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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Nomes, uma questão singular

Motivador do otimismo, Clóvis Monteiro, ‘a grande voz do meu Rio de Janeiro’’, fechando quadro de seu programa na Tupi, diz: “Eu não sou dono da verdade, mas essa é a minha opinião”.
Em setembro de 2009, após três anos na casa, colega polêmico passava a ser anunciado assim: “Coragem! Opinião! Roberto Canázio é da Globo. E é do Rio”. Mera semelhança?...
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A VIDA NO SHOW
O nome “Show da manhã”, programa que o Clóvis apresenta há 18 anos, no período de 6h às 9h, era o título que a Globo empregava ao que substituíra o “Paulo Giovanni show”. (Seu condutor, outro integrante do elenco da Tupi – do grupo que migrara -- parece ter se cansado da profissão, pois, tem pretensões a seguir a carreira política...)
Esse mesmo título, também formava na época, a grade da 98 FM, fase anterior ao Beat que acrescentaram à sua estrutura. ‘A crônica da cidade’, o quadro novo do “Show da manhã”, remonta a um nome dos anos dourados da Nacional, a 1h da tarde. Seu intérprete era Cesar Ladeira, das mais famosas vozes do rádio, o redator Genolino Amado.
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GENERALIDADES
Em tempos idos, utilizava-se a palavra programa só nas principais atrações, até que acabou se generalizando. Após o término do “música, exclusivamente música” na Tamoio, de manhã à noite os apresentadores eram anunciados com a tal palavrinha: “Programa José Cunha”; “Programa Kléber Sayão”, “Programa Jorge Perlingeiro”, etc.
E, qual alternativa? SHOW! Inspirada na televisão, que a importou das emissoras norte-americanas. Dali, o chique era denominar seus cartazes com o novo modismo. (*) “Show do Fulano”, “Show do Beltrano”, Show do Sicrano”... Ou associar o nome da rádio a qualquer palavra. “Manchete manhã...”, “Tarde Nacional”, ou, ainda, um “Farofa da Globo”.
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RITMO DA BANDA
Rádio é um veículo eminentemente popular e, por isso, não precisa se valer de nomes bem elaborados -- algumas cabeças (pensantes?!) devem argumentar. O dinamismo que o norteia gera, certamente, a falta de criatividade, transformando-se nas verdadeiras causas do empobrecimento -- contrapõem os avessos à mesmice reinante.
Prestador de serviços na maioria das vezes, divertido em outras, o veículo evoluiu com os recursos da tecnologia. Ultrapassado ficou, porém, no batismo de suas atrações, havendo em pouquíssimas delas, lampejos de ideias brilhantes. Quem quiser descobrir nele obras primas – afirmam os irônicos – escolheu errado o ramo de arte para seu lazer.

(*) Em 19 deste mês comemora-se o centenário de nascimento de Lupicínio Rodrigues, autor de, entre outras músicas, “Se acaso você chegasse”, “Nervos de aço”, “Cadeira vazia”. Parodiemos uma delas, magistralmente gravada pelo Gilberto Gil: “Esses nomes/pobres nomes...”

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