o interesse da Globo pelo seu concurso.

 

Ele fizera uma parada na Rádio Nacional, quando problemas de ordem política provocaram o afastamento de Daysi Lúcidi, integrada à emissora desde os tempos das novelas. Na Manchete, abandonaria o projeto de reformulação logo no primeiro mês de atividade. Em princípio, alegara motivo de saúde, licenciando-se e, depois, para surpresa de todos, rescindia o contrato. Voltaria à Capital e, mais tarde, realizaria o seu grande sonho: trabalhar no Sistema Globo de Rádio. Morria no primeiro semestre de 1995, em pouco tempo de atuação na Globo paulista.

 

Jorge Luiz e Luciano Alves, também originários da Tupi, reforçariam a programação da Manchete. Em meados do ano, porém, o panorama da rádio estava muito diferente, reflexo de uma crise que, localizada no canal de televisão da empresa, abalaria os alicerces da casa. Cidinha seria a primeira a sair, aproveitando a desincompatibilização, em 1992, para concorrer à Prefeitura do Rio. Luciano Alves, que se aposentava pela Rádio MEC, era o próximo. Ficaria com Jorge Luiz (o último, no ‘crescimento’) a missão de apagar as luzes.

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Ondas&Ondas.Com

/o Roberto Nonato está de férias no CNN Manhã, na Transamérica.

/o Fernando Molica é um dos trunfos do BandNews Rio,1ª Edição.

/o Máquina do Tempo, do Apolinho, com espaço no Clóvis Monteiro.

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