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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Nossos comunicadores (10)

HAROLDO DE ANDRADE JR.
No tradicional horário em que o pai brilhara pouco mais de quatro décadas na Rádio Globo – um ícone no segmento, conforme se diz modernamente --, Haroldo de Andrade Jr., carioca, 60 anos, passou recentemente a fazer o dia a dia da Tupi, para a qual tinha sido convocado em 2008, com a missão de cobrir férias de colegas, atuando como um real curinga de luxo.

.o. Em julho daquele ano, ele (re)começava na casa, onde estivera anteriormente. No mês seguinte e, durante seis anos, trilhava os passos do mestre com um programa dominical. O horário? De 9h ao meio-dia. Notícias, entrevistas, quadros novos (“Lua de mel, lua de fel”, “Bíblia de A a Z”) e, principalmente a crônica “Bom dia”, marca histórica registrada pelo patrono.
.o. Enganaram-se aqueles que, apressadamente, acreditaram ser o material aproveitado do programa antigo, normalmente produzido por Hélio Thys e, às vezes, pelo Áureo Ameno ou Wilson Silva, efetivos colaboradores do Haroldão. A série de crônicas, na mesma tessitura, deixava essa impressão no ar. Não apenas para os leigos, mas igualmente para os estudiosos.
.o. ‘Haroldo de Andrade Jr. – garante o jornalista Pedro do Couto, componente do “Debates populares” em fases distintas – é um escritor de raríssima sensibilidade (...) com capacidade de contar emocionantes histórias que narram uma vida inteira.’ Corroboramos as palavras do Pedro (também escritor). São essas histórias que formam o conteúdo do livro “Bom dia, pai”.
.o. Em 5 de junho de 1995, uma segunda-feira, Haroldo Jr. estreava na Tupi. Sua contratação, com direito à campanha promocional, seria a primeira do Mário Luiz (1925/2009), requisitado pelo condomínio associado para tirar a emissora de uma incômoda vice-liderança. O horário a ele reservado, pertencera a Cidinha Campos por nada menos que onze anos seguidos.
.o. A “Super manhã” ganhava em dinamismo e criatividade, embora conservasse a mesma estrutura do outro – do pai, “um companheiro, não um concorrente”, como ele declarava na audição de estreia, dedicada ao irmão Celso Roberto, (também radialista) falecido em 1991. Além dos debates, atrações bem elaboradas, destacando-se, “Direitos da mulher”, “Filosofia da vida” e “Na boca do povo”.
.o. De produtor do programa do mestre, onde começara como assistente, Haroldo Jr. dava um salto na carreira. Entre os anos de 1989 e 1991, ele era titular de “Um novo dia”, de 3h às 5h da manhã. A promoção foi iniciativa do diretor Paulo Cesar Ferreira, que se entusiasmara ao vê-lo em plena atividade redigindo textos. No intervalo, uma rádio de Macaé, que atraíra outros profissionais do Rio.
.o. Na volta ao SGR, reintegrava-se à equipe em que dera os primeiros passos, com eventuais participações na CBN, então uma coqueluche da empresa. Fazia ainda, os fins de semana na principal, que freqüentava desde menino. Em maio de 1991, com a chancela da agencia do patrono, alugara horário na Rádio Carioca. Era um programa pequeno, com o seu nome, apresentado de 4h às 5h da tarde.

M E M Ó R I A
Domingo, 3 de agosto de 2008. Cinco meses e dois dias após a morte do consagrado radialista, o que ele criara voltava a ser apresentado pelo filho. Na crônica de estreia, o tema focalizava a expressão “em nome do pai”.
Inaugurada em 7 de novembro de 2005, a Rádio Haroldo de Andrade ficaria no ar não mais que dois anos e meio, morrendo com o seu idealizador. Haroldinho e Wilson (seu irmão) transferiram o passivo para o grupo Canção Nova.

Fontes: Emissoras, acervo pessoal e o recém publicado livro do radialista.

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