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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Era uma vez na Globo I

Durante vinte anos – período de 1985 a 2005 – a Globo deixou escapar de seus quadros nomes de reconhecida importância na radiofonia. Com isso, deixaria também, no decorrer do tempo, de sublinhar o encerramento de programas usando a afirmativa de que, “este foi mais um campeão de audiência”, habitual naquela fase.
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Em dezembro de 1984 a emissora da Glória contratava José Carlos Araújo e Washington Rodrigues. Eles tinham ido para a Nacional sete anos antes. Locutor de esportes em início de carreira, o primeiro foi liderar equipe. Já destacado repórter no grupo do Waldir Amaral, o segundo lançava-se na condição de comentarista. A dupla revolucionara as transmissões esportivas no veículo. O sucesso foi tão grande, que superara o que a tradicional emissora alcançava na “época de ouro”.
Um desentendimento do Waldir com o Roberto Marinho estabelecera o fim da lua-de-mel do narrador com a casa. Facilitara as negociações para a volta dos dois -- 'Apolinho', como o Waldir cognominava Washington e, Zé Carlos, a partir de então 'Garotinho', impulsionado com a explosão começada em 1977.
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Seis meses depois de trocar a Tupi pelo Sistema Globo, Clóvis Monteiro, coringa até então, era efetivado em dezembro de 1994 no "Parada popular" (diário), e no "A grande parada" (aos sábados). Entrava no lugar do Sílvio Samper, que sibstituíra, de 3h às 6h a “Um novo dia”, em que Haroldo Júnior se revelara comunicador. Haroldinho era, até ali, produtor do programa do pai. Sua dedicação impressionara o diretor Paulo César Ferreira, que lhe dera a oportunidade de comandar um horário.
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Cria da Globo, onde aportara aos 19 de idade, Luiz Penido ocupava, quatro anos depois da volta de José Carlos Araújo e Washington Rodrigues, terceira posição na hierarquia. Em outubro de 1988 foi cooptado por Péricles Leal, diretor da Tupi, a uma guinada em sua vida profissional. Insatisfeito com o Ibope de Doalcei Camargo, até então uma figura intocável, Péricles oferecera ao jovem narrador o cargo de chefe. (Doalcei comandava o esporte da emissora há 23 anos.)
Penido levou cinco de seus colegas da Globo para a concorrente. Depois de rápidas passagens pela Nacional e Tropical FM dividiria, entre 1997 e 1998, a liderança com o veterano locutor. Isolaria-se como titular daí pra frente, retornando às origens em maio de 2012. Por ordem e graças dos cardeais oponentes ao Garotinho, viria sucedê-lo no posto. Hoje, com a audiência em baixa, há quem ironize na ‘outra’ com uma frase dele a situação: “É o que resta dessa festa”.
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Ao eleger-se vereador do Rio em outubro de 1996, Áureo Ameno assinava uma sentença contra a sua continuidade na emissora dos Marinho. Ele trabalhava na Globo há 42 anos. Ingressara como repórter cobrindo o suicídio de Getúlio Vargas e, se destacaria como produtor dos principais programas da casa.
No ano seguinte à sua eleição, Alfredo Raimundo dera-lhe abrigo na Tupi. Áureo ganhou espaço na “Patrulha da cidade”, com um quadro em defesa do consumidor e voltava a fazer comentários esportivos. Desligara-se em 2005, para participar do projeto de rádio própria do Haroldo de Andrade.

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