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quinta-feira, 28 de março de 2013

Esse nosso amor antigo

64) Papel carbono”, um dos pioneiros programas na revelação de artistas para o rádio, foi tão importante quanto os similares. Seu produtor e apresentador Renato Murce (1900/1987) era, segundo os que o conheceram, “uma usina de ideias”. Saíram de sua lavra, diversas produções. “Papel...”, “Piadas do Manduca” e “Alma do sertão”, as mais populares.
65) O de calouros e o de humor, sucessos na Rádio Nacional, foram lançados na Clube do Brasil. “Alma do sertão”, que se constituía no preferido dele, era o que dava mais trabalho. Para sua feitura, Renato contava com a colaboração de estudiosos do folclore.

66) Na certidão de nascimento estava escrito: José Marques. Idem alguns anos depois, acrescido de um “doutor”, na plaqueta encimando a porta do seu consultório na capital de então.
67) Natural de Montes Claros, Minas Gerais, Paulo Roberto (1903/1973) foi um dos baluartes do rádio na chamada ‘época de ouro’. Participou do estelar elenco da Nacional, muito contribuindo com o sucesso da emissora.
68) Durante uma fase de sua carreira chegou a produzir e apresentar seis programas semanais, conseguindo se dedicar, ainda, ao exercício da medicina (era clínico geral).
69) Os seus programas ocupavam o horário nobre (à noite). “Nada além de dois minutos”, aos domingos, às 8h e “Gente que brilha”, às segundas, 8h e meia. “Honra ao mérito” (às quartas), “Cantando pelos caminhos” (às quintas), “Obrigado doutor” (às sextas) e “A Lira de Xopotó” (aos sábados) eram apresentados às 9h.
70) Para “Obrigado doutor” – histórias reais baseadas em sua experiência de médico (interpretada pelos radioatores), Paulo Roberto escreveu cerca de trezentos contos.
71) Ele também foi um inspirado compositor popular, tendo músicas gravadas por cantores do cast da Nacional.
72) Após sua morte em fevereiro de 1969, a Prefeitura do Rio prometeu dar o seu nome a uma rua de Vargem Grande. Passados esses longos anos, a homenagem não saiu do papel.

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