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domingo, 15 de julho de 2012

As extensões dos debates

Os quadros de debates, que se constituem numa das principais atrações do rádio contemporâneo, surgiram nos anos 60. Seu pioneiro foi Haroldo de Andrade, na Globo. Seguiram-se a ele outros comunicadores, exemplos do Paulo Lopes e Cidinha Campos, ambos na Tupi. Em matéria de sucesso, os promovidos pelo “Cidinha livre” foram os que mais se aproximaram dos “Debates populares” do Haroldo de Andrade.

No dele, primavam as discussões de forma elegante, tal qual a do condutor. No dela, avançava-se para a polêmica, reflexo da personalidade forte da apresentadora. E, graças às atuações no veículo, Cidinha ingressaria na política, elegendo-se deputada em sucessivos mandatos. A história do rádio atribui a ela, a primazia dos destinados às celebridades, com enfoque diferente das outras, hoje explorando a fonte.
Em agosto de 2002, a Globo trocava o Haroldo por Loureiro Neto. A partir de então, caía a qualidade do programa, do quadro principal, inclusive. A audiência cativa, porém, impedia nova mudança no horário. Só em março de 2011 isso ocorreria, a propósito de uma repaginada na programação. O “Manhã da Globo” era entregue ao Roberto Canázio e, como no ato bíblico, a transformação da água para o vinho.

No campo esportivo, o “Enquanto a bola não rola”, criação do Kleber Leite em 1985 na Tupi, se tornaria no mais bem-sucedido. Com a transferência deste para a Globo, a rival colocava no ar o “Bola rolando”, com o Loureiro Neto. E, ele assumiria o dominical da Globo, quando o Kleber se desligara da emissora. “Bola rolando” virava “Bola em jogo”, primeiro com o Marcus Aurélio, depois com o Luiz Ribeiro.

O “Enquanto a bola não rola”, modernização de “A turma do bate-papo”, comandado pelo Orlando Batista na extinta Mauá, teve sua melhor fase (memorável, diga-se), nas apresentações de seu criador. Nos anos seguintes (com o Loureiro, Elso Venâncio, Ronaldo Castro e, até mesmo com o Eraldo Leite) seria desbancado pelo “Bola em jogo”. Talvez o Luiz Ribeiro saiba explicar qual o motivo da opção.

/o/ Renovar é preciso, em qualquer ramo de atividades. Mas, os jovens que fazem atualmente o jornalismo da Nacional-Rio são, em maioria, bem fraquinhos. Do outrora qualificado departamento da emissora, Douglas Corrêa, Cristiane Ribeiro, Alana Granda e Paulo Virgílio, figuram entre os últimos representantes.

OUVIR FAZ BEM
De 2ª a 6ª -- /“Eu show Luiz Vieira”, Manchete 760 AM, às 6h. -- /”Segundo tempo”, com José Carlos Araújo, Bandnews, 94,9 FM, às 10h30 -- /“Hora do blush”, com Luiza Sarmento e Isabella Saes, Sulamerica Paradiso 95,7 FM, às 17h.

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