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terça-feira, 16 de julho de 2013

Esse nosso amor antigo

91)Uma das raras cantoras de rádio de São Paulo a se projetar no Brasil, Isaurinha Garcia (1919/1993) tinha uma coisa em comum com o locutor da Tupi, Collid Filho: a longevidade na mesma empresa. Isaurinha --“A Personalíssima” – trabalhou apenas na Rádio Record, ali permanecendo por nada menos que 40 anos.
92) O cognome que a acompanhou em sua longa carreira lhe foi arranjado pelo apresentador Blota Júnior, da linha de frente na radiofonia brasileira. A rádio, criada pelo empresário Paulo Machado de Carvalho, desfrutava na capital paulista, de prestígio semelhante ao da Nacional, no Rio. “Rádio Record, a maior”, seu slogan -- era apregoado pelo Randal Juliano, voz oficial da emissora em certo período.
93) Paulista do Brás, no início Isaurinha se espelhava no estilo da carioca Araci de Almeida. Nos áureos tempos da Nacional com seus programas de auditório, vinha constantemente ao Rio, convidada para apresentações no “César de Alencar”.

94)Das vozes mais expressivas do rádio em todos os tempos, César Ladeira tornou-se conhecido do grande público na Revolução Constitucionalista de 1932. Ele trabalhava na Record e, destacou-se na transmissão do movimento que eclodira em São Paulo.
95) Também participaram da cobertura em 9 de julho os locutores Renato Macedo e Nicolau Tuma. (Este formaria, com Armando Pamplona, da Rádio Cultura, a dupla de pioneiros em narrar futebol no veículo).
96) César Ladeira ficaria marcado como “a voz da revolução”, transferindo-se anos depois para o Rio. Contratado pela Mayrink Veiga, foi diretor-artístico e apresentador dos principais programas. Especializara-se em criar slogans para os artistas da antiga emissora. 97)A Nacional foi outra rádio em que o Cesar Ladeira brilhou, comandando diversas atrações. Na lista os diários “A crônica da cidade”, de Genolino Amado e “Seu criado, obrigado”, com assessoria da atriz Daysi Lúcidi, uma produção de Lourival Marques.

98)No começo de carreira, na Mayrink Veiga, “Garota Grau Dez”. Na maior parte dela, na Rádio Nacional, “Favorita da Marinha”. Em síntese, foi assim a trajetória de Emilinha Borba (1923/2005), a cantora mais popular na história do rádio. Batizada Emília Savanna de Sousa Costa da Silva Borba, ela ganhou seu primeiro prêmio na “Hora Infantil”, da Rádio Cruzeiro do Sul, onde alguns nomes surgiram.
99)Emilinha foi crooner do Cassino da Urca, ingressando na lendária casa de espetáculos, com o apoio de Carmem Miranda, sua madrinha artística. No limiar de década de 40, aportava na rádio que viria a ser uma das mais importantes da América Latina – a Nacional. Maior estrela da emissora já no final daquele período seria, sobretudo, uma recordista em sucessos de carnaval, destacando-se com outros gêneros.
100)De “Chiquita bacana” a “Mulata iê-iê-iê”, uma infinidade deles – sem se contar os boleros e sambas-canções. E, paralelamente ao rádio, discos e shows pelo país, Emilinha brilhou no cinema. Era sempre requisitada para os musicais da Atlãntida -- as chanchadas – que povoaram o imaginário de uma de geração de admiradores.

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